
Em nossos estudos, estamos olhando o 5º capítulo de Mateus, e nesta noite eu quero usar isso como um ponto de partida, para o que está em meu coração para dizer a você.
Mateus, capítulo 5, e quero ler para vocês os versículos 27 a 30. Nosso Senhor diz, em Mateus 5.27: “Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela. Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno. E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno.”
Estamos considerando essa passagem. E esta noite será a terceira mensagem que trata realmente dessa passagem geral. No próximo domingo à noite, compartilharemos a Mesa da Comunhão e, no domingo seguinte, vamos começar uma série sobre os versículos 31 e 32 sobre divórcio e novo casamento. Mas para esta noite, quero compartilhar com você apenas mais uma mensagem relacionada a esse tema específico.
Você notará que, nessa passagem, nosso Senhor está condenando não apenas o ato de adultério, mas o próprio pensamento do mal; como nos versículos 21 e 22 do mesmo capítulo, onde ele condenou não apenas o assassinato, mas até mesmo o ódio e a ira, lidando tanto com a atitude interna quanto com o ato externo. E, de fato, o que nosso Senhor está fazendo ao longo desta parte do Sermão da Montanha, é nos dando uma visão da definição do pecado. O pecado não é apenas uma questão do que fazemos, é uma questão do que pensamos. Não é apenas uma questão de ação; é uma questão de atitude.
Agora, nosso Senhor, no texto, está falando aos judeus de seus dias, que achavam que eles mesmos eram justos. Achavam que eram bons o suficiente para estar no reino de Deus sem a ajuda de Deus. Eles achavam que não precisavam de um Messias, não precisavam de um Salvador, não precisavam de alguém para morrer por seus pecados, porque sentiam que tinham sido capazes de lidar com isso sozinhos.
E a razão pela qual eles estavam indo tão bem é porque eles realmente não entenderam o problema. Achavam que eram justos, mas isso era apenas porque tinham uma visão inadequada do pecado. Se soubessem quão profundo o pecado realmente é, teriam compreendido quão sutil o pecado é, eles saberiam que não havia nenhuma maneira possível de se tornar justos por conta própria.
E assim, o fato da própria justiça deles surgiu do fato de que tinham uma doutrina inadequada do pecado. E assim, no Sermão da Montanha, o Senhor Jesus Cristo nos dá uma visão abrangente do pecado. Para que assim possamos entender as profundezas do problema do homem e entremos em desespero em busca da única cura de Deus, na morte e ressurreição do Senhor Jesus Cristo.
Agora, mais enfaticamente nos versículos 21-48, de Mateus 5, Jesus destrói a justiça própria deles. Jesus permite que eles vejam a verdade sobre o pecado, então não há como eles acreditarem que são realmente justos. Eles pensavam que era apenas o externo, mas Jesus mostra que é muito mais profundo do que isso. E como temos estudado isso, tenho literalmente me sentido esmagado pela tremenda ênfase que Jesus coloca na pecaminosidade do pecado, quão profundo, quão abrangente e quão amplo o pecado é. E assim eu decidi nesta noite compartilhar com você o melhor que posso de uma visão geral de todo o problema do pecado do homem.
Agora, como mencionei nesta manhã, na edição desta semana da revista Newsweek, o presidente Carter disse que o maior problema enfrentado pelo homem hoje são as conversações do SALT (Conversações sobre Limites para Armas Estratégicas, com a URSS, durante a Guerra Fria). Mas acho que ele está errado. O maior problema que o homem enfrenta hoje não tem nada a ver com armas. Não tem nada a ver com isso. Não tem nada a ver com fatores nucleares. O maior problema que o homem enfrenta hoje é o maior problema que o homem tem enfrentado em toda a sua história. É o pecado. Esse é o problema.
E no texto diante de nós, nosso Senhor está nos dando várias perspectivas sobre o pecado. Primeiro, na passagem que acabei de ler, vemos a profundidade do pecado. E ele não é apenas um ato, é uma atitude. É muito mais profundo do que apenas cometer adultério. É até mesmo olhar para uma mulher e cobiçá-la. E assim nosso Senhor nos mostra a profundidade do pecado.
Além disso, acho que vemos aqui o engano do pecado, que ele nunca é tão simples quanto parece. O pecado quer nos fazer pensar que, se somos altamente respeitáveis do lado de fora, estamos bem. Jesus nos mostra que você pode ser altamente respeitável por fora e ser podre por dentro.
