
Nosso texto para esta manhã é outra vez o capítulo 4, de João, e eu gostaria de ler os versículos 20 a 24, uma conversa maravilhosa entre a mulher de Samaria e nosso Senhor, que envolve o assunto da adoração. Ela fala, no versículo 20:
"Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar. Disse-lhe Jesus: Mulher, podes crer-me que a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus. Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é Espírito: e os que o adoram devem adorá-lo em espírito e em verdade."
Agora, como observamos em nossos estudos anteriores sobre o tema da adoração, essa passagem nos abre talvez o maior ensinamento do Novo Testamento sobre o assunto. De uma forma ou de outra, o termo “adoração” aparece dez vezes nesses breves versículos. E é muito essencial entender as nuances, as interpretações, os significados de seus usos nesta passagem. Não apenas porque está na Palavra de Deus, o que deve ser motivo suficiente; não apenas porque é falado por nosso Senhor, o que também deve ser suficiente; mas porque acho que o texto se concentra em um problema muito sério na igreja hoje.
Como tentei apontar para você e para outras pessoas recentemente enquanto eu viajava, eu realmente acredito que na igreja de Jesus Cristo hoje existe uma falta muito centralizada da questão da adoração. A igreja não se concentra na adoração como tal em muitos e muitos casos. E Tozer, de uma geração passada, disse: "A adoração é a joia que falta na igreja evangélica.”
E se isso era verdade em seu tempo, é igualmente ou ainda mais em nosso tempo. Quando compartilhei o pensamento de que não sabemos como adorar na igreja do século 20 na América com outras pessoas, com quem passei algum tempo nas últimas duas semanas, foi maravilhosamente confirmador ouvir a afirmação de que elas também concordam.
E assim estamos chamando nossa igreja e chamando o povo de Deus para um compromisso adequado de adoração. Ao fazer isso, escolhemos este como um texto básico, mas se você se lembra de onde começamos nosso estudo, percorremos as Escrituras para tentar apontar com que frequência a adoração é mencionada na Palavra de Deus.
Tudo pode ser resumido, penso eu, pelas palavras de nosso Senhor Jesus, em Mateus 4:10, onde ele diz: "Adorarás ao Senhor teu Deus, e somente a ele servirás." Jesus Cristo pede que o homem adore. Vimos em Romanos, capítulo 1, que a definição básica de um não crente, de um pagão, de uma pessoa não regenerada, de uma pessoa sem Deus é que ele se recusa a adorar a Deus. Também vimos, em Filipenses 3:3, que a definição básica de um cristão é alguém que adora a Deus. Então, adoração é a questão.
Vivemos em um mundo de pessoas que não adoram a Deus. E nós, que conhecemos Jesus Cristo, somos os "verdadeiros adoradores.” E diz no versículo 23: "porque o Pai procura a tais que assim o adorem." Portanto, essa adoração, na realidade, é o objetivo da redenção. Adoração não é algum tipo de informação adicional. É o propósito exato do ato redentor de Deus em Cristo. Deus estava trazendo os homens de não adoradores a verdadeiros adoradores. E se é assim, nós, que somos redimidos, somos os verdadeiros adoradores, quão verdadeira deve ser a nossa adoração? E, no entanto, perdemos muito do significado da adoração real. E é por isso que estamos compartilhando nestes dias sobre o assunto.
Agora, o primeiro ponto que queríamos olhar para o texto é a importância da adoração, a importância da adoração. E vimos isso no versículo 23. “O Pai busca verdadeiros adoradores.” Trata-se de uma tarefa extremamente importante. Isso torna a adoração a coisa mais importante na existência humana, adorar a Deus. E passamos por todo tipo de informação bíblica para ter uma percepção clara de quão importante é a adoração. É ordenada a nós. Vimos isso. É o tema da história redentora de eternidade a eternidade. O destino de todo ser humano está relacionado à adoração. As Escrituras estão cheias de referências à adoração. E estamos convencidos de sua importância absoluta.
De fato, se você ler Isaías 66:23, que encerra aquela grande profecia, descobrirá que tudo se transforma em uma comunidade de adoração. Diz ali que no novo céu e na nova terra, "todos adorarão a Deus.” É para onde a história está indo. Tudo começou assim quando Deus criou o homem para adorá-lo. O homem caiu, e o processo de recuperação está prestes a ganhar um remanescente da sociedade humana que, por toda a eternidade com os santos anjos, adorará a Deus.
E nós lemos em Hebreus 10, é claro, que o Senhor Jesus Cristo nos redimiu e, ao nos redimir, abriu um caminho de acesso pelo qual podemos entrar na presença de Deus para adorá-lo. Devemos nos aproximar, ousadamente, e adorar.
A quem adoramos? A adoração em si mesma, veja, não é suficiente. Por mais importante que ela seja, não basta apenas adorar. O objeto da adoração deve ser claramente entendido. Existem pessoas em todo o mundo, e tem havido por toda a história humana, que adoram. No entanto, elas não adoram o objeto certo. E, ao examinarmos esses versículos, fomos claramente instruídos de que há apenas um objeto de adoração. Repetidamente, ele diz: “Adore o Pai, adore o Pai, adore o Pai. Adore-o. E então diz, no versículo 24: "Deus é Espírito.”
