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Nós estamos vendo Mateus, capítulo 5. Obviamente, vai levar um tempo para passarmos por ele todo. O Sermão do Monte passa pelo capítulo 5, capítulo 6 e capítulo 7. Eu creio que tUdo isso foi falado pelo nosso Senhor como um sermão, em um momento específico. E claro, essas verdades foram ensinadas E repetidas vezes por ele em diversos momentos, intervalos e locais. Mas existe uma força e um poder muito grande ao colocar tudo isso junto em um grande sermão. E nós levaremos um longo tempo para estudar essas verdades revolucionárias, essas verdade que foram lançadas ao mundo como uma bomba que explode na mente daqueles que as ouviram.

Deixe-me começar a nossa discussão a respeito dessa maravilhosa sessão – uma discussão que, sem dúvida, percorrerá por muitos meses – com uma afirmação. Jesus toma como uma de suas obras providenciar às pessoas felicidade. É por isso que nós intitulamos essa mensagem inicial de “Felicidade é...” Infelizmente, não são todos que entendem isso, e nem todos que realmente acreditam nisso. Na verdade, existem muitos cristãos que não sabem se eles realmente experimentam a realidade da verdadeira felicidade. Porém, Jesus está no negócio da felicidade. A sua preocupação é a felicidade.

Agora, isso é muito evidente para nós aqui, no primeiro sermão registrado como sendo pregado por Jesus Cristo. Conforme nós entramos nos evangelhos pela primeira vez, nós nos deparamos com o sermão do nosso Senhor. É um sermão que começa com um tema constante de felicidade.

Se você notar do versículo 1 em diante, você verá a palavra “Bem-aventurado” sendo usada nove vezes. A palavra simplesmente significa “Felicidade” ou “Feliz”. E nós podemos lê-la desta forma.

“Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte, e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos; e ele passou a ensiná-los, dizendo: Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus. Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós”.

Nós vemos a palavra “bem-aventurados”, a palavra “feliz”, nove vezes. E eu digo novamente, o Senhor está no negócio de felicidade. O Senhor deseja dar bem-aventurança aos homens e às mulheres. O fim supremo de tudo no versículo 12 é que esses pontos de felicidade devam resultar em regozijo e grande exultação. Portanto, eu digo novamente, Deus está interessado em fazer as nossas vidas serem repletas de alegria, cheias de contentamento, cheias de felicidade.

Agora, isso é apenas a introdução desse sermão. Tendo estabelecido esse objetivo básico do seu ensino de trazer a verdadeira felicidade – e aqui eu não estou falando a respeito da felicidade do mundo baseada em circunstâncias ou nas coisas que acontecem na vida. Nós vamos entrar nesse detalhe enquanto caminharmos. Porém, a verdadeira felicidade é o objetivo e como qualquer bom pregador, ele fala o seu objetivo no início.

O início do Sermão do Monte diz a você o objetivo do Sermão do Monte, isso é, que nós devemos conhecer a verdadeira bem-aventurança, a verdadeira felicidade, a verdadeira alegria, o verdadeiro regozijo, o genuíno tesouro divino. Daqui em diante, ele fala a respeito de como isso se torna possível, que tipo de estilo de vida produz esse tipo de felicidade. Isso se torna o tema recorrente pelos capítulo 5, 6 e 7.

Agora, nós temos que passar pelo básico antes de entendermos esse sermão absolutamente fantástico, o qual eu penso que foi o maior sermão já pregado. Nós precisamos do fundamento. Portanto, hoje a noite nós vamos estabelecer o fundamento, nós vamos dar a você o método de ensino ao invés do método de pregação. No entanto, você precisa entender essas coisas básicas para que o resto faça sentido para você.

Em primeiro lugar, eu quero estabelecer o contexto. Eu quero lhe dar um pouco de pano de fundo, um pouco de contexto. Eu quero estruturar isso um pouco para você a fim de que você entenda o significado dessas palavras para as pessoas daquele tempo, nesse momento biblicamente. Tudo isso precisa se encaixar. Nós precisamos entender o contexto um pouco.

Em primeiro lugar – existem diversos contextos a serem olhados. Primeiro, nós precisamos entender o contexto bíblico. Com isso eu quero dizer o pano de fundo bíblico. Onde nós estamos na Bíblia? Onde nós estamos no fluir da revelação de Deus? Onde nós estamos no plano de Deus para revelar a sua verdade ao homem? Bom, esse é o ponto. Essa é a mudança dramática. Isso é uma transformação incrível.

Deixe-me mostrar o que eu quero dizer com isso. Eu quero que você olhe para a última mensagem do Antigo Testamento. A última mensagem é Malaquias 4:6. É dessa forma que o Antigo Testamento termina. Veja o que ele diz. Malaquias, o último livro, e o último versículo do último capítulo. “Ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais” – agora preste atenção – “para que eu não venha e fira a terra com maldição”. Como isso é interessante. O Antigo Testamento começa com uma maldição. O Novo Testamento começa com uma benção. Essa é uma mudança dramática.

As últimas palavras do homem de Deus, “uma maldição”. Essas são as últimas palavras. Uma maldição. As primeiras palavras do Homem de Deus, do Cristo vivo, “Bem-aventurados”. Bem-aventurado. Bem-aventurança e maldição. O Antigo Testamento: a lei, Sinai, trovão, relâmpago, juízo, maldição. O Novo Testamento: Sião, graça, paz, bem-aventurança. Uma mudança dramática.

A palavra “bem-avneturado”, “makarios”, é na verdade um nome muito comum para as pessoas que são gregas. Você deve se lembrar do Bispo Makarios da Igreja Grega Ortodoxa. Makarios é um adjetivo que simplesmente e basicamente significa “feliz” ou “alegre”. É isso que ele realmente significa. Porém, eu quero expandir um pouco para que você entenda o significado dessa nova mensagem. A palavra basicamente vem da raiz “makar”, essa raiz significa “ser feliz”, verdadeira felicidade. Isso não tem a ver com o sentido de felicidade do mundo que é baseado em circunstâncias positivas.

Tanto Homero como Hesíodo falaram dos deuses gregos como sendo – agora, preste atenção porque esse é um ponto muito importante – eles falaram dos deuses gregos como sendo bem-aventurados neles mesmos dizendo que era um estado não afetado pelo mundo dos homens que estavam sujeitos à pobreza, à fraqueza e à morte.

