
Quero ler com vocês nesta noite em Mateus, capítulo 5, o próximo em nossas seções do estudo sobre o sermão da montanha. E vou passar o máximo de tempo possível olhando realmente para o texto, então, sem nenhuma preliminar, vamos mergulhar direto. Mateus 5:21, e eu gostaria de ler o versículo 26.
"Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento. Eu, porém, vos digo que todo aquele que [sem motivo] se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo. Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta. Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz, ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão. Em verdade te digo que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo.”
Vamos orar e pedir a bênção de Deus em nosso estudo. Pai, eu oro agora para que tu abras nossa mente e coração para compreendermos e entendermos o que nosso Senhor Jesus quis dizer nesta passagem. Dá-nos uma visão. Ajuda-nos a ver além de nossas próprias mentes, além do que podemos perceber em nós mesmos. Como o Espírito de Deus é nosso professor, podemos ver as profundas realidades espirituais por trás dessas coisas na superfície. E que o Espírito de Deus fale ao meu coração e ao coração de todos aqui, nos convencendo a sermos obedientes àquilo que nosso Senhor diz. Nós te agradecemos por este tempo, e nós o oferecemos a ti, para ser usado para o teu louvor, em nome de Cristo, Amém.
Dei o seguinte nome à mensagem desta noite: "Quem é um assassino?" Porque realmente acho que é disso que o nosso Senhor está falando. Nesta semana notei - bem, na verdade, na semana passada - que o Departamento de Polícia de Los Angeles havia feito uma acusação preliminar sobre um homem que, segundo eles, havia assassinado pelo menos dez meninas, a quem ele aparentemente agrediu e depois assassinou, e esse parece ser o homem que era conhecido como o "Estrangulador de Hillside.” Não faz muito tempo que nos lembramos do Skid Row Slasher, um homem que foi com uma faca cortando os desocupados do Skid Row.
Acabei de voltar de Chicago, onde um homem chamado John, acho que seu nome é Gacy, agrediu meninos homossexuais e outros jovens, e depois os assassinou, enfiou-os em sacos plásticos e os enterrou debaixo de sua casa. E até agora, eles desenterraram 33 desses corpos. Todos nos lembramos dos assassinatos do Manson. Todos nos lembramos das pessoas mortas por Juan Corona, e enterradas em locais na Califórnia Central.
Lembro-me vividamente de ler o relato de um assassinato em massa em um salão de beleza do Arizona. Dias atrás, lemos nos jornais sobre um homem, em San Antonio, Texas, que decidiu pegar um rifle, e começar a atirar em pessoas, e ele feriu pelo menos 44, e matou pelo menos 2. Não há muitos dias, peguei o jornal, e li que um garoto de 15 anos esperou que seu pai chegasse em casa do trabalho, se acomodasse em sua poltrona e, em seguida, pegou uma arma, acertou uma bala na cabeça dele e o matou.
Alguns meses antes disso, lembro-me de um casal de adolescentes que contratou um assassino para assassinar seus pais. E os arquivos da polícia podem continuar assim. Isso é simplesmente bastante atual. E eles nos dizem que pelo menos 25.000 assassinatos ocorreram no ano passado, e esses são os que eles têm conhecimento. Demorou muito tempo para descobrir os 33 corpos enterrados sob o solo em sacos de plástico, e quem sabe quantas outras vítimas podem estar em outros lugares não descobertos.
Agora, se há 25.000 assassinatos, isso deve ser quase 100 assassinatos, pelo menos 70 a 100 assassinatos todos os dias em nosso país. No ano passado, na cidade de Los Angeles, tivemos 421 assassinatos. No último ano registraram-se, nos primeiros nove meses, 460 assassinatos. Está aumentando. Richard Hines me disse hoje que, nos últimos dois dias, ele teve de informar os prisioneiros na prisão onde ele está sobre cinco membros da família que morreram, e dos 5, 2 deles eram vítimas de assassinato.
Os assassinatos vêm de todas as formas. Eles vêm através de crimes violentos. Eles vêm através de brigas domésticas. Eles vêm através de triângulos amorosos homossexuais, assim como triângulos amorosos heterossexuais. Eles vêm através de guerras de gangues. Eles vêm como resultado de discussões, lutas, conflitos e mal-entendidos. Eles ocorrem o tempo todo. De fato, os assassinatos são tão comuns em nossa cidade que eles nem sempre aparecem nos jornais, a menos que sejam bizarros ou múltiplos.
O assassinato é realmente um problema muito sério em nosso mundo, piorando o tempo todo. E isso não diz nada sobre outra forma de assassinato, que é o suicídio. Recentemente, em nossa própria igreja no último ano, e até mesmo no último mês, dois jovens se mataram. Isso é uma forma de assassinato, tirar a vida. Isso também não inclui o aborto, e desde que o aborto foi legalizado, pelo menos 6 milhões de bebês foram assassinados.
Agora, observe o que nosso Senhor diz, no versículo 21: “Ouvistes que foi dito pelos antigos: Não matarás.” De onde veio isso? Bem, se você sabe alguma coisa sobre a Revelação de Deus, você sabe que veio basicamente do capítulo 20, de Êxodo, quando Deus entregou o Decálogo, e disse: “Não matarás.” Mas a Escritura tem muito mais a dizer sobre assassinato do que apenas isso.
De fato, se voltarmos até mesmo ao Livro do Gênesis, encontramos em 9:6 esta declaração: “Quem derramar o sangue do homem, pelo homem seu sangue será derramado.” Gênesis 9:6 instituiu a pena capital como pena por assassinato. E a razão é dada no mesmo versículo: “porque Deus fez o homem segundo a sua imagem.” Tirar a vida de um ser humano é atacar a imagem de Deus que ele criou no homem, e isso provoca sérios castigos. E assim, Gênesis 9 autoriza a pena capital para aqueles que derramam sangue, porque o homem é feito à imagem de Deus.
Agora, se você fosse estudar Êxodo 20, descobriria que a palavra "não matarás" significa "assassinato.” Assassinato. Não se refere à pena capital. Isso é tirar uma vida sob permissão divina. Não se refere a uma guerra justa. Houve tempos na economia de Deus de Israel. Há momentos no plano de Deus para a história, quando há conflitos em nível nacional, realizando certos exercícios da vontade de Deus em julgamento sobre algumas nações, onde poderia haver uma permissão para matar, e isso não seria considerado assassinato.
Eu não acredito que o texto de Êxodo 20 tenha alguma coisa a ver com defesa pessoal. Eu acho que nós temos o direito de proteger a imagem de Deus em nossas vidas, e as vidas em nossas famílias, e aquelas sobre nós quando elas são atacadas por aqueles que nos matariam.
Mas o que a Bíblia está falando é assassinato, assassinato, planejado, assassinato até certo ponto tramado. Em Êxodo 21:14, lemos isto. “Mas, se alguém vier presunçosamente sobre o seu próximo, para matá-lo com malícia” - ou engano – “tu o tirarás do meu altar, para que ele morra.” Mais uma vez, Deus reitera a punição da pena capital ou morte para aquele que presunçosamente vem de maneira premeditada para tirar a vida de seu próximo.
No capítulo 35, de Números, temos mais algumas passagens da Palavra de Deus sobre isso. “Mas se alguém ferir a outrem com instrumento de ferro de modo que venha a morrer, homicida é; e o homicida será morto.” Em outras palavras, se um homem pega um instrumento de ferro e esmaga o crânio de outro, ele é um assassino. Ele deve morrer. “Ou se o ferir com uma pedra na mão, que possa causar a morte, e ele morrer, homicida é; e o homicida será morto. Ou, se o ferir com uma arma de madeira, com a qual ele pode morrer, e ele morrer, ele é um assassino: o assassino certamente será morto. O vingador do sangue matará o assassino.”
