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Primeira carta aos Coríntios, capítulo 11, chegamos nesta manhã aos versículos 17 a 34. Primeira aos Coríntios 11.17 a 34. Agora, esta é uma parte muito crítica do Novo Testamento porque trata da celebração da Mesa do Senhor. Diz respeito à ceia. Qualquer um de vocês que tem sido cristão por algum tempo, ou tem estado por perto da igreja por algum tempo, está ciente do significado que a igreja atribui a dois ritos em particular: um é o batismo e o outro é a Mesa do Senhor, ou a Ceia. A razão pela qual damos tanta importância a esses dois é que ambos foram instituídos pelo próprio Senhor. Eles são ordenanças da igreja. Ambos foram ordenados e instituídos, e o exemplo foi estabelecido por nosso Senhor Jesus Cristo. Damos elevada prioridade ao batismo e elevada prioridade à Ceia do Senhor. Na verdade, eu realmente reconheço essas duas coisas como itens de obediência, e eu acho um cristão deve questionar seu próprio compromisso de obediência se ele não tem sido obediente nessas duas áreas.

Às vezes nos esforçamos para saber o que Deus quer a fim de obedecê-lo nessa coisa, mas estas ordenanças são uma área em que nem precisamos lutar porque ele diz: “Sejam batizados e relembrem minha morte na Ceia do Senhor.” E confio que estamos fazendo isso em nossa vida, não apenas quando nos reunimos para fazer isso aqui, mas em nossos estudos bíblicos, nossos grupos de comunhão, em nossas casas com nossas famílias, com nossos amigos nos grupos com os quais compartilhamos e nos encontramos. Esta é uma parte vital da experiência cristã. Não é para ser um ingrediente ausente; não é para ser ignorado. Não é para ser um complemento no final de um culto de domingo. Não é para ser um ritual formal. É para ser algo que é tecido na vida de um crente. E quero incentivá-lo nesta área.

Agora, seremos encorajados, eu acho, enquanto olhamos para os versículos 17 a 34, nesta semana e na próxima, com certeza, e discutimos o que Paulo tem a dizer. Deixe-me dar um pano de fundo para que você saiba onde estamos em relação a essa passagem. Estudando 1Coríntios, observamos os abusos que surgiram na igreja em Corinto. Em um dos abusos, um que eles realmente torceram e perverteram grosseiramente foi a Ceia do Senhor. Eles haviam transformado a Ceia do Senhor, acredite ou não, em um banquete de bêbados e glutões. E essa é a questão sobre a qual Paulo escreve no capítulo 11, versículos 17 a 34, no final do capítulo. Ele está muito, muito aborrecido, usa termos muito fortes para corrigir o que estão fazendo. Ele diz que de fato é tão sério, que Deus agiu naquela congregação e tirou a vida de alguns de seus membros. Na verdade, eles foram executados por Deus pelo que fizeram na Ceia do Senhor. Muito sério. Outros, diz ele, estão doentes. Alguns são fracos. É melhor vocês fazerem algo sobre isso.

Agora, devido à urgência disso, precisamos entender algo sobre a Ceia do Senhor. Assim, vamos voltar um pouco na história. Na noite anterior à sua morte, o nosso Senhor Jesus Cristo reuniu-se com os seus discípulos no cenáculo para a refeição da Páscoa. Historicamente, os judeus se reuniam naquele período particular da história para cear a Páscoa. A Páscoa era uma refeição especial projetada por Deus para comemorar a libertação de Israel do Egito. Você se lembrará de que Israel esteve no cativeiro no Egito por mais de 400 anos. Deus finalmente decidiu libertá-los e trazê-los para a terra de Canaã, que era para ser a terra deles, a terra prometida. E ele começou a libertá-los por meio de uma série de pragas que foram designadas para os livrar das garras do faraó e deixá-los sair. Finalmente, quando veio a última praga, que foi a morte dos primogênitos em toda a terra do Egito, Faraó disse: “Pegue o seu povo e caiam fora.” A única maneira de os filhos de Israel se protegerem do anjo da morte que levaria o primogênito de todas as casas era matar um cordeiro, tirar o sangue dele, passar esse sangue no batente da porta e na verga, e então eles comeriam o cordeiro junto com alguns pães sem fermento, e algumas ervas, como a refeição de Páscoa. Assim, eles comeram uma refeição e fizeram um sacrifício a Deus. Passaram sangue na porta e o anjo passou por ela, e essa foi a chave para a libertação de Israel do Egito.

Sempre que o israelita, sempre que o judeu quer voltar e se lembrar de Deus como libertador, como Salvador, como um redentor, ele sempre se lembra do Deus que os libertou da escravidão no Egito. E Deus instituiu a Páscoa para ser celebrada anualmente como uma lembrança. E é assim ainda hoje. A Páscoa judaica. O judeu hoje ainda se lembra disso como o ponto de contato com um Deus salvador, o que é trágico, porque eles têm de passar pela cruz na viagem para trás, que eles deixaram escapar totalmente.

Mas naquela noite, antes da morte de Jesus, enquanto os discípulos estavam comendo a refeição da Páscoa, no contexto daquela antiga festa realizada em memória da redenção de Israel da escravidão no Egito, Jesus tomou aquela refeição e a transformou em uma nova refeição. Ele pegou uma taça da refeição Pascal, o pão, e fez uma tremenda transição quando disse: “Este cálice é o meu sangue, este pão é o meu corpo, e isso é algo novo que vocês fazem em memória de mim.” E agora, quando olhamos para o grande ponto redentor na história, não vamos ao Egito, vamos ao Calvário. Não olhamos para o sangue no batente da porta e na verga; voltamos para o sangue derramado na cruz. Esse é o ponto de contato com o poder redentor e salvador de Deus. E é isso que Jesus estava fazendo naquela noite antes de sua morte. Ele estava transformando a Páscoa na Ceia.