Em outras palavras, o conceito grego antigo de “makar” e “makarios” é a ideia de um tipo de alegria, um tipo de regozijo, um tipo de contentamento, um tipo de bem-aventurança que não é afetada pelas circunstâncias. É isso que eles realmente estão dizendo.

A palavra, então, tem a ideia de uma felicidade interior, uma alegria interior que não é o resulto de circunstâncias nem sujeita a mudanças com base nas circunstâncias. Esse é o significado básico do Novo Testamento de “bem-aventurado”. Significa uma paz interior, uma alegria interior, uma felicidade interior, um regozijo interior que não é produzido por circunstâncias e nem afetado por circunstâncias. É um estado de felicidade, um estado de bem-estar no qual Deus deseja que os seus filhos vivam.

Agora, deixe-me caminhar mais um passo. É uma palavra que indica caráter. É uma palavra que fala a respeito de caráter. Ela toca o ser humano na raiz de sua existência. Ela é uma palavra de caráter. A razão pela qual eu falo isso é porque ela é usada para descrever a Deus. Por exemplo, nós encontramos muitas vezes na Bíblia essa afirmação, “Bendito seja Deus”. Veja, por exemplo, o Salmo 68:35 que diz, “Bendito seja Deus”. Salmo 72:18, “Bendito seja o Senhor Deus”. Salmo 119:12, “Bendito és tu, Senhor”. 1 Timóteo 1:11 diz, “o Deus bendito”. Em outras palavras, seja – preste atenção – seja qual for esse estado, ele é verdadeiro a respeito de Deus. Você entende o que eu estou dizendo? Seja o que for, ele é verdadeiro a respeito de Deus. Seja o que for que signifique ser bendito e bem-aventurado, isso é algo verdadeiro a respeito de Deus.

Agora, essa palavra é usada a respeito de Deus – e além disso, ela também é usada se referindo ao nosso Senhor Jesus Cristo. Ele diz em 1 Timóteo 6:15, “O Senhor Jesus Cristo...bendito e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores”. Assim, essa bem-aventurança é uma característica verdadeira a respeito de Deus, uma característica que é verdadeira a respeito de Deus e de Cristo. Isso transforma isso em algo que nós precisamos levar a mais um passo.

Seja o que for a bem-aventurança, ela é verdadeira a respeito de Deus e ela é verdadeira a respeito de Cristo. Agora, preste atenção. Então, as únicas pessoas que experimentarão dela são aquelas que fazem parte de Deus e de Cristo. Tudo bem? Não existe bem-aventurança longe deles. No entanto, Pedro nos diz em 2 Pedro 1:4 que nós que cremos no Senhor Jesus Cristo – preste atenção – somos “co-participantes da natureza divina”. Não é mesmo? Nós somos co-participantes da natureza divina.

A conclusão do que é aplicado aqui é que nós podemos conhecer essa mesma felicidade, esse mesmo estado de contentamento, essa mesma alegria dentro de nós que é conhecida pelo próprio Deus e pelo próprio Senhor Jesus Cristo. Que coisa maravilhosa saber disso. Portanto, “makarios” é fundamentalmente um elemento do caráter de Deus. O homem só vai ser capaz de conhecer esse elemento na medida em que ele se tornar um co-participante da natureza divina.

Assim – preste atenção – desde o início isso está estabelecido, o Sermão do Monte não tem nada a dizer e nada a oferecer para alguém longe da fé em Jesus Cristo. Isso é básico. Porém, para aqueles de nós que conhecem e amam o Senhor Jesus Cristo, para aqueles de nós que pela fé em Cristo nos tornamos co-participantes da natureza divina, a mesma felicidade, o mesmo contentamento, a mesma alegria, o mesmo sentido de bem-aventurança que é conhecido pelo próprio Deus e pelo próprio Cristo, pode ser conhecido por nós mesmos.

Isso é algo tremendo. Uma vez que a pessoa conhece a Deus através de Cristo, a bem-aventurança se tornará disponível para ele ou ela. Portanto, para começar – preste atenção pessoal – quando começamos a falar a respeito de felicidade, ou de bem-aventurança, ela está baseada no contexto bíblico e não na atitude superficial que se baseia na circunstância, falando a respeito de uma atitude interna baseada na própria habitação do caráter do próprio Deus.

Assim, nós vemos que o que Deus está dizendo é algo tremendo. Que embora a antiga aliança termine com uma maldição, a nova começa com a possibilidade do próprio caráter e da natureza de Deus habitar o crente para que haja uma bem-aventurança que é verdadeira somente no próprio Deus. Eu não sei se você entendeu isso. Esse é um pensamento incrível, que você e eu podemos ser co-participantes da natureza divina conhecendo a própria alegria que o Deus eterno conhece em sua própria mente. É esse o tipo de contentamento que Deus deseja para nós.

O Antigo Testamento é o livro de Adão, e Adão e sua história são a história do Antigo Testamento. É uma história meio triste. O primeiro rei na terra foi Adão e Deus disse a Adão que ele tinha domínio sobre a terra. Ele foi o primeiro monarca; porém, ele caiu e, por ter caído, o Antigo Testamento teve que terminar com uma maldição. Porém, no Novo Testamento existe um novo rei e é por isso que Mateus começa o Novo Testamento, porque ele é o que apresenta o Rei.

O Rei é apresentado imediatamente. O último Adão, o segundo Adão, o melhor Adão, ele é o Rei que não cai. O primeiro rei caiu e deixou uma maldição. O segundo Rei reina e deixa uma benção. Um escritor colocou da seguinte forma, “O primeiro Adão foi testado em um belo jardim e falhou. O último Adão foi testado em um deserto perigoso e obteve sucesso. Pelo fato de o primeiro Adão ter sido um ladrão, ele foi lançado para fora do paraíso. No entanto, o último Adão se voltou para um ladrão em uma cruz e disse: Hoje você estará comigo no paraíso. O livro das gerações do primeiro Adão termina com uma maldição. O livro das gerações de Jesus Cristo termina com uma promessa: Não haverá mais maldição”. É assim que o Apocalipse termina.