Em outras palavras, a sociedade deveria se proteger tirando a vida daquele que, indiscriminadamente, premeditadamente, tirou a vida de outro. E continua, em Deuteronômio, capítulo 35, a discutir outras situações em que o assassinato ocorre.
Agora, se você sabe alguma coisa sobre a Bíblia, você sabe que este foi o primeiro crime humano. Em Gênesis, capítulo 4, diz isto: “E falou Caim com seu irmão Abel: aconteceu que, quando estavam no campo, se levantou Caim contra seu irmão Abel e o matou.” E é claro que Deus disse: “O que fizeste? a voz do sangue do teu irmão clama a mim desde o chão. E agora tu amaldiçoaste a terra, que abriu a boca para receber da tua mão o sangue de teu irmão.”
E assim é que desde o primeiro crime humano, o assassinato, através da revelação de Deus, o assassinato é uma questão bíblica. Agora, se estudarmos as Escrituras, sabemos como Deus se sente a respeito disso. O assassinato é proibido. É punido pela morte. Aprendemos outras coisas sobre assassinato na Bíblia. Por exemplo, aprendemos que o assassinato é um crime do próprio diabo. João 8:44 diz que o diabo é um assassino. E o assassinato é basicamente autoria de Satanás.
Encontramos algo mais sobre assassinato em Mateus, capítulo 15:19, por exemplo, descobrimos que o assassinato é uma manifestação de um coração humano maligno. “Porque do coração procedem os maus pensamentos, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias.”
Agora, ouça. Assassinatos, roubos e todas essas outras coisas não acontecem por causa de privação social. Eles acontecem por causa de um coração humano degenerado. O assassinato não acontece por causa de situações estressantes. Acontece porque é de autoria do próprio Satanás. Em Romanos 1:29 diz que o homem foi “entregue a uma mente depravada,” e como resultado de uma mente depravada, ele é “cheio de toda injustiça, fornicação, iniquidade, cobiça, maldade; cheio de inveja, assassinato, contenda, engano” – etc. O homem é um assassino porque tem uma mente reprovável que foi entregue ao mal porque ele rejeita a Deus. Então esse assassinato é um crime de autoria do diabo. É um crime que sai do coração maligno do homem.
Em Gálatas 5:21, Paulo nos diz que o assassinato é um ato da carne. É um ato feito pela natureza humana não regenerada. Aprendemos também na Bíblia que o assassinato é uma abominação para Deus. Em Provérbios 6:16-17, a Bíblia diz que há “seis coisas que o Senhor odeia: sim, sete são uma abominação para ele” - e ela lista isto: “mãos que derramam sangue inocente.” O assassinato é abominável para Deus. O assassinato é um ato da carne humana não regenerada. O assassinato é uma manifestação de um coração maligno. O assassinato é de autoria do próprio diabo. O assassinato é punido com a morte porque é uma intrusão na vida, que foi criada à imagem de Deus.
E para mostrar-lhe quão seriamente Deus vê o assassinato, diz em Apocalipse 22:14: “Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras [no sangue do Cordeiro], para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas. Fora ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras e todo aquele que ama e pratica a mentira." O reino de Deus e o estado eterno não são um lugar para assassinos.
Agora, a lista de assassinos bíblicos é longa, e poderíamos passar a noite toda conversando sobre eles. O Antigo Testamento lista muitos assassinos. Vou sugerir alguns para sua memória: Caim, Lameque, Faraó, Abimeleque, Joabe, os amalequitas, Davi, Absalão, Zinri, Jezabel, Jeú, Atalia, Joás e Manassés. O Novo Testamento lista alguns outros: Herodes, Judas e os sumos sacerdotes, Barrabás, Herodias, sua filha, e essa é uma lista parcial.
Agora, a história bíblica e a história moderna estão literalmente cheias de assassinos. De Caim até hoje, neste exato momento, tivemos assassinos na sociedade humana. Sabe, quando você pensa em uma pessoa que é assassina, quando você pensa sobre o tipo de homem que poderia homossexualmente atacar 33 garotinhos, enfiando-os em sacos plásticos e enterrando-os no chão, você estremece porque é quase uma coisa desumana. Nós dificilmente podemos nos relacionar com isso.
Podemos nos relacionar um pouco mais facilmente com alguém que, em uma discussão acalorada, pega uma arma e atira em alguém. Podemos nos relacionar um pouco mais com uma briga em que alguém dá a outro um golpe que lhe tira a vida. Mas é tudo a mesma coisa para Deus. Nós estremecemos, francamente, com o pensamento de assassinato. Temos medo disso. Nós não gostamos de andar pelas ruas escuras de certas cidades ou da nossa própria cidade em certos lugares. Preocupamo-nos em colocar fechaduras duplas em nossas portas, com medo de que alguém venha e nos mate.
Eu sei o que é ter a experiência de ter sua vida ameaçada e eu sei o que é ter pessoas dizendo que vão tirar sua vida. E talvez você tenha vivido alguma antecipação ou fantasia como essa, ou mesmo uma realidade como essa.
Agora, se ficamos meio enojados por pensar sobre um crime como o assassinato, nos identificamos bem com os escribas e fariseus com quem Jesus está falando. Pois em Mateus 5 a 7, nosso Senhor está se dirigindo aos escribas e fariseus numa encosta da Galileia junto com o resto da multidão. Mas aqui, em particular, ele se refere à abordagem de vida deles. Veja novamente o versículo 21.
"Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento." Pare bem aí. Agora Jesus está dizendo: "Você sabe, você acredita que é errado matar, porque se você fizer isso, estará em perigo de julgamento." E naquele momento os escribas e fariseus diriam: “Amém, amém. Somos contra o assassinato. Nós fomos ensinados por eles, os antigos, pela tradição rabínica, que o assassinato é uma coisa má.” Na verdade, o pensamento de que eles não assassinavam - agora ouça isto. Aqui está a chave. O pensamento de que eles não cometeram assassinatos era uma maneira pela qual eles se convenceram de que eram justos. Nós não iriamos matar. Nós nunca mataríamos ninguém. E consequentemente, devemos ser justos. Nós guardamos a lei de Deus: 'Não matarás'. Nós não mataríamos ninguém. E assim, o fato de não terem assassinado era uma das maneiras favoritas de se justificarem.
Outra maneira favorita que encontraremos no versículo 27, eles tomaram a lei de Deus: “Não adulterarás.” E porque não cometeram o ato de adultério, convenceram-se de que eram santos. E assim, se rejeitarmos a ideia de assassinato, e se dissermos a nós mesmos: “bem, essa raça terrível da humanidade. Essa vileza indescritível que caracteriza os assassinos, eles são um tipo diferente de pessoa do que eu sou. Eu não mato. Eu não sou esse tipo de pessoa. Eu não machucaria ninguém.”
E nos identificaríamos com os fariseus nesse ponto. Mas é exatamente aí que Jesus quer atacá-los. De volta ao versículo 20. Ele diz: “Pois eu vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.” Eles diziam: "se não matamos, somos justos.” Jesus disse: “A justiça de vocês tem de exceder isso. Não matar não é suficiente.” E quando ele disse “a vossa justiça deve exceder a retidão dos escribas e fariseus,” ele então procedeu do versículo 21 ao versículo 48 para dar seis ilustrações de como nossa justiça deve exceder a dos escribas e fariseus.