E para o cristão, então, a Páscoa tem outro significado. É interessante estudar, entender e assim por diante. Mas, para nós, a Ceia do Senhor é o memorial que o próprio Cristo instituiu. E não olhamos mais para os tipos redentores no Egito. Nós olhamos para o cumprimento redentor que veio na pessoa do Senhor Jesus Cristo quando ele morreu na cruz e derramou seu sangue, e nos purificou de nossos pecados.

Em Marcos, capítulo 14, versículo 22, temos uma pequena visão do que nosso Senhor estava fazendo. Marcos 14.22 diz assim: “E enquanto comiam,” e o que eles estavam comendo? Eles estavam tomando a refeição da Páscoa, na boa tradição judaica. “E, enquanto comiam, tomou Jesus um pão e, abençoando-o, o partiu e lhes deu, dizendo: Tomai, isto é o meu corpo.” Agora, vimos o fato de que ele não quer dizer que isso literalmente é o seu corpo, mas, um símbolo. "A seguir, tomou Jesus um cálice e, tendo dado graças, o deu aos seus discípulos; e todos beberam dele. Então, lhes disse: Isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos." Este é um novo dia. Este é um novo alvorecer. Nós não estamos voltando para os memoriais e os velhos padrões e a antiga aliança, isto é algo novo. Esta é a nova aliança, o Novo Testamento, ela significa a mesma coisa. Este é o meu sangue, “derramado em favor de muitos. Em verdade vos digo que jamais beberei do fruto da videira, até àquele dia em que o hei de beber, novo, no reino de Deus.”

Agora, isso está registrado em Mateus, Marcos, Lucas, e é mencionado em João 13. É comentado por Paulo, em 1Coríntios, capítulo 11. Assim, em todos os quatro evangelhos, há uma referência feita àquela noite e à experiência da Última Ceia no cenáculo, quando Jesus tomou a refeição da Páscoa e a transformou na Ceia. Agora, isso então se tornou a celebração natural da igreja primitiva. O desejo de Cristo de que a cruz se tornasse o ponto central ao instituir esta ceia deu à igreja uma maneira de celebrar continuamente sua morte. E foi precisamente isso o que a igreja primitiva fez.

O capítulo 2, de Atos, nos ajudará a ver isso. Observe os versículos 41 e 42 do capítulo 2, de Atos. Atos 2.41: “Então, os que lhe aceitaram a palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas,” e isso foi em resposta à mensagem de Pedro dada no dia de Pentecostes. “Havendo um acréscimo naquele dia,” e eles seriam acrescentados àqueles que já haviam crido em Cristo, “3.000 almas.” Agora, há o nascimento da igreja. “E eles continuaram firmemente em quatro áreas,” quatro jeitos pelos quais a igreja primitiva celebrava sua vida. Um, a doutrina dos apóstolos, isso é ensino, é teologia, o ensino daquilo que os Apóstolos receberam como revelação de Deus. A comunhão, isso é ministrar, é cumprir os deveres e responsabilidades que os crentes têm dentro da estrutura da comunidade cristã. Repartir o pão. Agora, sinto que isso está dando um passo além da comunhão e inclui a Ceia do Senhor. Porque na noite em que Jesus foi traído, ele tomou pão e o quê? O partiu e disse, e o partir do pão, creio eu, tem uma implicação da Ceia do Senhor, embora seja mais amplo que isso, como explicarei em breve. E então, finalmente, em orações. Essas são as quatro dimensões da vida da igreja primitiva: ensinar, ministrar, ter comunhão com o Senhor vivo, que morreu por eles, e orar.

Agora, essas coisas são novamente indicadas em parte no versículo 46. Eles perseveravam diariamente no templo. E aparentemente é onde eles se reuniam para ensinar, a doutrina dos apóstolos, muito provavelmente. E partindo o pão de casa em casa, comiam a sua refeição com alegria e singeleza de coração. E a ideia lá, de novo, é você partindo o pão, tendo comunhão e certamente a oração também seria lançada.

Então, na vida da igreja, observe, eles continuaram todos os dias partindo o pão. Estou convencido, juntamente com muitos outros estudiosos da Bíblia e historiadores desse período, que a igreja primitiva comemorava a mesa do senhor em uma base contínua. De fato, não é improvável que eles tivessem a Ceia em cada refeição que fizessem. Isso não é uma impossibilidade. Isso é, talvez, uma probabilidade. O termo “partir do pão,” na verdade, no versículo 42, tem um significado histórico à parte da morte de Cristo. É o termo que se refere ao costume palestino de ter uma refeição de comunhão. Era comum naqueles dias que a comunhão girasse em torno de uma mesa. Ainda é. E era comum nesse período ter pessoas comendo juntas.

Agora, quando temos alguém para jantar, você sabe como funciona. Você coloca a comida na mesa e está tudo lá, e todo mundo fica olhando um para o outro esperando um sinal. Você está tentando descobrir se eles, você sabe, oram nessa casa, ou se eles não oram, ou se todos damos as mãos e cantamos a “Doxologia,” ou se nos sentamos, levantamos, ou começamos a comer, entende. Como entramos nessas coisas? E se a esposa está na cozinha, se oramos com a esposa ou sem ela? Quer dizer, qual é o procedimento? Então, nós nos sentamos até tudo acontecer.