Assim, o Antigo Testamento nos deu a lei para mostrar o homem em sua miséria. O Novo Testamento nos dá vida para mostrar o homem em sua alegria. Uma grande diferença. Portanto, Mateus nos introduz imediatamente – conforme nós começamos o nosso estudo – ele nos introduz imediatamente a esse novo rei, não é mesmo? Uma nova realidade fantástica chega sobre a história humana. Existe um novo rei. Existe um que pode reverter a terrível maldição de Adão

Imediatamente, quando nós chegamos no Novo Testamento, nós nos deparamos com a apresentação do rei por Mateus. Nós já estudamos a genealogia do rei, nós estudamos a chegada do rei, nós estudamos a adoração ao rei, nós estudamos a antecipação profética do rei, nós estudamos o anúncio do rei, por João Batista, nós estudamos a afirmação do rei, nós estudamos a vantagem do rei conforme ele venceu a sua tentação e nós estudamos a ação do rei. Agora, nós vamos estudar o pronunciamento do rei, o manifesto do próprio monarca. O Sermão do Monte é um grande pronunciamento do rei conforme ele abre a sua boca e dá uma bem-aventurança ao invés de maldição para aqueles que desejam isso. Esse é o contexto bíblico geral no qual esse sermão é entregue – um novo momento, um novo rei e uma nova mensagem.

Existe também o fato de que conforme você olha para as bem-aventuranças enquanto essa mensagem abençoada é dada parece algo paradoxal. Mateus está apresentando um reino que não se encaixa dentro do que a maioria das pessoas teriam antecipado. A alegria que Mateus esboça aqui nas palavras de Jesus não é exatamente da forma que o mundo faria. Na verdade, ele diz aqui que as pessoas felizes são pobres de espírito, choram, são mansos, têm fome e sede, são misericordiosas, puras de coração, são pacificadores, são perseguidas e odiadas.

Agora você diz, “Espere um pouco. Eu não sei se eu quero esse tipo de alegria. Isso se parece mais com miséria com um outro nome. Você deve estar brincando”. Bom, esse é o ponto. Existe um paradoxo aqui porque no decorrer da descrição, conectada à alegria está a miséria. Eu vou dizer isso aqui agora e você verá na medida em que caminhamos. A miséria é a chave para a felicidade.

Você diz, “Agora, espere um pouco. A miséria é a chave para a alegria? “ É isso mesmo. Nós veremos isso conforme caminharmos com mais detalhes. No entanto, para a maioria das pessoas, tudo isso parece algo absolutamente absurdo.

Certo escritor disse, “É como se Jesus fosse na prateleira da vida e mudasse o preço de todas as coisas”. Está tudo de cabeça para baixo. O que você quer dizer com a felicidade provém da miséria? O que você está dizendo? Pois o mundo diz, “Olha, a felicidade é – nós temos livros disso. A felicidade é duh, dut, duh, duh. Sabe, a gente trabalha muito nisso”. A felicidade é batalhadora; o sujeito que empurra todo mundo para fora do seu caminho e pega o que ele deseja, quando ele deseja, onde ele deseja e como ele deseja. Isso é felicidade.

Felicidade é ser macho. Felicidade é fazer suas próprias coisas. Felicidade é conseguir pegar tudo o que você quiser. Isso é felicidade. Felicidade é adquirir as coisas do mundo. Felizes são os ricos; felizes são os nobres; felizes são os famosos; felizes são os populares. Mas não é isso. A mensagem do rei não se encaixa nisso. Mateus é tão dinâmico em tal apresentação porque a sua mensagem acaba com as atitudes mundanas, até mesmo a dos próprios Judeus que teriam lido Mateus pela primeira.

Até mesmo Sêneca, o filósofo Romano, tutor de Nero no primeiro século disse, “o que é mais vergonhoso do que igualar as coisas boas da racionalidade da alma com aquilo que é irracional? “ O que ele estava dizendo é que qualquer tolo sabe que você não pode preencher uma alma vazia do homem com coisas externas. É isso que o mundo tenta fazer.

Jesus veio ao mundo para anunciar que a árvore da felicidade não cresce em uma terra amaldiçoada. Eu preciso dizer para vocês pessoal que a árvore da felicidade não cresce em uma terra amaldiçoada. Porém, muitos a buscam. Lembra-se de Salomão? Salomão foi o rei mas magnífico que já existiu. Se alguém deveria ser feliz de acordo com o padrão do mundo, seria ele. Ele tinha nobreza. Veja, a sua parentela era a linha real de Davi pelo qual viria o Messias; a linha mais nobre e real na história do mundo. Não havia ninguém com mais nobreza do que Salomão.

O seu palácio era o modelo da terra e ele estava localizado na cidade, na cidade de Deus, a cidade de Jerusalém. A sua riqueza era tão imensurável e o seu tesouro tão vasto que o Antigo Testamento diz que a prata era comum como pedra. O seu prazer estava em comidas fabulosas; os seus estábulos eram incríveis. Eu estive em um dos estábulos de Salomão em Megido, incrível – literalmente milhares dos melhores cavalos que pudessem ser achados no mundo.

Ele tinha construções, servos, videiras, lagos de peixe e jardins. Mulheres? Centenas. A sua inteligência? Ele foi o homem mais inteligente que já viveu. Ele tinha tudo. Pelo padrão do mundo, ele tinha tudo. Ele deveria ser um homem infinitamente feliz e o que ele teve a dizer a respeito disso foi, “Vaidade, vaidade, tudo é vaidade”. A palavra significa “vazio”. O Novo testamento escreve desta forma: A vida do homem não consiste na abundância de coisas as quais ele possui”.

Veja, se você está buscando a felicidade nas coisas boas do mundo, você está no lugar errado. A árvore da felicidade não cresce na terra amaldiçoada. Ela não está ali. As coisas físicas não tocam a alma. Entendeu? É um ponto simples mas eu quero que você pense bem nele. As coisas físicas não tocam a alma. Você não pode preencher uma necessidade espiritual com uma substância física. Isso não pode ser feito. Porém, as pessoas tentam fazer isso.

Sabe o que eu quero dizer? Por exemplo, se você estiver se sentindo muito miserável no seu casamento, compre um carro novo. Ou, se você tiver uma discussão feia com sua esposa, saia e compre uma roupa nova. Você se sentirá melhor. Você não pode preencher uma necessidade espiritual com uma substância física. Isso é tolice.