Aquele que devemos adorar, então, é definido para nós em dois termos: Espírito e Pai. "Espírito" fala de sua natureza essencial. Ele é um Espírito quanto à sua natureza essencial. "Pai" fala de seu relacionamento essencial. E entraremos nisso mais tarde. Mas nesta manhã eu quero falar um pouco mais sobre adorar a Deus como Espírito.
O Breve Catecismo - alguns de vocês lembrarão se tiveram catecismo quando eram jovens - diz: "Deus é Espírito, infinito, eterno e imutável em seu ser.” E a Bíblia nos ensina que "Deus é Espírito.” Deus não é uma pessoa no sentido de ser uma pessoa como nós, confinada a um lugar ou confinada a uma forma. Deus não tem uma forma como a conhecemos, uma forma corporal, humana, física e limitadora. Deus é um espírito onipresente eterno. Ele não está confinado a nenhum lugar ou hora.
De modo que todos os deuses das nações em que representam a divindade como uma pedra, ou uma imagem esculpida, algo de prata, ouro, uma árvore, um rio, montanha, estrela, a lua, o sol não é Deus, porque Deus não está limitado ou confinado a nenhum dos seus elementos criados. Deus é Espírito. E, amado, essa é a base de toda a compreensão da adoração.
O que isso nos diz é que, se Deus é Espírito e está em todo lugar, em todos os momentos, devemos adorá-lo em todos os lugares e todos os momentos. Você entende isso? Não podemos nos permitir perceber Deus como um ser que habita em um edifício a quem passamos a adorar no domingo, e somente no domingo. Deus é um ser espiritual. Ele não deve ser confinado ou conformado a nenhuma imagem.
De fato, esse foi o primeiro mandamento que vimos, não foi? Nenhuma imagem esculpida. Nenhuma semelhança de Deus. Ele deve ser percebido como Espírito. Agora você diz: “Bem, John, e o templo? E o Santo dos Santos, onde a glória Shekinah residia entre as asas dos querubins? Isso não está dizendo que Deus morava no templo, e Deus morava no tabernáculo, e não era chamada de casa de Deus?” Bem, em um sentido muito único, a presença de Deus estava lá. Isso é verdade. Mas não como um sentido limitante.
Ele estava em toda parte, assim como estava lá, mas estava lá exclusivamente, e eu vou lhe mostrar por quê. O templo, o tabernáculo, o Santo Lugar e o Santo dos Santos, e todas essas coisas são símbolos. Todo o sistema cerimonial é simbólico. Era um símbolo para falar de uma realidade maior. Estavam lá para que os homens pudessem perceber Deus no símbolo, não como o fim, mas o começo da percepção deles.
Por exemplo, chegamos à mesa do Senhor e dizemos que o Senhor está presente com seu povo à sua mesa, e dizemos que, ao tomarmos o cálice, é o sangue de Cristo com o qual comungamos; ao participarmos do pão, é a carne de Cristo com a qual comungamos. E há um sentido real em que esses símbolos são elementos que nos levam a adorar. Mas o objetivo deles não é ser o começo e o fim da adoração, mas sim a estimulação de uma vida de adoração. Para que possamos ver além do símbolo, a realidade do Deus vivo.
Talvez possamos ilustrar isso claramente no capítulo 7, de Atos. Estêvão está pregando um grande sermão aqui, no qual recita grande parte da história do povo de Deus. E ele chega, no versículo 46, a uma discussão da casa que foi construída para Deus, e ele diz, no versículo 47: "Salomão construiu para Deus uma casa.” Agora, o fato de Salomão ter construído um grande templo para Deus não significava que Deus estava confinado a esse templo assim como você e eu poderíamos estar confinados em uma casa.
Porque o versículo 48 diz que só porque havia um templo, e por mais maravilhoso e esplendoroso que fosse, "o Altíssimo não habita em templos feitos com as mãos.” De fato, no versículo 49, o profeta diz: "O céu é seu trono, e a terra é o escabelo de seus pés: e que casa você pode construir para conter esse tipo de Deus?” Onde você pode colocar um lugar para esse tipo de Deus se sentar e descansar? Ele é vasto demais, infinito demais para ser contido em qualquer casa. De fato, ele fez tudo e preenche tudo.
Agora, apenas um judeu ignorante teria percebido que Deus estava limitado ao templo. Um judeu entendido sabia que isso era apenas um símbolo no meio do povo, como um lembrete da presença eterna do eterno Deus onipresente. De fato, eles sabiam desde o início, não sabiam? Em Deuteronômio 6, quando lhes disseram que a verdade mais básica de toda a sua religião era: "O Senhor nosso Deus é um Deus.” E então Deus lhes disse: "Você diz isso e fala sobre isso quando se senta, se levanta, se deita e caminha.” Em outras palavras, não importa onde você esteja ou o que faça, fique consciente, consciente do Santo Deus eterno que vive.