Estava muito claro qual era o procedimento naquela época. O anfitrião simplesmente se sentava, pegava um pedaço de pão, o partia, todos faziam o mesmo. Era assim que acontecia. Então, o partir do pão tornou-se sinônimo de uma refeição de companheirismo. Mas, além disso, é evidente para a maioria dos historiadores que analisaram a igreja primitiva no Livro de Atos, que incorporado a essa prática estava o partir do pão que Jesus fez na Ceia. Assim, quando eles terminavam a refeição da comunhão, imediatamente participavam da Comunhão do Senhor, a Ceia do Senhor.

Agora, vemos isso quando passamos pelo Livro de Atos. E, eventualmente, essa refeição de confraternização ficou conhecida como a festa do amor, ficou conhecida como ágape, ou alguns de vocês podem ter ouvido falar em ágape. Era o banquete do amor, a refeição comum, o tipo de comida da igreja primitiva que eles comiam e seguiam com a Comunhão.

Agora, parece que no início, faziam isso todos os dias. Eles tinham comunhão em todo lugar o tempo todo. Agora, lembre-se disto, que no tempo em que Pedro pregou no Pentecoste, que também era a grande celebração da Páscoa, naquele longo período de festas em Israel, muitos peregrinos vinham de outras cidades e conviviam juntamente com outras famílias judaicas. Isso fazia parte da cultura. Quando muitos desses peregrinos foram salvos, eles não quiseram voltar, ficaram na comunidade. E assim, os cristãos tiveram de cuidar deles. É por isso que diz, no capítulo 2, versículo 44, que eles tinham todas as coisas em comum e estavam vendendo suas posses e bens e os dando para as pessoas que precisavam, porque havia todas aquelas pessoas que haviam entrado na cidade, cujas necessidades tinham de ser atendidas. Eles não tinham meios de subsistência. Além disso, instantaneamente, no ponto em que a igreja começou, os escravos eram salvos. E lá se tornou uma irmandade comum do escravo e do homem rico. E as necessidades dos escravos eram então atendidas por homens ricos que podiam satisfazer necessidades. E havia uma assistência maravilhosa. Eles faziam refeições em casas diferentes. Eles começaram a misturar suas vidas. E parte disso foi a celebração do partir do pão, celebrando a Ceia do nosso Senhor.

Vemos isso se desenvolver ainda mais se formos ao livro de Atos. Por exemplo, poderíamos pensar em várias coisas diferentes, mas o capítulo 20, versículo 7. Paulo chegou à cidade de Trôade e no primeiro dia da semana, quando os discípulos se reuniam para partir o pão. Parece que nessa época essa coisa ficou meio que estabelecida em uma vez por semana, e eles partiam o pão uma vez por semana. “Agora, John,” você diz, “o que significa partir o pão aqui?” Bem, eu acho que a questão aqui é o partir do pão como uma celebração da Ceia do Senhor, ou a morte de Cristo, como era o aspecto da lembrança. Mas, além dessa lembrança, o versículo 11 diz: “Subindo de novo, partiu o pão, e comeu, e ainda lhes falou largamente até ao romper da alva,” a implicação desse versículo é que eles também ainda estavam comendo, que ainda havia uma refeição em comum.

Agora, volte para o versículo 7, e você verá que Paulo pregou para eles. Agora, isso se tornou um padrão na igreja primitiva. A igreja se reunia no primeiro dia da semana. Eles tinham uma refeição de confraternização, seguida pela Ceia, e por um sermão. Agora, isso se tornou praticamente o padrão. E com o passar do tempo, permaneceu conosco. E, de fato, ainda hoje existem muitas igrejas que se reúnem em todos os dias do Senhor, têm o partir do pão seguido de um sermão. A festa do amor há muito desapareceu. A festa do amor não foi algo instituído por nosso Senhor. Não foi algo instituído pelos apóstolos

Era algo remanescente da cultura. E assim, nunca realmente pegou. O costume inicial de ligar a Ceia do Senhor à refeição comum de todos os dias começou a diminuir. Eles não a celebravam em todas as refeições, depois a celebravam com a refeição comum uma vez por semana, e até isso começou a desaparecer.

Você diz: “Bem, por que eles tinham essa ligação?” Bem, acho que há várias razões pelas quais a igreja primitiva anexou a Ceia a uma refeição comum. Uma é porque o Senhor Jesus havia anexado a Ceia à refeição da Páscoa e isso se tornou uma espécie de norma. O Senhor Jesus havia comido uma refeição com seus discípulos e depois instituído a Ceia do Senhor e assim, eles meio que disseram que esse devia ser o padrão.

Além disso, o povo judeu havia sempre associado a Páscoa, é claro, como aquela refeição. E o cristão judeu faria essa conexão facilmente. Mas o cristão gentio olharia para sua herança e diria: "Ei, sempre que vamos ao templo e sempre que oferecemos algo a nosso Deus, também temos uma refeição." Havia muitos festivais. Na verdade, eles costumavam manter o que eles chamavam de eranos, que eram refeições comuns, uma espécie de compartilhamento de pratos, que seria seguido pela adoração de algum deus. E assim, isso era uma coisa cultural tanto na cultura judaica como na gentia. E a igreja primitiva não se afastou dela. Eles se reuniam para uma refeição comum que era conhecida como a festa do amor ou o agapē, e era seguida pela Ceia do Senhor.

Mas deixe-me correr para acrescentar. Nenhuma dessas coisas está particularmente prescrita nas Escrituras. Você poderia ter a Ceia do Senhor depois de qualquer refeição que quisesse em sua casa e ajustá-la ao padrão bíblico. Ou você poderia ter a ceia do Senhor, e uma festa do amor, se você assim quisesse, poderia seguir uma refeição especial, onde você ajuntava certas pessoas para essa intenção e propósito. Ou você poderia tê-la dentro da igreja, sem o banquete do amor. O ponto é que você o faça. O ponto é que você obedeça ao que diz o Senhor, e exercite o maravilhoso privilégio e oportunidade de comunhão em torno da cruz. Ouso dizer que algumas famílias poderiam ser drasticamente modificadas se passassem um tempo fazendo isso.