Não vemos apenas a profundidade e o engano do pecado, mas vemos a destrutividade do pecado. Nosso Senhor está nos mostrando que o pecado lançará alguém no inferno. No final do versículo 29, ele diz isso, e no final do versículo 30. O pecado é tão severo que o fim supremo do pecado é lançar as pessoas em um inferno eterno.
Essa é a destrutividade do pecado. É tão sério que é melhor nos mutilarmos, se isso puder impedi-lo. É melhor lidarmos conosco mesmos de maneira muito dura e brutal para evitar o pecado por causa do que o pecado pode fazer.
E assim nosso Senhor nos mostra a profundidade, o engano e a destrutividade do pecado. E, na verdade, essa é apenas uma parte de um quadro amplo nesta passagem em que nosso Senhor mostra como o homem é realmente pecador. E se parecer que eu estou falando muito sobre isso, você terá de me perdoar porque estou pegando essas dicas de Cristo.
O Dr. J. Wilbur Chapman falou de um distinto ministro da Austrália que pregou muito fortemente um dia sobre o assunto do pecado. E depois do culto, um dos oficiais da igreja veio conversar com ele em seu escritório. E ele disse: “Doutor Howard, não queremos que você fale tão abertamente sobre a corrupção do homem. Porque se nossos moços e moças ouvirem você discutindo o assunto, eles se tornarão mais facilmente pecadores. Chame de "erro" ou algo assim, se quiser. Mas não fale tão claramente sobre o pecado.”
O ministro pegou uma pequena garrafa do armário e mostrou para o visitante e disse: "Você vê esse rótulo?" O homem disse: “Sim. Ele diz "estricnina" e, embaixo, em letras vermelhas em negrito, está a palavra "veneno.”
“Você sabe, cara, o que você está me pedindo para fazer? Você está sugerindo que eu mude o rótulo. Suponha que eu o faça e cole as palavras "essência da hortelã.” Você vê o que pode acontecer? Alguém o usaria sem saber o perigo envolvido e morreria. E assim também é com a questão do pecado. Quanto mais você suaviza o rótulo, mais perigoso você torna o veneno.” E assim não podemos mitigar o perigo do pecado. Precisamos falar sobre o assunto.
Crisóstomo, o pai da igreja primitiva, disse: "Não temo nada a não ser o pecado.” Eu entendo isso porque é exatamente assim que me sinto. Eu não temo nada no mundo, nada na igreja, absolutamente nada além do pecado. É isso. Só o pecado. O pecado nos destruirá, roubará nosso poder, nos confundirá, nos lançará à mercê de Satanás e, em finalmente, condenará o não regenerado a um inferno eterno.
Você não precisa ser realmente astuto para descobrir que o maior problema que o homem enfrenta não é a corrida armamentista. O maior problema que o homem enfrenta, a grande desgraça na vida humana, o grande fenômeno que nos amaldiçoa é o pecado. Ele permeia o mundo inteiro. É a praga do universo. E, a propósito, somente quando o pecado é removido, o paraíso pode ser recuperado.
E é por isso que encontramos, no final do livro do Apocalipse, e até em 2Pedro, capítulo 3, que Deus tem de fazer uma obra de purificação de todo o universo do mal, se deve haver um paraíso recuperado. Por causa do pecado, há lágrimas. Por causa do pecado, há dor. Por causa do pecado, há guerra. Por causa do pecado, há disputas. Por causa do pecado, há ansiedade. Por causa do pecado, há discórdia, desassossego, medo, preocupação, doença, morte, fome, terremoto, joio, poluição e qualquer outra coisa ruim.
O pecado perturba todo relacionamento que existe no reino humano. E, a propósito, existem apenas três: homem e Deus, homem e natureza, e homem e homem. E todos eles foram destruídos pelo pecado. Você lê, em Gênesis 3, que a maldição veio, violando a relação entre o homem e Deus, o homem e a natureza, o homem e o homem.
Primeiro, o homem foi separado de Deus. Ele morreu espiritualmente. Em segundo lugar, o homem foi separado da natureza na medida em que precisava trabalhar com o suor de seu rosto, e tinha de lutar contra uma terra amaldiçoada. E o homem foi separado do homem como vemos na própria maldição sobre Adão e Eva, trazendo conflito em seu próprio casamento.
