
Ninguém precisa nos provar que podemos estar assistindo à morte da célula germinativa da civilização, a família. Todos os sinais são bastante claros ao nosso redor. Poderíamos recorrer a todos os tipos de estatísticas para indicar a situação terrível das famílias em nossa cultura. Estamos constantemente vendo o desfile na mídia do divórcio, da revolução sexual, do aborto, da esterilização, da delinquência, da infidelidade, da homossexualidade, da liberação das mulheres, dos direitos das crianças, e assim por diante. Isso tem sido continuamente exibido para nós nos últimos 10 ou 20 anos. Estamos assistindo à formação da corda que estrangula a família até a morte. E muitos, francamente, estão de bom grado esculpindo a lápide para a família, e realmente, fazendo isso com ar de felicidade.
Em um livro intitulado A morte da família, um médico britânico sugere acabar com a família completamente porque, segundo ele, a família é um dispositivo de condicionamento primário para uma visão de mundo imperialista ocidental. Kate Millett, que é uma feminista muito proeminente, escreveu um livro chamado Política Sexual, e nele ela escreve que a família deve acabar porque oprime e escraviza as mulheres. As pessoas que defendem essas perspectivas são agressivas, contundentes, frívolas e dominantes, e encontram o seu terreno mais fértil para a propagação de seus pontos de vista nas universidades e nas faculdades da nossa sociedade e, consequentemente, estão no processo de reeducar significativamente os jovens que acabarão caindo na categoria dos líderes e daqueles que fazem as coisas acontecer em nossa sociedade.
A Sra. T. Grace Atkinson, da Organização Nacional das Mulheres, procura eliminar todo o sexo, todo o casamento, toda a maternidade e todo o amor. Eu diria que isso é bastante fatal. Ela disse que o casamento é uma servidão legalizada e as relações familiares são a base para toda a opressão humana. Que visão distorcida e triste, mas em muitos casos é a visão reinante entre os pensadores, professores, professores universitários, em nossa sociedade. Por outro lado, outros que estão assistindo à morte da família veem isso como um desastre, uma doença virulenta. Se a família não pode desempenhar seu papel, quem irá criar, quem irá socializar, quem irá moralizar a próxima geração?
O Dr. Armand Nicolai II, da Harvard Medical School, vê a tendência de destruir a família como uma tendência devastadora. Ele chama a atenção para mulheres casadas, com filhos, que trabalham fora. A tendência das famílias de se mudarem frequentemente, quase que constantemente. O domínio da televisão no lar. A falta de controles na sociedade. O caos da confusão moral, a falta de comunicação entre famílias, divórcios e todas essas coisas, ele diz que estão ameaçando a própria vida em que vivemos. Deixe-me citá-lo.
Ele diz: "Essas tendências vão incapacitar a família, destruir sua integridade e fazer com que seus membros sofram conflitos emocionais tão incapacitantes que se tornarão um fardo intolerável para a sociedade. E o futuro? Primeiro, a qualidade da vida familiar continuará a se deteriorar, produzindo uma sociedade com maior incidência de doenças mentais do que nunca. 95 por cento dos nossos leitos hospitalares, talvez, ocupados por pacientes mentais. Essa doença será caracterizada por uma falta de autocontrole. Podemos esperar que o assassinato de pessoas em posição de autoridade seja uma ocorrência frequente. Os crimes de violência aumentarão, mesmo aqueles dentro da família. A taxa de suicídio aumentará à medida que a sexualidade se tornar cada vez mais ilimitada e separada do compromisso familiar e emocional, o efeito entorpecedor causará uma experimentação mais bizarra e uma perversão ampla." É uma imagem francamente assustadora, e nós a estamos observando sendo pintada bem diante de nossos olhos. Não há dúvida sobre o fato de que a família está sob o grande ataque de pessoas que querem redefini-la absolutamente nos termos que bem desejam. Não há dúvida de que estamos assistindo a uma geração de jovens que se levantam, que não possuem habilidades de socialização e nenhum sentido moral. Há o caos. Há assassinatos, há crimes em níveis desenfreados. Existe até mesmo o prazer de atirar aleatoriamente nas pessoas, apenas pelo simples prazer de matar. Sociólogos, psicólogos, analistas e os chamados especialistas em casamento e família, psiquiatras e outros estão lutando em todo o lugar para tentar encontrar algum tipo de solução, e já faz algumas décadas que estão tentando sem obter qualquer impacto nessa decadência. Nada do que estão fazendo parece abrandar o processo de desintegração das relações humanas no cerne da vida, que é a família. Você pode manipular a sociedade em muitos lugares, mas se você destruir a família, você destruirá a sociedade.
Em certo sentido, é um momento fascinante ser uma vida bem no meio disso tudo. A família certamente está à frente da lista de espécies ameaçadas de extinção. Com mais perigo de ser eliminada do que algumas espécies que ocupam a atenção das pessoas. E nesse ponto, interrompemos, a família pode ser salva? E eu suponho, por causa de algumas pessoas, que devemos perguntar, a família pode ser salva? Vale a pena lutar por ela? E se sim, como? Gostaria de acrescentar que a igreja tem realizado alguns esforços, certamente nos últimos 10 anos, nos últimos 20 anos; tem havido uma grande preocupação sobre este assunto. As livrarias cristãs estão literalmente cheias de livros sobre o casamento e a família. Tem havido inúmeros sermões e mensagens, fitas e seminários e conferências sobre como lidar com as questões da família, mas isso também não parece fazer muita diferença. Deus tem uma resposta para que a família seja salva, e Deus tem uma resposta para que a família possa ser salva, na verdade, a Bíblia deixa bem claro quando diz que o casamento é a graça da vida e os filhos são uma herança abençoada do Senhor, que devemos entender a bênção, a alegria e o propósito de Deus que se manifesta no assunto do casamento e da criação de filhos. A família ainda é o coração e a alma da sociedade, e a família, tal como é definida por Deus, é o lugar da intimidade. É o lugar da alegria. É o lugar das memórias que compõem o fundamento da vida. É o lugar do amor. É o lugar da socialização. É o lugar da moral. É o lugar da segurança. É onde você constrói a confiança.
Outro dia, eu estava falando com um dos nossos professores no Masters College que havia terminado seu doutorado da USC, e, em seu trabalho, ele enfatizou particularmente o campo de trabalho com as crianças na educação, e ele disse que toda a literatura, toda a literatura existente hoje, concebida no estudo de crianças, indica que há uma fase entre as idades de 6 e 12 quando tudo o que é fundamental é construído ou não, e esses são os anos determinantes para aquilo que a criança se tornará. Você pode olhar para o padrão de vida nesses anos e prever de forma quase perfeita se elas serão antissociais em seu comportamento ou se elas se socializarão de maneira normal. Podemos ver todas as raízes do comportamento criminoso nessa fase da vida de uma criança.
