
Primeira aos Coríntios, capítulo 14, e vamos compartilhar com você dos versículos 20-25, que é o coração desta passagem em particular. Agora, no capítulo 14, temos outro na longa linha de questões com as quais o apóstolo Paulo trata em Corinto. E aqui, ele está corrigindo os coríntios carnais com base no abuso e perversão do dom de línguas ou idiomas. Agora, peço desculpas, em certo sentido, para aqueles de vocês que estiveram aqui da última vez, porque é muito difícil conseguir qualquer parte deste capítulo sem obter tudo isso, mas eu farei o melhor que puder para trazer você para o contexto.
Há um verdadeiro dom de línguas na era do Novo Testamento, e era a habilidade de falar uma língua desconhecida para o falante, mas conhecida por alguém presente. E Deus tinha um propósito muito definido, que veremos mais adiante nesta manhã. Mas, na assembleia coríntia, eles haviam pego o verdadeiro dom e o torceram para um uso falso. E, além disso, eles também acrescentaram ao dom verdadeiro um dom falsificado.
Era comum nas religiões de mistério pagãs daquela época, e nós o mostramos isso a vocês em várias ocasiões. Era comum nas religiões pagãs daquela época as pessoas acreditarem que poderiam entrar em um estado de frenesi ou estado de êxtase. E, consequentemente, eles poderiam, por assim dizer, escapar de seu corpo e poderiam comungar em outro nível com uma divindade. E quando eles faziam isso, eles falavam com aquela divindade em uma língua desconhecida; eles literalmente falavam a língua dos deuses.
E eles acreditavam, consequentemente, que isso era algum tipo de fenômeno extático e sobrenatural que era muito autoedificante e era um grande ato de devoção àquele deus. Como no caso da igreja de Corinto, por todo o livro, todas as partes do sistema do mundo que eles conheciam tinham entrado na igreja, e essa área não era diferente.
Então, basicamente, o que você tem, no capítulo 14, é Paulo dizendo a eles: "Vejam, número um, vocês estão abusando do dom verdadeiro e, número dois, vocês trouxeram essa coisa falsa e confundiram a questão duplamente." De modo que eles estavam realmente acreditando que o dom de línguas era falar em um discurso extático, uma tagarelice extasiante, ou qualquer termo que você quisesse usar, e supostamente comungando com Deus em uma linguagem particular de oração.
Agora, o apóstolo Paulo escreve este capítulo, número um, para dispensar... ou para dissipar, eu deveria dizer... a ideia de que o verdadeiro dom é esse tipo de bobagem extática. Dois, para garantir que, quando o dom verdadeiro existisse, ele existisse adequadamente e no contexto certo para realizar o propósito correto. E, é claro, quando olhamos para o capítulo 14, é um capítulo muito urgente para nós hoje, porque os carismáticos estão nos dizendo o tempo todo que é necessário que tenhamos essa experiência para realizar a plena manifestação do Espírito Santo, a plena expressão do seu poder em nossa vida.
Eles estão clamando para nós, em voz alta, para experimentarmos isso, e precisamos entender o que Paulo está dizendo aqui. Agora, a igreja dos coríntios, como eu disse então, havia pegado o verdadeiro dom e distorcido seu uso. E eles acrescentaram um dom falso, que acabou confundindo tudo ainda mais. E assim Paulo escreve este capítulo como um corretivo, como ele fez nos 13 capítulos anteriores.
Na última vez, falamos sobre a posição do dom de línguas, e dissemos que ele era secundário. Paulo deixa muito claro que a posição do dom de línguas é secundária. E, em segundo lugar, o propósito do dom de línguas, que consideraremos hoje, é como um sinal. E, em terceiro lugar, o procedimento para o dom de línguas é sistemático. Em outras palavras, existe um sistema muito cuidadoso no qual Deus projetou esse dom para funcionar. E vamos considerar isso na próxima manhã do dia do Senhor.
Agora vamos ao segundo ponto. O propósito do dom de línguas, ou idiomas, é como um sinal. Agora, esta é uma área extremamente importante do estudo, porque se pudermos para sempre, de uma vez por todas, determinar o propósito do dom, então é muito fácil avaliar o que está acontecendo hoje, ou em qualquer momento da história, relativo a este dom. Ou se encaixa no propósito bíblico ou não. Consequentemente, podemos determinar se é legítimo ou não.
Agora, deixe-me começar por reiterar o que muitas vezes é oferecido como o propósito das línguas, particularmente hoje, entre nossos irmãos e irmãs nas comunidades pentecostais e carismáticas. Eles nos dizem que o propósito das línguas é principalmente para edificação pessoal e devoção. Em outras palavras, essa é a sua linguagem particular de oração, e quando você faz isso, você é edificado, e é dessa maneira que você pode ter seus devocionais com Deus de uma maneira sobrenatural, comunicando em uma língua que é sua própria língua privada com Deus. Agora, vimos em nosso último estudo que isso é, na verdade, precisamente o que os pagãos pensavam sobre seu discurso extático, que era um ato privado de devoção a um deus. E é precisamente isso que Paulo está negando na medida em que o verdadeiro dom está em foco. De certa forma, ele os culpa por isso.
Donald Gee, que é um pentecostal marcadamente histórico, disse: "Os propósitos revelados do dom de línguas são principalmente devocionais, e fazemos bem em enfatizar o fato.” Larry Christenson, que é um luterano carismático mais moderno, diz: “A pessoa fala em línguas, em sua maior parte, em suas devoções particulares. Esse é de longe o seu uso e valor mais importante.” Assim, eles estão dizendo que essa é uma nova maneira de fazerem suas devocionais, uma nova maneira de se edificar, uma nova maneira de se construir, uma nova maneira de ter comunhão com Deus e experimentar algo mais profundo e significativo do que você poderia de qualquer outra forma.
