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Vamos abrir em Efésios, capítulo 5, e estamos olhando o padrão divino para os relacionamentos. Esta é a segunda parte da nossa série sobre a família, sobre o casamento, sobre a criação de filhos. Nós vamos entrar em muitas coisas maravilhosas nas próximas semanas. E estamos olhando para uma espécie de plataforma de lançamento no capítulo 5 de Efésios, um ótimo lugar para começar este estudo porque a Palavra de Deus é muito específica em relação a esses assuntos. Quero ler para você, do versículo 18 ao 21. Efésios capítulo 5: "E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais, dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo". Na semana passada, dissemos que o fundamento de todo o sucesso familiar cristão, toda bênção para o casamento cristão, estão definidos neste texto. Não é complicado, não é trivial. Não é superficial. Não é manipulador. O que o texto diz, antes de falarmos sobre as esposas no versículo 22. Antes que possamos falar sobre maridos no versículo 25, antes que possamos falar sobre filhos no versículo 1, do capítulo 6, e sobre os pais, no versículo 2 do capítulo 6, temos de criar algumas bases para todas essas relações, ou seja, você deve ser cheio pelo Espírito, cantando, com ações de graças e submisso. E nos concentramos nessas quatro coisas da última vez. Onde estar cheio do Espírito significa que você está sob o controle do Espírito Santo pela obediência à Palavra. Onde você tem alegria transbordante que é expressa em cânticos, onde você é agradecido constantemente por tudo, e onde você tem submissão mútua, você tem os alicerces de felicidade, sucesso e bênção num casamento e em uma família.

Tudo isso é construído sobre esse fundamento espiritual, se estivermos falando de um relacionamento entre marido e mulher, ou entre filhos e pais. Um dos livros mais populares sobre este assunto, nos últimos anos, foi intitulado Pilares que apoiam um Casamento Satisfatório. Assim que foi lançado, tornou-se um livro muito popular e o livro sugere o que é fundamental para o casamento. O que realmente faz um casamento bem-sucedido são cinco pilares. Aqui está o que o livro sugeriu, um livro cristão, por sinal. Número um é segurança, número dois é a comunicação, número três é romance, número quatro é o toque e o número cinco é a intimidade de espírito. O livro diz coisas assim: "Se uma mulher quer realmente ter uma comunicação significativa com seu marido, ela deve cultivar o lado direito de seu cérebro". E o livro diz o seguinte: "A melhor maneira de saber como anda a união na família é saindo para acampar." Sugestões bastante profundas, você não acha? Não tenho certeza de como o lado direito do meu cérebro funciona. E tenho certeza que minha esposa não faz a menor ideia. E eu também não sou muito de acampar, na verdade. Eu esperaria esse tipo de coisa em um livro secular, eu simplesmente fiquei chocado ao ler isso em um livro cristão. Os pilares do casamento não são segurança, comunicação, romance, toque e intimidade de espírito. Os pilares de um casamento são ser cheio do Espírito, ter uma alegria transbordante, ser grato por tudo e ser mutuamente submissos. A Bíblia diz que as famílias são edificadas em bases espirituais, não em psicológicas, não em emocionais. A Bíblia diz que o que é mais importante em um bom casamento é o amor de Deus, anulando o amor por si mesmo.

O que é realmente importante em um bom casamento é a busca das necessidades do outro e não das suas. O que realmente importa é ter um coração submisso que se preocupa mais com o outro. Verdadeira alegria espiritual, gratidão. Devoção a Deus, ao seu reino, aos seus propósitos e à sua glória. Verdadeira santidade, obediência à Escritura. Em outras palavras, o casamento é apenas um lugar onde você vive o seu cristianismo, e se a sua vida for correta, será um acontecimento feliz, produtivo, e abençoado todos os dias. Senão, estará repleta de dor, decepção, falta de satisfação, tristeza e raiva e tudo o mais. Não tem nada a ver com algumas técnicas humanas de toque, romance, intimidade, comunicação ou mesmo segurança financeira, mas tudo a ver com seu relacionamento com Deus. Na verdade, não há lugar melhor, não há lugar mais importante para você viver seu cristianismo do que em sua casa. E se sua casa não é o que Deus quer que seja, é porque os padrões mais elevados do cristianismo não estão sendo vividos lá. Talvez um dos parceiros esteja fazendo todos os esforços para conseguir isso e o outro não, talvez ambos estejam falhando, em ambos os casos, resulta em grandes dificuldades. A família é o ambiente onde a sua força espiritual, a sua devoção espiritual, a sua consistência espiritual são mais manifestas. E não só mais manifestas, mas ouça isto, mais exigidas.

Por causa da familiaridade, por estarem juntos o tempo todo sob qualquer tipo de circunstância concebível, e em cada tentação e dificuldade, o lar é o teste mais verdadeiro, seu casamento é o teste mais verdadeiro de sua vida espiritual. É por isso que 1Timóteo, capítulo 3, diz sobre um ancião, um pastor, que ele deve ser aquele que gerencia bem sua própria família, mantendo seus filhos sob controle com toda a dignidade, mas se um homem não sabe como administrar o seu próprio lar, como ele cuidará da igreja de Deus? Simplesmente, o que Paulo está dizendo é que ele manifesta o caráter de seu compromisso cristão. Ele manifesta sua liderança espiritual em casa e se a liderança não estiver se mostrando lá, por que você pediria que ele liderasse a igreja?

A família é apenas o lugar mais significativo onde sua vida externa a sua fé. Vou até um pouco mais longe para dizer que essas instruções sobre as técnicas do casamento, se essa for uma palavra apropriada, as instruções em relação às habilidades do casamento, as instruções em relação a todas as nuances de sensibilidade às diferenças masculinas e femininas, quando você soma tudo isso, são de importância mínima. Parece que hoje aceitamos que esse é o tema principal e a principal necessidade simplesmente porque muita literatura e muito esforço têm sido dedicados a isso. Mas, na verdade, não tem grande importância se você tiver duas pessoas cheias do Espírito, alegres, agradecidas, submissas e piedosas.