Faz bastante sentido que o mundo secular escolha esse período, porque mesmo no caso de Jesus há uma ilustração do fato de que, quando um menino judeu atingia 12 anos de idade, ele estava pronto para ser um filho da lei. Eu falei sobre o fato de que Deus criou os pais para fortalecerem e criarem os filhos entre as idades de 6 e 12, para que possam lidar com a puberdade que começa nessa época, e se eles não têm os alicerces da moral e não têm a afirmação, a autodisciplina e o autocontrole que é construído durante essa fase dos 6 aos 12 anos, então eles ficarão descontrolados quando suas paixões surgirem durante a puberdade.
Há um padrão divino de como a família deve lidar com isso. De como um casamento deve estabelecer um modelo a ser seguido. De como um casamento deve ser plenamente realizado, feliz e recompensado. E quando buscamos esse modelo, não precisamos ir além da Palavra de Deus. Está tudo disposto lá. Não é tão complicado e não é tão difícil. Quando estava pregando nesta semana, depois de sair de Illinois, fui para Ohio e estava pregando e, depois de ter pregado, uma senhora, uma doce jovem senhora, suponho que tinha 35 anos e ela tinha um monte de filhos pequenos. Um em seus braços e alguns pendurados nela. Ela queria me dizer que, dez anos antes, estava lutando para encontrar alguma direção em seu casamento, e queria agradecer-me por algumas mensagens que ela ouviu, em que eu havia pregado sobre esse assunto em particular que levaram ela e seu marido, que levaram ela e seu marido a determinar a direção com base na Palavra de Deus, e que nos dez anos que se sucederam, Deus os havia abençoado tanto que ela fez uma longa viagem, com péssimas condições meteorológicas, para expressar sua gratidão pela alegria que estava experimentando tanto em seu casamento quanto em sua família. Não sou eu. É a verdade da Palavra de Deus que faz a diferença. E até que as pessoas estejam de acordo com essa verdade, elas continuarão à deriva devastadora, afundando, que será ainda pior no futuro do que é agora. Pode-se apenas prever como será a próxima geração.
É uma coisa assustadora para se pensar. Agora, para que possamos entender o que Deus diz sobre a família, realmente nos encontramos mais bem servidos olhando o capítulo 5 de Efésios. A carta de Paulo aos Efésios nos aponta o lugar onde todo o material pertinente está colocado e é um excelente ponto de partida para nós. Por volta de 60 d.C., o apóstolo Paulo escreveu esta carta e a enviou aos santos que estão em Éfeso. Também é possível que o manuscrito original não tenha dito Éfeso, e poderia ter sido uma carta circular que passou por todas as igrejas na região da Ásia Menor, das quais Éfeso foi a primeira dessas igrejas. Mas Paulo escreveu esta carta aos cristãos nessa parte do mundo, e uma das coisas que estava em seu coração era a questão do casamento, e quando você chega ao capítulo cinco e ao versículo 18, você começa a entrar no fluxo que o leva para o versículo 22 e seguintes, onde os assuntos da família e do casamento são abordados. Vamos falar sobre muitas coisas nesta série durante as próximas semanas. Vamos tocar em vários assuntos e interagir com a revelação divina de Deus, mas retornaremos constantemente a Efésios 5 como base, porque é uma plataforma de lançamento perfeita para nós.
E tenha em mente que esta não é a opinião humana. Não estou aqui para lhe dar minha opinião. Eu realmente não valorizo minha opinião de forma alguma. Tudo o que quero fazer é mostrar o que a Palavra de Deus diz e a sabedoria aplicável que vem disso. Esta é a palavra final sobre o assunto. Não precisamos de especialistas, psiquiatras, psicólogos, analistas, pessoas que abordam o casamento e a família. Podemos ir direto para a Palavra de Deus. Não estamos procurando truques e artifícios; estamos à procura da verdade que pode se tornar parte de nossas vidas. Agora, nesta maravilhosa epístola com a qual estamos familiarizados, a epístola de Efésios, quando Paulo começa a se lançar sobre esse assunto, ele começa, pelo menos para nós, no versículo 18, com uma premissa muito importante e vamos começar lá.
Ele diz: "E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito". Essa é realmente a chave que desbloqueia o restante. A partir desse grande princípio, desenvolve-se a instrução para a esposa, no versículo 22, a instrução ao marido, no versículo 25, a instrução aos filhos, em 6.1, e a instrução aos pais, em 6.2. Todo o ensino sobre o casamento e a família decorre deste princípio no capítulo cinco e no versículo 18. De fato, é o primeiro de vários pré-requisitos necessários para qualquer casamento bem-sucedido ou qualquer relação bem-sucedida. E o contraste nesse versículo, como você o vê lá, "não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito", é um contraste bastante dramático e notável.
Se você simplesmente pegar o livro de Efésios e ler esta passagem, você vai parar e dizer, bom, por que, afinal de contas, ele contrastaria a embriaguez com ser cheio do Espírito? Qual é o ponto aqui? Quando uma pessoa está bêbada, ela perde o controle de si mesma e age com um comportamento fora de controle. Ele estaria dizendo: eu quero que você esteja fora do controle, mas não causado pelo vinho, mas pelo Espírito Santo? O que ele está dizendo aqui? Eu quero que você ceda o controle de suas faculdades ao Espírito Santo e não ao vinho, o vinho faz essa comparação. Bom, a resposta é encontrada em um pouco do contexto histórico. Deixe-me dar-lhe um pouco de pano de fundo.
Éfeso, é claro, ficava na Ásia Menor e era dominada pela cultura helenista ou grega, chamada helenista a partir da palavra grega hellēn, que significa gentios. Mas os gregos acreditavam que o grande deus, Zeus, eles, obviamente, tinham um panteão de deuses, e Zeus era um dos formidáveis, eles acreditavam que o grande deus Zeus tinha dado à luz um filho. E que isso ocorreu de uma maneira muito incomum. E vou lhe oferecer um pequeno pano de fundo. Eles acreditam que a criança tinha sido arrebatada do útero de sua mãe, e o nome da mãe na mitologia grega é Semele, e a criança foi arrebatada do útero de Semele enquanto esta estava sendo incinerada, porque ela chegou perto da glória ardente de Zeus.