Você não pode fazer o contrário também. Quando você está com fome, você não quer uma palestra sobre graça. Você quer a sua janta. Quando você está no deserto, morrendo de sede, você não quer que alguém fale com você a respeito da maravilhosa misericórdia de Deus. Você quer água. Você não pode preencher uma necessidade física com uma substância espiritual. É tão ridículo quanto você achar que pode preencher uma necessidade espiritual com uma substância física. Isso não pode ser feito.

As coisas não podem aquietar o coração em uma tempestade, não podem providenciar qualquer tipo de bem-aventurança. Você não pode colocar óleo em uma ferida espiritual. Eu fico pensando a respeito de Saulo quando ele estava perturbado e todas as joias da sua coroa não conseguiram fazer nada para conforta-lo. Eu penso a respeito do rei Belsazar no livro de Daniel, ele estava passeando, bebendo, vivendo a vida, e tendo uma grande festa como poucas na história de qualquer nação, e de repente, enquanto ele estava lá, Daniel 5:3 diz que ele estava bebendo vinho nos utensílios de ouro do templo, com todos bebendo em copos de ouro, apareceu a figura de uma mão de homem que escreveu, “Mene, Mene, Tequel, Tequel e Parsim: Pesado foste na balança e achado em falta”. E então a bíblia diz que o seu semblante mudou. E você sabe o que aconteceu? O vinho ficou amargo e a comida como pedra no seu estômago.

Um dos grandes santos Puritanos que escreveu coisas maravilhosas e realmente tocou o coração de qualquer estudioso da Bíblia foi um homem chamado Thomas Watson. Thomas Watson disse o seguinte, “As coisas desse mundo não afastarão os problemas do espírito assim como um pedaço de papel não parará uma bala. Os deleites mundanos têm asas” ele diz. “isso pode ser comparado a um bando de pássaros no jardim que ficam por um breve tempo mas quando você se aproxima deles eles voam. ‘A riqueza fará para si asas, como a águia que voa pelos céus’. Provérbios 23:5. Elas são como o meteoro que passa rápido mas se aniquila; como um castelo feito de neve de baixo dos fortes raios solares do Sol”. As coisas externas fazem mais para trazer desconforto para a alma do que para abençoar.

Eclesiastes 5:13 diz, “Grave mal vi debaixo do sol: as riquezas que seus donos guardam para o próprio dano”. Entendeu? “Riquezas que seus donos guardam para o próprio dano”. Não existe satisfação no que o mundo oferece. Quando Jesus veio ao mundo – preste atenção pessoal – ele não estava oferecendo coisas do mundo. Existem algumas pessoas que se passam hoje por Cristãs que estão oferecendo coisas do mundo. Elas estão prometendo prosperidade financeira, dinheiro e sucesso. Jesus nunca ofereceu isso. Isso nunca esteve no Sermão do Monte. O oposto está aqui.

Na verdade, as coisas do mundo se tornam um combustível para o orgulho, para a cobiça e se tornam uma armadilha. O próprio Jesus disse que as coisas do mundo, as preocupações do mundo, as riquezas do mundo se levantarão e sufocarão a Palavra. Elas são como espinhos e elas farão com a sua alma o que os espinhos fazem com a sua camiseta ou com o seu vestido.

Veja, o que Deus está dizendo em todo esse sermão incomparável e maravilhoso, nessas bem-aventuranças, é simplesmente o seguinte, pessoal: Você nunca encontrará felicidade no mundo. Nunca. É melhor você aprender isso. Isso é como buscar o vivo entre os mortos. O anjo disse, “Ele não está aqui. Ele ressuscitou”.

Eu quero apenas pegar emprestado esse conceito e dizer que se você está buscando por viver a realidade de uma real bem-aventurança na terra, você está procurando entre os mortos o vivo e ele não está aqui. Você precisa ascender para um outro nível. Paul diz da seguinte forma, “Se você está vivo em Cristo, busque as coisas que são” – de onde – “do alto”. Não coloque suas afeiçoes nas coisas da terra”.

João escreveu da seguinte forma, “Não ameis o mundo nem” – o que? – “as coisas do mundo”. Não existe satisfação ali. A felicidade não está ali. A bem-aventurança não está na terra amaldiçoada; ela está em outro nível. O Sermão do Monte conduzirá você para esse outro nível. Você está pronto? Isso vai tirar você do mundo. Vai contra tudo que você ouviu de vendedores.

Isso vai contra tudo o que você vê nos letreiros e tudo o que você lê nas revistas. Isso vai lhe dar um padrão de vida totalmente diferente, totalmente oposto ao que o mundo diz. Você encontrará dificuldades em viver isso se você não aprender bem, porque isso será bombardeado por todos que vêm do sistema do mundo.

Agora, deixe-me leva-lo a outro pensamento a respeito de contexto. Existe um contexto político aqui, também, o que é fantástico. Os Judeus estavam buscando por um Messias; porém, a sua definição de Messias era um líder político, não é mesmo? Eles estavam procurando por alguém que entraria em Jerusalém montado em um cavalo branco, que destruiria todos os Romanos, fazendo eles caírem mortos, e ele guiaria uma grande revolução infinitamente além do que eles já ouviram; até mesmo maior do que a que Judas Macabeus e seus filhos fizeram para derrubar a Grécia temporariamente.

Eles realmente esperavam algo gigantesco quando o Messias chegasse. Eles estavam buscando coisas políticas. Eles tentaram fazem com que Jesus fosse rei na Galiléia quando ele iniciou o seu ministério, João nos diz, porque eles enxergaram um estado social. Ele alimentou 20 mil pessoas e elas apareceram no dia seguinte para um café da manhã de graça. Eles acharam que foi a coisa mais incrível que eles viram. Esse rapaz lhes alimentaria. Haveria uma assistência social constante e eles nunca teriam que trabalhar novamente. Ele apenas faria comida.