Tudo começa com essa base espiritual e, fora disso, há um grande problema e um grande conflito, e a razão pela qual estou enfatizando isso é porque é aqui que tudo começa. É aqui que tudo é bem-sucedido e é aqui que tudo se decompõe. Na verdade, onde houver pecado, todo o plano maravilhoso para o casamento não funcionará muito bem. Quando você invade esse domínio do casamento e da família com o pecado, torna-se uma experiência muito opressiva, insatisfatória, miserável. E é assim que é para a maioria das pessoas, certamente o mundo não regenerado de hoje, que tem se alimentado com uma dieta constante de justificação para o orgulho pessoal e a realização pessoal, tem plantado as sementes que ao final destroem todos os relacionamentos. Todos são esmagados sob o peso do orgulho. E isso tem afetado até mesmo a igreja. Aqueles de nós que conhecem a verdade têm dificuldade em vivê-la porque estamos inundados com o mundo à nossa volta. Na verdade, suponho que o termo conflito seja quase sinônimo de casamento e família hoje.

Nós ouvimos o tempo todo como os homens são opressivos ou como eles são insensíveis. Quão chauvinistas eles são. Quão abusivos e indiferentes eles são. E, por outro lado, ouvimos tantas vezes que as mulheres são arrogantes, buscando liberdades e o exercício de sua própria vontade e seus próprios propósitos, não querendo submeter-se aos seus próprios maridos, e por que isso? Bom, é por causa do pecado. E talvez possamos voltar ao início e ter um vislumbre disso. Abra sua Bíblia no terceiro capítulo de Gênesis. Quero compartilhar com você o que pode ser uma interpretação de Gênesis 3 digna de consideração. Não posso ser dogmático e dizer que é absolutamente, inequivocamente precisa. Houve alguns, há alguns que tomariam qualquer questão com qualquer esforço para ser dogmático a esse respeito, mas é pelo menos uma possibilidade interessante para entender de onde o conflito vem. Sabemos, é claro, que ele vem do egoísmo, ele vem do orgulho pessoal e do pecado pessoal, é o que torna os relacionamentos difíceis, certamente na família. Mas pode haver outro elemento para este conflito de grande interesse e, se olharmos para o capítulo 3 de Gênesis, deixe-me ler para você, Gênesis 3, versículo 13: "Disse o SENHOR Deus à mulher: Que é isso que fizeste? Respondeu a mulher: A serpente me enganou, e eu comi. Então, o SENHOR Deus disse à serpente: Visto que isso fizeste, maldita és entre todos os animais domésticos e o és entre todos os animais selváticos; rastejarás sobre o teu ventre e comerás pó todos os dias da tua vida. Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar". Essa foi a maldição de Satanás, mas agora a mulher, versículo 16, para a mulher ele disse, aqui está a penalidade que você vai pagar e isso serve para todas as mulheres. Para a mulher ele disse: "Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez; em meio de dores darás à luz filhos; o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará". A maldição, obviamente, que veio sobre a raça humana como resultado da queda no Éden, alterou significativa e dramaticamente o plano original de Deus. Antes do pecado, havia uma união perfeita. Não havia conflito, Adão e Eva se relacionavam perfeitamente e o pecado foi introduzido, o pecado trouxe consigo caos e conflito. Agora, houve várias características nesta maldição. Houve uma separação entre o homem e Deus como resultado desse pecado, e o homem, como você se lembra, foi expulso do jardim, e a comunhão íntima, livre e plena com Deus acabou. Houve também uma separação entre o homem e a natureza. A natureza não mais produziria toda a sua generosidade para o homem sem nenhum esforço por parte dele. Agora ele tinha de sair e, com o suor de seu rosto, ele tinha de cultivar o solo e trabalhar muito para fazer com que o mundo oferecesse a ele o que uma vez lhe tinha sido dado tão livremente. Separação entre homem e Deus, separação entre homem e natureza e, finalmente, separação entre homem e mulher. E a parte fundamental da maldição para nós, no final do versículo 16: "o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará".

É bem possível que essa declaração responda à pergunta: por que existe um conflito entre homens e mulheres? Por quê? Olhando primeiro para o marido, o texto diz no final do versículo 16, "ele te governará". E a palavra governar significa reinar. É uma palavra de soberania. Então a maldição disse, o homem, como resultado da maldição, vai dominar você e, como resultado da maldição, você vai desejá-lo. O que isso significa? Isso significa que ela o desejará física e sexualmente? Não acho que isso seja uma maldição. Eu não acho que isso era uma maldição antes da queda. Já era verdade que ela tinha um desejo por ele e ele um desejo por ela fisicamente. É a forma mais elevada de realização dos amores em termos de prazer físico. Não é que ela o desejaria como protetor, como aquele que cuidaria dela e a apoiaria e a cobriria. Isso também existia. Desde o início, Eva foi criada para complementá-lo, mas ele era o único responsável em cuidar dela. Isso já existia. Ela era o vaso mais frágil e era uma delícia para a mulher ter esse cuidado e proteção antes da queda.

Portanto, deve ser algo diferente do desejo sexual. Tem de ser algo diferente de um desejo de ser cuidada, protegida. Também é verdade que a maldição não pode ser um desejo físico ou emocional, porque nem todas as mulheres desejam isso. Mas todas estão amaldiçoadas. Todas as mulheres estão amaldiçoadas, mas nem todas as mulheres desejam seus maridos fisicamente. Nem todas as mulheres desejam o amor emocional, a proteção e o cuidado de seus maridos. Isso tem de ser algo, algo que toca todas as mulheres, assim como é algo que toca todos os homens. Primeiro, as mulheres foram amaldiçoadas com dor no momento do parto. Bem no momento de trazer a vida, realmente o ponto alto da feminilidade para trazer a vida ao mundo, ela está amaldiçoada. Mas, além disso, ela está amaldiçoada com esse desejo pelo marido. O que é isso? O que isso significa? Bom, essa palavra "desejo" é usada no capítulo 4, e nós aprendemos algo quando descobrimos como uma palavra específica é usada em um determinado contexto. É a única outra vez que é usada em todo o livro de Gênesis. Na verdade, a única vez no Pentateuco, os primeiros cinco livros.