Não sei como Zeus produziu essa criança nela, na mitologia, mas, de alguma forma, ele fez isso sem destruí-la, mas, quando ela procurou aproximar-se dele, ela foi incinerada e, para preservar o filho de Zeus, a criança foi tirada do ventre durante a incineração. O filho divino, que ainda não havia chegado à formação completa, foi então semeado na coxa de Zeus e foi mantido lá até o momento de nascer. Isso desafia sua imaginação. Então, aqui está Zeus, com esse feto em alguma fase de formação, costurado em sua coxa. O pequeno deus, destinado por Zeus a ser o governante do mundo, por fim saiu da coxa de Zeus, e então foi sequestrado por titãs invejosos. Os titãs eram chamados, na mitologia grega, de filhos da terra. Eles levaram a criança, os Titãs levaram o filho de Zeus, dilaceraram a criança, membro por membro, a cozinharam e a comeram.
Mas Zeus encontrou o coração, de acordo com a mitologia, reviveu-o e ele renasceu como Dionísio. Agora, se você estudar a mitologia grega, você irá se deparar com o nome Dionísio com bastante frequência. Zeus encontrou o coração, engoliu-o e, por fim o coração se formou na personalidade de Dionísio e renasceu. Zeus então explodiu os titãs com raios incinerantes, todos eles, cujas cinzas resultaram na humanidade. Então essa é a história da criação que eles contam. Dionísio era, então, realmente, mais do que humano, porque toda a humanidade acabara de sair das cinzas dos titãs, e Dionísio, junto com Zeus, era um deus.
Dionísio então, segundo a mitologia grega, gerou uma religião, uma religião de êxtase, ekstasia, e emocionalismo. E o culto dionisíaco, essa religião de êxtase e emocionalismo, essa religião frenética, saturava o mundo grego e romano. O culto dionisíaco era uma forma pervertida de adoração, e uma forma popular, predominante. Os adoradores cometiam atrocidades com órgãos humanos. Eles se envolviam em orgias de perversão sexual, juntamente com música, dança e banquetes. Mas havia um elemento comum para todo o descalabro dionisíaco, e era a embriaguez. Embriaguez. Na verdade, se você circular pelo Oriente Médio ou pelo antigo mundo romano, você verá Dionísio associado a uvas, quando houver uma estátua de tributo a Dionísio, algum monumento a Dionísio, será sempre marcado por cachos de uvas, porque ele se tornou conhecido como o deus do vinho. O nome grego de Dionísio tornou-se, na língua romana, latina, Baco. E Baco é o deus romano do vinho, quando as pessoas se envolviam em inacreditáveis desordens de bêbados, eles a chamavam de festas bacanais, e se você estudou algo sobre isso, esse é um termo familiar. Até hoje. Consulte seu dicionário, e procure por bacanal, e ali dirá que se trata de uma orgia regada a vinho. O elemento-chave, então, o elemento-chave no culto pagão era a embriaguez. Era assim que eles conseguiam remover suas inibições. Era assim que eles lidavam com sua restrição normal. Era assim que eles lidavam com sentimentos normais de culpa. É assim que eles entorpeciam os seus sentidos o suficiente para tranquilizar a consciência. É assim que eles dissipavam a ansiedade, o medo e a culpa sobre o comportamento no qual se envolviam.
Era assim que eles induziam uma espécie de frivolidade que substituía a alegria real e que simplesmente os impulsionava para esse tipo de comportamento horrível. Eles faziam isso bebendo e perdendo todas as suas inibições. Assim, eles acreditavam que a embriaguez era simplesmente a porta de entrada para o êxtase. A porta para a expressão religiosa, e que tal embriaguez elevava o devoto, o adorador, à comunhão total com as divindades. Então a embriaguez era a chave para adorar, para a comunhão com as divindades. Quanto mais embriagados estivessem, mais provavelmente eles iriam entrar no ekstasia e enthousiasmos, duas palavras gregas, êxtase e entusiasmo, que falavam sobre essas atividade horríveis e muitas vezes demoníacas. Alguns anos atrás, quando fiz uma viagem a Israel, tive o privilégio de fazer uma caminhada especial através do Líbano, por Beirute, em uma viagem fascinante para a cidade de Damasco. Damasco fica bem no Oriente Médio, nesse ponto em particular. E quando entramos em Damasco, uma oportunidade fascinante no caminho para Damasco, fomos para a cidade de Baalbek, que foi o ponto mais oriental do Império Romano, o grande Império Romano que se estendia para o Oriente Médio, a leste de Israel. E fomos para a cidade de Baalbek porque há algumas das ruínas mais maravilhosas que foram preservadas lá e restauradas. E eles têm alguns obeliscos que são quase impossíveis de entender como eram feitos e como eram movimentados. Isso é um dilema contínuo. Pedaços de pedras massivas e maciças. Também foi reconstruído lá um templo incrível e tudo em volta dele, e foi dedicado a Júpiter, mas em todo esse templo há videiras com cachos de uvas penduradas nas colunas e através das colunatas no topo. E você é informado pelos guias que o levam até lá que isso representa Baco, que os romanos ergueram esse templo no ponto mais oriental do seu império, um templo para Baco, e lá eles realizavam suas orgias. O que é fascinante sobre isso, por exemplo, é que no centro desse grande lugar onde eles fizeram isso, há uma área decorada e, em seguida um poço, um poço profundo e que era para que as pessoas pudessem vomitar no processo e voltar e se entregar ainda mais aos prazeres. Um comportamento inacreditável, pois faziam isso nos templos e criam que estavam ascendendo para a comunhão com os deuses. Isso é o que Paulo tem em mente. Agora volte para o versículo 18, ele assume um significado diferente à luz desse contexto, ele está dizendo para eles, não se embriaguem com vinho, tudo o que ele faz é produzir dissolução. Tudo o que faz é levá-lo para baixo. Se você quer ter comunhão com Deus, seja cheio com o Espírito. Nossa religião não encontra sua plenitude, riqueza e realidade pela embriaguez, mas sim pelo enchimento do Espírito. Não se encha de álcool, seja cheio com o Espírito Santo. Literalmente, seja mantido continuamente cheio pelo Espírito.