E este é apenas o primeiro, apenas o primeiro. E Jesus lhes dá um ensinamento aqui sobre assassinato que é literalmente chocante. É devastador. E isso os afeta de três maneiras, e este é o esboço que quero que você veja nesta noite. E essas mesmas três nos afetam. Número um, afeta a visão que têm deles mesmos. Afeta a visão que eles têm de Deus. E afeta a visão a respeito dos outros. Afeta a visão que têm de si mesmos, de Deus e dos outros. O que Jesus vai dizer é tão dramático que vai quebrar todas as suas categorias confortáveis. Eles haviam se convencido de que, porque não mataram ninguém, eles eram santos, eram justos. Jesus quebra esse conceito em pedaços.
O primeiro ponto, as palavras de Jesus para eles afetam seu próprio farisaísmo. Eles achavam que eram justos porque não matavam. Agora, era à lei rabínica que eles aderiram. Observe novamente no versículo 21. "Ouvistes que foi dito aos antigos." Agora Jesus os está lembrando da tradição rabínica. Ele não está se referindo à lei de Moisés. Ele não está se referindo necessariamente à Palavra de Deus. "Os antigos" eram os rabinos. Essa era uma fórmula comum para se referir ao ensino rabínico passado.
“Seu sistema religioso,” é o que Jesus está dizendo, “seu sistema de judaísmo, seu sistema tradicional, seu ensino diz que você não deve matar, porque se você fizer isso, está em perigo de julgamento.” Foi-lhes ensinado isso. Essa é a tradição que é passada para vocês.
E você lembra que eu lhe disse da última vez, que o povo judeu na época de Jesus dependia totalmente dessa tradição. Porque o Antigo Testamento foi escrito em hebraico, lembra que disse isso? O Antigo Testamento foi escrito em hebraico. Eles não falavam mais hebraico. Desde o cativeiro babilônico e depois, eles falavam aramaico, e assim as Escrituras Hebraicas foram perdidas para eles, num certo sentido. Quando eles voltaram do cativeiro, ao invés dos rabinos e escribas e do resto deles, conforme o tempo passava irem fornecendo uma Escritura em sua própria língua, eles os mantinham na ignorância. E então eles não podiam realmente ler e entender o hebraico por si mesmos.
E assim os rabinos, os escribas, os fariseus e os outros diziam ao povo o que isso significava. E isso deu a eles um tremendo poder sobre as pessoas, porque as pessoas não podiam verificar se era verdade ou não.
Você se lembrará de que, quando eles voltaram do cativeiro, pegaram as Escrituras no tempo de Esdras e Neemias, e leram as Escrituras. Diz que: "Leram no livro, na Lei de Deus, claramente, dando explicações,” diz em Neemias, capítulo 8. Eles tinham de dar a explicação porque o povo não conseguia entender a Lei. E isso continuou até os dias de Jesus. De modo que o povo não era o povo do Livro. Eles mesmos não liam a Palavra de Deus, o Antigo Testamento. Eles ouviam o que os rabinos tradicionais ensinavam, eles distorciam e pervertiam isso para seus próprios fins.
Mas, de vez em quando, as coisas que ensinavam tinham uma base bíblica escriturística, como esta. Você olha novamente para o versículo 21, e diz: “Não matarás.” Agora você sabe que isso é bíblico. Isso é bíblico. Eles estavam certos nesse ponto. Eles obtiveram isso de Êxodo 20.
Além disso, você notará que "todo aquele que matar estará em perigo de julgamento.” Isso também é verdade. Lerei para você Números 35:30-31. Diz aí que, quando alguém comete assassinato, eles devem morrer. Então essa tradição rabínica era verdadeira. Eles estavam certos nesse ponto. Isso estava certo, era basicamente bíblico.
Mas o ponto que Jesus está mostrando aqui é que isso não vai longe o suficiente. Isso é verdade, mas há muito mais. Vocês tomaram parte da lei de Deus. Vocês a interpretaram apenas parcialmente, e depois se satisfizeram em manter sua interpretação parcial e, portanto, se justificar. E você notará que de maneira interessante o texto diz: “quem quer que faça isso estará em perigo de julgamento.” E a propósito, o termo "julgamento" aqui se refere ao tribunal local, tribunal local. Agora quero que pense sobre isso. O que ele está dizendo é isto. O ensinamento de vocês diz: "Você não deve matar" - agora observe - "porque se você matar, você estará em perigo de ser punido pelo tribunal civil.” Você entendeu isso? Agora, o que há de errado nisso? Não vai longe o suficiente, não é mesmo?
A interpretação completa deles sobre o sexto mandamento do decálogo era essa. Não mate, porque se fizer isso, você terá problemas com a lei. Mas, e quanto a Deus? Bem, e quanto ao caráter santo de Deus? Ah, isso nem entrou na discussão. Eles tornaram isso tão mundano que nem sequer mencionaram Deus. Eles nem mencionaram o julgamento divino. Eles não disseram nada sobre as atitudes internas. Eles não disseram nada sobre o coração. Tudo o que eles disseram foi: "Não mate ou você terá muitos problemas.” Muito superficial. A interpretação deles parou abruptamente. E porque eles não matavam e não se metiam em confusão, eles decidiram que tinham justiça própria, eram autojustificados, perfeitamente felizes consigo mesmos, justificados diante de Deus. Nós não matamos.
Mas ouça, eles esqueceram de ler o resto do Antigo Testamento. Porque o resto do Antigo Testamento diz que Deus - observe isto - “deseja a verdade nas partes interiores,” Salmos 51:6. O resto do Antigo Testamento diz que “amarás o Senhor teu Deus de todo o coração, alma, mente e força, e teu próximo como a ti mesmo.” O resto do Antigo Testamento diz que “Deus, que conhece os corações e prova os corações dos homens, julgará.” Em outras palavras, a parte da lei de Deus que eles deixaram de fora era a parte interna. Não era o suficiente para vocês não matarem. Deus estava preocupado com o que estava acontecendo lá dentro. Eles restringiram o escopo dos mandamentos de Deus a um tribunal terreno. Eles restringiram o escopo do mandamento de Deus a um ato de assassinato.
E é por isso que Jesus continua, no versículo 22, e diz isto: “Mas eu digo a vocês” - Deixem-me dizer o que Deus realmente quis dizer com essa palavra em Êxodo. Deixem-me dar a interpretação correta. "Aquele que sem motivo se irar contra o seu irmão" - e, a propósito, a Almeida Revista e Atualizada diz "sem motivo.” Isso não está nos melhores manuscritos. Vamos deixar isso de fora. “Eu, porém, vos digo que todo aquele que [sem motivo] se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo.”
Jesus simplesmente diz que não é só a questão do assassinato, é a questão da raiva e do ódio em seu coração. Você não pode se justificar porque não mata. Porque se há ódio em seu coração, você será o mesmo que um assassino. E então digo que o primeiro ponto nesta declaração é que as palavras de Jesus afetaram a justiça própria deles. Afetou como eles se viam, e como vemos a nós mesmos.
Fazemos isso o tempo todo. E nós dizemos: "Oh, você sabe, aquela gente que assassina, eu nunca faria isso." E mesmo assim, às vezes ficamos tão zangados por dentro com alguém. Nós zombamos das pessoas. Nós podemos amaldiçoar as pessoas. Podemos sentir amargura em relação às pessoas. Podemos nutrir ressentimentos contra as pessoas. Temos sentimentos irreconciliáveis em relação às pessoas. E nosso Senhor Jesus está dizendo: "Isso é o mesmo que assassinato." E Deus olha para o coração.