Agora, em Corinto, e eu acho que Corinto é uma ilustração de um grupo de pessoas que contribuíram para a morte do banquete do amor. Em Corinto, eles se reuniam na seguinte base: primeiro, havia um jantar completo e depois a Ceia do Senhor, mas eles transformaram essa celebração em um desastre. Apagaram qualquer significado dela. Na verdade, a transformaram naquilo que já estavam acostumados em suas festas de ídolos. Tornou-se um exercício de bêbados, glutões e egoístas.

E então, quando seguiam essa festa com a Ceia do Senhor, isso deixou Deus desapontado. Isso O deixou tão insatisfeito e incomodado que decidiu que a única maneira para lidar com isso era deixando os coríntios enfermos, e ele os deixou tão doentes, que alguns morreram. Deus ficou muito irado. Quando chegavam à Mesa do Senhor, vinham com um espírito tão profanado e corrompido que se tornou uma zombaria e uma blasfêmia contra a cruz. E Deus não iria tolerar isso.

De fato, verificamos que as pessoas ricas traziam a comida. Era para ser um junta-panela, e era para ser uma refeição comum, onde havia um simbolismo de compartilhar os alimentos que simbolizavam a confraternização na comunidade cristã, e acredite em mim, deveria ter sido assim. O cristianismo derrubou barreiras fantásticas, e apenas 20 anos depois da partida de Jesus, eles começaram a retomá-las. Mas eles se juntavam, e os ricos corriam, chegavam mais cedo e comiam tudo antes que os pobres chegassem. E então, os pobres vinham e diziam: “Oh, que pena acabou tudo.” Algumas pessoas estavam se transformando em glutões e outras estavam voltando para casa com fome.

De fato, se você olhar para o capítulo 11, de 1Coríntios, penso ser o versículo 33, você verá, pela admoestação de Paulo, que é precisamente isso que acontece. “Assim, pois, irmãos meus, quando vos reunis para comer, esperai uns pelos outros.” Você não pode ter um junta-pratos a menos que espere que alguém chegue e compartilhe do prato que você trouxe. Se você tem um problema de fome, ele diz no v. 34, se tudo o que você quer é comer, fique em casa. Esse não é o ponto. Você certamente não precisa fazer isso ali. Você certamente não pode dizer: "Bem, eu estava com fome.” Se alguém tem fome, coma em casa. Você vem aqui para compartilhar.

Assim, você tem em Corinto as pessoas ricas e as pessoas pobres, aqueles que traziam em abundância e aqueles que não podiam trazer quase nada. E parece evidente que o escravo poderia desfrutar só de uma refeição boa por semana, e isso seria na refeição do ágape. Mas não estava indo bem. Os ricos não compartilhavam com os pobres. Eles comiam em grupos pequenos e exclusivos. Eles corriam para que não houvesse mais nada quando os pobres chegassem, e o resultado foi que a ocasião social, que deveria eliminar as diferenças, acabou construindo muros enormes entre as pessoas. E então, quando iam à Ceia do Senhor, estariam profanando, seria uma blasfêmia. Seria uma zombaria para celebrar a igualdade da Cruz, enquanto eles estavam, você sabe, fazendo tudo o que podiam para levantar muros entre si e os outros que Deus igualmente amou.

Assim, Paulo escreve esta seção para corrigir os abusos deles. E ele realmente vai a eles. Olhemos para versículo 17, como uma introdução básica para esta seção. E nós não vamos terminar, assim nós falaremos sobre isso adiante. “Nisto, porém, que vos prescrevo, não vos louvo, porquanto vos ajuntais não para melhor, e sim para pior.” Agora, no capítulo 11, versículo 2, ele tinha algumas razões para bendizer. "De fato, eu vos louvo porque, em tudo, vos lembrais de mim e retendes as tradições.” Mas nesse outro texto, ele diz que não pode elogiar, "porquanto vos ajuntais não para melhor, e sim para pior.”

Sabe, ir à igreja para vocês é a pior coisa que podem fazer. Pensem sobre isso. Quero dizer, isso é chocante. Ele diz: "Olha, eu ordeno a vocês,” e ele usa a palavra paraggellō, que significa ordeno. "Eu não estou mais fazendo sugestões.” Estou expondo, pessoal. Agora, tenho algumas ordens para vocês, e eu não vou exaltar nenhuma qualidade. Assim, vamos esquecer essa coisa toda. Quando vocês se reúnem, não se reúnem para o melhor, mas para o pior. Seria melhor que ficassem em casa do que estarem juntos. "Rapaz, isso é realmente algo.” Em vez de sua adoração ser útil e edificante, é destrutiva. Melhor ficar em casa.

Você odeia pensar nisso, mas estou certo de que é provavelmente verdade nas igrejas, talvez em algumas igrejas que você conhece, seria melhor se ninguém fosse, muito melhor. Porque ou eles não ouvem a verdade lá, ou eles chegam lá, e é só, você se mete em um fogo cruzado entre as pessoas e a pessoa que está no púlpito. Ou há brigas, contendas, discussões e tudo o que acontece quando você vai à igreja é ativar seu antagonismo. Você já esteve em uma situação como essa? Começa a ver todas as pessoas com as quais você não concorda. Realmente não é uma boa experiência.