Agora, Paulo, nos primeiros 19 versículos, realmente mostrou que isso não é verdade. Na verdade, ele os repreende por isso. E eu lhe mostrei da última vez a mais interessante distinção grega entre o uso singular de glōssa e o uso plural, e mostrei por que eu acredito que, quando é singular, no capítulo 14, como referência ao jargão do discurso extático, e quando é plural, tem referência a idiomas, o verdadeiro dom. E assim, no versículo 2, vimos que Paulo diz: “Pois quem fala em línguas,” ou quem fala em êxtase, discurso extático como os pagãos, “não fala para as pessoas, mas,” - literalmente, no grego - “a um deus, e em seu espírito, fala mistérios.”
Em outras palavras, ele está dizendo a eles: “Vocês estão fazendo o que é feito nas religiões de mistério por pessoas que estão falando com seus deuses,” e que “não é esse o desígnio de um dom espiritual, porque todo dom espiritual é projetado para falar com os homens,” para falar com os outros ou para servir aos outros. O texto de 1Coríntios 12:7 diz: “A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando um fim proveitoso.” De modo que eles usaram mal este dom. Todos os dons são dados para vocês. Meu dom é para vocês, não para mim, e a ideia de autoedificação acaba sendo uma perversão.
E nada mais é do que falar mistérios; as religiões misteriosas são dirigidas a uma divindade, a um deus, e não falam aos homens, como os dons do Espírito são destinados a fazer. E então, é claro, no versículo 4, esse versículo muito importante, novamente usando o singular e sempre consistente. E tenho certeza de que é por isso que os intérpretes da King James colocam “desconhecida,” porque eles reconheceram essa diferença. Onde quer que esteja no plural, eles não colocam “desconhecida.” "Aquele que fala em jargões,” ou neste jargão de êxtase, "edifica a si mesmo.”
Agora, isso não está dizendo para você fazer isso com esse propósito. Discutimos como esse conceito de edificação, muitas vezes na carta aos Coríntios, é ruim. Em outras palavras, é uma edificação ruim, egoísta e egoedificante. "Ele está na verdade se edificando,” é o que ele diz. E isso é errado, porque nenhum dom é concebido com a intenção de uso egoísta. Meus dons são para vocês, esse é o ponto.
E ele diz: “Na verdade, vocês estão falando essa bobagem com o propósito de se edificar. Mas a verdade é que” - no versículo 14 – “o seu entendimento é infrutífero," totalmente infrutífero. E no versículo 16: “ninguém que ouve vocês pode sequer dizer: Amém. Você está ignorando totalmente as pessoas ao seu redor, você é egoísta, sua própria mente é infrutífera, as pessoas ao seu redor não podem dizer 'amém.’ E, como resultado, ele diz: "Prefiro falar cinco palavras a dez mil.”
E dez mil não é literal, é murioi. É o maior número no sistema de contagem grega que tinha um nome. Seria como dizer “quintilhões,” entende? Ele está dizendo que não tem sentido; autoedificação não é o ponto aqui. Você está fazendo isso por esse motivo, mas esse não é o ponto dele. Ele quase parece concordar com eles, no versículo 4, que eles estão se edificando, mas isso é apenas um tipo tácito de tirá-los de onde eles estão, e então ele os leva aonde deveriam estar.
É como em 1Coríntios 6:12, você sabe, onde ele lhes diz: "Todas as coisas são lícitas,” e ele está citando... lembrem-se da pequena frase. Lembram como estudamos isso? Eles estavam andando por aí, curtindo a liberdade, dizendo: “Todas as coisas são lícitas. Todas as coisas são lícitas. Estou na graça; posso fazer o que eu quiser." E ele está dizendo: "Bem, sim, todas as coisas são lícitas,” e é aí que eles estão.
Mas no momento em que ele chega ao versículo 18, ele diz: "Fujam da prostituição.” É onde ele quer que eles estejam. Eles podem estar concluindo que todas as coisas são lícitas, mas Deus não. Eles podem estar sentindo que tudo... que essa coisa os está edificando, mas Deus diz: "Esse não é o ponto,” entende? Essa é a abordagem que ele está usando. Assim, ele já lidou com muitos detalhes com o fato de que as línguas nunca foram planejadas para o propósito de edificação.
Eu mostrei a você da última vez que elas não podem edificar a igreja de forma alguma porque a igreja não sabe o que está sendo dito. E mesmo quando são interpretadas, é o dom da interpretação que edifica, não o dom de línguas. Não pode edificar um indivíduo então, porque sua mente é infrutífera. Não pode edificar a igreja porque ninguém sabe o que está sendo dito. E se alguém está lá, que fala essa língua, e teve seu uso pretendido e sua finalidade, ela teria de ser traduzida, de modo que não fosse não edificante, para que a igreja pudesse obter algum benefício. Mas então, novamente, seria o dom da interpretação, não de línguas, que edifica.
Portanto, não é possível que possamos concluir que esta é uma linguagem de oração autoedificante para Deus. De fato, se você estuda a oração no Novo Testamento, você nunca encontrará nenhum lugar em todo o Novo Testamento onde lhe seja dito para orar a Deus em uma língua desconhecida. De fato, quando Jesus apresentou o modelo para a oração em Mateus, capítulo 6, versículos 9-13, Ele disse: “Orem desta forma,” não foi? E então ele lhes disse como orar. E não havia nenhum jargão, não havia nenhum êxtase. E eu não acho que podemos chegar a um modelo melhor do que o de nosso próprio Senhor.