O templo era apenas um lembrete. O sistema sacrificial, o sistema cerimonial, era apenas um estimulador da consciência, para levá-los a direcionar seu coração para o Deus vivo e verdadeiro, para que desse símbolo pudesse surgir uma realidade de compromisso de vida em adorar a Deus. Nunca se teve a intenção de ser o fim, mas apenas o meio.
Em Atos 17:24, quando Paulo fala aos filósofos em Atenas, ele diz: “Deus que fez o mundo e todas as coisas nele, visto que ele é o Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos; nem é adorado pelas mãos dos homens.” Em outras palavras, você não pode confiná-lo. Você não pode limitá-lo. Ele é Espírito, o Deus, que se estende por todo o tempo, todo o espaço, todo o infinito e toda a eternidade. E, portanto, deve ser adorado em todos os momentos e em todos os lugares por todas as pessoas.
Os assírios chamavam o Deus de Israel de: "o Deus das colinas.” E refletia sua própria perspectiva idólatra, porque seus deuses eram os deuses dos vales. Eles construíram bosques para seus deuses nos vales, e sentiam que seus deuses estavam confinados a esses bosques, e assim seus deuses eram os deuses dos vales, e os deuses de Israel eram os deuses - ou o Deus das colinas. Mas isso reflete uma perspectiva pagã. E pode ter sido que até os samaritanos estavam um pouco confusos sobre isso porque haviam isolado sua adoração ao Monte Gerizim, pensando que talvez fosse lá que Deus estivesse. Mas Deus é Espírito e ele sempre quis ser adorado na plenitude de sua presença espiritual.
Em Jeremias 7, quando Jeremias fala com aquele povo pecador, o Senhor lhe dá uma mensagem, e está em 7:21. "Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Juntem os seus holocaustos aos outros sacrifícios e comam a carne vocês mesmos. No dia em que tirei os pais de vocês da terra do Egito, não falei nem lhes ordenei nada a respeito de holocaustos ou sacrifícios.” Em outras palavras, ele diz: “Tirem isso daqui. Não era isso que eu estava procurando. Isso era apenas um símbolo da realidade.” "Mas o que lhes ordenei foi isto: “Deem ouvidos à minha voz, e eu serei o seu Deus, e vocês serão o meu povo. Andem em todo o caminho que eu lhes ordeno, para que tudo lhes vá bem." Deus diz: “Não era isso por si só. Isso foi apenas um símbolo para fazer vocês se lembrarem da minha presença, um lembrete visível.”
Mas na nova aliança, no amadurecimento da nova aliança, até isso é posto de lado. E encontramos, em João 4:21, o Senhor Jesus dizendo algo muito importante. “Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me, a hora vem, em que nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai.” Na nova aliança, foi o fim dos símbolos cerimoniais. Foi o fim do símbolo do templo. Foi o fim dessa identificação física. E o novo templo tornou-se o crente em quem o Espírito vivo de Deus habitava. E esse Espírito de Deus se tornou o criador da verdadeira adoração. Não é mais um símbolo externo, mas uma realidade interior.
E nós da nova aliança, que possuímos o Espírito de Deus, e por estarmos juntos no templo vivo em que habita o Espírito de Deus, encontramos internamente a inspiração para a verdadeira adoração que eles encontravam externamente ao acamparem perto do tabernáculo. E assim Deus deve ser adorado como um Espírito vivo: em qualquer lugar, em todos os momentos e lugares, por todas as pessoas.
E assim, quando dizemos que a característica básica da vida cristã é uma vida de adoração, é exatamente isso que queremos dizer. Adoração é a base. "Nós somos aqueles que adoram a Deus,” diz Paulo. E alegrai-vos em Cristo, e não confiemos na carne. Nós somos os verdadeiros adoradores.
Agora, se devemos adorar a Deus como Espírito - e quero insistir nisso apenas em outro aspecto - se devemos adorar a Deus como Espírito, então devemos definir sua natureza para começar. Poderíamos dizer: "Bem, eu adoro a Deus, e acho que Deus é - bem, vamos ver - acho que ele é um sujeito legal lá em cima, e é exatamente isso ou aquilo." E alguém poderia dizer: "Bem, não; acho que ele é um filósofo benigno.” Alguém pode dizer: “Bem, não; acho que ele é esse tipo de Deus.” E todos vocês poderiam inventar o que sempre quisessem.
Portanto, é importante adorarmos a Deus, que é Espírito, em termos de como ele é revelado nas Escrituras. E acho que podemos resumir em uma palavra - em uma palavra - e acho que esta é a palavra que mais resume a natureza de Deus: ele é Santo. Ele é Santo. E Deus, para ser adorado, deve ser adorado como Santo. Essa é a sua distinção única. Essa é a sua diferença para com a criatura humana. Ele é Santo, sem falhas, sem erro, sem pecado, sem engano, totalmente justo, totalmente santo.