E assim, quando ele diz: "Eu porém vos digo,” ele varreu de lado todo o lixo rabínico, e colocou a ênfase onde a ênfase pertencia. Ele os despojou de sua justiça própria. Ele disse, com efeito: “Quem é um assassino? Eu vou lhe dizer quem é um assassino. Qualquer um que esteja zangado com seu irmão, qualquer um. Você é um assassino. Isso é bem direto, não é mesmo? Muito devastador. Isso desnuda os fariseus, e também não faz mal a nós, francamente.
A raiva é a raiz do assassinato, e nosso Senhor diz que a raiva e o assassinato merecem punição igual. No versículo 22, ele está dizendo: “Você está em perigo de julgamento. Você está em perigo do conselho judicial. Você está em perigo do fogo do inferno.”
Agora, o que nosso Senhor está fazendo? E eu quero que você entenda isto, é muito importante. Nosso Senhor está dizendo isto, que o que está acontecendo dentro de você é o que Deus julga. Você pode odiar mais do que um assassino odeia. Você só não tem a oportunidade de matar. E até mesmo um ódio menos violento do que isso, até mesmo raiva com um irmão em qualquer grau, é o mesmo aos olhos de Deus como um assassinato. E, francamente, quem é um assassino? A resposta é todos nós, somos todos nós.
Ouça 1João 3:15: "Quem odeia seu irmão é um assassino." Você ouviu isso? "Quem odeia seu irmão é um assassino." E o irmão, aqui, é usado em um sentido amplo e genérico, em termos de relações sociais, pessoas em sua vida, não seu irmão espiritual, porque ninguém ouvindo Jesus naquele momento entenderia a irmandade dos crentes. Você tem ódio, você é um assassino. Você tem raiva, você é um assassino. E aos olhos de Deus, isso não é diferente de um homem que sai e comete o crime.
Você sabe, é incrível para mim como nos justificamos. Todo mundo faz isso, até o pior dos homens se justifica, você sabe disso? Até o pior dos homens se justifica. Em maio de 1931, a cidade de Nova York presenciou a captura de um dos criminosos mais perigosos que a cidade conhecera até então. Ele era conhecido como "Two Gun Crowley.”
Two Gun Crowley, eles disseram, matava por nada. Ele assassinou brutalmente muitas pessoas, até mesmo policiais foram assassinados brutalmente. O que ele achava de si mesmo? Nós sabemos o que ele pensa de si mesmo ou o que ele pensava de si mesmo, porque finalmente ele foi capturado no apartamento de sua namorada depois de uma longa e árdua batalha envolvendo pelo menos 100 policiais. E quando eles finalmente o pegaram, havia uma nota manchada de sangue ali, porque ele estava gravemente ferido, e é isso que a nota dizia. "Sob o meu casaco existe um coração cansado, mas um tipo que não faria mal a ninguém."
Você diz: "Isso é um absurdo.” Sim, mas, veja você, essa é a profundidade na qual um coração humano irá justificar-se a si mesmo. Aqui está alguém que não faria mal a ninguém? Quem ele está enganando? Mais tarde, foi executado na cadeira elétrica.
Veja, até mesmo os piores homens se exoneram, para não falar dos melhores homens, que pensariam ser: “Ah, eu nunca me colocaria nessa categoria.” E Jesus nos tira totalmente da nossa justiça e diz: "Se você está zangado com um irmão, ou se você odeia alguém, você é um assassino.” Muito sério. Jesus está dizendo: “Mesmo se você não fizer a matança, se seu coração estiver cheio de raiva e ódio, você é um assassino.”
Aliás, sociólogos e psicólogos nos dizem - e eu acabei de descobrir isso recentemente - esse ódio - quando penso nisso, tem de ser verdade - o ódio leva você para mais perto do assassinato do que qualquer outra emoção. E ódio é apenas a extensão do quê? Da Raiva. Raiva, ódio, levam ao assassinato. É a fonte comum do assassinato. E a propósito, o ódio e a raiva podem até matá-lo, porque eles pode comê-lo vivo por dentro.
E assim, Jesus faz um grande esforço para nos mostrar que, amados, ouçam isto, o que ele está tentando mostrar é que até o melhor dos homens, se a verdade fosse conhecida, é o pior dos homens. Você e eu sentamos tão presunçosamente e pensamos que, porque não cometemos esse tipo de crime, que somos justos diante de Deus, e Jesus diz: "Se você já ficou zangado ou odiou, você é um assassino.” E ele usa três ilustrações para revelar esse pecado, no versículo 22. Três. Vamos olhar para elas.
Primeira. "Qualquer que disser a seu irmão." Bem, vamos voltar à primeira. Eu não quero chegar à segunda. “Aquele que [sem motivo] se irar contra seu irmão,” e como eu disse, "sem motivo" é deixado de fora - sempre haverá uma causa. Isso nem aparece nos melhores manuscritos. Eu não sei por que continuo lendo isso. Hábito de pregador. “Eu, porém, vos digo que todo aquele que se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento.” Agora, essa é a primeira ilustração. Jesus diz: “Você quer que eu lhe mostre o quão sério é esse problema? Quem está zangado com o irmão está em perigo de julgamento.”
Agora deixe-me dizer o seguinte. Porém, eu acho que há uma ira justa da qual precisamos falar, mas não é isso que Jesus quer dizer aqui. Você sabe, houve momentos em que Jesus pegou um chicote, certo, e começou a bater nas pessoas. Há momentos em que a indignação de Deus atinge seu limite absoluto e explode. Há momentos em que a vingança de Deus se solta e as pessoas perdem suas vidas por um tempo na eternidade.
E há momentos em que um crente tem o direito de ficar com raiva. Na verdade, eu acredito que quanto mais santos nós ficamos, mais irritados ficamos com algumas coisas, certo? E acho que precisamos de um pouco mais disso, sabe? Em um dia em que todo mundo quer falar sobre o amor, e vamos todos ficar juntos, e não dizer nada contra nada, começamos a ficar tão mal-humorados sobre tudo que não aguentamos nada.
Agora, eu acho que talvez alguns de nós devíamos aprender um pouco sobre indignação e começar a ficar bravo com algumas coisas. Há muitas coisas acontecendo em nosso país pelos quais devemos ficar bravos, ou ficar bravos com uma justa indignação. Há algumas coisas acontecendo em nossas escolas que devemos ficar com raiva e ter justa indignação. Algumas das coisas a que nossos filhos estão expostos, nós devemos ficar com raiva. Algumas das tendências em nossa sociedade, devemos ficar com raiva. Algumas das coisas que vêm entrando em nossas casas por aquele ridículo tubo, que deveríamos estar zangados.
Nós devemos ficar bravos com algumas coisas. Nós devemos ter justa indignação. Nós devemos ficar com raiva, Efésios 4:26 diz, com o tipo de raiva que não é pecado. Ele diz: "Irai-vos e não pequeis.” Existe um tipo certo de ira.
Mas aqui ele está falando sobre a ira egoísta. Você está com raiva de um irmão. Algo aconteceu, e você está realmente louco. Você está bravo. E pode ser uma chamazinha ou pode ser uma coisa flamejante. A palavra é orgizesthe, e a raiz é orgē, e orgē é uma espécie de raiva pensativa e cuidada que não é permitida a morte. É simplesmente uma coisa latente e duradoura na maior parte do tempo.