Eles estavam olhando para a política daquilo. Eles estavam olhando para a acomodação de sua própria humanidade. O Senhor passou por ali e os deixou, pois ele não queria ser esse tipo de rei. Veja, os Judeus estavam procurando um reino político mas Jesus nunca ofereceu um. Ele olhou para Pilatos naquele dia em que ele estava sendo zombado naquele julgamento e disse – Pilatos disse para ele, “Você é um rei? “ e Jesus disse, “Tu disseste”. E Pilatos disse mais ou menos, “Bom, que tipo de reino é você? “ Ele disse, “eu vou lhe dizer algo. O meu reino não é” – o que? – “deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus discípulos lutariam. Mas o meu reino não é deste mundo”. Jesus nunca falou da questão da política. Ele não estava preocupado em mudar a estrutura; ele estava operando no interior. Isso é o que ele diz no primeiro sermão.

Não há políticas no Sermão do Monte. Nenhuma. Não há nenhuma referência ao aspecto social e político do reino aqui; nenhum. Os Judeus estavam muito preocupados com a política e com a vida social. Jesus não faz nenhuma referência a isso. A ênfase – eu quero que vocês entendam isso – a ênfase está no ser. Ela não está no governar ou possuir; ela está no ser.

Em outras palavras, ele não está atrás do que os homens estão, ele está atrás do que os homens são. O que os homens são. Pois o que eles são determinará o que eles farão. Todos os ideais que são dados no Sermão do Monte são contrários às ideias humanas a respeito do governo, e das ideias humanas a respeito do reino. Na verdade, as pessoas mais exaltadas, as pessoas mais exaltadas o reino de Cristo seriam os menores dos menores na avaliação do mundo.

Você sabe quem foi o maior homem que já viveu? Até aquele momento, quem foi? João Batista. De acordo com o mundo, ele não era nada além de um lunático correndo por aí com uma roupa parecida com a do Tarzan comendo insetos. Ele nem fazia parte do sistema religioso. Jesus disse que ele foi o maior homem que já existiu. E então ele disse, “Mas existe um maior do que esse”. Você sabe quem é? O menor no meu reino.

Os pobres de espírito, os que choram, os mansos, os que têm fome e sede, os que se sentem vazios, os cheios de misericórdia, os puros de coração, os pacificadores, os que são perseguidos, os que são odiados, aqueles que tiveram todo tipo de comentário negativo contra eles. Isso soa para mim como a maior lista de perdedores que eu já vi. Bom, pelos padrões do mundo eles são. O mundo diz, “Destaque-se. Busque os seus direitos. Seja o cara. Exalte-se. Preserve o seu orgulho”.

Esse é um tipo diferente de reino. Ele até defende a perseguição sem retaliação e abençoa aqueles que vivem desse jeito. É um reino espiritual. Assim, o aspecto político dessa mensagem era devastador. Era absolutamente e completamente o oposto do que eles esperavam que um Messias diria.

Agora, eu quero falar a respeito de mais uma área a respeito do contexto religioso e você terá uma ideia geral da força do Sermão do Monte. Nós temos visto um pouco do todo, o contexto bíblico. Vimos um pouco da perspectiva de Mateus, como o mundo olhava para isso e um pouco da política disso. Porém, agora eu quero que você conheça a cena religiosa. Ela é muito fascinante.

Jesus estava confrontando uma sociedade muito religiosa. Na verdade, toda uma sociedade cheia de religiosos. Eles eram ritualistas profissionais. Esse é um pano de fundo importante. Deixe-me dividi-los em quatro grupos. Existem quatro grupos principais dentro da religião do Judaísmo: Os fariseus, os saduceus, os essênios e o zelotes. Nós já falamos a respeito deles em outras vezes.

Em primeiro lugar, os Fariseus. Vamos lá. Os Fariseus acreditavam que a felicidade era encontrada na tradição ou no legalismo. Eles que mandavam no passado, eram bem grandes; bem grandes. Eles acreditavam que a verdadeira felicidade vinha através da obediência às tradições dos pais.

Então haviam os Saduceus. Os Saduceus acreditavam que a felicidade era encontrada no presente; modernismo; liberalismo. Esqueça o passado, nós estamos aqui. Nós temos que fazer isso agora. Uma religião atualizada, um novo liberalismo, jogando tudo que era antigo fora. De certa forma, ambos tinham um pouco de verdade. Os Fariseus estavam certos. A verdadeira religião precisa ser baseada no passado. Os Saduceus tinham um pouco de verdade porque a verdadeira religião precisa também trabalhar no presente.

Então, haviam os Essênios. Os Essênios diziam, “Não. A felicidade está na separação do mundo”. Isso soa bom, não é? No entanto, eles estavam falando a respeito de separação geográfica. Eles acabaram de mudar para fora da cidade. Há muitos anos atrás, houve uma propaganda em uma revista Cristã colocada por uma de nossas faculdades bem, bem fundamentais que disseram que a escola estava localizada a 24 quilômetros do pecado mais próximo. Só para comentar, eu acho que isso é querendo sonhar demais. Mas os Essênios acreditavam que nós precisávamos sair da cidade, para um lugar onde não há pecado.

Assim, haviam os Fariseus, os Saduceus, os Essênios e então haviam os Zelotes. Os Zelotes diziam que a felicidade é encontrada no golpe político. A felicidade é encontrada na revolução. A felicidade é encontrada ao derrubar Roma.

Portanto, como você pode ver, os Fariseus estavam dizendo, “Volte”. Os Saduceus estavam dizendo, “Vai em frente”. Os Essênios estavam dizendo, “Vão embora”. E os Zelotes estavam dizendo, “Vão contra”. Os Fariseus viviam de nostalgia. Os Saduceus eram os modernistas. Eles estavam comprando móveis dinamarqueses. Os Essênios eram os isolacionistas. Eles estavam em algum mosteiro em algum lugar. E os Zelotes eram os ativistas religiosos e sociais. Que bagunça. Isso soa exatamente como 1978 para mim.

Nós temos religiosos vivendo no passado. Nós temos liberais buscando inventar uma nova religião para o presente. Nós temos pessoas achando que uma vida santa está ligada a geografia e eles querem ter certeza que eles não vão passar nem perto de qualquer coisa que pareça pecado. E então, nós temos pessoas que acham que a religião é uma questão de fazer uma parada ou uma marcha em algum lugar.