E, amado, deixe-me apenas sugerir a você que essa é a compreensão básica para a verdadeira adoração, que Deus é Santo. E acho que há muito esforço bem-intencionado hoje em dia e muita adoração supostamente acontecendo que realmente não considera Deus como Santo e, portanto, fica aquém. Muitas canções agradáveis são cantadas, sentimentos agradáveis sendo sentidos, e emoções agradáveis sendo expressadas, mas não em termos de Deus como Santo. E, portanto, pode ser pouco mais do que um exercício emocional que faz você se sentir bem. Deus deve ser considerado como Santo.
Agora, acho que isso pode ser mais bem resumido nas palavras do Salmo 96, um dos grandes Salmos que nos chama a adorar. E é, de muitas maneiras, muito paralelo a 1Crônicas, capítulo 16. Mas ali diz que devemos “cantar ao Senhor.” Devemos "bendizer o nome dele.” Devemos "proclamar sua salvação.” Devemos “anunciar a sua glória entre as nações, suas maravilhas entre os povos. Ele é grande, mui digno de ser louvado: ele deve ser temido acima de todos os deuses. Honra e majestade estão diante dele: força e formosura estão em seu santuário.” E então, o versículo 7:“Deem ao SENHOR, ó famílias dos povos, deem ao SENHOR glória e força. Deem ao SENHOR a glória devida ao seu nome; tragam ofertas e entrem nos seus átrios.” É tudo adoração.
Então chegamos a esta afirmação fundamental, no versículo 9, e aqui qualificamos a atitude ou perspectiva de adoração:
“Adorem o SENHOR na beleza da” – o quê? – “sua santidade.” E então é acrescentado: “tremam diante dele.” Você jamais poderá perceber a santidade à parte do temor. Porque se você considera Deus totalmente Santo, a consequência é que você se verá totalmente impuro, e haverá um sentimento de temor. Porque um Deus Santo tem direito a uma reação santa contra uma criação impura. De modo que o verdadeiro espírito de adoração é um sentimento esmagador de impureza na presença de um Deus santo.
Agora, quero reforçar isso em seu pensamento, levando-o de volta a um terreno familiar, mas não posso ensinar esta série e deixar isso de fora, então veja Isaías, capítulo 6. O conceito de adorar a Deus com santidade e temor é o que buscamos. Não é apenas o Antigo Testamento. Hebreus 12:28 fala sobre adorar a Deus “agradavelmente, com reverência e temor: pois o nosso Deus é um fogo consumidor.” Então, isso também está o Novo Testamento.
Mas em Isaías 6, Isaías vai adorar ao Senhor, e ele entra no templo. O rei Uzias morreu após 52 anos no trono. É cerca de 740 a.C., apenas alguns anos antes do Reino do Norte ir para o cativeiro como um julgamento por seus pecados. Ele vê o fim do seu povo. Ele sente o problema em sua nação e corre para a presença de Deus para adorar.
E ele tem uma visão de Deus, no versículo 1, na qual Deus está majestosamente elevado, cercado por serafins, que são os guardiões da santidade de Deus. Duas de suas asas são usadas para o serviço, e quatro delas são usadas para adoração, dando-nos uma visão da prioridade da adoração. Até eles adoram a Deus. Eles clamam de um lado para o outro, e é isso que eles dizem. "Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos; a terra toda está cheia da sua glória."
E aí encontramos novamente a mais magnífica definição da distinção de Deus, a singularidade de Deus. Ele é santo. Ele é santo. E quando Isaías está adorando a Deus, ele percebe a santidade. E essa é a perspectiva correta; que Deus tem uma santidade que o faz reagir contra o pecado.
E qual é a resposta de Isaías? Versículo 5: “Então disse eu: Ai de mim! Estou me desintegrando;” - Estou caindo aos pedaços, pois estou perdido. E a palavra "ai" significa "maldição.” "Amaldiçoa-me." Ele está sobrecarregado com sua pecaminosidade. Ele diz: "porque sou homem de lábios impuros, e habito no meio dum povo de impuros lábios.” Tudo o que ele pode ver é o seu pecado, e ele tem a melhor boca de todos eles, mas ele não pode ver nenhuma bondade em si mesmo em comparação com Deus. E a razão pela qual isso é tão gritante é o fim do versículo 5, porque ele "viu o rei, o Senhor dos exércitos.”
Agora, você pode não ter uma visão como essa, nem eu. Mas, mesmo assim, a lição é verdadeira: quando entramos na presença de Deus, se realmente vemos Deus, o vemos como "santo, santo, santo.” E assim, somos então confrontados com um sentimento de nossa total falta de santidade.
Se você nunca adorou a Deus com um espírito quebrado e contrito, nunca realmente adorou a Deus. Porque essa é a resposta certa para entrar na presença do Deus santo. A santidade inspira temor. Ele teve medo. Por que ele estava com medo? Porque ele sabia que um Deus santo tinha todo o direito de reagir contra um pecador profano. Ele sabia que Deus tinha todo o direito de julgá-lo. Deus tinha todo o direito de tirar a vida dele ali mesmo.