E quando você guarda rancor contra alguém, quando você tem uma amargura contra alguém, quando você segura algo, não importa o quão pequeno seja contra alguém, você é tão culpado, diz Jesus, quanto a pessoa que tira a vida, e você merece o mesmo julgamento. Se você está bravo com seu irmão, você está em perigo de julgamento. Não deveria haver nenhuma diferença. Isso é muito sério.
A propósito, o julgamento, no final do versículo 21, esse tribunal civil seria a execução. E ele diz a mesma coisa bem aqui. Se você está com raiva, você está em perigo de execução. A pena capital deve pertencer a você tanto pela raiva quanto pelo assassinato. Agora, essa é uma afirmação tremenda, devastadora, porque nos força por dentro. Não é o que fazemos tanto quanto o que somos e o que sentimos.
Eu não conheço um tribunal civil no mundo que daria a pena de morte a alguém por ficar com raiva. Eles podem dá-la ao longo da história por assassinato, mas não por raiva. Mas se Deus está dando os vereditos, e Deus está sentado no trono, ele está dizendo com efeito que aquele que está com raiva é tão culpado quanto aquele que mata.
Agora quero que você perceba a segunda ilustração que ele usa no versículo 22. “E quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal.” O que isso significa? Bem, essa pessoa também é condenada como assassina. Essa é outra pessoa que deve se apresentar diante do tribunal e obter a mesma pena de morte. Ele está dizendo aos judeus: “Você tem medo da pena de morte por assassinato? Nos termos de Deus, deveria ser a mesma penalidade pela ira, e deveria haver a mesma penalidade por dizer "Tolo" a alguém.
Agora, Tolo – ou Raca - é um termo interessante. É muito difícil de traduzir. É um epíteto não traduzido. Em outras palavras, isso não significa nada. Era uma espécie de termo de escárnio que realmente não se traduz. Significava algo naquele tempo e todos sabiam o que significava. É um termo malicioso. Alguns dizem que significa "idiota sem cérebro.” Alguns dizem que significa "companheiro sem valor, idiota, bobo, cabeça vazia, cabeça-dura, cara de pau, cabeça de vento.” E os comentaristas atiram pra todo lado com isso. Mas o que isso é, na verdade, é uma expressão verbal de calúnia contra a pessoa. Talvez mais direcionado para sua personalidade, e para algo em seu caráter, ou algo em sua aparência, algo desse tipo. É uma palavra de desprezo arrogante. É uma palavra de desprezo. Sabe, é quando você está no carro, corta um cara, e ele abaixa a janela, e diz isso para você. Em nossa língua é diferente, mas é basicamente a mesma coisa, ou ele pode fazer a mesma coisa fazendo gestos com a mão ou o que for. É a mesma coisa. E eu já ouvi isso algumas vezes na minha vida. Não saiu “Raca,” mas era “Raca.” Mas a pessoa que faz isso é a mesma coisa.
É o veneno debaixo da língua, como o veneno de áspide, do Salmo 140. É essa verbosidade maliciosa e caluniosa nos dentes de alguém, como fizeram com Jesus. E diz em Mateus 27:29: “inclinaram-se diante dele e zombaram dele.” Eles zombaram dele. "Você é um sujeito sem valor, seu palerma, seu estúpido idiota,” desse tipo. É uma palavra usada por alguém que despreza o outro.
Há uma história contada sobre um certo rabino, cujo nome era Simão Ben Eleazar, e Simão Ben Eleazar estava vindo da casa de seu mestre, e ele tinha acabado de ter uma lição aos pés deste grande mestre, e estava se sentindo elevado no pensamento de sua própria erudição, e ele estava tão feliz com sua própria erudição, e ficou tão emocionado com sua própria justiça, e sua própria bondade, e sua própria santidade. E enquanto caminhava, encontrou um homem comum, muito baixo e bastante feio, que passou por ele e o cumprimentou. E o rabino não retornou a saudação, mas disse: “Você Raca, que feio você é. Todos os homens da sua cidade são tão feios quanto você? Ao que o homem respondeu: "Isso eu não sei, vá e diga ao Criador que me criou como é feia a criatura que ele fez."
O desprezo, diz o nosso Senhor, é assassinato no coração, e a pena de morte é igualmente merecida. Amado, o que Jesus está dizendo é o que você sente - agora me ouça - o que você sente por dentro é o suficiente para condená-lo ao inferno eterno, tanto quanto o que você faz do lado de fora. Ouviu isso? Essa é a mensagem.
Há uma terceira ilustração, no versículo 22. "E quem lhe chamar mōros” – algo como imbecil - estará sujeito ao inferno de fogo.” Agora, aparentemente, isso era ainda pior para alguém dizer. Parece que há um nível crescente. Se você observar a palavra mōros, aparentemente ela vem de uma raiz hebraica, marah. E marah significa rebelar-se. E na Bíblia hebraica, um tolo era aquele que se rebelava contra Deus. E assim, chamar alguém de rebelde contra Deus, agora, se é verdade, você lhe fez um favor. Mas se você está fazendo isso como um epíteto de ódio, então é um pecado. Deixe-me mostrar a diferença.
Jesus disse aos fariseus: “Vocês tolos,” vocês mōros. Só que não era errado ele dizer isso porque era verdade, certo? Eles eram tolos. Eles se rebelaram contra Deus. “Diz o insensato em seu coração: Não há Deus,” diz nos Salmos. "O tolo" - de acordo com Provérbios - " vive contra Deus.” O tolo vive uma vida contra Deus. Ele vive uma vida de vontade própria e desígnio próprio, e você faz um favor a um homem ao lhe dizer: "Você é um tolo de viver assim.”
Jesus andando na estrada para Emaús, disse àqueles discípulos: “Ó néscios e tardos de coração para crer.” Há um momento em que fazemos um favor às pessoas ao dizer: "Você é tolo.” E o que Jesus está tentando fazer, e ele faz isso muito bem, é absolutamente destruir o sistema farisaico, que não pode suportar esse tipo de exame. E assim nosso Senhor chega ao cerne do assunto.
Agora você percebe a palavra “fogo do inferno” no final do versículo 22? É uma palavra muito séria, a palavra "inferno.” A palavra grega traduzida como "inferno" aqui é a palavra gehenna, e eu quero falar sobre ela. Ela é fascinante. Gehenna é uma palavra com uma história. Gehenna é usada e muito comumente traduzida como "inferno." É Mateus 5:22,29-30; Mateus 10:28; Mateus 18:9; 23:15 e 23:33; Marcos 9; Lucas 12. É usada em Tiago. É uma palavra muito comum. Ela significa "inferno.” Mas gehena - agora ouça - é uma referência a Hinnom, gehenna é uma forma de Hinom. Ela significa o vale de Hinom.
Quando estávamos em Jerusalém, foi mostrado para nós onde ficava o vale de Hinom. Fica a sudoeste de Jerusalém. É muito fácil de ver. Está lá até hoje. É um lugar notório. Eu vou ler um pouco da sua história. Era o lugar onde Acaz introduzira em Israel a adoração do fogo do deus pagão Moloque, a quem as crianças eram queimadas em sacrifício. “Ele queimou incenso no vale do filho de Hinom e queimou seus filhos no fogo.” Diz 2Crônicas 28:3. Além disso, Josias, o rei reformador, havia eliminado a adoração maligna de Moloque no lugar de Hinom e ordenou que o vale permanecesse para sempre um lugar amaldiçoado. Por causa do que havia acontecido, porque estava contaminado, porque no vale havia fogo de Moloque.