Jesus estava confrontando toda uma sociedade cheia de religiosos. Todos eles tinham a sua própria coisa. E o ponto que Jesus estava fazendo era, “Olha, vocês estão todos enganados. Todos vocês”. Para os Fariseus ele estava dizendo, “A religião não é uma questão de uma observação externa”. Para os Saduceus ele estava dizendo, “A religião não é uma questão na filosofia humana inventada para acomodar os novos tempos”. Para os Essênios ele estava dizendo, “Acreditem em mim, a religião não é uma questão de local geográfico”. Para os Zelotes ele estava dizendo, “A religião não é também uma questão de ativismo social”.

O que ele estava dizendo é, “O meu reino está dentro”. Você consegue ver? Está dentro. Esse é o ponto. Essa é a mensagem completa de Jesus para o mundo. Esse é todo o fundamento do Sermão do Monte. Está dentro, não fora. Ele não está em rituais externos, não está em uma filosofia externa, não está em um local externo ou mosteiros ou lugares desse tipo, e ele também não está no ativismo externo. Ele está dentro.

O que Jesus está dizendo aqui, eu creio, está abrindo a porta da nova aliança da qual Jeremias disse, “Deus escreveria a sua lei no seu interior”. Você vê? Para dentro. Assim, Jesus resumiu isso ao dizer para eles, “Olhem Fariseus, Saduceus, Essênios, Zelotes e todos que são uma mistura de tudo isso ou dentro de uma dessas quatro áreas, eu quero lhes dizer algo: a não ser que a sua justiça exceda aquele tipo de justiça, vocês nunca entrarão no meu reino”. Entenderam?

“A não ser que vocês tenham mais do que essa coisa externa, vocês não terão nenhuma parte no meu reino, pois eu disse antes, não existe fonte de bem-aventurança em uma terra amaldiçoada. Vai além disso. Toda aquela religiosidade estava lidando com coisas externas e o Sermão do Monte invade o pensamento Judaico com um choque de que a verdadeira bem-aventurança vem de dentro e não de fora.

A mesma coisa é verdade hoje. Não se conforme com o fato de que você tem a teologia correta. Os liberais não podem se conformar no fato de que eles conseguiram criar essa grande nova teoria, ou que a Bíblia não é a Palavra de Deus; eles realmente atualizaram. Eles são bem contemporâneos. Eles estão seguindo essa época.

Um homem não pode se conformar no fato de que ele saiu do mundo e foi viver em um mosteiro onde ele fica sentado lá contemplando a Deus, não sendo distraído pelas coisas do mundo. E um homem também não pode se conformar por achar que ele é um ativista social e que ele está correndo por todos os lados buscando arrumar a sociedade. Jesus não está atrás dessas coisas.

Por último, todas essas coisas têm um grau de verdade, não é mesmo? Nós precisamos nos envolver socialmente, nos separar para Deus, sermos contemporâneos e baseados no passado, mas só isso torna essas coisas externas. O que Deus está buscando está dentro.

Lá atrás em 1 Samuel 16:7, o Senhor revelou tudo e disse, “O Senhor vê o coração”. Provérbios 4:23 diz, “Guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida”. Bom, é melhor você guardar o seu coração. Essa é a questão. Sabe, se você cuidar do seu coração espiritual como você cuida do seu coração físico, isso seria fantástico, não é mesmo?

As pessoas hoje estão literalmente ficando malucas buscando proteger o seu coração. Corredores por todos os lados; outras pessoas andando de bicicleta; subindo e descendo morros. Precisa cuidar do seu coração. Você agora pode ir no shopping e colocar o seu braço dentro de uma máquina, colocar 50 centavos e ela vai falar como o seu coração está. Você já fez isso? Uma máquina que lê a sua pressão. Cuide daquele coração. Guarde esse coração. E se você tem algum pequeno problema, fique longe da gordura e do colesterol, preste atenção na sua contagem de triglicerídeos, e por aí vai.

E sabe, a Bíblia diz que você deve guardar o seu coração. Essa é a verdadeira questão. Esse é o verdadeiro coração. O pensamento hebraico era que ele era a semente de todo o seu conhecimento de Deus, a mente. Preste atenção, se nós fizermos o mesmo esforço que nós fazemos para proteger o nosso coração físico para proteger o nosso coração espiritual, nós estaríamos em ótima forma espiritualmente. Mas às vezes nós ignoramos esta área, e é ela que Jesus está buscando. Lucas 11:39.

Preste atenção no que ele diz, “Jesus disse: Vós, fariseus, limpais o exterior do copo e do prato; mas o vosso interior está cheio de rapina e perversidade. Insensatos! Quem fez o exterior não é o mesmo que fez o interior? Antes, dai esmola do que tiverdes, e tudo vos será limpo”. Vê? Essa era a mensagem de Jesus. Esse é o coração do Sermão do Monte.

Agora, com base nesse contexto e com esse resumo eu quero que você saiba que é importante estudar isso. Vê só? É muito importante. Eu creio que existam pelo menos cinco motivos do porque é importante. Eu vou falar deles rapidamente. Número um, porque o Sermão do Monte mostrará que você nunca poderá agradar a Deus por conta própria, com a sua carne. Nunca. Como eu disse bem no começo, as únicas pessoas que conhecerão a bem-aventurança são as pessoas que sabem que as bem-aventuranças serão conhecidas somente como atributo de Deus e conforme elas se tornem co-participantes da natureza divina, podendo conhecer e experimentar isso.

Ouça, o Sermão do Monte para mim vai além da lei de Moisés para nos mostrar a necessidade de salvação. Você não pode viver um dia em uma condição abençoada longe do novo nascimento em Jesus Cristo. É a melhor coisa no Novo Testamento mostrar ao homem a sua situação desesperadora em que ele está sem Deus.

A segunda coisa. Eu penso que nós deveríamos estudar o Sermão do Monte não apenas porque ele nos mostra a absoluta necessidade do novo nascimento, mas porque ele claramente aponta para Jesus Cristo. Esse talvez seja o maior discernimento na mente do nosso querido Senhor Jesus Cristo. Você quer saber o que ele pensa? Estude o seu sermão. Você quer saber o que está no coração dele? Estude o seu sermão. Você quer saber o que ele realmente pensa a respeito da vida e dos padrões de vida? Estude o seu sermão.