E você notará no capítulo 4 como é usada, no versículo 7, no meio do versículo: "eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo", exatamente a mesma palavra, "será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo". A construção aqui, no hebraico, é exatamente paralela. É uma construção paralela exata que usa a mesma palavra. Sobre o que ele está falando? Ele está falando sobre Caim. Você se lembra de Caim. Caim ofereceu um sacrifício que Deus não aceitou porque não era o que Deus pediu, e depois, tomado de ira, você se lembra, ele matou seu irmão. E diz aqui, a palavra vem a Caim, o Senhor diz a Caim: "o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo". Agora, o que o pecado queria fazer a Caim?

O pecado queria esmagá-lo. Queria dominá-lo. Queria assumir o controle de sua mente e de suas ações. O pecado queria governá-lo. O pecado queria forçá-lo a fazer certas coisas. O pecado queria controlá-lo. E esse, eu penso, esse é o paralelo ao que você tem no versículo 16, quando diz que “teu desejo será para o teu marido,” é a mesma construção, o mesmo termo que o desejo, que o pecado tem para controlá-lo. Parte da maldição é que a mulher não acolhe mais, de bom grado, com entusiasmo, a submissão, mas há algo nela que quer controlar o homem. Ela quer usurpar a autoridade sobre o marido. Isso é precisamente o que Eva fez originalmente. Certo? Ela deveria ter ido ao marido, ter procurado sua sabedoria quando foi tentada, Satanás sabia disso. Satanás a isolou, Satanás a enganou. Ela agiu de forma independente, fora da submissão amorosa que deveria ter sido parte de seu compromisso com o marido, e levou a toda a raça humana ao pecado. Quando ela cometeu o pecado original ao ouvir Satanás e não consultou Adão, ela exerceu autoridade sobre o homem, tomou as coisas em suas próprias mãos, e essa foi, em essência, a maldição e, desde então, o pecado de uma mulher, a inata depravação nas mulheres busca controlar.

O homem, então, fica com uma maldição também, ele procura dominar. Por que há sempre um movimento de liberação da mulher e, se não for um movimento, ainda está lá, no coração da mulher? Por que existe o machismo masculino e sempre existirá? Porque é assim que a depravação do coração humano se revela nas mulheres que procuram governar e nos homens que desejam reprimir. E há uma explicação muito possível para a intensidade e o caráter onipresente, o que significa todo o tempo em todos os lugares, do conflito no casamento. A mulher, a partir da queda, de sua queda, não está disposta a se submeter, mas deseja controlar para exercer seu individualismo. O homem, por causa da queda, quer permanecer o rei da montanha, e seu governo pode ser opressivo e insensível. Assim, a batalha dos sexos começou com a queda no capítulo 3 de Gênesis, e os filhos que chegam na família, apenas entram no ringue durante a luta de boxe. Não é um bom lugar para os filhos estarem.

Assim, existe o machismo no mundo, e você pode encontrá-lo nas culturas ao longo da história humana. Existe a liberação das mulheres no mundo e a mesma coisa, você pode encontrá-la por toda a história, enquanto cada um expressa o efeito da maldição. Todos lutam egoisticamente por seu próprio território. E a questão então vem: como um casamento pode sobreviver a esse tipo de conflito? Como um casamento funciona e como os filhos podem encontrar alguma paz nesse tipo de ambiente? E mesmo a questão mais importante, como se pode colocar um fim nisso? Como se pode colocar um fim nisso? Nós já respondemos a essa pergunta: através de duas pessoas que conheçam a Cristo, cujas vidas foram transformadas, que se caracterizam por serem cheias do Espírito, alegres, agradecidas e submissas uma à outra, e isso é uma transformação espiritual.

Em outras épocas e outras culturas, os casamentos se davam melhor do que no nosso mundo contemporâneo. Não há muitos anos, há 25 anos ou mais, as pessoas ficavam juntas, esse era o modo padrão de conduta. Isso é o que a sociedade esperava das pessoas e era o que acontecia. Isso não significa que havia menos conflito.

Por causa da queda, haverá conflito. Você deve voltar para a dimensão espiritual para acabar com isso, e isso é o que é tão maravilhoso sobre esta passagem que estamos observando, e você pode voltar a Efésios agora, e ver que a solução para o conflito no casamento é espiritual, e começa com a permissão dada ao Espírito Santo para controlar a sua vida, permitindo que a Palavra de Cristo habite em você ricamente, obedecendo ao Espírito de Deus ao revelar a Sua vontade através da vontade de Deus. Somente o poder do Espírito Santo pode reverter a maldição em um lar. Onde você tem uma pessoa cheia do Espírito em casa, você tem esperança. Você já tentou travar uma briga com uma pessoa controlada pelo Espírito? Tentou travar uma briga com uma pessoa totalmente alegre, que só tem alegria crescente em seu coração?

Já tentou lutar com alguém que agradece por tudo, apesar do conflito? Já tentou lutar com alguém que é totalmente submisso? Muito difícil. Onde isso existe, existe esperança. É uma questão espiritual. O conflito vai embora onde o Espírito Santo domina. Agora, enquanto examinamos o texto diante de nós. Nós já conversamos sobre essa base, e Paulo, no versículo 22, vai se lançar na conduta específica da esposa, do marido, dos filhos e dos pais, e vamos analisar isso em detalhe nas próximas semanas, mas antes de fazê-lo, não seria justo e não faria justiça ao apóstolo Paulo se pelo menos por alguns instantes não considerássemos o tipo de mundo a que ele estava escrevendo também. Porque, certamente, o argumento surge, bom, isso é história antiga, essa matéria volta muito atrás no tempo, ela realmente não compreende o tipo de mundo em que vivemos. Eles viviam em um momento diferente, com diferentes perspectivas, e eu penso que você precisa entender o que estava acontecendo. Então, eu quero lhe dar um pouco de história.