Agora, em consequência disso, o vale de Hinom carregou essa maldição por toda a história de Israel. Tornou-se um lugar onde o povo judeu despejava seu lixo. O vale de Hinom era o lixão de Jerusalém. E o que eles tinham lá era um incinerador público que queimava o tempo todo, o tempo todo, o tempo todo, nunca apagava, nunca apagava. E quando Jesus se referiu a gehenna ou inferno, e descreveu o estado eterno dos ímpios como gehenna, o que ele estava dizendo é que é um fogo eterno e interminável, em um lugar maldito, onde o lixo da humanidade queimará e será consumido. Linguagem vívida.
Sempre, diz o historiador, o fogo ardia em Hinom, e um manto de fumaça espessa jazia sobre Hinom o tempo todo, e criava um tipo de verme repulsivo que era muito difícil de matar. É a isso que nosso Senhor se refere em Marcos 44: “onde o verme não morre.”
Assim, gehenna, o vale de Hinom, era identificado nas mentes das pessoas como um lugar imundo, vil e maldito, onde coisas inúteis e malignas eram destruídas, e Jesus usou-o como uma vívida ilustração do inferno. E ele diz que se você está com raiva e se você diz uma palavra mal-intencionada para calar alguém, ou pior do que isso, se você já o amaldiçoou como se fosse para o inferno, você é tão culpado e responsável pelo inferno eterno como um assassino é. E assim, Jesus ataca o pecado da ira, o pecado da calúnia e o pecado da maldição, e com isso ele destrói o farisaísmo deles.
Suas palavras têm um segundo efeito, nos versículos 23 e 24. Elas afetam não apenas o farisaísmo deles, mas afetam a adoração a Deus. E eu quero que você veja isso. Isso é realmente poderoso. É muito simples. Agora, Jesus se move dos fariseus, dos escribas e do povo, para si. E para nós, ele nos leva para a área de adoração, e eu quero que você veja o que ele diz.
O culto era uma questão importante entre os escribas e os fariseus. Toda a vida deles era o culto. Eles estavam no templo o tempo todo fazendo suas coisas, adorando a Deus, fazendo sacrifícios, cumprindo a lei. A vida deles era uma vida circunscrita de adoração. Mas nosso Senhor aqui condena essa mesma adoração.
Veja o versículo 23, “Se pois” - em outras palavras, o “se pois” significa que Deus está preocupado com as coisas internas, pois Deus está preocupado com as atitudes para com os outros, como você se sente em relação a seu irmão, como fala com seu irmão e se você amaldiçoa ou não seu irmão, já que Deus se preocupa com as coisas internas, ouça isto. “Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta“ - aqui você vem para adorar - “ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti; deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta." Em outras palavras, a reconciliação vem antes da adoração. Rapaz, que ponto poderoso. Espero que possamos entender isso.
Todo judeu entenderia essa cena. Os judeus conheciam o padrão de culto. A ideia de sacrifício para eles era muito óbvia, muito simples. Se um homem cometesse um pecado, o que acontecia? Uma brecha se abriria entre ele e Deus. A relação foi perturbada. Como isso era remediado? Era para ser remediado por um coração contrito e quebrantado, e um homem devia confessar seu pecado, e um homem devia manifestar arrependimento, contrição e quebrantamento. E então, para manifestar externamente aquele sentimento interior, ele deveria trazer um animal como sacrifício. O animal não era o problema. A atitude era, entendeu? Você vê, a obediência no coração é melhor que o sacrifício. O sacrifício era meramente um símbolo externo de um coração obediente arrependido. E assim, quando a brecha se abria, e o homem se arrependia e com tristeza pedia perdão, e acertava as coisas com Deus, ele então trazia um sacrifício.
E assim a imagem aqui é talvez até o dia da expiação, e o judeu está vindo porque ele quer se separar, e ele tem seu próprio sacrifício para trazer também, e ele vem e oferece o sacrifício ao sacerdote. Ele caminha pela parte externa do pátio, e ele entra na parte interna do pátio, e finalmente ele chega à corte dos sacerdotes, e ele tem de parar por aí porque não pode entrar. Somente os sacerdotes podiam entrar ali.
E então ele leva o sacrifício e o entrega ao sacerdote, e então ele coloca as mãos nele para se identificar com ele. E o sacerdote o leva e faz o sacrifício. E o homem chega até lá, e ele tem a coisa nas mãos do sacerdote, e ele põe as mãos nele, e a identificação está acontecendo, e de repente Jesus está dizendo a ele: “Pare, bem aí. Você se lembra que tem seu irmão? E o irmão tem algo contra você. Deixe esse altar. Não faça esse sacrifício até que acerte as coisas com o seu irmão. Acabe com a brecha entre homem e homem antes de resolver a brecha entre o homem e Deus.”
Isso não é novidade. Eles sabiam disso. Esse sempre foi o padrão de Deus. Em Isaías 1:11, Deus disse a Israel, por meio de Isaías: “Para que propósito é essa multidão de vossos sacrifícios para mim?” Para que serve isso tudo? “Diz o SENHOR: Estou farto dos holocaustos de carneiros e da gordura de animais cevados e não me agrado do sangue de novilhos, nem de cordeiros, nem de bodes.” Não quero mais suas vãs oblações. “Seu incenso é uma abominação para mim; as vossas novas luas e as vossas festas aborrecem a minha alma; são angústias para mim; estou cansado da coisa toda.” Por quê? “Suas mãos estão cheias de sangue. Busquem justiça, aliviem os oprimidos, julguem os órfãos e implorem pela viúva.” Ele está dizendo: "Não se atreva a vir a mim com sua religião até que tenha endireitado sua vida com os pobres, os oprimidos, os órfãos e as viúvas.” Em outras palavras, trate com seu irmão e depois trate comigo. Ah, é uma tremenda verdade.
Isaías nem terminou com esse tema, porque ele veio novamente em 58:5. “Seria este o jejum que escolhi? Que o homem um dia aflija a sua alma, incline a sua cabeça como o junco e estenda debaixo de si pano de saco e cinza? Chamarias tu a isto jejum e dia aceitável ao Senhor? Acaso não é este o jejum que escolhi? que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo? E que deixes ir livres os oprimidos, e despedaces todo jugo? Porventura, não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desabrigados?” Em outras palavras, não venha a mim com sua adoração falsa até que você tenha suprido a necessidade de seu irmão.
É o que o nosso Senhor está dizendo. Isso não é novidade. Eles sabiam que a brecha entre um homem e outro vinha antes que a brecha entre Deus e um homem pudesse ser legitimamente resolvida.
Jeremias 7:9. Ele disse: “Que é isso? Furtais e matais, cometeis adultério e jurais falsamente, queimais incenso a Baal e andais após outros deuses que não conheceis, e depois vindes, e vos pondes diante de mim nesta casa que se chama pelo meu nome!” Saiam daqui, diz ele. Até você acertar os relacionamentos. É o que ele está dizendo. A imagem é muito vívida. Ele diz: “Se vocês, fariseus, escribas e religiosos, se vocês vêm com toda essa parafernália de adoração. Eu não quero nada disso. Sai para lá. Vão embora até que se acertem com seu irmão. É o que o nosso Senhor está dizendo.
Agora, o Senhor nos leva a um ponto muito fascinante. Veja o versículo 23. “Se você trouxer sua oferta para o altar, e se lembrar que seu irmão tem algo contra você.” Você entendeu isso? Não é mesmo que você esteja com raiva, é que ele está com raiva de você, incrível. Você vê como é importante termos relações corretas?