As pessoas dizem: “Mas as línguas neste idioma são uma forma de louvar a Deus. É uma maneira de louvar a Deus, uma forma livre, nova e maravilhosa para louvar a Deus. Então eu faria esta pergunta. A maior área de louvor, o maior tempo de louvor, a maior quantidade de louvor será oferecida no céu. E por que, então, 1Coríntios 13:8 diz que as línguas cessarão? Se é uma ótima maneira de louvar, e louvar é o próprio caráter do Céu, por que isso cessaria? Então, você vê, não podemos concluir que é para autoedificação ou devoção. Isso é apenas um esboço do que fizemos da última vez.
Em segundo lugar, outros sugerem que não é edificação, mas que é para evangelismo. Algumas pessoas dizem que o dom de línguas no Novo Testamento era para capacitar alguém a pregar o evangelho em outro idioma. Agora, parece uma boa ideia, e em algum lugar em um campo missionário em algum momento, Deus pode ter feito algo assim, dado a alguém a capacidade de falar uma língua que eles não conheciam a fim de dar o evangelho a alguém em uma situação muito crítica. Eu não negaria isso.
Mas você não pode apoiar o fato de que o dom de línguas no Novo Testamento era para pregar o evangelho para pessoas que não entendiam. Sabe por quê? Porque você nunca tem uma ilustração disso em todo o Novo Testamento. Você diz: “E quanto a Atos 2, quando todos falaram e todos os ouviram em sua própria língua?” Sim, mas você sabe o que a multidão ouviu? Eles os ouviram falando “as maravilhosas obras de Deus.” E se você estuda essa frase simples... ela vem do judaísmo... o que isso simplesmente significa é que eles... eles passaram pelas grandes e históricas coisas que Deus havia feito no Antigo Testamento.
Por quê? Chamar a atenção da multidão judaica para que Pedro pudesse se levantar e depois, no idioma deles, pregar o evangelho. Então, em vez de dizer que o dom de línguas seria útil para o evangelismo, você poderia dizer que foi um tipo de pré-evangelismo. Reuniu a multidão e, em seguida, o evangelho precisava ser pregado. Assim, os carismáticos sugeriram que é para edificação. Outros sugeriram que é para evangelismo. Mas esses não se encaixam realmente no Novo Testamento.
Em terceiro lugar, foi sugerido que o dom de línguas é a prova do batismo do Espírito Santo. E discutimos isso extensamente no capítulo 12, que o dom de línguas é a prova do batismo do Espírito Santo. Agora, há vários problemas com isso. Número um, veja o capítulo 12, versículo 13. 1Coríntios 12:13 diz: “Pois, em um só Espírito,” observe agora isto. "Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um só corpo." Agora, vou lhe fazer uma pergunta. Quantos foram batizados? Todos.
Veja o versículo 30, e esta é uma forma no grego que implica uma resposta negativa. Isso não é um palpite da minha parte. Essa é a forma grega de construção aqui. “Todos têm dons de curar? Todos falam em línguas?” E qual é a resposta implícita? Não. Agora, observe. Todos são batizados; todos não falam em línguas. Você não pode igualar os dois.
Além disso, gostaria de acrescentar o seguinte. Em Atos 2:38, Pedro pregou; ele disse: “Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos seus pecados, e vocês receberão o dom do Espírito Santo.” Três mil pessoas fizeram isso e você sabe quantas delas falaram em línguas? A Bíblia não diz que qualquer uma delas tenha falado. Em Atos, capítulo 4, versículo 31: “Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos. Todos ficaram cheios do Espírito Santo.” E eles falaram em línguas? Não. "Eles simplesmente pregaram a palavra de Deus com ousadia.” Veja em Atos 2 e Atos 4, pessoas cheias, pessoas recebendo o Espírito, sem línguas. Você não pode igualar os dois. Simplesmente não se encaixa.
Você diz: “Bem, John, se não é o sinal do batismo do Espírito, se não é para o evangelismo, se não é para o propósito de realmente proclamar o evangelho, se não é para o propósito de realmente me edificar de alguma forma privada, bem, para que serve? É isso que vamos estudar. Veja o versículo 20, e nós entraremos nele. “Irmãos, não sejam meninos” - ou, literalmente, deixem de ser crianças - “no entendimento; quanto à maldade,” – kakia, no grego, significa, na verdade, o mal, apenas o mal geral - “sim, sejam crianças.” É uma palavra mais jovem que a primeira palavra para crianças. A primeira palavra para criança significaria uma de 5 a 10 anos; a segunda palavra significaria um ano de idade ou menos. “Irmãos, deixem de ser meninos no entendimento; quanto à maldade, sim, sejam crianças (como um bebê). Mas no entendimento, sejam maduros.”
Agora, essa é uma acusação bastante forte, então ele começa com “irmãos” para meio que atraí-los um pouco antes de martelá-los. E a admoestação aqui sugere que por causa de seu emprego errado das línguas eles eram realmente maus. Agora, deixe-me mostrar o que quero dizer com isso. Eram “meninos na compreensão.” Ou seja não tinham crescido realmente até compreendem a doutrina sólida. Eram como Efésios 4, “arrastados pelas ondas e levados de um lado para outro por qualquer vento de doutrina.”