Bem, na assembleia dos Coríntios, a pior coisa que eles poderiam fazer pela vida espiritual deles era se reunirem. Você diz que é incrível à luz de Hebreus 10. Sim, "Não deixemos de congregar-nos.” Vocês precisam fazer isso, diz ele, para estimularem uns aos outros ao amor e às boas obras. Mas tudo o que fizeram foi provocar uns aos outros à ira e ao egoísmo. Imagine quando se trata de uma igreja onde se reúnem para o pior, você está em sérios apuros. Eles haviam degradado a festa do amor em um exercício egoísta, glutão e bêbado de indulgência, e esbofetearam a Ceia do Senhor ao final dela. Os irmãos pobres eram ofendidos. Eles haviam transformado a Ceia do Senhor em uma festa para satisfazer o apetite. Os elementos da Ceia eram tratados irreverentemente. E Paulo diz, vou corrigir essa coisa. Então, o versículo 17, é uma repreensão geral.

Eu também incluiria isto para o seu pensamento. O versículo 17 também introduz uma repreensão que começará nos capítulos 12 a 14 sobre o mau uso dos dons espirituais, nos quais entraremos assim que terminarmos esta seção. Então, estas são as coisas que ele está repreendendo em sua assembleia: o mau uso da Ceia e o uso indevido dos dons espirituais. Mas, por enquanto, é a Ceia que está em sua mente. Agora, você tem um esboço lá com três pontos, e nós vamos apenas olhar um deles nesta manhã e cobrir os outros dois da próxima vez.

Primeiro, Paulo discute a perversão da Ceia do Senhor. E eu meio que defini o contexto para você. Nos versículos 18 a 22, a perversão da Ceia do Senhor, versículo 18: "Porque, antes de tudo, estou informado haver divisões entre vós quando vos reunis na igreja,” e a palavra igreja, ekklesia, nunca é usada no Novo Testamento em referência a um edifício, nunca. É sempre usada em referência a uma assembleia de pessoas, sejam elas vivas, mortas, universais ou locais, sempre para pessoas. A igreja é um organismo. Então, quando vocês se reúnem na igreja, quando vocês se reúnem como crentes, “estou informado de novo, e de novo, é o grego, haver schismata entre vós quando vos reunis na igreja; e eu, em parte, o creio.”

Agora, schismata é um termo interessante. Refere-se basicamente a uma diferença de opinião. Quero que você entenda a palavra aqui, porque acho que estamos vendo outra dimensão na vida confusa da igreja de Corinto. Refere-se basicamente a uma diferença de opinião. Por exemplo, em João 7.43 e João 9.16, João diz sobre Jesus: “Assim, houve uma dissensão entre o povo por causa dele.” E o que isso significa nesses dois exemplos é que algumas pessoas diziam que Jesus era de Deus, e algumas diziam que Jesus não era de Deus, e o comentário de João é que havia uma divisão, um schismata entre o povo. O que ele quer dizer com isso é que havia uma diferença de opinião. Uma diferença de opinião sobre determinada coisa.

Então, ele diz que quando vocês se reúnem, eu ouço continuamente que há diferenças de opinião entre vocês. Quando a igreja se reúne, em vez de união e comunhão, tudo o que vocês fazem é discutir e discutir. Agora, isso acrescenta outra dimensão àquela igreja já confusa. Eles já haviam dividido a igreja por pelo menos dois motivos. Os ricos e os pobres já haviam traçado uma grande linha entre eles, e estavam se separando totalmente. Então, eles estavam separados nessa base, a divisão sociológica. Eles estavam divididos teologicamente: “Eu sou de Paulo. Eu sou de Apolo. Eu sou de Cefas. Eu sou de Cristo.” Todo mundo tem sua pequena panelinha. Leia no capítulo 1 e no capítulo 3. Eles tinham seu próprio grupo teológico, e a parte surpreendente disso era que os diferentes grupos nem sequer discordavam teologicamente; eles apenas se isolavam em torno de personalidades.

E agora, encontramos aqui que, toda semana, semana após semana, na discussão e na ação interior da vida da igreja, havia uma constante disputa sobre as diferenças de opiniões sobre tudo.

Agora, isso é realmente triste, e é por isso que no início do livro de 1Coríntios 1.10, Paulo diz: “Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer.” Vocês devem ter o mesmo entendimento, a mesma opinião, a mesma atitude e falar a mesma coisa. Em vez disso, vocês se reúnem e disputam tudo.

Você diz: “o que faz a Igreja lutar assim? O que faz a igreja se dividir em pequenas facções?" Eu vou lhe dizer o que causa essas coisas: Paulo disse-lhes expressamente como você jamais ouviu. “Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como” o quê? "a carnais.” Vocês não são carnais? “Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem?” Vocês não são carnais? “O que causa isso é carnalidade, andar na carne e fazer o que a mente diz, em vez de andar no Espírito e fazer o que Deus diz, isso causa divisão.”

A coisa mais temida na igreja, em minha mente, é a divisão. Isso é verdade na mente de Paulo. E eles tinham todos os meios para dividi-la. Não apenas as panelinhas dos capítulos 1 e 3, não apenas a dicotomia rico-pobre sociologicamente, mas tinham pequenos grupos dividindo e separando todos os tipos de opinião. Havia simplesmente um espírito de divisão impregnando tudo, e o problema dessa unidade era como um incêndio florestal violento na assembleia coríntia. E isso chegou à Mesa do Senhor e, quando se sentavam para tentar fazer uma refeição comum, quando se sentavam para tentar falar sobre uma vida em comum, ficava tão óbvio que estavam divididos, que aquilo tudo virava uma piada. E Paulo diz, em parte o creio. Por que crer só em parte? Porque eu já ouvi isso tantas vezes, que tenho certeza de que há algum exagero, e quero que saibam que eu não sou totalmente crédulo.