E acho que meu coração está preocupado com o fato de haver muita irreverência ao entrar na presença de Deus em nossa sociedade hoje, que Deus se tornou tão casual em nosso pensamento. Deus se tornou tão humano, tão amigo, que não entendemos toda a perspectiva da santidade absoluta de Deus, que ele é um fogo consumidor, que ele tem uma santa indignação contra o pecado. E se entramos irreverentemente em sua presença com vidas desacompanhadas de arrependimento, confissão e purificação pelo Espírito, então estamos vulneráveis a essa santa reação. É somente por sua graça que respiramos outra vez, não é? Pois ele tem todos os motivos para tirar a nossa vida, pois o salário do pecado é a morte.
E assim Isaías tem a única reação que um verdadeiro adorador poderia ter na verdadeira adoração: e essa é a humildade, quebrantamento e contrição. Ele se vê como um pecador. E em meio ao seu arrependimento, em meio à sua confissão, o anjo vem com uma brasa, o purifica, e Deus diz: "É você que eu mandarei em meu lugar.” E há uma maravilhosa comunhão. Há uma camaradagem maravilhosa. Há uma união maravilhosa entre Deus e o verdadeiro adorador através da confissão do pecado e da purificação dos lábios. E assim, esse é realmente o espírito da verdadeira adoração. Você vê a santidade de Deus, se sente esmagado por sua própria iniquidade.
Agora olhe comigo por um momento uma passagem que eu acho que se perdeu nessa mistura toda, 2Timóteo 2:22. Paulo está escrevendo para Timóteo e, é claro, o está instruindo sobre ser um homem piedoso, um servo fiel do Senhor Jesus Cristo. E ele lhe diz todas as coisas necessárias para guardar sua vida para ser útil, e fala com ele sobre ser “um vaso para honra, santificado, apto para o uso do Mestre, preparado para toda boa obra,” em 2Timóteo 2:21. .
E então, em 2Timóteo 2:22, ele diz: "Foge também das paixões da mocidade, e segue a justiça, a fé, o amor, a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor.” Há uma visão maravilhosa da verdadeira adoração. É invocar o Senhor com um coração puro. E não é que nosso coração seja puro por nosso próprio desígnio, ou por nosso próprio dispositivo, é que nosso coração seja puro na confissão e no arrependimento que Isaías experimentou ao encarar um Deus Santo.
Portanto, um verdadeiro adorador tem consciência de sua falta de santidade. E se você passar pelo Antigo Testamento, como fizemos anteriormente em Mateus, eu vou mexer na sua memória. Sempre que o povo de Deus encontrava Deus, havia uma reação aterrorizante. Eles sentiam medo. Eles se sentiam intimidados. Eles sentiam que sua vida estava em perigo porque sabiam que eram pecadores na presença de um Deus santo.
E Jó, que pensou conhecer a Deus, e provavelmente pensou adorá-lo da maneira que Deus queria ser adorado, quando ele passou por aquela peregrinação incrível e chegou ao fim dela, e realmente viu Deus como o Senhor soberano e santo do universo, ele disse: "mas agora te veem os meus olhos, pelo que me abomino, e me arrependo no pó e na cinza." Mais uma vez, esmagado pelo pecado. Manoá, pai de Sansão, em Juízes 13:22, clama: "Certamente morreremos,” porque ele tinha visto a santidade de Deus.
Houve Habacuque, que quando realmente discerniu a presença de Deus, começou a tremer, de modo que suas pernas tremiam. E houve o remanescente restaurado, que quando ouviu a santa palavra de Deus proferida por Ageu, chegou ao terror em seus corações.
Procure comigo apenas mais uma ilustração, no nono capítulo de Esdras. E Esdras vem diante do Senhor, e você vê o espírito de um coração contrito quebrado, que é o espírito de um verdadeiro adorador. Versículo 5: “A hora da oblação da tarde” - então é hora de adorar. É a hora oficial da adoração. É hora de vir diante de Deus no sacrifício da tarde. “Levantei-me” - ele diz - “da minha humilhação, e com a túnica e o manto rasgados, me pus de joelhos e estendi as mãos ao Senhor.”
Agora, aqui está um homem de Deus em um ato de adoração: prostrado, rasgando suas vestes, sentindo-se esmagado; e aqui está a atitude de sua adoração. "Eu disse: Ó meu Deus! Estou confuso e envergonhado, para levantar o meu rosto a ti, meu Deus." Isso é uma reminiscência, não é mesmo, do publicano que bateu no peito e não ergueu os olhos para o céu? "Porque as nossas iniquidades se multiplicaram sobre a nossa cabeça, e a nossa culpa tem crescido até o céu." Sabemos que elas chegam até o Senhor. Sabemos que o Senhor sabes que somos pecadores.
E então ele continua descrevendo o pecado. E então ele fala sobre a graça de Deus. No versículo 8, ele diz: “por um pequeno momento se manifestou a graça da parte do Senhor, nosso Deus, para nos deixar um restante que escape.” O Senhor nos deu vida. O Senhor nos deu um lugar para montar uma tenda. O Senhor nos deixou sobreviver, apesar do que fizemos.