Acredito que a implicação aqui é que aquele que está oferecendo a oferta causou a raiva ou contribuiu para a ira desta outra. Mas, veja você, no versículo 22, ele diz que se você está com raiva, você está em perigo de condenação. E no versículo 23, ele diz que se alguém está com raiva de você, eu não quero sua adoração. Vá embora, saia daqui. "Deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta." Nosso Senhor mostra sua santidade no fato de que ele não está nem mesmo tratando com a ira daquele que está adorando. Isso foi tratado no versículo 22. Ele está tratando agora com a raiva contra o adorador.
Sabe, você tem como saber que alguém está chateado com você. Você pode saber que alguém tem algo contra você. Você pode não sentir raiva em relação a ele. Você pode - eu tenho pessoas falando isso o tempo todo. “Você sabe, eu não entendo por que elas se sentem daquele jeito. Não sei nada sobre isso. Eu não tenho nada - estou livre de qualquer animosidade. Eu não sinto nenhuma raiva. Se elas estiverem, é melhor você ir e resolver isso. Deus não quer que você fique bravo - pega esta - Deus não quer que ninguém fique bravo com você. Isso está lhe fazendo culpado de assassinato. Isso é muito forte, gente, coisa muito forte.
Se você vier à Grace Church para adorar ao Senhor e estiver zangado com alguém, vai embora, vai embora, e fique longe até que tenha acertado isso. Se você vem para a Grace Church, e por causa de algo que aconteceu alguém está bravo com você, e você nunca resolveu isso, eu não me importo quem é essa pessoa, vá e se acerte com ela, e não volte até que esteja tudo certo.
Você sabe, eu quero que esta igreja, como eu disse esta manhã, seja tudo o que pode ser. E, às vezes, nos sentamos e dizemos: "Como podemos tornar nossa igreja mais o que deveria ser?" Oh, você sabe que as pessoas dizem: “Precisamos de mais isso ou aquilo.” As pessoas me perguntam isso às vezes, elas dizem: “Como podemos aumentar nossa adoração? Como podemos ter um tempo de mais adoração?” E você sabe, elas pensam, bem, talvez se tivéssemos mais de um certo tipo de música, ou talvez se melhorássemos a apresentação ao nosso redor. Talvez se tivéssemos melhores hinos, ou melhor música especial, ou melhores sermões, ou seja o que for.
Ouça, se você quer melhorar a adoração, então todo mundo que tem algo contra um irmão, vai embora. E volte quando tiver acertado tudo. Então veremos o poder do Espírito de Deus em nosso meio, amém? Obrigado a vocês dois. É difícil. É aqui que nós vivemos, não é mesmo? Muito difícil, muito duro.
Você diz: “John, pela manhã, você nos diz para vir e à noite nos diz para irmos embora.” Mas eu tive de lhe trazer aqui para lhe dizer para sair. Ouça. As pessoas que discutem o que podemos fazer para aumentar o culto normalmente ficam sem entender. O caminho para aumentar a adoração significativa é tirar as pessoas que não têm nada o que fazer estando aqui, porque há algo errado. Sabe, eu acredito que todo domingo há pessoas que vêm aqui, maridos e esposas que têm amargura entre os dois e tentam adorar a Deus, e Deus não quer nada com isso. Eu acredito que há famílias que vêm onde há animosidade dos filhos para com os pais ou dos pais para com os filhos, e Deus não está interessado em sua adoração.
Acredito que há momentos em que chegamos à igreja e há um sentimento contra alguém na irmandade, ou um vizinho na rua ou em algum lugar, e sabemos que há uma amargura. Nós não fazemos absolutamente nada sobre isso. Há um colega cristão que nós não nos importamos e algo aconteceu, e deixamos a coisa causar amargura. E a Bíblia diz: “Vá embora.” Você não oferece nada a Deus. Ele não está interessado em sua adoração. É uma farsa.
O Salmo 66:18 diz: “Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido.” O texto de 1Samuel 15:22 diz: “Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros."
Você diz: "John, como eu encontro essa pessoa que está com raiva de mim?" Bem, acho que a implicação do texto é que você sabe que essa pessoa está com raiva de você. Quer dizer, obviamente, há pessoas com raiva de mim. Nem sequer as conheço Eu não posso correr por aí apenas perguntando a todos. E há outras ocasiões em que sei que alguém está zangado comigo, e tento me reconciliar com ele ou ela, e faço o melhor que posso, peço perdão a eles e tento consertar, e eles não me perdoam. Mas eu fiz o melhor que pude. Não há nada que eu possa fazer. Então estou livre para adorar a Deus.
Eu tento me reconciliar com algumas pessoas. É muito difícil. Existem algumas pessoas com as quais eu deveria me reconciliar, mas eu nem sei que elas se sentem assim. Mas, ouça, quando eu souber e quando puder fazer algo, então devo, diz Jesus. E assim as palavras de Jesus são devastadoras. Elas afetam nossa própria autojustiça e afetam nossa adoração a ele.
Finalmente, elas afetam nossas relações com os outros. Ele já introduziu isso, nos versículos 23 e 24. Ele já disse isso. E agora ele dá um exemplo específico, em 25 e 26. Ele diz: Agora que você cuidou da parte de adoração e você foi embora, eis o que fazer. Agora que você saiu para acertar para poder adorar a Deus: “Encontre seu adversário, entre em acordo com ele rapidamente, enquanto estiver no caminho; para que, a qualquer momento, o adversário lhe entregue ao juiz, e o juiz lhe entregue ao oficial, e você seja lançado na prisão. Em verdade te digo que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo." O último quarto de um centavo, diz o grego.
Agora, o que ele está dizendo? As imagens do nosso Senhor são gráficas. Ele está dizendo que é melhor você ir e se acertar com o seu irmão. E ele usa uma ilustração emprestada do antigo método legal de lidar com devedores na sociedade judaica. A ideia é que você está aqui adorando, e você tem uma dívida. E chegou ao lugar onde você está sendo arrastado para a corte por causa dessa dívida. Isso é muito importante.
E a chave disso está no versículo 25: “Entre em acordo com o teu adversário rapidamente.” Imediatamente, agora. Quer dizer, você deixou sua oferta. Vá e faça isso agora. Diga: "Sabe, só vou resolver isso quando chegar a hora certa e vou dizer alguma coisa.” Imediatamente, agora. Hora da reconciliação. Porque amanhã talvez seja tarde demais é a implicação. Você será preso e terá de ficar preso lá sem a possibilidade de pagar essa dívida, e será tarde demais.
Agora, aqui nosso Senhor - observe – se concentra na parte culpada. Em 23 e 24 ele está dizendo, essencialmente, você está lá no altar. Você está lá e sabe que alguém o odeia, alguém está com raiva de você. E agora ele se move para lidar com o fator da culpa. Pode haver culpa em ambos os lados, mas a parte culpada está em vista, se são ambas ou se é uma. E ele está dizendo: "Resolva seu caso fora do tribunal.” É o que ele está dizendo. Não deixe que essa coisa continue, e continue até que você esteja a caminho do tribunal, e então alguém perderá e será jogado na prisão, e nunca poderá pagá-la de volta. É o que ele está dizendo. Liquidar isso fora do tribunal.