Agora, ele vai mais longe, versículo 19. E esta é realmente uma declaração interessante. Ele diz: “Porque até mesmo importa que haja partidos entre vós, para que também os aprovados se tornem conhecidos em vosso meio.” Rapaz, essa é uma declaração estranha, pessoal. Você prestou atenção ao que ele disse? A razão pela qual acredito que existe divisão, e deve haver, para que aqueles que são aprovados possam se manifestar. Você diz: "Ele está dizendo que a igreja tem de ter heresia?" O que a palavra "heresia" significa? Fico feliz que você tenha perguntado, porque isso é muito importante. A palavra "heresia" não significa totalmente o sentido que atribuímos a ela hoje. A palavra "heresia" basicamente significa, ela vem de uma raiz que enfatiza a ideia de uma escolha, escolher. Significa simplesmente a escolha de um grupo que tenha uma determinada opinião. Eu vou lhe dizer como você vai entendê-la. É traduzida várias vezes nos evangelhos pela palavra "seita.” É um grupo de pessoas que tem uma opinião. Não precisa ser ruim. Não significa que é bom. É usado em um sentido neutro em, digamos, Atos 24. O texto fala sobre a seita dos nazarenos. Não é necessariamente ruim. A palavra é usada em um sentido ruim em Gálatas 5.20, onde se refere a uma das obras da carne, é hairesis ou heresias, ou o que significa são diferenças de opinião. E isso tem a ver com a disputa egoísta, tem a ver com um tipo de facção egocêntrica, e esse é o seu uso aqui.

Tem de haver controvérsia, se você preferir. Ou tem de haver facções na igreja. Tem de haver problemas na igreja. Tem de haver diferenças de opinião na igreja. Você diz: “Bem, por quê? O que isso significa? Acabou de dizer em 1.10: "que não haja entre vós dissensões,” agora diz que tem de haver divisão. Está dizendo que está procurando algumas pessoas que podem assumir o ministério da divisão? Bem, eu tenho vários nomes para sugerir, e que já estão se desenvolvendo muito bem ao longo dessa linha. Então, o que Paulo está dizendo aqui?" Não, ele está dizendo que tem de haver essas coisas para que os que são sinceros se manifestem entre vós.

Agora, espere um minuto. Paulo diz: Eu acredito que existem esses grupos porque eles são necessários. Agora, observe a declaração, "importa que haja." Ela é dei. D-E-I no grego. É uma palavra que significa que é necessário. É “necessário" e, em seguida, você deve traduzir a palavra facções, é assim que deve ser. É necessário que haja entre vós facções. A palavrinha "é necessário" é usada várias vezes no Novo Testamento. Uma partícula muito comum; muito, muito, muito útil. E em muitos de seus usos, destaca algo que é necessário por causa da vontade de Deus. Ela é usada em algo que é necessário por causa da vontade de Deus.

Por exemplo, é necessário que Jesus sofra, e, é certo, que morra e ressuscite. É necessário que eu vá a Jerusalém. Você encontra essa pequena partícula novamente conectada com algo que Jesus deve fazer porque essa é a vontade de Deus.

E aqui temos a mesma coisa. É necessário. Por quê? Porque Deus está fazendo algo que precisa disso. O que ele está fazendo? Ele está aprovando certas pessoas e está fazendo com que se manifestem a você. Como? Porque quando os problemas chegam, e quando chegam de facções, você logo vai descobrir quem são as pessoas boas, o dokimoi: o aprovado, o testado, o ouro que vêm do fogo purificado. O mal é necessário para manifestar o bem.

Você não sabe quem são os pacificadores na sua igreja a menos que precise de alguém para fazer a paz, certo? Você não sabe quem são as pessoas que mostram o amor na igreja a menos que saiba como eles têm se relacionado com as pessoas que não mostram isso. Você vê, são a adversidade, a luta e a contenção que fazem com que a verdadeira liderança, o verdadeiro povo temente a Deus, as pessoas que verdadeiramente caminham no Espírito apareçam no topo e se tornem visíveis a todos. Os problemas têm uma maneira de manifestar a personalidade e têm uma forma também de mostrar a espiritualidade. Os dokimoi são aqueles que estão lá e dão provas de andar no Espírito no meio de uma situação difícil.

Por exemplo, 1Tessalonicenses 2.4 nos diz algo sobre os dokimoi, que é uma palavra grega para testado, provado ou aprovado. Diz literalmente que fomos os dokimoi de Deus, essa é a ideia, se não a tradução, mostra que nós fomos os dokimoi de Deus, os aprovados, os testados, os provados de Deus a ponto de ele nos confiar o evangelho. Agora, ouça, Paulo diz aqui algo sobre os aprovados: eles são aqueles a quem Cristo confia o ministério. Uma das coisas que na igreja fazemos, como presbíteros e líderes, é procurar pessoas a quem precisamos dar ministérios. Precisamos de uma pessoa aqui ou de uma pessoa ali, ou queremos ver quem Deus está realmente movendo para que possam ter um ministério para o Senhor. Queremos ver quem é que Deus está realmente tocando. E assim, é muito importante que tal pessoa, antes de receber um ministério, seja aprovada. E uma das maneiras mais óbvias que as pessoas aprovadas chegam ao topo e se tornem visíveis é como elas respondem às dificuldades dentro do corpo de Cristo. Como lidam com as adversidades, como lidam com problemas, como lidam com as lutas, como lidam com desentendimentos. Isso tem uma forma de manifestar ao corpo os dokimoi, os aprovados. E eles são os adequados para o serviço especial.