E no final, no versículo 15: “Ó Senhor Deus de Israel, justo és, pois ficamos qual um restante que escapou, como hoje se vê. Eis que estamos diante de ti em nossa culpa; e, por causa disto, ninguém há que possa subsistir na tua presença.” Ele simplesmente está quebrantado pelo pecado. E ele orou, nos versículos 1 de 10, e confessou, e chorou, e se lançou diante da casa de Deus. E as pessoas o cercaram e derramaram suas lágrimas de penitência.
Agora, esse é o coração de um verdadeiro adorador. Chega à presença de Deus com medo. Chega à presença de Deus sabendo que Deus tem o direito de tirar sua vida, mesmo que você seja seu filho, mesmo que tenha sido redimido pelo sangue de Jesus Cristo, há um sentido em que Deus ainda tem o direito de punir pelo pecado. E ele diz, no Novo Testamento, para aqueles que são seus, todo filho que ele castiga e açoita.
Quando nosso Senhor andou na terra, as pessoas tinham medo dele. Eu sempre penso nos discípulos, que ficaram aterrorizados quando souberam que ele era Deus em seu barco. Você sabe, ele acalmou a tempestade, em Marcos 4, e o texto diz: "eles ficaram extremamente aterrorizados.” É muito pior ter Deus em seu barco do que ter uma tempestade do lado de fora porque você tem de enfrentar a santidade de Deus exibida no poder que havia sido exibido. E eles disseram: "Que tipo de homem é esse, que o vento e as ondas obedecem à sua voz?”
E quando Jesus enviou os demônios para o rebanho de porcos, e eles foram para o lago e se afogaram, o povo correu e implorou a ele que deixasse seu país. Ele os aterrorizou. Ele os fez entrar em pânico. Eles estavam com medo.
E Pedro, quando em Lucas 5 estava pescando, e não conseguia pegar nada, o Senhor disse: “Agora baixem suas redes, e eles estarão lá.” E ele fez isso, e eles estavam todos lá, e Pedro olhou para o Senhor e disse: “Vai embora” - saia – “porque eu sou um homem pecador." Tudo o que ele podia ver era sua própria pecaminosidade quando confrontado com a realidade de um Deus Santo.
Jesus tinha esse efeito nas pessoas. Ele traumatizava as pessoas. Ele assustava as pessoas. Eu acredito que os fariseus tinham tanto medo dele que é por isso que eles o mataram. Eles ficaram surpresos, diz a Bíblia, pelo que ele ensinava. Eles ficaram surpresos com o que ele fazia. Eles entraram em pânico quando viram o seu poder e ouviram a sua sabedoria. Jesus traumatizava as pessoas. Ele os deixou saber que Deus estava no meio deles, e eles foram imediatamente confrontados com o mal de seus corações.
Agora, o verdadeiro adorador virá nesse sentido, entrará nesse espírito. Ele será destruído por sua pecaminosidade. E é com essa a atitude que você se coloca quando chega a Deus, que é o Espírito eterno, que é o Espírito onipresente. Se eu vou ter uma verdadeira vida de adoração, então é uma vida de quebrantamento. É uma vida de contrição. É uma vida que vê o pecado e confessa continuamente. Essa é uma vida de adoração. Você não pode simplesmente pecar e pecar e pecar e depois entrar na igreja no domingo e pensar que vai adorar o Senhor.
Eu conversei com um homem nesta viagem, que veio me ver. E ele disse: “Sabe, eu escuto suas fitas. Eu pego todas elas. Eu estudo com você e realmente amo você, e você é meu professor e adoraria tê-lo como meu amigo,” e assim por diante. E começamos a conversar e passamos algumas horas com ele - Patricia e eu conversamos.
E ele disse: "Você sabe,” ele disse: "Eu tenho uma situação na minha vida que é muito pecaminosa.” E ele passou a descrever uma coisa horrível. E ele disse: "E eu permaneço neste pecado o tempo todo." E eu disse: "Bem, isso não o incomoda?" E ele disse: “Sim, isso me incomoda. Mas não o suficiente para parar.” E então você estuda a Palavra de Deus o tempo todo, e ao mesmo tempo; pensa que está adorando a Deus, bem, não está. E eu disse: “Não posso ter comunhão com você.” Eu não posso ser seu amigo. Eu tenho de me separar. E ele disse: "Bem, eu morreria se não achasse que você é meu amigo.” “Bem,” eu disse, “eu não posso ser, porque essa vida não honra a Deus.”
Você não pode fazer isso. Se Deus é Espírito e está em todo lugar, em todos os momentos, ele deve ser adorado dessa maneira, e se ele é Santo como Espírito, então ele deve ser adorado na beleza da santidade. E isso significa que você vive sua vida com um sentimento de medo, porque sabe que Deus tem todo o direito de castigar sua falta de santidade.