A terceira coisa. Nós deveríamos estudar o Sermão do Monte porque é o único caminho da felicidade para os Cristãos. Se você quer ser feliz, se você realmente quer ser cheio do Espírito, você não deve sair procurando uma experiência mística. Você não deve sair procurando um sonho elusivo. Você não vai de culto em culto tentando conseguir isso. Se você deseja conhecer felicidade, bem-aventurança, regozijo, alegria e contentamento, então você precisa apenas estudar o Sermão do Monte e colocá-lo em prática.

Eu adicionarei mais uma coisa. Eu penso que nós devemos estuda-lo porque é a melhor forma que eu sei de evangelizar. Você diz, “Como assim evangelizar? “ Eu vou lhe dizer algo. Se nós algum dia vivermos o Sermão do Monte, isso vai virar o mundo de cabeça para baixo. Ele é a melhor ferramenta para evangelismo que existe; viver esse tipo de vida.

Por último, nós deveríamos estudar o Sermão do Monte e vive-lo pois isso agrada a Deus. E isso é um privilégio, eu, o pecador John MacArthur, como Paulo estava cantando, podendo agradar a Deus. Que pensamento incrível. Existem razões o suficiente para estudar o Sermão do Monte. Existe muitas razões para nos entregarmos a isso.

Vamos olhar de forma mais próxima os primeiros dois versículos para darmos uma caminhada. A ocasião – nós vimos o contexto. Eu apenas quero compartilhar alguns outros pontos brevemente. A ocasião. Versículo 1, “Vendo Jesus as multidões” – nós vamos parar aqui. Jesus sempre se importou com as multidões. E ele diz em Mateus 9:36, Mateus 14:14 e Mateus 15:32 que quando ele viu as multidões ele teve o que? Compaixão.

Jesus enxergou aquela multidão de pessoas. A multidão é descrita nos versículos 23 ao 25 do capítulo 4. “Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo. E a sua fama correu por toda a Síria; trouxeram-lhe, então, todos os doentes, acometidos de várias enfermidades e tormentos: endemoninhados, lunáticos e paralíticos. E ele os curou. E da Galiléia, Decápolis, Jerusalém, Judéia e dalém do Jordão numerosas multidões o seguiam.”

Aqui nós temos essa grande multidão vinda do norte, sul, leste e oeste, todos seguindo-o. E quando ele os vê, como sempre, aqui mexe com o seu coração. Quando ele os viu com fome, ele deu comida. Quando ele viu a fome espiritual dos seus corações, a coisa mais profunda nele é Deus estendendo a mão e dando o que eles precisam.

Havia uma bela atração a Jesus Cristo. As multidões corriam atrás dele: doentes, endemoninhados, Fariseus, Saduceus, Essênios, Zelotes, ritualistas e prostitutas, Fariseus e publicanos, estudiosos e iletrados, refinados e degradados, ricos e mendigos, todo tipo de gente. Jesus sempre atraiu os homens e existe uma estranha atratividade em Jesus Cristo que não diferencia classe; que não diferencia por causa de dinheiro.

Eu penso que isso é belamente resumido nas palavras do apóstolo Paulo que “em Jesus Cristo não há homem nem mulher, Judeu ou Gentio, escravo ou livre, grego ou bárbaro”. Assim, havia uma atração genérica para Cristo pela multidão.

“Vendo Jesus as multidões...ele passou a ensiná-los”. E eu acrescento o seguinte. A sua mensagem nem era mesmo para eles. Mas ele queria que eles ouvissem. Eles não poderiam viver aqui. Eles não poderiam conhecer essa bem-aventurança, mas eles poderiam pelo menos saber que ela estava disponível. Assim, eles eram a audiência secundária. Porém, foram eles que estimularam a mensagem porque Ele queria que eles a ouvissem e ficassem atraídos por isso. Assim, vemos aqui o contexto e a ocasião.

Agora, uma palavra a respeito do pregador. Quem é o pregador? “subiu ao monte, e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos; e ele passou a ensiná-los, dizendo”. Pessoal, esse e o maior pregador que já existiu. Esse é que é o pregador. “o qual eles disseram que nunca viram alguém falar como este homem”, do qual eles disseram, “Ele falava com autoridade e não como os mestres da lei e os Fariseus”. Você sabe o que eles querem dizer com isso? Ele não citava nenhuma fonte. Ele não citava rabinos mais antigos. Ele falava como tendo a sua própria autoridade. O que a mulher samaritana disse, “Venham ver um homem que me disse tudo quanto eu tenho feito”. Que pregador.

Esse sermão é uma das maiores ilustrações de homilética que eu já vi. Ele tem três pontos. Não dá para ter uma homilética melhor do que isso. Uma introdução fantástica, uma introdução e então o primeiro ponto, os cidadãos do reino. Depois o segundo ponto, a justiça do reino. E o terceiro ponto, a exortação para entrar no reino. E então, na última parte do capítulo 7, o efeito que esse sermão teve. Isso é homilética. Ele flui belamente. Ele move de uma coisa para outra. As transições são magníficas. O grande pregador.

Ele tinha estrutura. Ele tinha poder. Ele tinha uma comissão divina. Para os profetas do Antigo Testamento Deus disse, “Farei que a tua língua se pegue ao teu paladar, ficarás mudo e incapaz de os repreender”, Ezequiel 3. No entanto, depois, Deus volta ao mesmo profeta no capítulo 33 e diz, “A mão do Senhor estava sobre mim naquela noite. A minha boca foi aberta e eu não estava mais mudo. Então a palavra do Senhor veio a mim”. O Senhor Jesus Cristo, com todo o poder que ele tinha, com todo o intelecto que somente Deus poderia ter para desenvolver um sermão como nenhum outro, restringiu a sua boca até o momento e a vontade de Deus para ele abrir. Ele não tinha apenas poder na estrutura mas uma comissão divina.

O contexto, a ocasião, o pregador. O ambiente? Veja o versículo 1 novamente. “Ele subiu ao monte”. Ele encontrou um púlpito. Além disso, é bonito notar que no grego ele adiciona “monte”, monte. Qual monte? Nenhum monte específico. Como Jerry disse, são apenas subidas e descidas na margem norte, no mar da Galiléia, perto da água. Muito bonito, amável, verde e com muito sol. Uma das cenas mais magníficas que você já viu na sua vida ao sentar ali no monte onde Jesus pregou esse tremendo sermão, olhando para as águas do mar da Galiléia, rodeado pelos belos morros da Galiléia. Encontrado no início do rio Jordão, até chegar no Mar Morto. À sua direita e além dos morros ao Oeste, o vale de Sarom e depois o Mediterrâneo.