Eu sei que posso me render a isso de vez em quando. Acontece que amo história. Quando eu fui para a faculdade, percebi que não conseguiria me decidir sobre o que eu desejava menos. Eu queria me graduar em estudos religiosos e assim por diante, e eu fiz isso, mas não consegui decidir o que queria menos, então estudei História e Grego como matérias secundárias. E eu sempre tive um fascínio pela história e penso que ao longo dos anos, se tenho muito interesse em ouvir sobre história, provavelmente é porque eu voltei na história e reconstruí alguns dos cenários que fazem a Bíblia ganhar vida. E isso é muito, muito importante para que a Bíblia fale por si. E ela foi escrita em um tempo e em um contexto que exigem nossa compreensão, então vamos estabelecer um pouco o cenário para o qual o apóstolo Paulo estava escrevendo, e você verá alguns paralelos surpreendentes. Vamos falar sobre os judeus em primeiro lugar. Obviamente, havia judeus na igreja de Éfeso, e esta era uma carta circular que percorreu todas as igrejas e, eventualmente, não apenas todas as igrejas na Ásia Menor, mas todas as igrejas em todos os lugares, e ainda está se movendo a todas as igrejas em todos os lugares. Mas havia muitos judeus na igreja primitiva, e eles também precisavam entender a visão bíblica do casamento. Os próprios judeus tinham uma visão depreciativa da mulher que não vinha da Bíblia, e grande parte da religião deles, na época de Paulo e Jesus, não procedia da Bíblia. Eles desenvolveram muito de sua própria religião apóstata, e parte dela tinha uma visão muito baixa da mulher.

Na verdade, há orações judaicas usadas por homens judeus, todas as manhãs de suas vidas, e em uma dessas orações havia uma frase que ilustra a atitude deles. E era assim: "Deus, agradeço-te porque não me fizeste um gentio, um escravo ou uma mulher". Agora, eles consideravam que a mulher estava em um nível humano inferior ao homem. Uma mulher era um objeto, não uma pessoa. Uma mulher não tinha direitos legais. Ela estava sob o poder absoluto de seu marido para ele fazer com ela o que quisesse, sempre que quisesse.

Nos tempos do Novo Testamento, então, entre os judeus, o divórcio tornou-se tragicamente fácil e tragicamente comum. E eles o apoiavam com uma passagem do Antigo Testamento, você sabe, querendo ser exigentes em sua devoção à Lei Mosaica, eles citavam o capítulo 24 de Deuteronômio, versículo 1: "Se um homem tomar uma mulher e se casar com ela", e acontece que, e eu lhe darei como está na tradução antiga, "e se ela não for agradável aos seus olhos, por ter ele achado coisa indecente nela", a Revista e Atualizada traduz "indecência". Alguma "imundície", "e se ele lhe lavrar um termo de divórcio, e lho der na mão, e a despedir de casa". Pare aí mesmo. Agora, você notará que isso é realmente uma apostasia ou apenas uma declaração introdutória para outra coisa, mas eles tomavam isso basicamente como um mandamento, ou, certamente, como uma permissão. E eles simplesmente diziam: "se ela não for agradável aos seus olhos, por ter ele achado coisa indecente nela, e se ele lhe lavrar um termo de divórcio, e lho der na mão, e a despedir de casa". Há muito mais nessa passagem do que isso. Não se pretendia permitir isso, pretendia-se proibir o fato de que, se isso acontecesse e ela se casasse novamente, ela nunca poderia voltar e se casar com você. Essa era realmente a questão. Mas eles não foram tão longe. Eles simplesmente disseram, é isso. Se você encontrar alguma indecência, alguma impureza, coloque-a para fora. Dê-lhe uma declaração de divórcio. Agora a questão é, o que é essa impureza?

Qual é a indecência? Rabinos rigorosos mais familiarmente representados por um rabino chamado Shammai, rabinos rigorosos diziam que se referia ao adultério e isso é tudo a que se refere também. Se ela comete adultério, você pode se divorciar dela. Mas os rabinos liberais diziam que se referia a absolutamente qualquer coisa, e que sua imprecisão é intencional por parte de Deus para permitir que você preencha o espaço em branco. Isso é representado por um rabino famoso chamado Hilel. Então, em todo o tipo de história rabínica, até hoje, os judeus discutem sobre a visão de Shammai e Hilel. Hilel dizia que o texto significava que um homem poderia se divorciar de sua esposa se ela estragasse seu jantar. Significava que ele poderia se divorciar de sua esposa, veja só, se ela derramasse o jantar, porque, é claro, um jantar derramado é um jantar desperdiçado. Ele poderia se divorciar dela se colocasse muito sal na comida. Ele poderia se divorciar dela se ela caminhasse em público com a cabeça descoberta. Ele poderia se divorciar dela se conversasse com homens nas ruas. E eu gosto deste, ele poderia se divorciar dela se ela falasse com desprezo de sua sogra e isso é realmente bom. Ele poderia se divorciar dela se alguma vez discutisse com ele. O Rabino Akiva foi até além. Ele interpretou a frase como significando que um marido poderia se divorciar de sua esposa se ela se tornasse impura aos seus olhos porque achou alguém mais bonito. Agora, adivinhe qual era a visão mais popular entre os homens. Shammai tinha muito poucos seguidores. Hilel tinha muitos, de modo que o divórcio se tornou desenfreado no tempo de Jesus. As mulheres eram descartadas em todo o lugar. E elas eram vítimas de tal descarte e deixadas sem nada. Tudo o que um homem tinha de fazer no tempo de Jesus, no tempo de Paulo, era simplesmente entregar a ela uma declaração de divórcio, e tudo o que precisava era que alguém fosse a um rabino, e escrevesse a declaração na presença de duas testemunhas, e estava feito. Era isso. Você vai ao rabino, ele escreve, pode estar envolvido algum dinheiro, duas testemunhas estão lá, e está feito. A única pensão alimentícia ou apoio que era necessário era o retorno do dote, e isso era como um acordo feito. Os judeus eram minuciosos, aliás, seguindo pelo lado técnico, certificando-se de ter um rabino e certificando-se de estar com a documentação, além disso, seus corações estavam cheios de crueldade e maldade. Em Mateus 5.31, Jesus se refere a esse costume comum: "Também foi dito: Aquele que repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio". É assim que você opera. Você quer se divorciar de sua esposa, apenas certifique-se de fazer a papelada, só isso. Basta fazer a papelada. E penso que, apenas para fazer justiça com a história judaica, em diferentes épocas da história judaica, havia diferentes visões, mas, na época de Jesus, essa era a visão predominante, de modo que o divórcio era a solução para qualquer conflito, a curto prazo ou a longo prazo. E, consequentemente, toda a instituição do casamento era ameaçada, e a propósito, a prostituição era desenfreada no tempo de Jesus, mesmo entre os judeus. Agora, vejamos os gregos. Os gregos têm uma abordagem muito semelhante a essa. Eles não tinham de se preocupar com nenhum tecnicismo do Antigo Testamento. Eles não precisavam se preocupar em encontrar um versículo para deturpar a interpretação e justificar o que eles faziam. Eles apenas viviam em flagrante desprezo por qualquer fidelidade conjugal. A prostituição era uma parte absolutamente essencial da vida grega. Suas religiões eram cheias de prostitutas e acreditavam, como vimos na última vez, que você não só tinha comunhão com os deuses pela embriaguez, como também por ter relações sexuais com uma sacerdotisa/prostituta. Demóstenes, nada menos do que o famoso orador, afirmou: temos cortesãs por prazer, temos concubinas em prol da coabitação diária e temos esposas com o propósito de ter filhos legitimamente e ter um cuidador fiel para os nossos assuntos domésticos. Você tem os bebês e você paga as contas. Era isso. O homem grego encontrava seu prazer e até mesmo sua amizade fora de seu casamento.