Se você quer uma verdadeira religião, se quer uma verdadeira comunhão com Deus, se quer que a verdadeira adoração aconteça. Se você quer viver com Deus, se quer agradar a Deus, então você deve ser cheio com o Espírito. Não controlado pelo álcool, mas controlado pelo Espírito Santo. O paralelo a isso está em Colossenses 3.16, onde, ao dizer, seja cheio com o Espírito, Paulo diz: "Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo" porque isso é realmente a mesma coisa. Quando a Palavra de Cristo domina sua vida e você responde em obediência a ela, é o mesmo que ser controlado pelo Espírito Santo que, é claro, é o autor da Escritura. A obediência à Palavra é estar cheio com o Espírito. Não é um tipo de experiência mística. Não é um tipo de coisa extática. Não é algo que vem sobre você e o arremessa para algum comportamento inconsciente. Não é ser atingido por um desmaio mortal, como você vê tantas vezes na televisão. Não é ser lançado em alguma fala extática. Não é sair de si mesmo ou estar fora do controle. Simplesmente é ser continuamente controlado pelo Espírito, que faz isso por meio da Palavra, e isso significa que estamos obedecendo à verdade. Então, temos que começar nesse ponto.
Seja o que for que façamos em termos de nossa vida cristã, seja nosso casamento ou nossa família, isso deve resultar de uma vida controlada pelo Espírito Santo. E é por isso que a sociedade realmente não tem chance, nem esperança. Eles não são regenerados, eles não conhecem a Deus. Eles não têm mais esperança de fazer isso certo do que as pessoas das festas bacanais. Isso não vai acontecer. O tipo certo de relacionamento matrimonial, o tipo certo de relacionamento familiar é construído sobre uma vida redimida, revestida de poder e energizada pelo Espírito Santo em obediência à Palavra de Deus.
Agora, veja os versículos 19 e 20: "falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais". Deixe-me dizer-lhe algo, o Espírito de Deus controla uma vida. Onde há uma vida dedicada à Palavra de Deus e obediência à Palavra de Deus, há louvor, essa é a primeira coisa. Há louvores e, suponho, obviamente, podemos concluir que uma vida de adoração, uma vida de louvor vem de um coração cheio de alegria. Isso é simples, você me mostra uma pessoa obediente, obediente à Palavra de Deus, e eu lhe mostrarei uma pessoa positiva, feliz, que louva e adora, uma pessoa cujo coração está cheio de salmos e hinos e cânticos espirituais, que está cantando e fazendo melodias em seu coração ao Senhor, e eu vou mostrar-lhe uma pessoa que pode se dar bem com qualquer um.
Porque estão tomados pela admiração, amor e louvor, porque estão adorando ao Senhor. O versículo 20 acrescenta: "dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo". Eu vou lhe dizer o seguinte, é muito difícil discutir com alguém que é grato por tudo, tudo. Você encontra uma pessoa que está cheia com o Espírito, e eu lhe mostrarei uma pessoa feliz. Eu lhe mostrarei uma pessoa agradecida. Uma pessoa que obedece à Palavra de Deus. Uma pessoa cheia de alegria, louvor e adoração. Uma pessoa que não tem nada, a não ser gratidão por tudo o que Deus fez, será maravilhosa para se viver junto. É o resultado final. Estamos realmente falando aqui não sobre algum tipo de truque para fazer seu casamento funcionar. Nós não estamos falando sobre os tipos de coisas que lemos o tempo todo, e você se lembra de alguns anos atrás, eu falei sobre um livro que eu li sobre o casamento, e eu disse, se você realmente quer ter um excelente relacionamento com sua esposa, aqui está uma boa sugestão, vá comprar-lhe um ursinho de pelúcia, um ursinho bonito. Um daqueles realmente macios. E leve-o para casa.
Enrole-o em um papel de alumínio e coloque-a na parte traseira do congelador. Isso está em um livro, coloque-o na parte traseira do congelador. No ursinho de pelúcia, antes de envolvê-lo no papel de alumínio e colocá-lo na parte de trás do congelador, escreva palavras românticas e de amor e depois coloque-o de volta lá, você sabe, atrás da lasanha vencida e algum dia, e você não sabe quando, assim que ela estiver procurando a lasanha vencida e ela puxar esse produto, irá desenrolá-lo e encontrar o ursinho de pelúcia congelado com uma nota romântica, diz o livro, e quando você chegar em casa do trabalho, será uma felicidade. Você está brincando comigo, não é? Se você tiver um casamento ruim, é melhor ser atingido com um ursinho que não esteja congelado. A minha sugestão seria deixá-lo descongelado, pelo sim, pelo não, você sabe. Coloque-o no armário. Não estamos falando sobre isso. Você não poderá reparar um casamento assim. Você não poderá tornar um relacionamento significativo assim. Eu ouço sugestões o tempo todo, leve sua esposa para um encontro, leve-a para jantar. Está tudo bem. Isso não vai consertar um casamento que não está certo. Existe apenas uma maneira de cultivar uma relação correta com qualquer um e é sendo cheio com o Espírito de Deus, cheio de louvor e gratidão a Deus, de modo que seu coração transborde de alegria, e é isso que faz de uma pessoa alguém com quem você possa viver, alguém que seja uma bênção para você.
De verdade, deveria ser quase impossível iniciar uma briga com você, porque você é abençoado demais. Repleto de louvores, repleto de gratidão. Repleto da graça transbordante de Deus. Totalmente controlado pelo Espírito Santo. Você está tão cheio de amor, alegria, paz, longanimidade, bondade, fé, mansidão e domínio próprio que seu cônjuge poderá até ficar chateado com a incapacidade de causar conflito. Tem de começar por aí. Agora, além dessas coisas, surge ainda outro elemento. Versículo 2: "sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo". Isso não significa que você tem medo de Cristo. Apenas diz, estejam sujeitos um ao outro, agora olhe aqui, não estamos falando sobre alguém aqui, isso não está falando de esposas para com seus maridos. Isso não está falando de filhos para com seus pais. Está falando sobre todos, mas essa é a base, pessoal. Isso é o que torna os casamentos significativos. É uma questão espiritual aqui. Não é uma questão de astúcia. Não se trata de agendar compromissos. Não é uma questão de comprar para ela presentes para fazer as pazes, de comprar presentes para ele ou de preparar o prato favorito dele, essas são pequenas coisas legais que devem ser feitas, mas, com duas pessoas que vivem de acordo com os padrões que acabamos de ler, não importa se você fez isso ou aquilo. Não é isso que contribui para a alegria constante em um relacionamento.