Não usavam a mente. A mente deles é infrutífera, como diz em 14:14. E eles não estavam pensando nas coisas certas, nas coisas bíblicas, nas coisas da revelação de Deus que haviam recebido. E assim, no entendimento, eles eram crianças, e não maduros. E eles deveriam ser maduros e a mente deles deveria ter compreendido a verdade. Mas eles, na malícia e no mal, deveriam ter sido crianças quando não eram.
Você diz: "O que você quer dizer com isso?" Bem, uma criancinha não tem maus pensamentos para com ninguém, não tem malícia. Um pequeno bebê é todo amor, gentileza, fofura, ternura, cuidado, sensibilidade. E você vê, o que ele está dizendo é: “Por que vocês não se tratam assim? Por que vocês não são bebês quando se trata do modo como agem uns com os outros, e são maduros em seu pensamento, em vez de serem bebês em seu pensamento e maduros em seu mal?”
Você vê, o que ele quer dizer é que, em virtude de seu exercício egoísta desses dons com o propósito de autoedificação e desenvolvimento do ego, eles estavam ignorando o resto da família de Deus, eles estavam ignorando a congregação. Havia confusão total; não havia espaço para o verdadeiro ensino da Palavra de Deus. As pessoas que visitavam sua congregação pensavam que eram loucos; as pessoas que estavam lá, uma parte da congregação, não conseguiam tirar nada disso. Era simplesmente o caos total, como todo mundo fazia sua própria coisa.
O que aquilo realmente significava era anti-intelectualismo em favor de uma experiência existencial. E isso é, realmente, o que vemos no século 20 hoje; um tipo de anti-intelectualismo difundido, penso eu, permitiu que o movimento carismático varresse a área que o mundo forneceu, o espírito da era, e acomodasse esse pensamento. "Parem de ser crianças,” diz ele. “Parem de tratar as pessoas com indelicadeza. Comecem a pensar como adultos. Agora, tendo dito isso e chamado a atenção deles, ele diz o propósito das línguas. Agora observe, porque se pudermos decidir o que é, isso realmente resolveria nosso problema.
Versículo 21. “Está escrito na lei: Falarei a este povo por meio de homens de outras línguas e por meio de lábios de outros povos, e nem assim me ouvirão, diz o Senhor. Portanto, as línguas são um sinal, não para os que creem, mas para os que não creem. Mas a profecia não serve para os que não creem, mas para os que creem.” Agora pare aí.
Agora, se você não sabe mais nada, amado, se você nunca mais aprender mais nada sobre línguas, tenha certeza de saber disto. “Portanto, as línguas constituem um sinal não para,” - o quê? - "os que creem." Você sabe disso. Essa afirmação, sozinha, que é o coração deste 14º capítulo. Essa afirmação, por si mesma, deveria desacreditar as assim chamadas línguas atuais, e confrontá-las para lidar com a realidade dessa afirmação. Não poderia ser mais simples. "Mas para os que não creem."
Agora deixe-me mostrar-lhe o que quero dizer com isso. No seu esboço, em uma lista, eu coloquei três coisas: um sinal de maldição, um sinal de bênção e um sinal de autoridade. E esses são basicamente os propósitos de línguas ou idioma como um verdadeiro dom. Agora, deixe-me mostrar-lhe o número um: um sinal de maldição. Essa é a principal coisa. Agora, talvez você nunca tenha pensado sobre isso dessa maneira, mas isso é, como eu vejo, a maneira como os versículos aqui indicam. Veja o versículo 21.
"Na lei,” e a lei nem sempre se refere ao Pentateuco. Frequentemente se refere a todo o Antigo Testamento, como sempre acontece no Salmo 119 e em outros lugares, como também em Romanos. Então ele está dizendo: "No Antigo Testamento, está escrito,” e então ele cita Isaías 28:11-12, e ele está citando o texto livremente. Ele cita Isaías 28:11 livremente e apenas joga no final do versículo 12. E ele diz: “Pois bem, por meio de lábios zombeteiros e de uma língua estranha o Senhor falará a este povo" – e este povo se refere a Israel, ali no texto – “Mas eles não quiseram ouvir, diz o Senhor."
E então, tendo feito a declaração do Antigo Testamento de Isaías a Israel, ele então a aplica. "Portanto,” diz ele. Agora, se isso fosse verdade então, se esse fosse o uso no tempo de Isaías, pois as línguas são,” não eram, mas ainda são, “Um sinal, não para aqueles que creem, mas para aqueles que não creem." Então ele tira uma conclusão do texto do Antigo Testamento. E a conclusão é que as línguas não são para pessoas crentes, mas para pessoas incrédulas. Observe isto. Diz no versículo 22: “As línguas são um sinal.”
Agora, quero que você perceba algo mais interessante. Diz no versículo 22: “as línguas são para um sinal,” as três pequenas palavras, “para um sinal.” No grego, isso é eis e eis indica propósito. Agora, a palavra aqui está dizendo o seguinte. Não é que incidentalmente elas são um sinal; é que o propósito das línguas é um sinal para os incrédulos. Não é nada incidental.
De fato, essa expressão em particular “para sinal” aparece dez vezes no Antigo Testamento grego, e toda vez significa “propósito.” De modo que o propósito das línguas é um sinal para os incrédulos. Que incrédulos? Bem, “este povo,” no versículo 21, tem apenas uma referência em mente. Isso é Israel, então é um sinal para o Israel incrédulo. Então isso é levado diretamente para a situação dos coríntios.