Sua esposa era uma empregada e uma fabricante de bebês. Seu prazer sexual estava fora de seu casamento. Seus amigos estavam fora do casamento. O lar e a vida familiar eram quase extintos, e a fidelidade era quase inexistente. Não havia procedimento legal para o divórcio. Você simplesmente colocava a esposa para fora. Então, quando Paulo estabelece os princípios que ele está apresentando aqui, ele está realmente se dirigindo à cultura. É por isso que Paulo, escrevendo para a igreja primitiva, enfatiza o pecado da prostituição com tanta força. Quando você lê as cartas paulinas, o pecado da prostituição surge frequentemente, e ele fala sobre a porneia ou a forma verbal porneuō para se referir ao pecado sexual. Referências à prostituição, meretrício, perversões sexuais de todos os tipos. Porque, o mundo era dominado por essas coisas, o mundo dos gentios. Não é difícil lembrar, quando você lê as epístolas de Paulo, como esse tipo de coisa era comum. Fazia parte da vida, a palavra porneuō ou porneia, a raiz significa prostituir, pornē é uma mulher à venda. Pornos é um homem que se deita com uma prostituta ou um homem prostituto. Um gigolô ou um homossexual. Isso estava simplesmente em todos os lugares, e porneia é uma palavra comum no vocabulário paulino.

De acordo com a lei de cidadania de 451 a.C., por exemplo, agora vamos para quatro séculos e meio antes de Cristo. Os habitantes de Atenas, por exemplo, não tinham direitos de cidadania se seus pais não fossem ambos atenienses. Para muitos, isso significava desvantagens materiais, de modo que a mulher não ateniense não tinha esperança de se casar. Se você não fosse uma mulher ateniense, você não se casava, porque não conseguiria criar filhos que fossem cidadãos, e nenhum homem queria ter filhos que não pudessem ser cidadãos de Atenas, de modo que as mulheres não atenienses se tornavam prostitutas. Na verdade, elas eram uma classe profissional chamada hetairai, que no grego significa "de um tipo diferente". Por isso o mundo antigo, por exemplo, em Atenas, vivia simplesmente cheio de prostitutas. As mulheres casadas eram sem instrução. Eram consideradas como mobiliário, usadas para manter a casa e ter filhos. A escravidão, que era desenfreada naquele mundo grego, permitia que homens levassem meninas escravas basicamente para nenhum outro propósito senão para a realização sexual, como amantes. A prostituição ampla, o meretrício, os pecados sexuais de todos os tipos estavam em todo lugar na cultura grega. Eles encorajavam as mulheres atenienses a satisfazerem suas necessidades sexuais com escravas e a se entregarem ao amor lésbico. Por sinal, também espalhado por todo o mundo grego antigo muito antes de Paulo, e ainda lá durante o tempo de Paulo, estava a pedofilia, homens fazendo sexo com crianças pequenas. A prostituição existia como uma forma de adoração nos cultos de fertilidade, isso era Atenas.

Vá para Roma por um momento. A degeneração em Roma, quando muito, era pior. William Barkley, que reuniu muito pano de fundo histórico, escreve, durante os primeiros 500 anos de Roma, não havia um único caso de divórcio registrado. O primeiro divórcio registrado foi o de Spurius Carvilius Ruga, 234 a.C., mas na época de Paulo, a vida familiar romana estava destruída. Atenas estava muito à frente do jogo, em 451. Foram mais algumas centenas de anos antes de Roma se render. No tempo de Paulo, diz Sêneca, as mulheres eram casadas para se divorciar e divorciadas para se casar. Os romanos não costumavam datar seus anos de vida com números, datavam seus anos por duas coisas, os homens datavam seus anos pelo nome dos cônsules romanos que governavam. E a mulher pelo número de maridos. Jerônimo conta de uma mulher que se casou, nos registros que encontramos sobre isso, que se casou com seu 23º marido e ela era sua 21ª esposa. Era assim que as coisas funcionavam. O imperador Augusto exigia que uma mulher se separasse de sua esposa ou um homem deveria se divorciar de sua esposa, este é o imperador Augusto, enquanto ela estava grávida para que ele pudesse tê-la. Jérôme Carcopino escreveu um pequeno livro, chamado Vida Diária na Roma Antiga. E no livro ele diz que havia um feminismo desenfreado no início de Roma, que levou à contínua desmoralização. Algumas mulheres, ele escreve, evitavam ter filhos por medo de perder sua boa aparência, parece familiar? Algumas ficavam orgulhosas de não ficarem para atrás em nada em relação aos seus maridos, e até mesmo os enfrentarem em testes de força. Então você tinha as mulheres empenhadas na sua força física para que pudessem competir com seus maridos. Algumas mulheres levavam vidas separadas de seus maridos e nunca se envergonhavam de se envolver no mundo masculino para competir. No final do segundo século, Carcopino escreve, muitos casamentos romanos não tinham filhos.