No entanto, a submissão, e estamos falando de um tipo genérico de submissão. Sem nos preocuparmos por qualquer relação específica no contexto de uma família. A palavra submissão, por sinal, é muito clara. Hupotassō, significa classificar abaixo. Classificar sob. É um termo militar. Somos chamados a colocarmo-nos um sob o outro. Aqui está o que torna os relacionamentos significativos. Alguém controlado pelo Espírito de Deus, obediente à Palavra de Deus, cheio de alegria, louvor e ação de graças a Deus por cada coisa em sua vida e ansioso para submeter sua vontade a todos os outros. Isso é o que temos aqui. Somos chamados a colocarmo-nos um sob o outro. Aliás, esse princípio é predominante nas Escrituras. Ele expressa a ideia de humildade, expressa a ideia de mansidão que é tão básica para o caráter cristão, agora, a menos que você ache que esse seja uma espécie de versículo errante aqui, que acabou de cair aqui, esse princípio está em todo o Novo Testamento: 1Coríntios 16.16: "vos sujeiteis a esses tais". Hebreus 13.17: "Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles". 1Pedro 2.15, 2.13: "Sujeitai-vos a toda instituição humana". 1Pedro 5.5: "sede submissos aos que são mais velhos". Tiago 4.7: "Sujeitai-vos, portanto, a Deus", e aqui, "sujeitando-vos uns aos outros". Esta é a ideia de humildade. Se você quiser abrir em João 13, poderá ver aquela ilustração maravilhosa disso, onde Jesus lavou os pés dos discípulos e depois lhes disse: "que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei" e como ele os amou? O suficiente para se humilhar, embora ele fosse o Deus encarnado e tenha lavado os pés sujos e imundos de um grupo de discípulos orgulhosos, egocêntricos, que estavam discutindo sobre quem seria o maior no reino enquanto o Senhor estava prestes a dar a vida por eles.
Você pode olhar para o capítulo 2 de Filipenses e ver a mesma coisa: "Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo". Isso é apenas um padrão, quem quer que esteja com você, a vida dessa pessoa é mais importante do que a sua, os anseios dela, os desejos dela, as necessidades dela, a vida dela é mais importante que a sua, então você coloca sua vida de lado em favor dela. Essa é uma questão espiritual. Versículo 4: "Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros", e essa foi precisamente a atitude de Cristo, "pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus...a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz". Agora ouça, se os casamentos e as famílias devem cumprir o propósito divino, são essas as questões que estão em jogo aqui, e isso se torna uma questão de compromisso espiritual. Se estivermos dispostos a ser obedientes à Palavra de Deus, permitindo assim que o Espírito de Deus controle nossas vidas, se nossos corações estiverem cheios de alegria tão esmagadora que nos leva a entoar canções sobre Deus, canções espirituais sobre nossa própria conversão, hinos sobre o Evangelho, se nossos corações estiverem constantemente cheios de melodias, se estivermos sempre agradecidos por cada coisa que entra em nossa vida, se quisermos submeter-nos uns aos outros no temor de Cristo, que é por devoção a Jesus Cristo, então teremos relacionamentos significativos, mas, fora dessa devoção altruísta a Deus, e uma devoção altruísta um para o outro, isso não acontecerá. E você olha para a nossa sociedade hoje e pode ver por que exatamente isso não vai acontecer. Porque a mentalidade hoje, a atual tendência hoje, é o orgulho egocêntrico, não é mesmo? Eu vou ficar com você enquanto você me der o que eu quero, e quando você não me der o que eu quero, estou fora. Hoje, a ênfase está no individualismo, direitos, privilégios, liberdades, autoestima, todo esse pensamento individualista é absolutamente mortal para qualquer casamento significativo e relacionamentos familiares. Ao ganhar os direitos que os humanistas nos venderam, ao ganhar os direitos da liberdade individual, perdemos os privilégios de relacionamentos significativos. O preço para a nossa liberdade tão procurada, no final, será o isolamento e a solidão. As pessoas se tornam como objetos para serem usadas e descartadas.
Os membros da família se tornam como estranhos e as famílias se parecem mais como um grupo de pessoas desconectadas que vivem em uma pensão. Mais interessados na autorrealização do que no dar, mais desejosos de bens materiais do que de relacionamentos. Mais desejosos de serem independentes do que dependentes. Mais preocupados com eles mesmos do que com qualquer outra pessoa, de fato quase exclusivamente preocupados com eles mesmos. Veem esposas ou maridos como um fardo. Um obstáculo no caminho para a liberdade e realização pessoal. Veem os filhos como uma barreira para o cumprimento de seu egoísmo irresistível. A Bíblia está dizendo, se é assim que você escolhe viver, dê um beijo de adeus aos relacionamentos significativos.
Famílias, casamentos significativos, que são tão essenciais para a sociedade e sua preservação, ouçam, que são tão essenciais para a realização real na vida, só são possíveis onde você tem atitudes altruístas. Onde os desejos pessoais são constantemente sacrificados em favor dos outros. E se isso não acontecer, não pode haver relacionamentos significativos. Você não pode ter a colisão de dois indivíduos egoístas independentes, e construir um relacionamento. É uma batalha de pessoas que se esforçam para se humilhar. Isso é essencial. Essa é a chave para que todos os relacionamentos sejam cheios pelo Espírito, falando uns com os outros com salmos e hinos e cânticos espirituais, dando sempre graças e sendo submissos, apenas essas quatro coisas. Essa é a base, é por aí que você tem de começar tudo isso.
Onde você tem pessoas que andam no Espírito, cumprindo a Palavra de Deus em obediência à verdade, onde você tem pessoas com um cântico em seu coração e um cântico em seus lábios. Onde você tem pessoas que dão graças por tudo o que recebem em sua vida e onde você tem pessoas ansiosas, na verdade, que estejam com pressa de aproveitar todas as ocasiões para se humilharem e se submeterem aos que estão à sua volta, você tem relacionamentos significativos. É assim que você constrói relacionamentos. As pessoas vão me perguntar qual é a chave para o seu casamento ou qual é a chave para sua família, como é que sua família está tão perto ou você está perto de sua esposa e você tem um relacionamento tão maravilhoso, e eu só posso voltar a isto. Não há magia, não há fórmula, não há truques. Não é uma questão de quantas vezes fizemos isso ou quantas vezes fizemos aquilo, ou quem estava no comando disso, ou que tipo de processos ou métodos usamos. É simplesmente uma questão que tem de começar no meu coração: estou comprometido com a obediência ao Espírito de Deus? Estou comprometido com as influências controladoras da Palavra de Deus? Eu vou viver uma vida cristã? Porque isso deve estar lá. Estou cheio de alegria e felicidade ou sou repulsivo e malicioso, cruel e desagradável, ou meu coração está tão cheio de alegria que toca todos ao meu redor e isso me torna atraente e faz com que tudo o que eu creio e amo se torne atraente. Estou agradecido por tudo na vida? Toda dificuldade, todo mal-entendido, todos os maus tratos que ocorrem na minha vida, família e casamento, eu vou agradecer por isso e aceitar tudo com alegria no meu coração, vou me submeter a eles? Eu vou entrar na vida deles e fazer o que lhes agrada? Esses são os tipos de questões que devemos abordar. E se não começarmos aí, o resto é simplesmente sem esperança. Agora, se você olhar para isso e olhar para a nossa sociedade, você pode ver que não existe nenhuma maneira. De jeito nenhum. Vocês têm pessoas consumidas pela iniquidade, elas não estão interessadas na Palavra de Deus, são consumidas por fazer o que quer que sua cobiça lhes ordene fazer, cumprindo seus próprios desejos em todo o lugar, infidelidade, perversão sexual, seja lá o que for. Você tem pessoas que basicamente não têm alegria ou apenas muito pouco e, ocasionalmente, a encontram em uma garrafa, ou porque conseguiram um aumento no salário, ou porque estão indo em uma viagem de pesca, ou porque tiveram alguma ótima experiência em algum lugar, mas geralmente seus corações não estão cheios da alegria esmagadora que explode o tempo todo. Eu não vejo nossa sociedade assim. É uma sociedade muito deprimida.