Agora, deixe-me dar um pouco do contexto. Abra sua Bíblia em Isaías 28, e mostrarei o que é mais fascinante. Em Isaías 28, nos encontramos no Reino do Sul, de Judá, no reinado do rei Ezequias. O ano é aproximadamente 705 a.C. Em 722 a.C., cerca de 15 anos antes, o Reino do Norte, Israel, havia sido tomado e destruído pelos assírios. E a razão pela qual isso aconteceu foi por causa de sua incredulidade e apostasia. Deus veio em julgamento terrível contra o Reino do Norte em 722 a.C.
E agora, é 705 a.C., e o Reino do Sul está se comportando de uma maneira terrível e desobediente. E assim Deus falou a eles através do profeta Isaías para avisá-los que a mesma coisa que aconteceu com o Reino do Norte aconteceria ao Reino do Sul por causa de sua incredulidade e apostasia. E essa é a mensagem dos primeiros quinze versículos de Isaías 28. É uma advertência do profeta para Judá, o Reino do Sul, que eles receberão o mesmo tipo de julgamento que os do Norte receberam. E, de fato, serão os assírios, ou os babilônios balbuciantes, se quiserem, que virão em juízo contra eles.
Agora, vamos ver como Isaías aborda o problema. Ele encontra os líderes de Israel - os profetas, os sacerdotes e os líderes em um estupor bêbado, no versículo 7. "Mas eles também erraram através do vinho, através de bebidas fortes estão fora do caminho." Eles falharam em cumprir sua função como líderes porque estavam bêbados. “O sacerdote e o profeta erraram com bebida forte; eles são engolidos pelo vinho, eles estão fora do caminho através da bebida forte, eles erram na visão, eles tropeçam em juízo.”
E veja a feiura do versículo 8. “Porque todas as mesas estão cheias de vômito, e não há lugar sem sujeira.” Ele os encontra, literalmente, em um estado de embriaguez, tendo vomitado. Eles estão em alguma festa, e ele descarrega sua mensagem sobre eles de terrível repreensão e a vinda do julgamento. E você sabe qual é a reação deles? Eles zombam dele, eles o desprezam, eles o repreendem, eles o menosprezam. Veja o que eles dizem no versículo 9: “A quem ele quer ensinar o conhecimento? E a quem ele quer explicar a mensagem? A crianças desmamadas e aos que acabaram de ser afastados do seio materno? Quem ele poderia ensinar? A bebês.”
Por quê? “Porque ele sempre passa 'Preceito por preceito, preceito por preceito; linha após linha, linha após linha; um pouquinho aqui e um pouquinho ali.’ Ele deve pensar que somos bebês. Ele continua repetindo as mesmas coisas simples várias vezes.” E eles zombam dele. Eles não apreciam sua atitude, então eles começam a zombar do profeta e chamam seu ensino de ensino simples e infantil. Será que ele acha que eles são bebês, que ele tem de repetir essa mesma coisa várias vezes? Mas eles nunca ouviram, nunca ouviram. Então, no versículo 11, ele fala por Deus. Ele diz: “Na verdade por lábios zombeteiros e por outra língua falará a este povo; ao qual ele disse: Este é o descanso; deem descanso ao cansado. E este é o refrigério. Mas eles não quiseram ouvir.”
Agora, Deus diz: “Vocês não ouviram a mensagem infantil simples e repetida de Isaías, então eu vou falar com vocês em uma língua que vocês nunca entenderão.” E ele estava se referindo ao balbucio dos babilônios que viriam e cercariam a cidade, e que os tirariam de suas terras, os massacrariam, os matariam e os queimariam. E quando eles começassem a ouvir aquela linguagem ininteligível da Babilônia que eles não podiam entender, eles saberiam que o julgamento de Deus havia caído. E isso aconteceu em 588 a.C. E por causa de sua incredulidade e apostasia, Deus trouxe um julgamento terrível.
Essa não foi a única vez que eles foram avisados. Em Deuteronômio 28, no versículo 49, no século 15 a.C. Ouça isto, 28:49: “O Senhor fará vir contra vocês uma nação de longe, que virá da extremidade da terra, como o voo impetuoso da águia, uma nação cuja língua vocês não entenderão;” eu acredito que muito provavelmente poderia ter referência à destruição de Jerusalém, em 70 d.C. Assim, no século 15, Deus os advertiu. E quando eles ouvissem uma língua estranha, seria um julgamento.
No oitavo século, Isaías, Deus os advertiu que quando eles ouvissem uma língua estranha, seria um julgamento. Jeremias, aquele grande profeta que chorava, disse: “Eis que eu vos trarei uma nação longe de vós, ó casa de Israel, diz o Senhor; É uma nação poderosa, é uma nação antiga, uma nação cuja língua vocês não conhecem, nem entendem o que eles dizem.”(Jr 5:15). E Deus havia claramente apontado, na mente deles, que quando eles fossem julgados, haveria um sinal. E o sinal era que eles ouviriam uma linguagem que não conseguiriam entender. Entende?
Agora, quando Paulo cita isso... agora, você pode voltar para 1Coríntios. Quando Paulo cita isso aqui, ele está dizendo: “Vejam, assim como Isaías disse, assim como Moisés disse, assim como Jeremias disse, essas línguas são um sinal para o incrédulo de que Deus está prestes a agir em juízo.” É o que ele está dizendo. Você diz: “Bem, o que significou nesta geração em que Paulo viveu?” Bem, ouça. Quando eles começaram a falar essas línguas no dia de Pentecostes, todo judeu deveria saber que o julgamento de Deus era eminente.