E eu realmente acredito, com todo meu coração, que a razão pela qual algumas pessoas deixam ministérios eficazes para Cristo, e até mesmo o ministério de pastoreio, e ministério do campo missionário, é porque quando estão no teste da luta, quando são testados nos desacordos, eles não sabem lidar com isso no Espírito e, consequentemente, eles nunca alcançam o lugar onde Deus lhes confiará o evangelho. Assim, os aprovados se manifestam nas dificuldades. É na luta que o ouro passa pelo fogo. E assim, Deus diz que na igreja você vai ter isso, porque é uma maneira de ver quem pode liderar e quem pode ministrar.

Penso que Paulo em sua própria vida entendia isso como uma coisa graciosa da parte de Deus, não como algo que ele fosse tão digno, mas que Deus o aprovou por sua graça. Em Tiago 1, acho interessante, Tiago 1.12 diz: “Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado.” Outro modo de você ver o homem aprovado, ele é o sujeito que passa pela provação e sai vitorioso. Você olha em volta e diz: "Agora, quem são os santos aprovados?" Eles são aqueles que lidam com as lutas, e são os únicos que suportam a tentação, e são eles que receberão, quando forem julgados, a coroa da vida, a qual o Senhor, o justo juiz, dará. Percebe, esses são os dokimoi.

Eu acrescentaria ainda que os dokimoi são os verdadeiros cristãos, o trigo entre o joio. O texto de 1João 2.19 fala sobre eles: “Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos.” As dificuldades expulsaram algumas pessoas. E, consequentemente, o povo disse: "Oh, esses são o joio, e estes são o trigo.”

Eu me lembro, quando vim pela primeira vez para a Grace Church; uma das primeiras coisas que encontramos foi uma situação muito problemática. E por causa de toda essa situação incômoda, duas famílias deixaram a igreja, tivemos, sabe, problemas o tempo todo ao longo do caminho. Mas, neste caso particular que eu me lembro, as duas famílias que deixaram a igreja, imediatamente depois manifestaram que eles não eram cristãos de forma alguma. Eles não eram dokimoi no sentido mais simples. Eles nem eram salvos. Foi a luta que manifestou isso para nós, e foi algo purificador. E é verdade que a igreja em processo de purificação terá facções, provações, para que os aprovados possam subir ao topo, de modo que ficará óbvio, para todos, quem é a liderança, são pessoas que provaram ser espiritualmente capazes e espiritualmente responsáveis.

Ele diz, em Tito 3.10, se você encontrar alguém que é faccioso, dê a ele uma admoestação, dê outra admoestação. Se ele não ouvir essas duas, coloque-os fora para a pureza da igreja. A pureza da igreja está em jogo. Assim, ele diz que facções e pecados vão entrar na igreja, prepararem-se, pois isso vai acontecer. Você diz: “Bem, agora eu já sei qual é meu ministério. Eu vou fazer isso. Vou simplesmente sair por aí, tentando ajudar os líderes a se desenvolverem, e vou criar um monte problemas. Quero dizer, enquanto os problemas precisarem estar lá, estou disposto a fazer o sacrifício.”

Bem, eu só quero me apressar a dizer algo que pode ajudá-lo ao longo dessa direção. Só não quero que faça isso sem realmente pensar por um pouco. E a razão pela qual digo isso é porque você pode se meter em dificuldades, porque Mateus diz isto no capítulo 18, versículo 7, apenas ouça: ele diz: “Ai,” e isso significa dificuldade, “dificuldade para o mundo por causa de ofensas.” Agora, ouça, “porque é inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual vem o escândalo.” Você entende isso? Você diz: "Eu acho que entendi." Bem, preste atenção novamente em Lucas 17, então você terá certeza. Lucas 17.1: “Disse Jesus a seus discípulos: É inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual eles vêm!“ Pessoal, vocês precisam estar preparados para os escândalos. “Mas ai daquele por quem eles vêm, melhor fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e fosse atirado no mar, do que fazer tropeçar a um destes pequeninos.” Você ouviu isso? Agora, isso pode acelerar o fim do seu ministério nessa área.

Vai acontecer; só não seja você aquele a fazer acontecer. A igreja não é para ser lugar onde se cria problemas. Você deixa o Senhor fazer isso. No aperfeiçoamento dos santos, ensinamos a Palavra; o Espírito Santo traz as provações. Ok, deixe que ele se preocupe sobre como vai acontecer.

Agora, ele diz, sua ação corrompeu tanto todas as coisas, suas facções, discussões, diferenças de opinião e discussões sociológicas e teológicas criaram tamanha monstruosidade, que ele diz, no versículo 20: “Quando, pois, vos reunis no mesmo lugar, não é a ceia do Senhor que comeis.” Agora, ouk estin, com um infinitivo no grego, é traduzido por “é impossível.” Você pode pensar que é a Ceia do Senhor; tenho notícias para você, não é a Ceia do Senhor que você está comendo. Você pode estar bebendo um cálice e dizendo algumas palavras, e você pode estar comendo um pedaço de pão, e dizendo algumas palavras, mas isso não é a Ceia do Senhor.

É impossível ter a Ceia do Senhor quando você tem outros com coração como o seu. Não pode ser feito. Porque, versículo 21: “Porque, ao comerdes, cada um toma, antecipadamente, a sua própria ceia.” Bem, que tipo de refeição compartilhada é essa, em que se senta em um canto e come sua própria comida? Egoísta. "E há quem tenha fome." O pobre não consegue nada, "ao passo que há também quem se embriague.” Você tem extremos lá. Os ricos estão bêbados e os pobres não têm nada, e você chama isso de festa do amor? Chama isso de Ceia do Senhor? Diz que isso é comunhão, e então entra na Ceia nesse tipo de situação, odiando uns aos outros, lutando entre si, hostilizando uns aos outros? Como pode celebrar a unidade comum dos santos? Como pode fazer o que Paulo diz em 10.16? Como isso pode ser comunhão com o sangue? Comunhão com o corpo? Como você pode ser aquele um pão e um corpo, do versículo 17? Como você pode celebrar que você é uma família de um pão? Você o destruiu. Não há espaço para isso.