Ao mesmo tempo, para manter o equilíbrio, você vive uma vida de ação de graças, não é? Porque ele não lhe dá o que você merece. Ele não nos trata de acordo com nossos pecados. Mas você sabe, mesmo que, em certo sentido, cause um problema. Como vimos em Romanos, lembra de quando estudamos o segundo capítulo de Romanos? Onde está escrito: “A bondade de Deus deve trazer você ao arrependimento?” Mas o que acontece é que nos acostumamos a pecar e a nos safar disso, pecando e sendo perdoados, e continuamos pecando. Veja bem, esse sujeito estava tão acostumado a pecar e Deus ainda não havia feito nada, de modo que ele simplesmente continuava fazendo aquilo.
E somos todos assim. Você sabe, estamos tão acostumados à misericórdia, estamos tão acostumados à graça, estamos tão acostumados a Deus nos perdoar que simplesmente abusamos disso. E Deus é gracioso. Você sabe, um Deus santo, se ele realmente quis impor sua santidade, disse na Bíblia: "O salário do pecado é a morte.” Disse a Adão: "No dia em que você pecar, você morrerá.” Sempre que pecarmos, estaremos mortos. E isso seria fiel ao seu caráter santo. Mas Deus é tão misericordioso, todo pecado era uma ofensa capital no começo. No dia em que você pecar, você morrerá. Não disse que pecado, você apenas – sabe, você pode morrer realmente - apenas fiz um acordo. Você faz e morre. E então, como o tempo, é claro, Deus nem tirou a vida de Adão e Eva. Ele os poupou pela graça.
E então, quando você chega à aliança mosaica, existem cerca de 35 pecados que têm uma pena capital atribuída a eles, mas mesmo que Deus tenha agido graciosamente e houvesse muitas vezes - por exemplo, apenas pegue Davi, ele cometeu os pecados que receberia a pena de morte repetidas vezes, e Deus foi gracioso, misericordioso e o perdoou. Houve consequências, mas não a morte. Deus foi gracioso.
E assim Deus se mostrou gracioso, mas isso não significa que Deus não se importa com o seu pecado. Isso não significa que você pode entrar na presença de Deus com o pecado em sua vida. Isso não significa que você possa abusar dessa misericórdia, porque pode chegar o dia em que ele agirá em justa indignação contra você, e ele tem todo o direito de fazer isso, bem como a mim. Veja bem, nos acostumamos tanto à misericórdia - como apontamos em nosso estudo em Romanos - nos acostumamos a usar a misericórdia que, quando Deus faz o que é justo, achamos que ele é injusto.
Alguém morre. Bem, como Deus poderia deixar isso acontecer? Bem, como o Senhor pode permitir todos esses problemas? Escute, como ele não pode permitir que eles venham quando somos pecadores? Veja bem, nós olhamos ao contrário. As pessoas olham para o Antigo Testamento e dizem: “Que tipo de Deus é esse que permite que quarenta garotinhos gritem: ‘Careca, careca’, ao profeta e um urso sai e os rasgam em pedaços?” Que tipo de Deus deixa isso acontecer? Que tipo de Deus mata dois jovens, Nadabe e Abiú, no dia de sua ordenação, apenas porque eles ficaram um pouco bêbados e brincaram com o incenso no templo e Deus os matou?
“Que tipo de Deus mata um homem que toca na arca para impedir que ela caia de uma carroça? Que tipo de homem dá lepra a um homem e faz dele uma vítima dessa doença quando ele é um rei fiel há 52 anos, apenas porque ficou um pouco orgulhoso? Por que Deus faz isso? E por que esse sujeito e não aquele outro? E por que tanta misericórdia e depois o quê? E por que Ananias e Safira morreram? Afinal, eles deram uma oferta ao Senhor. Não era o que eles disseram que dariam? Quer dizer, por que eles tiveram de morrer por isso?
Essa não é a questão. A questão é por que, quando você fez isso e prometeu algo ao Senhor e não o fez, por que você viveu? Essa é a questão. Vê? A questão não é por que Deus tirou a vida de um adúltero ali? A questão é quando você cometeu adultério por que Deus não tirou sua vida? Nunca é uma questão de Deus ser injusto, é apenas uma questão de Deus ser misericordioso. E, às vezes, quando ele faz o que é justo, ele faz isso como uma ilustração.
Veja, você precisa ter uma placa em algum lugar ao longo da fila. E é isso que 1Coríntios 10 diz. Essas coisas aconteceram como exemplos para nós. E ao examinar as Escrituras e ver os momentos em que Deus agiu de maneira santa contra a impiedade, isso é para mostrar a você que Deus fará isso. E a questão não é: como Deus pode ser injusto? A questão é: como Deus pode ser misericordioso quando sua santidade é violada? Essa é a questão.
As pessoas dizem: “Não é terrível o que aconteceu em Corinto? Algumas pessoas realmente morreram porque estavam indo à mesa do Senhor como pecadoras?” Essa não é a questão. A questão é: como estamos vivos e chegamos a esse ponto tantas vezes? É apenas a graça de Deus. É a sua graça. As pessoas dizem: "Como ele poderia transformar a esposa de Ló em uma coluna de sal?" Essa não é a questão. A questão é por que ele não nos transformou em pilares de sal quando agimos de maneira mundana, como ela, e desejamos as coisas da carne? "Como ele pôde engolir Coré, Datã e Abirão no chão por serem desobedientes?" Essa não é a questão. Como ele não nos engole quando somos desobedientes?