E você sabe que se passaram pouco mais de 30 anos quando o imperador romano entrou e acabou com Jerusalém e com ele, o judaísmo como tal. O sistema sacrificial terminou e nunca foi restaurado. Eles deveriam saber que o julgamento de Deus iria cair. Ouça, se o julgamento de Deus recaiu sobre a incredulidade e apostasia do Reino do Norte, em 722 a.C., se o julgamento de Deus caiu sobre a incredulidade e apostasia do Reino do Sul, em 586 a.C., então acredite em mim, ele cairá sobre uma nação que vira as costas e crucifica seu próprio Messias no primeiro século. E, de fato, isso aconteceu.
Parece-me que uma vez que a destruição de Jerusalém veio, em 70 d.C., todo o propósito para o dom das línguas cessou. É o que o texto diz; essa não é minha opinião. Ele nunca foi destinado a ser algo para um cristão. É para quem não crê. Quem? Um judeu, um desse povo, para que eles possam saber que Deus está agindo em juízo.
Jesus disse, em Lucas 13:35: "Eis que a casa de vocês ficará deserta.” E então, em Lucas, capítulo 20, no versículo 21, ele deu um passo adiante. Ele disse… vejamos, Lucas capítulo 21, ou melhor, versículo 20. "Quando, porém, vocês virem Jerusalém sitiada de exércitos, saibam que está próxima a sua devastação." E, no versículo 24: “Cairão a fio de espada e serão levados cativos para todas as nações; e, até que os tempos dos gentios se completem, Jerusalém será pisada por eles.” Jesus disse: "Ei, julgamento, julgamento.” Durante todo o ministério dos apóstolos, o julgamento estava chegando a Israel. Jesus pregou isso, e o sinal das línguas novamente mostrou isso. E é por isso, penso eu, que Paulo se refere a Isaías 28. Mesmo assim, diz ele no final do versículo 21, eles não quiseram ouvir. Eles não escutaram.
Esse propósito pode ser traçado e visto como verdadeiro no livro de Atos. Em Atos, capítulo 2: “Muitos judeus incrédulos estavam presentes.” E mais tarde, quando você tem outro... outro incidente de falar em línguas na ocasião, talvez, do capítulo 8, capítulo 10, capítulo 19, mesmo que, em cada caso, essas pessoas se tornem crentes.
No entanto, a ocorrência desse mesmo fenômeno se torna um reforço da realidade para os judeus que viam e contavam aos seus compatriotas o que havia acontecido. Porque em Atos 8, Atos 10, Atos 19, onde as línguas ocorreram, sempre havia judeus crentes presentes que voltavam e relatavam que tinham visto a mesma coisa. Portanto, não era apenas para vincular esses novos elementos da igreja à ocasião de Pentecostes e aos judeus de lá, mas também para reforçar à nação judaica que Deus realmente julgaria.
Então, em primeiro lugar, o dom de línguas é um sinal de maldição. E eu quero adicionar algo a isso. É também um sinal de bênção. É isso que chamo de benefício residual do número um. O número um é o objetivo principal deste dom, amaldiçoar. E eu não lhe dei todo o estudo sobre isso, mas apenas parte dele. As línguas do Pentecostes estavam dizendo: “Veja, Deus não vai mais trabalhar em uma nação. Deus não vai mais falar apenas uma língua. Deus não vai mais favorecer um povo. Deus irá ao mundo e através do mundo para construir sua igreja.” O Reino para todas as nações.
E você sabe, o fato de eles falarem em todas essas línguas era a maneira de Deus dizer: “Tudo acabou para a singularidade de Israel, e eu vou falar nas línguas do mundo e construir a igreja que esteve escondida no Antigo Testamento." Então, as línguas falam principalmente como um sinal de maldição sobre Israel. Mas observe, assim que eu digo isso, também devo dizer que elas falam da bênção que virá ao mundo inteiro.
Porque quando Cristo se afastou de um povo rebelde, ele abriu os braços para o mundo. Então isso se torna um sinal de bênção, residualmente. É como Romanos 11, você sabe, onde Paulo diz: "A queda deles se tornou a riqueza do mundo.” Jerusalém destruída, Israel posto de lado. E, no entanto, ao serem deixados de lado, nos tornamos beneficiários, não é mesmo, quando Deus nos alcançou.
Então os apóstolos de Deus do Novo Testamento e os profetas de Deus do Novo Testamento de repente irromperam, declarando espontaneamente as maravilhosas obras de Deus em todas as línguas. Leia Atos 2. Um sinal inconfundível de que uma transição havia chegado. Uma maldição, por um lado, mas depois uma bênção, por outro. Porque até os judeus ainda podiam vir, não podiam? Três mil o fizeram no dia de Pentecostes. Então, de certa forma, embora seja um sinal judicial de uma maldição, residualmente também é um sinal de bênção.
Em terceiro lugar, é um sinal de autoridade, e isso também estava envolvido. Quem foram os grandes mensageiros que pregaram essa transição? Quem eram os homens de Deus que falaram da maldição e do julgamento? Quem foram os homens de Deus que falaram da bênção que virá a todas as nações? Eles não eram outros senão os apóstolos e os profetas. E foi para eles que Deus deu a capacidade de falar essas línguas, como um sinal autêntico e validador de que o que eles estavam dizendo era realmente a verdade.