E o pecado gerou o caos cósmico. Descobrimos que existe até um caos entre os santos anjos e os anjos caídos, que são conhecidos como os demônios. O pecado espreita para atacar todos os bebês nascidos no mundo, começando na concepção. Davi disse: "Em pecado minha mãe me concebeu." O pecado governa todo coração. O pecado é o monarca do homem. O pecado é o rei da humanidade. O pecado é o senhor da alma, e ninguém escapa.
Todos os que morrem no parto, todos os que morrem de doenças cardíacas, câncer, guerra, assassinatos, acidentes, velhice ou o que quer que seja, morrem como vítimas do pecado. “Porque o salário do pecado é” - o quê? - "a morte." Toda pessoa no mundo foi infectada pelo vírus do pecado. Somente uma pessoa entrou neste mundo e passou por ele sem a mancha do pecado, e esse foi Jesus Cristo. Todo outro ser humano é capturado sob o temível poder do pecado, e o pecado é uma coisa destrutiva.
O pecado ataca a todos ao nascer e, antes que tudo termine, ele degrada, estraga e destrói em um inferno eterno. Todo casamento desfeito, todo lar perturbado, toda amizade despedaçada, toda discussão, todo desentendimento, toda dor, toda lágrima pode ser atribuída ao pecado. De fato, a Bíblia, em Josué 7:13, o chama de “coisas condenadas.”
É comparado ao veneno das cobras. É comparado ao fedor da morte. Qualquer coisa que seja sinistra e poderosa deve ser enfrentada e tratada, e o pecado é assim. Não podemos ignorá-lo. Não podemos encobri-lo. Não podemos mudar o rótulo. Precisamos encarar a realidade, e é exatamente isso que Jesus está dizendo.
O velho dr. Guthrie escreveu: “Quem é o espantoso coveiro que cava o túmulo do homem? Quem é a mulher sedutora pintada que rouba sua virtude? Quem é a assassina que destrói sua vida? Quem é a feiticeira, que primeiro engana e depois amaldiçoa sua alma? É o pecado. Quem com a respiração gelada destrói as belas flores da juventude? Quem quebra o coração de um pai? Quem leva os cabelos grisalhos dos velhos com tristeza para o túmulo? É o pecado.
"Quem, por meio de uma metamorfose mais hedionda do que a de Ovídio, até imaginou transformar crianças gentis em víboras, mães carinhosas em monstros e seus pais em piores que Herodes, os assassinos de sua própria inocência? É o pecado. Quem lança o fruto da discórdia nos corações da família? Quem acende a tocha da guerra, e a mostra resplandecente sobre terras trêmulas? Quem, por divisão na igreja, rende o manto sem emenda de Cristo? É o pecado.
“Quem é a Dalila que canta ao nazireu adormecido e entrega a força de Deus nas mãos dos incircuncisos? Quem, ganhando sorrisos em seu rosto, querida bajulação em sua língua, está na porta para oferecer os ritos sagrados da hospitalidade, e quando o suspeito dorme, traiçoeiramente perfura nossas mãos com um prego? Que sereia justa é aquela que sentada em uma pedra em uma piscina mortal sorri para enganar, canta para seduzir, beija para trair, e arremessa seus braços ao redor de nosso pescoço para saltar conosco para a perdição? É o pecado.
“Quem transforma o suave e delicado coração em pedra? Quem lança a razão de seu sublime trono e impele pecadores loucos como porcos gadarenos a despencarem no precipício em um lago de fogo? É o pecado." Tudo isso é verdade. E se é verdade, devemos entender o pecado.
Eu quero que nós vejamos a resposta para cinco perguntas. Pergunta número um, o que é pecado? O que é? Qualquer coisa tão severa precisa de uma definição. Precisamos entendê-lo para evitá-lo. A definição é simples. Em 1João 3:4. Ouça: "O pecado é a transgressão da lei." Isso é pecado. "O pecado é a transgressão da lei." Literalmente, o grego é “todo mundo que pratica o pecado está praticando a anarquia,” anomia. Pecado é desobedecer, ignorar a lei de Deus.