Veja, você precisa ver as coisas do lado da santidade de Deus. E isso é importante. Deus é misericordioso, mas ele é Santo, e não deixa sua graça vender a sua santidade.
Veja bem, o que estou tentando dizer é que devemos adorar a Deus de maneira aceitável com reverência e temor a Deus, pois nosso Deus é um fogo consumidor. E você deve adorar a Deus na beleza da sua santidade. Você deve entender que ele é Espírito. Ele está em todo lugar, o tempo todo, para ser adorado, e na beleza da santidade.
E o que isso diz, amado, é muito importante. Isso diz que, quando vivo minha vida, devo viver uma vida santa diante de Deus. Devo viver uma vida em que confesso, me arrependo, abandono meus pecados, para que minha adoração a Deus seja a que agrada a Deus. E eu não quero ir apressadamente para sua presença em um ato de adoração com impiedade, para que eu não receba minhas justas punições de suas mãos.
E assim, embora sejamos gratos por sua graça e entendamos seu amor, de alguma forma em nosso cristianismo do século 20 perdemos sua santidade. E esse é o coração da nossa adoração. Deus é Espírito vivo, eterno, glorioso, santo, misericordioso, o objeto de nossa adoração. E devemos vir em contrição, humildade e quebrantamento de pecadores, que se veem no contexto de sua absoluta santidade.
F.W. Faber, que escreveu tantas palavras muito, muito bonitas, escreveu isto. Agora, ouça, com muita atenção. É um hino de louvor.
“Meu Deus, quão maravilhoso és, tua majestade, quão brilhante! Que belo teu propiciatório nas profundezas da luz ardente! Quão temíveis são os teus anos eternos, ó Senhor eterno! Por espíritos prostrados, dia e noite, adorado incessantemente. Quão maravilhosa, quão bela deve ser a tua visão, tua infinita sabedoria, poder ilimitado e terrível pureza!”
Ouça isto: “E como eu te temo, Deus vivo, com os mais profundos e ternos temores; e te adoro com coração trêmulo e lágrimas penitenciais! Contudo, eu também te amo, ó Senhor, Todo-Poderoso, como tu és; pois tu te abaixaste para me pedir o amor do meu pobre coração! Nenhum Pai terreno ama como tu; nenhuma mãe é tão mansa, que carrega e perdoa como fizeste comigo, teu filho pecador.” Vamos nos curvar em oração.
Nosso Senhor, viemos adorar nesta manhã ao Deus que é Espírito, que não está confinado aos templos feitos com as mãos, que não é limitado pelas imagens dos homens, o Deus que é infinito, eterno, em todos os lugares e em todos os momentos. E viemos adorar ao Deus que é Santo, que só pode ser adorado na beleza da santidade, na reverência e no temor piedoso que um pecador deve ter quando entra em tal presença santa.
E assim, Senhor Deus, que possamos ver como os homens de antigamente viram a tua santidade, e como Isaías, possamos clamar: “Ai de mim. Estou perdido.” E nessa confissão, sejamos tocados com a brasa do altar, nossos lábios purificados, e sejamos aceitáveis.
Nós te agradecemos porque Jesus Cristo fez a provisão para isso, porque ele tornou o caminho possível, porque ele nos abriu o acesso pelo qual podemos nos entrar em tua presença, entrar ousadamente ali, sem medo, sabendo que estamos na presença de Cristo, um lugar de honra e aceitabilidade.
Mas Senhor, que também possamos estar cientes de que, ao entrarmos em tua presença pelo sangue de Cristo, tendo sido lavados da cabeça aos pés, carregamos o pó da terra, e precisamos da preparação diária do coração, aquela confissão e limpeza diárias que são tão básicas para uma vida de adoração.
Oramos também, Senhor, por aqueles que podem estar aqui que não conhecem Jesus Cristo como Salvador, em quem não há temor de Deus diante de seus olhos, que no mundo sem Deus não te adorarão. Oramos para que hoje teu Espírito rompa o muro da resistência e abra o coração como uma flor ao sol nascente, e que Jesus Cristo venha e transforme essa pessoa em um verdadeiro adorador.
E para aqueles que amam a ti, Senhor, para aqueles que são teus filhos, que nossa adoração seja aceitável, a de um coração quebrantado e contrito, em que haja a beleza da verdadeira santidade. Não que nós mesmos possamos ser santos, mas que, no arrependimento, somos feitos assim pela purificação de Cristo.
Agradecemos porque nos deste a santidade posicional. Tu nos deste a realidade da santidade eterna em Cristo. Agora, ajuda-nos em nossa prática, em nossa caminhada diária, a caminhar a caminhada que se encaixa com o chamado para o qual fomos chamados. Que possamos verdadeiramente adorar, Senhor, e do fluxo de uma vida de adoração e de um Deus que responde, conheçamos a tremenda bênção e utilidade que Isaías conheceu, para que teu reino possa avançar nestes dias. E nós te agradecemos em nome de Cristo. Amém.
FIM

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