Porque, para a mente judaica, seria muito chocante e muito abalador, muito incompreensível, muito estupendo, que Deus mudasse dessa forma, para que houvesse reforço de que o que eles estavam dizendo era verdade. E assim Deus lhes deu a capacidade de falar essas línguas. Paulo diz, em 14:18: "Falo nessas línguas mais do que todos vocês." Como apóstolo, esse era um sinal de autenticação, como os outros dons que ele possuía. Ele até diz, em 2Coríntios 12:12: "eu tinha todos os sinais de um apóstolo, e sinais e maravilhas e obras poderosas.” Assim, era um sinal de autoridade para aqueles que pregavam a mensagem da transição.
Agora, eu gostaria de chamar isso de MBA do propósito das línguas: A, autoridade; B, benção; M, maldição. E é isso, pessoal. Você não vê devocionais particulares lá. Você não vê evangelismo lá. É apenas um propósito muito único. E, veja você, uma vez que o evento chegou, a destruição de Jerusalém, uma vez que o evento chegou, a transição foi feita, e a igreja nasceu, o sinal não era mais necessário.
Sabe, quando viajo para algum lugar, estou dirigindo e talvez subindo a costa, e vejo uma placa que diz: "Sacramento, 480 quilômetros.” Na próxima vez, vejo uma placa que diz "Sacramento, 320; Sacramento, 240; Sacramento, 50" e, de repente, estou em Sacramento. Eu passo por Sacramento e não há mais placas. Já passei por lá. As placas pararam. As línguas são uma placa. Não têm um fim em si mesmas; são uma placa. E uma placa é para apontar para alguma coisa. E apontou... e apontou para uma maldição que veio sobre um povo, e ela veio. E uma vez que a maldição veio, a placa não era necessária.
Mas, por outro lado... e eu amo isto. E, amado, não tenho nenhum interesse pessoal nisto. Só estou tentando entender isto da melhor maneira possível. Mas, no versículo 22, ele diz: “a profecia, no entanto, não é para os que não creem, e sim para os que creem.” Rapaz, isso tem uma coisa de longo alcance aqui. Isto não é apenas para uma nação incrédula; isto é para o povo que crê durante todos os anos da Era da Igreja.
De fato, você sabe, na versão New American Standard, lamento muito que eles ponham isso em itálico. Eles colocam "Profetizar é um sinal.” Você vê isso lá, se você tiver essa versão. E está em itálico. Por que eles fizeram isso? Profetizar não é um sinal. Profetizar não é apontar para algo. Profetizar é algo em si mesmo. E eu vou lhe dizer, profetizar é o que edifica.
“Aquele que profetiza“ - o versículo 3 diz - “fala aos homens para edificação, exortação e consolação.” No versículo 4, “Profetizar edifica a igreja.” Versículo 1: “Busque profetizar.” O que isso significa? Significa simplesmente proclamar a Palavra de Deus. Se você viesse à igreja de Corinto, teria ouvido toda essa enorme confusão histérica, egoísta, egocêntrica e individualista. E Paulo diz: “Corte essas coisas. Isso tem um objetivo específico por um tempo específico, para realizar uma coisa específica. Mas quando se encontrarem, procurem profetizar ou proclamar a verdade.” É muito mais importante pregar a Palavra.
Você quer saber de uma coisa interessante? Eu pensei nisto nesta semana. Você sabe que não temos absolutamente nenhum registro em toda a Bíblia de algo já dito por alguém em línguas? Você sabia disso? Por quê? Porque era um sinal destinado a passar. Não teve valor duradouro, mesmo em um sentido revelador. Mas, por outro lado, este livro inteiro Pedro chama de "uma palavra mais firme”- o quê? - "de profecia." Veja bem, simplesmente não há comparação entre algo que é um sinal e algo que é a realidade.
Portanto, as línguas são um sinal para judeus incrédulos, ligadas irremediavelmente a um ponto da história redentora. Elas serviram bem para mostrar que o cristianismo não era para ser distintamente judeu, mas para o mundo todo. Serviram para corroborar e autenticar os oradores e os mensageiros que trouxeram essa mensagem, e serviram para mostrar a Israel que haviam novamente rejeitado a Deus em sua incredulidade e apostasia.
E, amados, as pessoas dizem: "Bem, você não acha que as línguas poderiam ter um propósito hoje?" Ouça. Não precisamos dizer isso novamente hoje. Se houvesse línguas, elas teriam de ter o mesmo propósito. E qual a lógica de significar hoje que Deus está se afastando de Israel para abrir o evangelho às nações? Ele já fez isso há 2.000 anos. Isso está bastante claro para nós, não é mesmo? Não precisamos de mais informações sobre isso. Isso está feito. Agora, tendo declarado o propósito das línguas, observe como Paulo o relaciona com a congregação dos coríntios no versículo 23. Observem bem.
"Assim, se" e para que serve o "assim?” Para levá-lo ao próximo passo com base no que foi dito. Uma vez que esse é o objetivo das línguas, "toda a igreja se reunir em um só lugar.” Eu gostaria de mencionar que há algumas pessoas que pensam que a igreja não deve se reunir, exceto em casas e pequenos grupos privados. Mas esse versículo indica que a igreja se reúne, sim, em um só lugar. "E se é assim, e todo mundo fala línguas,” mesmo o verdadeiro dom. E é plural aqui. Se todos usassem o verdadeiro dom de línguas, você sabe o que aconteceria? "Viria um indouto, ou incrédulos, e ele diria que vocês são” -o quê? – “Loucos.”
Por quê? Bem, há duas razões. Razão número um, ele é um gentio, certo, e ele não entende o sinal. Razão número dois, ele pode até ser um incrédulo judeu, mas sabe de uma coisa. Porque todo mundo está fazendo isso, não faz nenhum sentido. E tentei apontar para você da última vez que esse dom foi usado quando... no Livro de Atos capítulo 2, quando alguém entendia o idioma. E Paulo, em 14:27, diz: “Quando usado corretamente, haverá apenas dois ou três, e em ordem, nem todos ao mesmo tempo.