E então, Paulo, em frustração, como se ele estivesse tentando encontrar um motivo pelo qual estão fazendo isso, diz no versículo 22: “Não tendes, porventura, casas onde comer e beber? Ou menosprezais a igreja de Deus e envergonhais os que nada têm? Que vos direi?” Quer dizer, você vagueia pelas ruas e o único lugar onde você pode vir comer é aqui, tem de vir aqui e encher sua cara? É isso? Se você está com fome, pode ir para casa comer ou beber, ou você não tem um lar? Você tem de transformar a refeição de comunhão em glutonaria e embriaguez, porque não tem uma casa onde possa comer e beber, é isso? Ou talvez não seja porque não tenha uma casa; talvez seja porque despreza a igreja de Deus. Ou odeia a igreja e você logo a destrói. Talvez o seu desejo seja pegar o que Jesus comprou com o seu precioso sangue e destruí-lo. É isso que você quer fazer?

Rapaz, sempre penso nisso quando alguém quer criar divisão na igreja. Ah, é porque você odeia a igreja que faz isso? É esta a sua maneira de dizer: "Senhor, eu só quero que saiba que desde que edificou a igreja, tomo a liberdade de destruí-la." É por isso que age assim? Quando você semeia sementes de discórdia ou desunião, Paulo diz: é isso que você tem em mente? Talvez só queira envergonhar as pessoas pobres. Talvez tenha satisfação de humilhar alguém que não tem nada. Possivelmente, por isso, está se comportando assim. Você não tem casa, odeia a Deus ou às pessoas. O que devo lhe dizer? Paulo diz: “Louvar-vos-ei? Não vos louvo.” Nenhum elogio para vocês.

A igreja é um lugar, talvez o único lugar, onde os ricos e os pobres devem ser capazes de ter comunhão, onde ricos e pobres devam amar uns aos outros. Jesus deixou isso claro. Os apóstolos deixaram isso claro. Tornou-se o padrão para a nova igreja, pois eles compartilhavam todas as coisas em comum. Em Gálatas 2.10, Paulo diz: “recomendando-nos somente que nos lembrássemos dos pobres.” A igreja é um lugar onde as barreiras devem ser derrubadas. E você sabe, no mundo antigo, elas eram rígidas. Quer dizer, havia homens livres e escravos, homens e mulheres, gregos e bárbaros, e pessoas que falavam grego e pessoas que não o falavam, educados e sem instrução, judeus e gentios, ricos e pobres, romanos e não romanos, cultos e incultos, e todas essas barreiras. E a igreja se uniu e quebrou todas elas. As paredes foram quebradas, diz Efésios 2. E então, 20 anos depois, eles estão construindo essas paredes de novo, colocando tudo de volta.

Você diz: “Mas John, o que isso me diz?” Eu acho que isso diz muitas coisas. Número um, diz que é melhor você vir à ceia do Senhor. E em segundo lugar, é melhor você ter cuidado com o modo como lida com a igreja, e é melhor ter certeza de que não faz nada para dividir a igreja. E mais, quando você vem para a Ceia do Senhor, ou quando você vem para a comunhão dos santos que se reúnem aqui, eu espero que você não venha com nenhum sentimento racista, porque em Cristo não há nenhum. Espero que você não tenha sentimentos sexistas, sentimentos classistas ou sentimentos egoístas e indiferentes. Porque, se fizer isso, você perverterá essa comunhão e perverterá a Mesa do Senhor como a igreja de Corinto fez. E o que vou eu dizer a você? Eu direi a você o que Paulo disse: "não vos louvo."

Nós nos reunimos para a comunhão, amados. Nós nos reunimos para adorar a Deus. Nós nos reunimos para celebrar nossa união. Que ela seja pura. Que ela seja real. E você, deixe que o Espírito Santo, em sua providência, permita que as facções venham para a purificação da igreja, você não as inicie. Espero que nossa igreja não seja como a igreja de Corinto, mas que nossa igreja seja como a igreja de Tessalônica, da qual Paulo disse: “Damos, sempre, graças a Deus por todos vós, mencionando-vos em nossas orações e, sem cessar, recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo.” E mais adiante ele diz, e é lindo: “No tocante ao amor fraternal, não há necessidade de que eu vos escreva, porquanto vós mesmos estais por Deus instruídos que deveis amar-vos uns aos outros.”

Pai nosso, agradecemos ao Senhor nesta manhã pela palavra clara que ouvimos, pelo alto chamado que tu nos deste. Vemos como os coríntios perverteram tudo. E, Pai, isso é o que desejamos evitar. Ensina-nos a construir a paz. Ensina-nos a trazer união. Que nosso desejo, acima de tudo, seja o de sermos obedientes a ti. Salva-nos do nosso egoísmo. Não nos deixe dividir em panelinhas teológicas, panelinhas sociológicas ou panelinhas construídas em torno de opiniões que surgem e desaparecem a cada mudança de cargos e atividades. Preserva dentro de nós a beleza daquela unidade que o coro cantou quando começou nossa comunhão nesta manhã, aquele laço que nos une. Aprofunda nosso amor uns pelos outros para que nos sacrifiquemos para atender às necessidades de cada um. E nós te agradeceremos em nome de Cristo, amém.

Fim

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