De fato, a construção grega, de 1João 3:4, torna o pecado e a anarquia idênticos. Podemos dizer que pecar é viver como se não houvesse Deus e nenhuma lei. Pecado é impiedade, anarquia. É não ser limitado pelos padrões de Deus. É viver de acordo com sua própria definição, de acordo com seus próprios termos e de acordo com seus próprios caprichos.
Bem, a Bíblia dá outras definições de pecado. Em 1João 5:17 diz: "Toda injustiça é pecado.” Em Tiago 4:17: "àquele que sabe fazer o bem, e não o faz, é pecado." Assim, pecado é injustiça e pecado é não fazer o bem que você sabe que deveria fazer.
Em Romanos 14:23, temos ainda outra definição de pecado. O apóstolo Paulo diz: "Pois o que não é da fé é pecado.” A falta de fé, um ato sem justiça, não fazer o que você sabe que você deve fazer. Mas tudo pode ser resumido nisto. O pecado é anarquia. É não responder à lei de Deus. É ir além dos limites que Deus estabeleceu.
O homem é como um cavalo em um pasto gordo, que salta a cerca e cai num atoleiro. O homem vive no lugar do verde e rico pasto de Deus, e ele descobre que quer sair daí, e salta o muro, por assim dizer, da lei de Deus, e cai na lama do pecado. Deus deu sua lei. De acordo com Romanos 2, ele a escreveu no coração do homem. Ele a revelou nas Escrituras.
E em Romanos 7:12, Paulo diz: “A lei é santa, justa e boa.” "Santa, justa e boa." Nela não há nada impuro, é santa; nada injusto, é justa; nada mau, é boa. E não há sã razão para quebrá-la, porque é o caminho da bênção, como vimos nesta manhã. Mas o homem faz isso porque procura viver separado da lei de Deus. Embora pudéssemos olhar muitos versículos bíblicos sobre o pecado, tudo está resumido. Pecado é quebrar a lei de Deus.
Há uma segunda pergunta. Como é o pecado? Como ele é? Aqui vamos além da definição, e quero que você veja por um minuto a natureza do pecado. Como ele é? Bem, podemos ver melhor como ele é por suas características.
Número um, e eu vou lhe dar várias. O pecado é contaminação. É contaminação. O pecado não é apenas uma deserção ou uma desobediência à lei de Deus, mas o pecado é uma poluição. Ele é para a alma o que a ferrugem é para o ouro. É para a alma o que as cicatrizes são para um rosto adorável. É para a alma o que a mancha é para a seda branca. É para a alma o que a poluição é para um céu azul celeste. Ele torna a alma vermelha pela culpa, e negra pelo pecado. Ele contamina.
De fato, é assim dito no Antigo Testamento em termos tão gráficos que nunca os esqueceremos. Isaías 30, versículo 22: “E terás por contaminados a prata que recobre as imagens esculpidas e o ouro que reveste as tuas imagens de fundição; lançá-las-ás fora como coisa imunda e a cada uma dirás: Fora daqui!.” E ouça, isso é usado por Isaías para descrever o pecado. E o termo coisa imunda refere-se no hebraico ao pano sangrento do período menstrual de uma mulher. É assim que Deus vê o pecado. É uma coisa contaminadora.
Em 1Reis. capítulo 8 e versículo 38, o escritor compara o pecado do coração do homem com feridas que surgem no corpo por causa de uma praga mortal. Em Zacarias 3:3, encontramos o profeta Zacarias vendo o pecado como vestes sujas no sumo sacerdote Josué. E, repetidamente, encontramos na Escritura que o pecado é visto como algo vil, algo contaminador, algo miserável, e algo imundo que polui o que é puro.
E, a propósito, é tão contaminador que até faz Deus abominar o pecado. Em Zacarias 11:8 diz: “A minha alma os abominava.” Incrível que Deus diga isso. Deus despreza tanto a corrupção do pecado que abomina o que faz ao pecador.
E querem saber de uma coisa? Em Ezequiel, capítulo 20, versículo 43, diz que quando o pecador vê seu pecado, teria nojo de si mesmo. É tão contaminador que Deus o odeia e o pecador também. Assim, o pecado polui e contamina tudo. O apóstolo Paulo o chama de “imundícia da carne e do espírito,” em 2Coríntios 7:1. Assim, descobrimos que o pecado é contaminador. É assim que é.