Na lei judaica, quando um homem era julgado culpado e julgado devedor, ele era entregue ao oficial de justiça, a propósito, o hupēretēs, “remador de porão” é o termo usado, às vezes chamado de praktōr, em Lucas 12. Ele é entregue ao oficial de justiça, e o oficial de justiça, então, tenta exigir do indivíduo o pagamento ao credor. A corte diz que esse homem tem de pagar o valor X a esse homem. O oficial da corte tenta consegui-lo, se ele não pode consegui-lo, ele leva o homem que não cumpre, lança-o na prisão, e ele tem de ficar na prisão até que ele possa pagá-lo de volta. O ponto é que se você está na prisão, você não pode pagar. Não pode ser feito. Jesus aqui está dizendo, resolva fora do tribunal, reconcilie-se antes que haja um julgamento severo e você não possa se reconciliar de forma alguma.
Agora, o que ele quer dizer aqui? Será que ele quer dizer que o tempo virá quando a pessoa morrerá, e você não resolveu, e não será capaz de se reconciliar? Será que ele quer dizer que o tempo virá quando Deus vai castigá-lo e julgá-lo, e será tarde demais? Possivelmente ambas as coisas. Ele realmente não explica isso. Mas o que ele diz é isto. Você não pode me adorar a menos que suas relações estejam certas. Então corra, corra e acerte as coisas. Não deixe a pessoa ir para o lugar onde haverá um julgamento civil e alguém perde no final. Não deixe ir longe demais, é a ideia. Não deixe que vá para o lugar onde Deus, em juízo, entra na história. Aja antes disso.
E eu acredito na análise final, ele está dizendo que Deus é o verdadeiro juiz, e o inferno é a verdadeira punição. E se você não acertar as coisas, você pode se encontrar em um inferno eterno com uma dívida que nunca poderia ser paga.
Agora, o que ele está dizendo, deixe-me resumir agora. Vocês, fariseus e escribas, que dependem de sua justiça própria, só porque não matam, pensam que são santos, deixem-me dizer uma coisa. Se vocês estão com raiva, se vocês já disseram uma palavra maliciosa sobre o caráter de alguém, se vocês já amaldiçoaram alguém, vocês são como um assassino. Se vocês já chegaram a um altar para adorar a Deus, e tinham algo contra seu irmão, vocês estão em perigo de tal julgamento, tal hipocrisia seria encenada em sua adoração, que você deve deixar essa oferta e correr para consertar as coisas.
E quando vocês entrarem em um conflito com alguém, imediatamente, o mais rápido que puder, resolvam esse problema porque vocês também estão em perigo do inferno. A questão que ele está dizendo é essa. O fato de vocês não matarem é só a ponta do iceberg. Vocês têm ressentimentos que nunca resolveram. Vocês cultuam com hipocrisia. Vocês amaldiçoam. Vocês são malignos. Vocês estão zangados. E o mesmo julgamento vem sobre vocês por isso. Morte e inferno são o que vocês merecem. É o que ele está dizendo.
E assim Jesus fala ao farisaísmo deles, fala à questão da adoração e fala sobre a questão dos relacionamentos com os outros. Ele devasta seu conforto, sua confiança, a presunção de sua autojustificação - agora observe - ao estabelecer um padrão tão alto que ninguém o mantém.
Ouça. Quem é um assassino? Pergunte a si mesmo, quem é um assassino? Você já ficou com raiva? Você já xingou alguém? Talvez sua esposa, marido ou filho? Você já amaldiçoou alguém? Você já veio à igreja para adorar enquanto tinha amargura em seu coração? Pura hipocrisia. Você já guardou rancor de alguém, e percorreu o caminho até a corte, e nunca resolveu? E você não foi fiel? Então você é o mesmo que um assassino porque você permitiu que conflito, amargura, ódio, raiva entrassem em seu coração.
Deixe-me fazer uma segunda pergunta. Primeira pergunta, quem é um assassino? Segunda pergunta, quem merece a morte e o inferno? Quem é que merece? Sabe, todos nós somos culpados de assassinato. Todos nós pecamos e carecemos da glória de Deus, e o salário do pecado é o quê? A morte. E então você diz: “Bem, como escapamos”? Quer dizer, se todos nós somos assassinos e nenhum assassino herdará o reino, se todos nós somos assassinos, e todos nós merecemos a morte e o inferno, então como vamos escapar? Ou seja, todos nós cultuamos na hipocrisia. Todos nós estamos com raiva. Todos nós dizemos coisas maliciosas. Todos nós pensamos numa maldição, ou rogamos uma maldição. Todos nós estivemos irreconciliados com um irmão. Nós todos fizemos isso. O que faremos?
E isso é exatamente o que Jesus diz em seguida. Ele quer levá-los ao fato de que eles não podem ser justos por si mesmos, o que os colocará de joelhos ao pé da cruz para aceitar a justiça imputada que somente Jesus Cristo pode dar. Vê? Tudo o que ele diz aqui é para levá-los à frustração e inadequação para que eles venham a ele.
Ele morreu nossa morte. Ele entrou no nosso inferno para que pudéssemos ter justiça. Você merece a morte. Eu mereço a morte. Você merece o inferno. Eu mereço o inferno. Somos todos assassinos. Todos os fariseus eram, os escribas eram, e todos são, e então Jesus foi à cruz, morreu nossa morte, sofreu nosso inferno e nos ofereceu o dom da sua própria justiça. Esse é o significado do evangelho.
E a propósito, este é apenas um crime que cometemos. Há miríades. Assim, somos levados novamente ao fato de que, pelas obras da lei, nenhuma carne será justificada. Mas a justiça de que precisamos desesperadamente vem como um presente de Deus. Paulo chama isso de "a justiça de Jesus Cristo a nós imputada.”
Deixe-me finalizar com isto. Deus tinha todos os motivos para estar zangado conosco, não tinha? Deus tinha todos os motivos para nos odiar, nos odiar justamente. Deus tinha todos os motivos para nos desprezar. Deus tinha todos os motivos para nos amaldiçoar justamente. Deus tinha todos os motivos para nos mandar embora porque éramos assassinos. E querem saber de uma coisa? Mesmo que nós sejamos tão sujos quanto os Mansons, e os Coronas, e os Slashers, e os Slayers do mundo, ele nos ama, ele nos perdoa, ele paga nossa dívida, e maravilha das maravilhas, ele procura nos reconciliar com ele mesmo em seu reino eterno porque ele quer ter comunhão conosco. Isso é incrível?
Agora, ouça, se um Deus absolutamente santo pode desejar se reconciliar com assassinos vis como nós, podemos encontrar em nosso coração um desejo de nos reconciliarmos com nossos irmãos? Ele estabelece o padrão. Oremos.
Obrigado Pai, novamente nesta noite, por uma palavra forte. Estamos sentindo o poder do Senhor Jesus. Suas palavras nos deixam em pedaços. Elas revelam os mais profundos segredos de nosso coração. Elas nos privam de nossa justiça própria. Elas desmascaram a tolice do pensamento que diz que chegamos espiritualmente. Somos redimidos e somos salvos, a maioria de nós, mas ainda somos maus e pecaminosos. Obrigado pela tua graça. Obrigado por nos ter coberto com uma justiça que não é nossa. Obrigado porque tu já morreste por nós, então não temos de pagar a pena que merecemos.
Pai, ajuda-nos a viver o tipo de vida que devemos viver. Agora que nos deste a tua justiça, tu também nos deste o teu Espírito Santo. Nós temos o poder de superar a raiva. Nós temos o poder de superar a adoração hipócrita. Nós temos o poder de nos reconciliar com um irmão. Nós temos o poder de resolver nossas diferenças pelo teu Espírito. E oramos para que façamos isso seguindo o teu exemplo conosco, para que possamos viver como filhos do reino, para dar glória ao Rei, a quem amamos e a quem devemos tudo. Amém.
Fim

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