E naquele pequeno monte, Jesus sentou e falou. E não era nenhum monte em particular, mas o grego diz, “o monte”. Ali não era “o monte” pelo que o monte era, mas pelo que ele fez o monte se tornar. Era “o monte” quando Mateus escreveu porque foi ali que Jesus ensinou. Ele tornou aquele lugar “o monte”.

Ele conseguia santificar a insignificância de um lugar e separa-lo para ser chamado de “o monte”. Ao longo dos séculos depois daquilo, os Cristãos sempre se lembraram onde o monte estava. É apenas um pequeno morro, mas é “o monte”. Por que? Porque ele transformou aquilo em “o monte”.

E o estilo? O que tem o estilo? Não apenas o contexto, a ocasião, o pregador e o ambiente, mas o estilo. Ele estava sentado. “E, como se assentasse, ele passou a ensiná-los, dizendo”. Ele sentou porque essa era a forma tradicional que o rabino ensinava. Quando o rabino ficava em pé falando e andando, era algo informal. Porém, quando ele sentava, aquilo se tornava algo oficial. Aquilo era algo oficial.

Nós temos isso até mesmo hoje. Quando um professor recebe uma posição na universidade, nós dizemos que ele recebeu a cadeira. Daquela cadeira, ele ensina. A Igreja Católica nos fala que o Papa fala ex cathedra. Você sabe o que isso significa? Da sua cadeira; da sua cadeira. Quando um homem sentava para ensinar, isso demonstrava autoridade. Isso era oficial. O que Jesus está dizendo não é um pensamento aleatório. Esse foi o manifesto oficial do rei. O manifesto do rei.

“Ele abriu a sua boca”. Isso é um coloquialismo no Grego – um belo coloquialismo. Ele é usado para falas solenes, graves, dignas, sérias e pesadas. Isso não é qualquer coisa. Esse é um ensinamento grave, sólido e digno. Essa frase “ele abriu a sua boca” também é usada em algumas referências extrabíblicas para falar de alguém que compartilha o seu coração intimamente. Era algo oficial. Era solene. Era sério. Era digno. E vinha do seu coração.

E quem eram os destinatários? Está bem aqui no versículo 1, “aproximaram-se os seus discípulos”. Eles eram o alvo principal porque apenas eles poderiam conhecer essa bem-aventurança da qual ele falou. Eles eram os únicos que poderiam viver o Sermão do Monte. Eles eram os únicos que conseguiriam fazer isso. Eles eram os únicos que poderiam alcançar isso porque eles eram os únicos que eram co-participantes do próprio poder de Deus e de Sua presença em suas vidas. Isso foi somente possível para eles.

Além disso, amados, deixe-me acrescentar algo. Isso somente é possível para você quando você conhece Jesus Cristo. Ele somente é possível para você quando você se torna um co-participante da natureza divina. O falecido arcebispo Magee da Inglaterra disse certa vez que era impossível conduzir as questões da nação inglesa com base no Sermão do Monte porque a nação não era fiel ao rei. Ele estava certo. Você não pode viver o Sermão do Monte a não ser que você conheça o rei.

Muitas pessoas tentaram pegar o Sermão do Monte e transformá-lo em um evangelho social; tentado transformá-lo em um evangelho social. Mas isso não funciona. Além disso, esse esforço não acontece mais porque as duas guerras mundiais nos tiraram disso. Tornar o Sermão do Monte um evangelho social foi algo que sofreu muito por causa das guerras mundiais. Will Durant, o historiador mundialmente conhecido disse, “Em qualquer geração deve haver de oito a dez pessoas que permanecerão vivas no sentido de continuar a sua influência trezentos anos depois.

Por exemplo, Platão ainda é, e Sócrates ainda é. Porém, em toda a civilização ocidental, diz Durant, que não é um Cristão – “a pessoa que mais se destaca acima de todas é Cristo. Ele, sem dúvida, foi a influência mais permanente em nossos pensamentos, mas não em nossas ações. Essa é uma modificação importante. As nossas ações raramente são Cristãs, mas a nossa teologia normalmente é. Nós queríamos que pudéssemos nos comportar como Cristo”.

O que Will Durant está dizendo – e isso estava no Chicago Tribune há alguns meses atrás – o que ele está dizendo é que você não consegue viver o Sermão do Monte. Os seus ensinos são maravilhosos. Mas nós não conseguimos segui-los. A razão disso é porque ele não é um co-participante da natureza divina. Não há recurso. Assim, Jesus ensinou os seus discípulos porque somente eles poderiam viver isso. Você e eu sabemos que conhecemos aquele mesmo Cristo podemos conhecer essa mesma bem-aventurança.

Finalmente, o próprio ensino vem nos versículos 3 ao 12; bem-aventurados, bem-aventurados, bem-aventurados, bem-aventurados. Essa é uma lição muito importante, pessoal. O que ele tem para nos dizer aqui é profundo algo que muda a vida. Eu creio que nossa igreja será diferente quando nós passarmos por isso. Eu não acredito que você possa estudar o Sermão do Monte e ser o mesmo. Eu não consigo. Deus já está fazendo coisas em meu coração. Vamos nos comprometer a sermos o tipo de pessoa que Deus deseja que sejamos. Lembre-se disso: nós temos a capacidade, se nós conhecemos o Senhor Jesus Cristo, de ver essa realidade em nossas vidas, para a sua glória e para a nossa bem-aventurança. Vamos orar.

Pai, é com muita alegria que nós embarcamos nessa aventura de estudar essa grande verdade. Nós te agradecemos, nosso Senhor, por nos trazer até esse momento com nossos corações abertos e prontos para receber isso. Pai, nós sabemos que a recepção é somente para aqueles que amam o Senhor Jesus Cristo, somente para aqueles que amam o Senhor Jesus Cristo, somente para aqueles que estão vivendo em seu interior a própria vida de Deus, para poderem experimentar a bem-aventurança de Deus. Ensina-nos, Pai, o poder dessa mensagem para nossas vidas e o nosso mundo. Nós te louvamos no nome de Cristo. Amém..

FIM

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