Assim, quando um gentio incrédulo entrava na assembleia de Corinto, ele dizia: "Essas pessoas são loucas.” Mainomai, no grego. É uma palavra que significa "frenético,” e Platão diz que é a palavra para descrever o êxtase dos pagãos quando eles entram em suas experiências extáticas com suas divindades. Em outras palavras, um gentio incrédulo entraria e diria: "Ei, isso não é diferente do que acontece no templo de Diana.” Um judeu incrédulo vai entrar e dizer a mesma coisa.
Você diz: "Mas isso deveria ser um sinal para ele.” Sim, mas se fosse feito de maneira caótica, onde todo mundo faria, não significaria nada para eles, mesmo que fosse o verdadeiro dom usado de maneira errada. Então você vê, esse é um dom específico. Ele deve ser usado em um momento específico, de uma maneira específica, com uma pessoa específica em mente, com uma intenção específica. E além disso, seu significado é inexistente. "Por outro lado,” diz Paulo, "em vez de fazer isso em sua assembleia..."
Versículo 24. “Porém, se todos profetizarem,” proclamarem, profhemi, falar antes, falar diante de alguém, falar a Palavra de Deus, “e entrar ali um não crente ou não instruído, ele será convencido por todos e julgado por todos. Os segredos que ele tem no coração se tornarão manifestos, e, assim, prostrando-se com o rosto em terra, adorará a Deus, testemunhando que Deus está, de fato, no meio de vocês.” Ouça. As línguas são inúteis para edificar a igreja ou um indivíduo, e são inúteis para evangelizar, veja. Elas eram simplesmente um sinal de pré-evangelismo para uma nação que foi amaldiçoada.
Então ele diz: “O que você deve fazer é ter certeza de que está proclamando a Palavra de Deus para edificação, exortação, consolação. E quando um incrédulo entrar,” observe a sequência, ”primeiro, ele será condenado, sentirá culpa. Então ele será julgado. O veredito será declarado de que ele se sente culpado porque é culpado. E então, de repente, os segredos de seu coração serão manifestos; seu pecado se tornará aparente. Vai ficar desmascarado. Então, com humilhação e sentimento de autocondenação e ódio, ele se curvará e adorará a Deus, e dirá: Encontrei o verdadeiro Deus aqui no meio de vocês.”
Em outras palavras, "Você obterá resultados se profetizar.” Ele vê Deus e diz: "Deus está aqui.” Amado, não queremos que seja esse o caso? Não queremos que as pessoas que estão em nossa comunidade vejam Deus? Nós não queremos isso? Nós não queremos confusão. E assim somos obedientes ao padrão de Deus. Sim, que promessa emocionante para uma igreja que exalta a proclamação da Palavra de Deus. O impacto será tremendo. Mas um culto de línguas produzirá esterilidade na congregação e confusão entre os visitantes.
Veja bem, esse dom de línguas foi muito limitado, muito regulamentado para um dia e tempo que já se passaram. E o que estamos vendo hoje, receio, e digo isso com amor. Mas receio que estamos vendo a perversão coríntia novamente. Não estou questionando os motivos deles. Só estou dizendo que eles têm a mesma abordagem para essa linguagem de oração individual e privada que compôs o sistema conhecido como religiões misteriosas. Amados, queremos exaltar a Palavra de Deus e levantá-la, pois nela estão as respostas para tudo, nesta mais segura palavra de profecia.
Espero que você seja dedicado à verdade. Venho discipulando um sujeito nos últimos três anos, pacientemente. E ele me ligou recentemente e disse: "Acabei de ter o maior avanço espiritual de todos os tempos.” Ele disse: “Algo aconteceu na minha vida esta semana, me transformando dramaticamente. Pela primeira vez, finalmente entendo o que você me diz há três anos. Quero tanto a Palavra de Deus que está me consumindo.”
Bem, é claro, eu estava em êxtase do outro lado da linha, em um bom sentido. E ele disse... ele disse: “Eu só quero que você saiba que se alguém me dissesse que eu teria de escolher entre minha Bíblia e comida e água, eu diria para pegar a comida e a água e me deixar com minha Bíblia, porque esse é o sustento que tenho para viver.” É ótimo, não é? Deus nos ajude a ser pessoas do Livro, não buscando a experiência, mas buscando a verdade; frutíferos em nossa compreensão; ministrando uns aos outros naquilo que edifica e constrói. Oremos.
Bem, Pai, não é fácil falar sobre essas coisas, porque muitas pessoas queridas não veem isso da maneira que nós vemos. E com amor e bondade para com eles, não os acusamos de não amar a ti ou de não procurar o melhor, mas talvez não saibam como, porque não foram ensinados adequadamente. Mas, Pai, oramos para que tu nos uses de alguma forma para ajudar aqueles que estão confusos nessa área. E ajuda-nos, acima de tudo, a ser uma bênção amorosa para todos aqueles que estão em tua família.
Obrigado pelo grande amor que compartilhamos nesta manhã nesta hora, boa música, comunhão e a verdade da tua Palavra. Obrigado por toda pessoa querida aqui, toda mãe, todo pai, todo marido, toda esposa, todo jovem, toda pessoa, toda criança. Pai, oro para que em cada vida o Espírito dê fruto que permaneça, para que Jesus possa receber a glória. É no nome dele que oramos. Amém.
FIM

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