Os membros da sociedade nunca são agradecidos, eles nunca têm o suficiente. E eles não estão dispostos a enviar nada a ninguém. Eles querem cumprir seus próprios planos. Sem chance. E você acrescenta a isso as mentiras ideológicas, as fortalezas da especulação humana que estão sendo erguidas contra a Palavra de Deus, como Paulo descreve em 2Coríntios 10. Essas ideologias que têm a ver com humanismo e liberdade sexual, e lesbianismo e homossexualidade, e todas as coisas que destroem uma família. A ideologia de que você não precisa se casar. Você simplesmente pode fazer sexo até que esteja cansado do sexo, e então, você pode encontrar alguém com quem não está cansado e ter mais sexo. A ideia de que você pode fecundar as mulheres em todo o lugar e simplesmente deixá-las com crianças por todo lado e está tudo bem, tudo bem, isso é maravilhoso, nós aceitamos isso. Todas essas ideologias agravadas com esse egoísmo pessoal, não deixam senão um desastre, um desastre absoluto. Agora, toda essa ideia de submissão, quero abordar um pouco mais. Veja 1Coríntios, capítulo 11. E vamos entrar nisso um pouco mais quando falarmos sobre maridos. Alguém neste ponto pode entender mal e dizer, "espere um minuto, se todo mundo está se submetendo, então ninguém está no comando," e eu só quero adiar essa questão por um momento.
Deus designou autoridade na família. E em 1Coríntios 11, versículo 3, Paulo diz: "Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo homem, e o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo". Não estamos dizendo que não há autoridade na família, existe sim. Existe autoridade no nível do pai, e há autoridade sobre os filhos no nível dos pais (pai e mãe). Nós entendemos isso. Não estamos falando sobre a responsabilidade da liderança. Não estamos falando sobre a responsabilidade de cuidar e proteger que é o que é essa autoridade é. Não estamos falando sobre a autoridade de ensiná-los, educá-los e criá-los no Senhor quando se trata de filhos. O que estamos falando aqui é esse tipo de submissão mútua que diz, embora eu talvez seja seu líder e seu protetor e seu provedor, seus anseios e desejos do seu coração e suas necessidades me compelem mais do que os meus próprios. Isso é o que cria o equilíbrio necessário. Não estou abdicando de minha responsabilidade como marido de liderar, preservar, proteger e cuidar de minha esposa. Não estou abdicando da minha responsabilidade como pai de prover aos meus filhos. De proteger meus filhos. De dar-lhes direção, liderança e disciplina, e edificar o autocontrole neles. Mas eu faço isso, eu faço isso com a paixão do meu coração sendo o reconhecimento de que isso atende melhor às suas necessidades. E quaisquer outras necessidades que eles tenham, desejaria ansiosamente suprir com o sacrifício de mim mesmo, se meu coração estiver certo, e eu estiver falando assim como qualquer um faria.
E a imagem perfeita disso, ali no versículo 3, é que Cristo é a cabeça de todo homem e Deus é a cabeça de Cristo. Deus é superior a Cristo? Não. Deus é de uma essência diferente da de Cristo? Não. Deus e Cristo são um? Sim. Significa simplesmente que, na organização da redenção, Cristo se submeteu aos propósitos, ao plano e ao poder do Pai e, ainda que fosse igual, também foi submisso. E o Pai era completamente sensível ao coração do Filho.
Cristo, total e voluntariamente se submeteu às necessidades do homem, submeteu-se aos propósitos do Pai, veio e comprometeu-se realmente com o que foi o maior ato de amor altruísta jamais demonstrado, morrendo na cruz para satisfazer o Pai. E para nos satisfazer. Ele era o Senhor sobre a humanidade, ele foi o soberano que se submeteu. Ele foi o rei que se tornou servo. Ele era o homem rico que se tornou pobre. Ele era o homem sem pecado que sofreu o pecado. Ele foi o autor da vida que aceitou a morte, ele era Deus morrendo pelo homem. Essa é a atitude do coração. Não há dúvida de que ele é o cabeça do homem, e ainda assim, o servo do homem. A imagem no versículo 3 é maravilhosa, ele era igual a Deus e, no entanto, ele se submeteu a Deus. Ele estava acima do homem e, no entanto, ele se submeteu ao homem e à necessidade do homem. Ele se curvou para encontrar o homem no ponto mais profundo de sua necessidade. Em ambos os aspectos, vemos a ilustração da submissão de Jesus à vontade do Pai e à necessidade do homem. Mesmo com grandes angústias e gotas de sangue, ele disse, "não se faça a minha vontade, e sim a tua".