Ele escreve que, se as mulheres romanas mostravam relutância em desempenhar suas funções maternas, elas se dedicavam, por outro lado, com um zelo que desafiava todo o tipo de atividades que, nos dias da república, os homens haviam reservado zelosamente para si mesmos. As mulheres não queriam ficar em casa. Mais uma vez, esta é a maldição se manifestando. Elas queriam dominar. Elas queriam ser desafiadoras e começaram a invadir áreas onde apenas homens, até então, tinham sido autorizados a ir. Elas colocaram de lado seus direitos de bordar, a leitura, suas músicas, de tocar seus instrumentos. E colocaram seu entusiasmo em uma tentativa de se igualar aos homens, se possível para superá-los em todas as esferas. Isso lhe soa familiar? Algumas mergulhavam apaixonadamente no estudo dos processos legais ou da política atual, ansiosas por notícias do mundo inteiro, ávidas pelas fofocas da cidade e as intrigas da corte, bem informadas sobre os últimos acontecimentos na Trácia ou na China. Avaliando a gravidade dos perigos que ameaçavam o tipo de Armênia ou o Império Parta com um ardor ruidoso. Elas expandiam suas teorias e seus planos para generais, vestidas em uniforme de campo, enquanto seus maridos observavam silenciosamente. Juvenile, outro escritor, criticava as mulheres, ouça isto, que se juntavam às caças tipicamente masculinas que, com lanças nas mãos e os seios expostos, iam à caçada aos porcos.

Havia aquelas que se envolviam em esgrima e algumas, você acredita, em luta livre feminina. Eu não sei se elas faziam isso na lama ou não, mas faziam isso. Ele escreve, o que de modéstia você pode esperar de uma mulher que usa um capacete? E se delicia em façanhas de força? Essas mulheres se rendiam à gula e à embriaguez. Em pouco tempo, escreve Carcopino, as mulheres começaram a trair a promessa que deveriam ter feito ao marido e que muitas delas, quando se casavam, tinham o cinismo de se recusar a prometer para viver sua própria vida, o que se tornou a fórmula que a mulher já havia trazido à moda no segundo século a.C.

Nós concordamos há muito tempo, diz uma senhora, que você deve seguir o seu caminho e eu o meu. Você pode confundir mar e céu com seus gritos, ela disse ao marido, mas eu sou um ser humano, afinal. Parece familiar, não? Igualdade de direitos, igualdade em tudo. Os casamentos infelizes eram inumeráveis. O divórcio era epidêmico. Juvenile novamente escreve, este é um antigo escritor romano. Assim, ela domina o marido, mas, em pouco tempo, ela desocupa seu reino. Ela voa de uma casa para outra vestindo seu véu nupcial. O casamento tornou-se, literalmente, uma forma de prostituição prolongada. Os divórcios eram tão comuns nos juristas romanos que não era incomum que uma série deles acabasse levando a senhora de volta, depois de muitos estágios intermediários, à sua cama nupcial original, ele escreve. Bom, você tem a imagem. É contra esse tipo de ambiente, que acontece basicamente por causa do caos da raça humana, é contra esse tipo de ambiente tão semelhante ao nosso de hoje, um ambiente de infidelidade, um ambiente de divórcio, um ambiente de incesto, homossexualidade, adultério, prostituição, pedofilia, tudo isso é contra esse pano de fundo que Paulo escreve. Ele não está dizendo aqui qualquer coisa que o corpo acreditava. Ele não está recitando a visão comum. Ele está chamando homens e mulheres para uma espécie de vida que era exatamente o oposto ao que eles estavam envolvidos. Isso me lembra de quando eu fui a Northridge, Cal State Northridge, para falar em uma aula de filosofia, e o professor era um ex-rabino, com um PhD em filosofia. Ele me pediu para falar para a classe sobre a ética sexual bíblica cristã. Mesmo sabendo que seria uma ótima maneira de me queimar em uma universidade secular, era uma oportunidade muito desafiadora. Depois de ter estabelecido o que a Bíblia diz, eu disse: é claro que nenhum de vocês concordará com isso, porque você não tem o compromisso interno em virtude de não conhecer a Deus, ter um coração transformado e amar a Cristo, estar interessado por manter esses padrões, mas, assim como são contracultura hoje, eram contracultura no tempo de Paulo. É importante perceber que o que está acontecendo hoje é que existe todo um grupo de indivíduos que exige fazer o que bem quiser. Viver a queda, ouça com atenção, sem qualquer restrição cultural, em algumas culturas, mesmo na nossa, anos atrás, havia algumas restrições culturais, agora não existem mais. Então, agora você está vendo a realidade. O casamento é apenas uma luta pelos direitos, mas não de acordo com a definição de Deus. Deus tem um plano completamente diferente. E esse plano se desenrola aqui, e apenas para lhe dizer qual é o princípio básico desse plano, eu preciso dizer que é um plano de autoridade e submissão. Alguém é responsável por liderar, o outro, a seguir. Não tem nada a ver com inferioridade, só tem que ver com harmonia. A mulher não deve procurar usurpar a autoridade e dominar o marido; o marido não deve ser muito cruel e insensível ao governar sobre ela.

Sempre que isso é permitido, isso cria um caos maciço, como estamos atestando em nossos dias. Quando o padrão divino é seguido, todo o relacionamento está correto. Há uma imagem bonita disso que eu quero tomar alguns minutos para mostrar e depois concluiremos. Abra nesse livro tão querido, que muitas vezes é lido e pouco pregado, Cânticos de Salomão e, no início da experiência cristã, jovens sempre passeiam por este livro e se perguntam, como, afinal de contas, essa garota acreditou em toda essa conversa floreada.