Em segundo lugar, o pecado é rebelião. Ele é rebelião. Em Levítico 26:27, Deus fala sobre aqueles que “andam contrariamente a mim.” O pecado desafia a Deus. É andar em oposição, em rebelião, em antagonismo a Deus. É um pecador que pisa na lei de Deus, que afronta a Deus, que cuspe em Deus, que lhe bate na cara, que cuspe em Jesus Cristo.
É como Hebreus 10 diz: " De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça?” O pecado é uma rebelião aberta e flagrante.
De fato, você pode estar interessado em saber que a palavra hebraica para pecado, pasha, significa rebelião. Essa é a definição hebraica do pecado. Existe o coração de um rebelde em todo homem e em toda mulher. Em Jeremias 44:17, isto é o que o povo disse. "Mas certamente faremos tudo o que sair de nossa própria boca." Em outras palavras, faremos exatamente o que queremos. A rebeldia do pecado.
O pecado, se dependesse dele, mataria Deus. O pecado seguiu seu caminho e assassinou Jesus Cristo. O pecado não apenas destronaria Deus, mas removeria a divindade de Deus, porque o pecado é rebelião. Se o pecador seguisse por essa linha, Deus deixaria de ser Deus. Cristo deixaria de ser Cristo. O pecado é contaminação e o pecado é rebelião.
Em terceiro lugar, o pecado é ingratidão. É ingratidão. Você sabe que Atos 17:28 diz: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos.” Você sabe que o fato de você viver e existir, você deve a Deus? Você sabe que todo mundo que existe hoje é uma criatura feita por Deus para um propósito divino e um fim divino? Deus criou você para mostrar seu louvor, para conceder glória a si mesmo. Deus tem um propósito para você que está além de qualquer coisa que você possa imaginar.
E ainda existem pessoas que vivem em absoluta ingratidão, que desprezam a própria face de Jesus Cristo, que zombam de Deus, que dão as costas a Deus. O pecado é uma ingratidão flagrante e violenta. Deus criou você para a glória dele. Deus criou a humanidade para habitar em um reino eterno de felicidade com ele. E o homem não apenas não quer isso, mas também não quer aquele que oferece isso.
Em Mateus 5:45, a Bíblia diz: "porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos.” Se há alguma alegria nesta vida, é porque Deus a deu a você. Se há algum raio de sol na vida, é porque Deus o colocou lá. Se há alguma chuva para tornar sua vida fresca, é porque Deus fez chover em você. Tudo o que você é, você é por causa da graça de Deus.
O maravilhoso amor de Deus é derramado sobre todos os homens. Deus não é responsável pelo mal. Essa é a rebelião do homem. Deus é responsável pelo bem. Foi Deus quem providenciou toda a comida que o pecador come. Foi Deus quem providenciou as delícias que você provou. Foi Deus quem fez um mundo de cor e brilho. Foi Deus quem fez o amor, a música e todas as coisas que fazem a vida valer a pena. Foi Deus quem deu os sentidos que você pode desfrutar. Foi Deus quem concedeu todas as belezas que seus olhos já viram.
É Deus quem deu sabedoria ao seu corpo para que você pudesse pensar, sentir, trabalhar, brincar e descansar, e sua vida pudesse ser útil. Foi Deus quem fez o amor e o riso. Foi Deus quem deu a cada indivíduo uma habilidade especial e capacidade de se destacar em alguma área. Foi Deus quem fez o homem cuidar um do outro, e desfrutar da comunhão de seu semelhante. É Deus quem providencialmente nos preserva de pegar todas as doenças e morrer todas as mortes. É Deus quem literalmente envolve o pecador com misericórdia.
Mas é o pecador que diz não, e em flagrante rebelião aberta, em desobediência às leis de Deus, ele se contamina e age com uma atitude de ingratidão. Como Absalão, Absalão, filho de Davi; Davi, seu pai, o beijara, e Davi, seu pai, passou os braços ao redor dele e o levou ao coração. E imediatamente daquele lugar, onde seu pai o beijara e o abraçara, Absalão saiu e planejou uma rebelião contra o próprio pai, planejou o assassinato de seu próprio pai.
E assim, o pecador se entrega à graça de Deus, e leva o melhor que o mundo tem para oferecer, e o melhor que a vida e o amor podem trazer para ele, e depois volta as costas para Deus, e caminha para o rebanho do inimigo, Satanás, e coloca seu acampamento naquele lugar.