Você se lembra de que a Escritura diz: "Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros". Essa é a ideia. Essa é a ideia. Antes de falarmos sobre o papel da esposa, o papel do marido ou o papel dos pais ou o papel dos filhos, temos de falar sobre o papel de todos. Com Cristo, você encontra igualdade com Deus e também submissão. E em todas as nossas relações haverá igualdade espiritual, haverá autoridade espiritual e ainda haverá um espírito de submissão. Em Gálatas, apenas para envolver esse pensamento, em Gálatas 3.26, é importante notar isto: "Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes. Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus". Quando se trata do espiritual, somos todos um. Minha esposa é crente. Meus filhos são crentes, todos somos um em Cristo. Nenhum de nós é espiritualmente superior ao outro e todos somos iguais no nível espiritual. E, no entanto, três são autoridade nessa família, dada ao pai e entregue aos pais (pai e mãe). Isso não impede a igualdade espiritual. É simplesmente um dever. É simplesmente um papel, é simplesmente uma tarefa, para o cuidado mais sábio da unidade que Deus ordenou. Nós temos o mesmo na igreja, todos somos um em Cristo. Não existe nem homem nem mulher, liberto nem escravo, judeu nem grego na igreja, seja homem ou mulher, seja empregado ou empregador, seja você rico ou pobre, seja qual for a cultura de que possa ter vindo, todos nós somos um em Cristo e ainda, embora todos nós sejamos espiritualmente iguais, 1Timóteo 5.17 diz que "Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem". E 1Tessalonicenses 5.12 e 13 diz: "Agora, vos rogamos, irmãos, que acateis com apreço os que trabalham entre vós e os que vos presidem no Senhor". Atos 20, versículo 28, diz aos anciãos "para pastoreardes a igreja de Deus"; 1Pedro 5, vocês são pastores sobre o rebanho. Hebreus capítulo 13, os anciãos vivem uma vida de fé e as pessoas são chamadas a seguir isso. As pessoas são informadas de que os anciãos estão sobre eles, no Senhor, e têm de prestar contas a Deus. Igualdade espiritual, mas responsabilidades diferentes. Mas, mesmo nessas responsabilidades, operamos com uma atitude de submissão. Suponho que isso seja uma ilustração muito vívida, apenas porque é tão óbvio hoje à noite, aqui estou em posição de autoridade, em virtude de lhe ensinar a Palavra de Deus. Você se sente em uma posição de submissão. Alguém pode concluir que eu sou uma espécie de demagogo. Eu sou algum tipo de autocrata que se coloca aqui e todos vocês simplesmente se sentam aí e fazem o que fazem e há algum tipo de disparidade entre nós espiritualmente, isso não é verdade. Somos iguais espiritualmente. Eu simplesmente tenho uma responsabilidade e um dever que me dá essa tarefa. Não só isso, eu tenho de me entregar a esta tarefa com uma maior preocupação por vocês do que por mim.
O que me leva a fazer o que eu faço não sou eu, mas você. Você entende isso e como isso funciona em uma família, já conheço essas coisas. Não estou aqui dizendo isso para mim. Estou aqui dizendo isso para você. Porque a minha preocupação é com você. E é assim que tem de funcionar em um casamento. Todos nos submetemos em um casamento, embora tenhamos papéis diferentes. Outra passagem vem à mente, enquanto apenas preparamos esta base hoje à noite, 1Coríntios, capítulo 7. Esta é uma seção muito interessante sobre a submissão mútua no casamento. Apenas para conduzir ao assunto do lar, versículo 1: "Quanto ao que me escrevestes, é bom que o homem não toque em mulher". Agora o que ele está dizendo aqui é que o celibato é bom. Havia algumas questões entre os coríntios sobre se você deveria se casar, ou se não deveria se casar e assim por diante. Ele está dizendo que o celibato é bom. Não é ruim. Tudo bem. Tocar uma mulher é um eufemismo para relações sexuais, união em um casamento. Então, o que ele está dizendo é, "Quanto ao que me escrevestes", eles obviamente têm uma pergunta sobre isso. É bom para um homem nunca ter esse relacionamento. É bom, está tudo bem, está tudo bem. Mais tarde, por sinal, ele deixa isso realmente claro no versículo 26: "Considero, por causa da angustiosa situação presente, ser bom para o homem permanecer assim como está". Querendo dizer que se ele é solteiro, fique assim, é bom.
Versículo 29, "Isto, porém, vos digo, irmãos: o tempo se abrevia; o que resta é que não só os casados sejam como se o não fossem; mas também os que choram, como se não chorassem; e os que se alegram, como se não se alegrassem; e os que compram, como se nada possuíssem; e os que se utilizam do mundo, como se dele não usassem; porque a aparência deste mundo passa", ele está dizendo, vocês estão vivendo momentos preocupantes, vocês não devem se envolver com eles, versículo 32: "O que realmente eu quero é que estejais livres de preocupações. Quem não é casado cuida das coisas do Senhor, de como agradar ao Senhor; mas o que se casou cuida das coisas do mundo, de como agradar à esposa". Ouça, pessoal, o casamento traz complicações. Você não consegue estar focado somente no Senhor, você tem de se preocupar com sua esposa, versículo 34: "e assim está dividido. Também a mulher, tanto a viúva como a virgem, cuida das coisas do Senhor, para ser santa, assim no corpo como no espírito; a que se casou, porém, se preocupa com as coisas do mundo, de como agradar ao marido". Então, se você quer ficar solteiro, é ótimo ficar solteiro. Fica muito mais focado. Não é necessário, mas certamente não é ruim. É bom. Alguns dos judeus ortodoxos dos dias de Paulo acreditavam que o casamento era uma obrigação. Se um homem não se casasse e produzisse filhos, os judeus diziam que matou sua posteridade e, portanto, diminuiu a imagem de Deus no mundo. A ideia era que se você quer proliferar a imagem de Deus, e uma vez que a imagem de Deus está em cada pessoa, você vai desejar proliferar pessoas. Se você não se casar, você elimina sua posteridade, e diminui a imagem de Deus no mundo.
Os judeus foram até mais longe, chegando a afirmar que havia sete tipos de pessoas excluídas do céu. E a primeira na lista, o judeu que não tem esposa e a segunda, a esposa que não tem filhos. Muito sério dizer que você não poderia entrar no céu sob essas condições. E isso provavelmente é o que provocou essas questões, e Paulo diz que, ser solteiro é bom, não é errado, mas o versículo 2: "por causa da impureza, cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido". Bom, o que ele está dizendo aqui é que é bom ser solteiro, mas porque as pessoas solteiras podem ser tentadas pela imoralidade, é melhor se casarem. Essa é a regra geral, por causa da pureza, e claro, Gênesis 1.28, por causa da procriação. E Gênesis 2.18, por causa da parceria, uma união de ajuda em Cânticos de Salomão, Hebreus 13.4, por causa do prazer, é bom. Por causa da pureza, da procriação, da parceria, do prazer. Então é melhor, se você tiver esses anseios e esses desejos, que você tenha sua própria esposa ou marido.