Cânticos de Salomão é um livro incrível e maravilhoso. Uma imagem bonita de uma relação correta entre um homem e uma mulher. E há autoridade na submissão aqui, mas você não sente isso porque está perdido na beleza do amor. E é tão natural. Por exemplo, capítulo dois. Observe o amor desse homem por essa mulher: "Qual a macieira entre as árvores do bosque, tal é o meu amado entre os jovens". Ela está falando dele agora: "desejo muito a sua sombra e debaixo dela me assento". Agora, esse é o tipo de autoridade de que estamos falando. Ele é como uma macieira entre as árvores da floresta. Qual a diferença entre uma macieira e um pinheiro, eu vou lhe dizer, o fruto.

Ele provê, por isso, "tal é o meu amado entre os jovens". Quer dizer, ele tem muito mais a oferecer, e ela olha para ele por tudo o que ele traz para ela: "desejo muito a sua sombra e debaixo dela me assento e o seu fruto é doce ao meu paladar". Isso é o que deseja o coração de uma mulher. Não há nada de opressivo nisso. É apenas produtivo. É apenas provisão. "Leva-me à sala do banquete, e o seu estandarte sobre mim é o amor". Quer dizer, ele simplesmente despeja seu amor. Ele simplesmente derrama seu amor. "Sustentai-me com passas, confortai-me com maçãs, pois desfaleço de amor". Ou seja, ela está muito apaixonada por esse sujeito.

"A sua mão esquerda esteja debaixo da minha cabeça, e a direita me abrace". Eu quero que ele me abrace, ela está falando de contato físico. Quero que ele me abrace. Aqui está uma mulher que se encontra muito satisfeita por estar sob sua proteção, sua força, seus cuidados e seu amor. Por causa do que ele oferece para ela, e então ela convoca as filhas de Jerusalém, você sabe, uma espécie de empregadas da noiva. "Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, pelas gazelas e cervas do campo, que não acordeis, nem desperteis o amor, até que este o queira". Agora o marido está descansando ou o pretendente a marido. Aquele que a ama. "Ouço a voz do meu amado; ei-lo aí galgando os montes, pulando sobre os outeiros". O sujeito é atlético, você não pode vencê-lo.

"O meu amado é semelhante ao gamo ou ao filho da gazela; eis que está detrás da nossa parede, olhando pelas janelas, espreitando pelas grades". Agora você sabe, esta mulher está realmente apaixonada, porque cada movimento que o sujeito faz a atrai. "O meu amado fala e me diz: Levanta-te, querida minha, formosa minha, e vem. Porque eis que passou o inverno, cessou a chuva e se foi; aparecem as flores na terra, chegou o tempo de cantarem as aves, e a voz da rola ouve-se em nossa terra. A figueira começou a dar seus figos, e as vides em flor exalam o seu aroma; levanta-te, querida minha, formosa minha, e vem. Pomba minha, que andas pelas fendas dos penhascos, no esconderijo das rochas escarpadas, mostra-me o rosto, faze-me ouvir a tua voz, porque a tua voz é doce, e o teu rosto, amável."

Veja, esta noiva simplesmente não consegue dizer o suficiente sobre isso. Você não ouve nada parecido com isto: "moço, eu quero controlar esta relação. Eu tenho de colocar esse sujeito na linha.” Você não ouve nada disso. O versículo 16 realmente faz este resumo: "O meu amado é meu, e eu sou dele". Essa é a questão. É uma coisa mútua, mas a parte dele é cuidar de mim. Prover para mim, abraçar-me, proteger-me e sustentar-me. Capítulo 4, versículo 16: "Levanta-te, vento norte, e vem tu, vento sul; assopra no meu jardim, para que se derramem os seus aromas. Ah! Venha o meu amado para o seu jardim e coma os seus frutos excelentes!" Você sabe o que ela deseja para ele? Ela deseja o melhor. Ela está feliz em ser submissa. Ele pertence a ela e o que ela possui é absolutamente emocionante para ela. Ela deseja apenas o melhor, esse é o modelo de relacionamento. Capítulo 7, versículo 10, apenas escolhendo alguns destaques, novamente: "Eu sou do meu amado, e ele tem saudades de mim". Neste caso, essa saudade é um desejo legítimo, seu desejo é por ela. Ele a quer. Ele anseia por ela. Volte para o capítulo 5, versículo 10: "O meu amado é alvo e rosado, o mais distinguido entre dez mil". Eu gosto desta tradução. Excelente, este é o sujeito mais bonito entre 10.000. "O meu amado é alvo e rosado, o mais distinguido entre dez mil. A sua cabeça é como o ouro mais apurado, os seus cabelos, cachos de palmeira, são pretos como o corvo. Os seus olhos são como os das pombas junto às correntes das águas, lavados em leite, postos em engaste". Ela está se deixando levar aqui. E, então, repousa em seu cenário, quer dizer, é uma pomba, não é apenas uma pomba, é uma pomba ao lado de correntes de água. É uma pomba banhada em leite. É uma pomba repousada. "As suas faces são como um canteiro de bálsamo, como colinas de ervas aromáticas; os seus lábios são lírios que gotejam mirra preciosa". Experimente isso, pessoal, quem sabe o que pode acontecer.

"As suas mãos, cilindros de ouro, embutidos de jacintos; o seu ventre, como alvo marfim, coberto de safiras". Hmmm. "As suas pernas, colunas de mármore, assentadas em bases de ouro puro; o seu aspecto, como o Líbano, esbelto como os cedros". O Líbano era alto, nevado e elevado. "O seu falar é muitíssimo doce; sim, ele é totalmente desejável. Tal é o meu amado", eu gosto disso, e esse é o meu, o quê? Meu amigo. Não há conflito aqui. Mas não há dúvida sobre a autoridade na submissão. Agora, suponho, que eles poderiam ter problemas, volte para o capítulo 5, para o versículo 2. "Eu dormia, mas o meu coração velava; eis a voz do meu amado, que está batendo: Abre-me, minha irmã, querida minha, pomba minha, imaculada minha, porque a minha cabeça está cheia de orvalho, os meus cabelos, das gotas da noite", o que é outra maneira de dizer, deixe-me entrar, está molhado aqui.