Podemos fazer a mesma pergunta que é feita em 2Samuel 16:17: " É assim a tua fidelidade para com o teu amigo?" A mesma pergunta que foi feita a Judas: "Judas, você está me traindo com um beijo?" Deus pode perguntar ao pecador: “Eu lhe dei a vida para pecar? Eu lhe dei misericórdia para servir ao diabo?”
O pecado é uma ingratidão muito grosseira. Procura destronar e destruir a fonte de tudo o que recebeu. Sabe, até mesmo as coisas que os pecadores pervertem: dinheiro, confortos, prazeres sexuais - todos dados por Deus, distorcidos, pervertidos - e eles os usam até mesmo para amaldiçoar seu santo nome. A natureza do pecado? O pecado é contaminação. É rebelião. É ingratidão.
Número quatro, o pecado é humanamente incurável. Sua natureza é tal que é incurável. Jeremias 13:23 diz: “pode, acaso, o etíope mudar a sua pele ou o leopardo, as suas manchas? Então, poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal." Se um leopardo pode mudar suas manchas ou um etíope mudar sua pele, então você pode se livrar do mal. Mas isso não pode ser feito. O pecado é uma doença incurável. O homem não tem o recurso para lidar com isso.
Em Isaías, capítulo 1, versículo 4: “Ah, nação pecadora, povo carregado de iniquidade, descendência de malfeitores, filhos que praticam a corrupção! Deixaram o Senhor, desprezaram o Santo de Israel, voltaram para trás. Por que você deveria ser mais atingido? Toda a cabeça está doente, e todo o coração, enfermo. Desde a planta do pé até a cabeça não há nele coisa sã; há só feridas, contusões e chagas vivas; não foram espremidas, nem atadas, nem amolecidas com óleo.” Em outras palavras, o homem tem uma doença horrível, incurável e generalizada que não pode ser mitigada ou tratada em termos humanos.
Tito 1:15 diz sobre o homem: “a sua consciência está contaminada.” Ele está podre por dentro. E a consciência é dada ao homem para controlar seu comportamento. E se ela estiver corrompida, os resultados também serão corrompidos. John Flavel disse: “Todas as lágrimas de um pecador penitente que pudesse derramar, todas as gotas de chuva caídas desde a criação, não podem lavar o pecado. As queimaduras eternas no inferno não podem purificar a consciência flamejante do menor pecado.”
Em outras palavras, ele está dizendo que o pecado é incurável. Não há cura humana. Nem a vontade humana, nem a reforma, nem a educação, nem a legislação, nem as falas, conversas, aconselhamentos, nem a justiça própria. O pecado é uma doença tão profunda que só pode ser curada pelo sangue do médico divino e, sem o derramamento de sangue, não há perdão dos pecados.
Como é o pecado? Nós vimos o que era, rebelião contra Deus. Como ele é? É contaminação, rebelião, ingratidão e uma doença incurável.
Isso nos leva a um quinto aspecto do pecado. É odiado por Deus. Isto faz parte de sua natureza: o pecado é a exata antítese do que Deus é. Agora eu sei que isso é óbvio, mas deixe-me adicionar alguns pensamentos para a sua reflexão.
O pecado é a única coisa que Deus odeia. A única coisa que Deus odeia. É a única coisa contra a qual ele tem antagonismo. Deus não resiste a um homem porque ele é pobre. Ele ama especialmente os pobres. Deus não resiste a um homem porque ele é ignorante. Ele se importa com eles. Deus não resiste a uma pessoa porque ela é aleijada. Ele fez o cego, o surdo e o aleijado. Deus não resiste a um homem porque ele está doente. Deus não resiste a uma pessoa porque ela é desprezada pelo mundo.
Deus é antagônico apenas ao pecado. E Habacuque acertou, quando disse: “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal e a opressão não podes contemplar.” Em Jeremias 44:4, Deus chamou o profeta Jeremias com lágrimas e um coração quebrantado: “Não façais esta coisa abominável que aborreço.” Deus odeia o pecado. Porque o pecado separa o homem de Deus, o pecado quebra exatamente aquilo para o qual Deus fez o homem, a comunhão. Assim, o pecado é contaminação, rebelião, ingratidão, incurável e é odiado por Deus.