E então chegamos aos versículos 3 a 5, e é a isso que estou me referindo aqui. "O marido conceda à esposa o que lhe é devido, e também, semelhantemente, a esposa, ao seu marido" e, neste contexto, está falando sobre o dever conjugal, a obrigação matrimonial, para se entregar fisicamente um ao outro, bem como no amor, mas a ideia, agora que você é casado, é que você não retenha isso, porque você se preserva da impureza ao se casar, com a suposição de que você pode desfrutar da riqueza dessa relação que Deus projetou maravilhosamente. E então, deixe o marido cumprir o dever dele com a esposa e, também, a esposa para com seu marido, e então esta coisa maravilhosa: "A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim o marido; e também, semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim a mulher. Não vos priveis um ao outro". Em outras palavras, vocês devem se submeter mutuamente. Você tem de se livrar do argumento de que está com dor de cabeça. Versículo 5: "Não vos priveis um ao outro, salvo talvez por mútuo consentimento, por algum tempo, para vos dedicardes à oração e, novamente, vos ajuntardes, para que Satanás não vos tente por causa da incontinência".
O casamento traz uma obrigação mútua e a linguagem aqui indica que vocês têm uma dívida com seus maridos, senhoras, e vocês, senhores, têm uma dívida com suas esposas, paguem essa dívida; no nível muito básico de desejo sexual, essa submissão mútua pode ser vista. O casamento torna-se uma rendição permanente de tudo o que você é para seu parceiro. Ela é o que você é, um para o outro. É uma igualdade. Eu pertenço a você e você pertence a mim. O acordo mútuo é necessário, a propósito, para a abstenção sexual. Não é justo dizer, “não me incomode, estou orando.” É mútuo, apenas por um tempo definido. E, no entanto, mesmo nessa submissão mútua no casamento, obviamente, não estamos negando a autoridade em 1Timóteo capítulo 2, versículo 11: "A mulher aprenda em silêncio, com toda a submissão. E não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade de homem; esteja, porém, em silêncio. Porque, primeiro, foi formado Adão, depois, Eva. E Adão não foi iludido, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão" e assim por diante. Ainda há autoridade na submissão, mas o cerne disso é um serviço mútuo e humilde. Ao dizermos tudo isso, estabelecemos todo o fundamento, realmente.
Nossa autoridade é suave, gentil, branda e atenciosa. É a autoridade de quem provê. É a autoridade de quem protege, de quem se importa, de quem atende às necessidades, de quem, por força e sabedoria, isola, preserva, assegura. Está tão maravilhosamente ilustrado no ensino sobre como você lida com seus filhos, você não os provoca com sua liderança áspera. Você os nutre. E eu vou lhe contar uma coisa. Se você não começar com isso, não há muita esperança, na verdade, não existe nenhuma. Ah, suponho que vocês possam ranger seus dentes e decidir ficar juntos por causa do que quer que seja, mas, fora desse padrão estabelecido em Efésios 5, o casamento e a família se tornam uma luta incrivelmente difícil. Muito insatisfatório.
Torna-se uma batalha por nossos direitos individuais. Torna-se um conflito terrível e nós assistimos aos conflitos explodirem. Todos os anos, milhões de casais esperançosos se comprometem em casamento ou moram juntos com a visão de construir uma vida, e metade deles termina em uma luta que divide o casamento. E aqueles que tiveram esse rompimento vão se casar novamente, 2/3 deles serão rompidos. Os pastores estão até mesmo criando cultos de divórcio. Como que passando um filme para trás, eu suponho. O divórcio é uma epidemia e, quando você não se divorcia, muitas vezes você tem conflitos ou infidelidade contínua. Os homens são muitas vezes opressivos e insensíveis. E as mulheres também podem ser desleais, indiferentes e buscam a liberação. Os filhos não têm exemplos reais. O caos é absolutamente trágico, absolutamente trágico.
Então, quando pensamos em todo esse assunto de família, temos de começar com essas questões espirituais e, a partir daí, podemos começar a falar sobre especificidades. Se você tiver um coração cheio do Espírito, obediente, que louva, adora, é agradecido e submisso, você conseguiu aquilo que vai fazer uma família maravilhosa, um casamento maravilhoso e uma vida maravilhosa, qualquer outra coisa é uma batalha por sua própria conta, é simples assim.
Somente o poder do Espírito Santo pode anular isso e produzir alegria. D.L. Moody, o evangelista, certa vez fez uma pergunta simples ao seu público. Ele disse: eu quero que você me diga como remover o ar de um copo. E ele ergueu um em sua mão. Um homem gritou, sugue o ar com uma bomba. Moody respondeu: isso criaria um vácuo e quebraria o copo. E várias outras respostas impossíveis foram dadas, algumas que você dificilmente poderia acreditar, como: vire o copo de cabeça para baixo. Finalmente, Moody se pôs ao lado do púlpito, onde um jarro de água e o copo estavam colocados, e pegou o jarro e encheu o copo, e aí ele disse: "todo o ar está fora agora". É perfeitamente simples. Nesse sentido, você pode eliminar o ar velho do casamento, mas não com as bombas da psicologia humana, somente quando você encher sua vida com a água viva, o Espírito de Deus e a verdade divina, e essa é a chave. É por aí que temos de começar. Você deve assumir esse compromisso. Se você fizer isso, posso prometer-lhe que toda a alegria da graça da vida, e a alegria do casamento e da família serão suas.
Vamos orar. Pai, agradecemos os fundamentos que Tu nos deste na Escritura. Senhor, sabemos que essas coisas começam no fundo do coração, questões espirituais precisam ser tratadas. Eu oro por cada pessoa aqui, para que Tu os guie ao lugar da devoção ao Espírito de Deus para serem cheios com o Espírito, para que eles tenham um coração alegre e feliz, agradecido e submisso e, portanto, seja tão fácil viver um com outro. Senhor, queremos casamentos felizes. Queremos famílias satisfeitas e Tu nos mostraste como. E quando isso não acontecer, precisamos sair dos problemas superficiais e voltar aos nossos joelhos e ter nosso coração acertado contigo. Tu nos quer desinteressados, mais preocupados com os outros do que conosco mesmos. Cheio de ação de graças por tudo em nossas vidas, não importa o quão difícil seja, e sabemos quantos conflitos atingem casamentos e famílias, onde não pensamos que as coisas estão indo da maneira que gostaríamos que elas fossem, mas onde há uma graça incessante, louvor constante, constante obediência, humildade, haverá alegria e satisfação. Que seja assim em todas as nossas vidas. Esse é o Teu plano para a nossa alegria e Tua glória. Te agradecemos por isso em nome de Cristo. Amém.
FIM

This article is also available and sold as a booklet.