"Já despi a minha túnica, hei de vesti-la outra vez? Já lavei os pés, tornarei a sujá-los? O meu amado meteu a mão por uma fresta, e o meu coração se comoveu por amor dele. Levantei-me para abrir ao meu amado". Você sabe qual é a implicação? Por algum motivo, ela o afastou. O que ele está fazendo lá fora? Se molhando depois que ele já estava limpo. Eles devem ter tido uma discussão, certo? E ela disse, como as mulheres dizem às vezes, quando todos os preparativos foram feitos para “dar um gelo”, algo a incomodou e, de repente, ele está lá fora na chuva. Mas o conflito não pode durar. "Abri ao meu amado, mas já ele se retirara e tinha ido embora". Hmm, tarde demais. Muito tarde. "A minha alma se derreteu quando, antes, ele me falou; busquei-o e não o achei; chamei-o, e não me respondeu". Essa é a maneira de resolver o conflito, quando o coração se aflige por tudo o que o causou. Ela aparentemente envolveu a todos. "Encontraram-me os guardas que rondavam pela cidade; espancaram-me e feriram-me; tiraram-me o manto os guardas dos muros. Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, se encontrardes o meu amado, que lhe direis? Que desfaleço de amor". Ela está tão desfalecida de amor que realmente sai para encontrá-lo. Capítulo 6: "Para onde foi o teu amado, ó mais formosa entre as mulheres? Que rumo tomou o teu amado? E o buscaremos contigo." Ela quer resolver isso o mais rápido possível.

Ela disse: "O meu amado desceu ao seu jardim, aos canteiros de bálsamo, para pastorear nos jardins e para colher os lírios. Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu; ele pastoreia entre os lírios". Eu sei aonde ele teve de ir. O versículo quatro continua. E, finalmente, no versículo 7, capítulo 7, aliás, os encontramos juntos, fazendo amor. Eu acho que a razão pela qual eu queria levar você por esse pequeno cenário é apontar que haverá momentos em que haverá períodos de conflito, mas quando o coração é puro, isso é resolvido tão rápido e ela vai até ele e ela o encontra.

Capítulo 6, versículo 4: "Formosa és, querida minha, como Tirza, aprazível como Jerusalém, formidável como um exército com bandeiras. Desvia de mim os olhos, porque eles me perturbam. Os teus cabelos descem ondeantes como o rebanho das cabras de Gileade". Cabras descendo uma montanha, brancas contra o fundo escuro. Seus dentes, ou devo dizer, sim, cabras pretas, pretas contra a neve que desce do monte Gileade. Inverta essa imagem. Seus dentes são como um rebanho de ovelhas, brancos que surgem de sua escovação, branco reluzente.

"As tuas faces, como romã partida", quer dizer, ela está exagerando. Ela o encontra e conta a ele tudo isso. E, no capítulo 7, eles são encontrados fazendo amor. Esse é o espírito, a atitude. Cânticos de Salomão não é uma alegoria, é apenas uma imagem do amor conjugal. Na verdade, muito importante. E você vê neste exemplo maravilhoso de resolução de conflito uma bela imagem de como a autoridade e a submissão trabalham juntas, onde duas pessoas se amam com uma devoção tão maravilhosa. Bom, não temos mais tempo.

É importante entender o princípio simples no casamento de que a base espiritual determina tudo. Em segundo lugar, há uma relação de submissão e autoridade, mas não é penosa, não é difícil. Não é abusiva. Finalmente, fica mais bem ilustrado e vou concluir com isto. 1Coríntios, capítulo 11, pela relação entre o Senhor Jesus Cristo e Deus, o Pai. 1Coríntios 11.3: "Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo homem, e o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo". Não há desigualdade entre Deus e Cristo, eles são iguais. Não há desigualdade entre o homem e a mulher. Um está em posição de autoridade e o outro está em posição de submissão. E quando essa relação é realizada corretamente, é magnificamente linda. A mulher busca isso, ela corre para a proteção, ela corre pelo carinho. Ela corre para estar sob a liderança, a sombra, a provisão de seu marido. E ele a conduz com tanta ternura, tanta sensibilidade, tanto cuidado, tanta gentileza, tanta força, tanta coerência, tanta fidelidade, tanta lealdade, que ela simplesmente desfruta de sua presença. Não há medo de sua parte. Não há abuso, e, portanto, há uma submissão disposta e ansiosa, uma imagem magnífica em Cânticos de Salomão. Absolutamente magnífica. Tudo o que ela pode fazer é complementar o homem. Tudo o que ela pode fazer é complementar a si mesma. Ambos entendem seus papéis perfeitamente. Quando o conflito vem, é facilmente resolvido porque eles se adoram.

Você diz, bom, como uma pessoa pode amar assim? Vem de um coração transformado, não é mesmo? Pai, nós te agradecemos nesta noite por refletirmos por algum tempo sobre estas coisas importantes, tão fundamentais. Queremos, Senhor, em nossos casamentos, que o Espírito de Deus esteja no controle de tudo. Autoridade sim, submissão sim, mas uma devoção disposta por cada um desses papéis. Isso é absolutamente contrário à maldição, em que o homem não busca dominar, mas prover ternamente, liderar, sustentar, cuidar, onde a mulher não busca erguer-se para comandar, mas amorosamente, de bom grado, anseia seguir. E sabemos que isso só pode acontecer através do seu poder. Somente no Espírito de Deus a maldição pode ser colocada de lado e substituída por esta magnífica imagem. Pai, que possamos saber que a coisa mais importante em nosso casamento não é o comportamento do nosso parceiro, mas o nosso relacionamento contigo.

E se isto estiver certo, seremos o que Tu queres que sejamos no casamento, e essa é a única maneira que esse ideal pode ser cumprido. Oro por cada pessoa aqui, cada cônjuge, Senhor, conduza-nos à posição onde assumamos a total responsabilidade pela qualidade do nosso casamento. E coloca-nos diante de Ti para sermos os homens e mulheres que Tu queres que sejamos. Te agradecemos, Senhor, por instruções tão claras, no nome de nosso Salvador, amém.

FIM

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