Um sexto, pecado é trabalho duro. O pecado é trabalho duro. Tudo o que ele causa é dor e, no entanto, me impressiona como as pessoas estão ocupadas fazendo isso. Tudo o que ele faz é trazer-lhes dor, morte e inferno, mas elas trabalham nele. Jeremias 9:5 diz: "cansam-se de praticar a iniquidade." "Cansam-se de praticar a iniquidade." É incrível.
No capítulo 19, de Gênesis, lemos a história de Sodoma e Gomorra, uma cidade cheia daqueles que eram homossexuais. Dois anjos visitaram Ló. Os homens da cidade viram aqueles dois anjos, e eles queimaram por dentro com lascívia por aqueles dois anjos, e eles estavam em corpos masculinos. E eles queriam atacar os anjos. Os anjos vieram para se hospedar na casa de Ló.
Ló achava que poderia resolver o problema enviando suas filhas, porque os homens estavam batendo na porta e cercando a casa. E assim ele pensou que poderia salvar os anjos, desistindo de suas filhas. Ele certamente preferiria, em seu próprio pensamento, desistir de alguns seres humanos do que sacrificar os santos anjos de Deus. Ele não estava pronto para a consequência daquilo.
E os anjos disseram: "Não faça isso, Ló.” E os anjos saíram e atingiram a multidão toda com cegueira. E então você sabe o que a Bíblia diz? Quando ficaram cegos, se cansaram de procurar a porta. Isso é incrível? Você pensaria que depois de ficarem cegos, eles iriam para casa, e se preocupariam com a cegueira deles, se conseguissem encontrar o caminho de casa. Mas, em vez disso, eles estavam tão dominados pela lascívia da homossexualidade que, em sua cegueira, não tinham nada em que pensar, a não ser quebrar a porta para atacar esses dois seres. É assim que as pessoas trabalham duro em seu mal.
No Salmo 7:14, a Bíblia diz: “Eis que o ímpio está com dores de iniquidade.” E "dores" é a palavra usada para dores de parto, o tipo mais severo de dor humana que lhes era conhecido naqueles dias. Eles literalmente passam pelas dores de parto, sem anestesia nem nada, a dor humana mais severa. Eles passavam por isso para fazer o mal. E provavelmente tinha referência, que o salmo faz, ao inimigo de Davi, Cuxe, que estava perseguindo Davi, e literalmente estava com dor, mas não parava com seu ato maligno.
Em Provérbios, capítulo 4, versículo 16: “pois não dormem, se não fizerem mal.” Eles nem sequer vão para a cama a menos que tenham feito o mal deles. Eles ficam acordados, maquinando o seu mal. Isaías fala sobre isso, no capítulo 5. Jeremias fala sobre isso. Isaías novamente fala sobre isso, no capítulo 44, como eles trabalham arduamente fazendo o mal.
Isaías diz: "Ela se cansou de mentir." Ou melhor, é Ezequiel, Ezequiel 24. "Ela se cansou de mentir." Sabe, é incrível, mas as pessoas vão para o inferno suando. Realmente vão. Elas trabalham duro para serem pecadoras.
Como é o pecado? Assim, o pecado é contaminação, rebelião, ingratidão, incurável e odiado por Deus. É por isso que a Bíblia diz que quando você vem a Jesus Cristo, você descansa. “Vinde a mim, todos que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos” - O quê? - "aliviarei." Descanso de quê? Por um lado, do trabalho que o pecado é. Que coisa miserável. O mal do pecado é miserável, tão miserável, que milhões de pessoas são condenadas pelo seu poder. Tão miserável que precisou da morte do próprio Deus, em Cristo, para removê-lo da vida do homem.
Terceira questão. Não apenas o que é pecado e como é o pecado, mas quantas pessoas o pecado afeta? As pessoas sempre perguntam: quantas pessoas o pecado afeta? A resposta é muito simples. A resposta está por toda a Bíblia. Mas deixe-me apenas dar-lhe um versículo que ajudará, Romanos 5:12. "Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram." “Todos pecaram.” Romanos 3:23 diz: “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus." Romanos, capítulo 3, versículo 19 diz: “para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus.”
Agora, o pecado entrou no mundo através de um homem. Os gentios não entendem isso muito bem, mas a mente judaica sim. A mente judaica entende isso porque o povo judeu se vê não como um indivíduo, mas sempre como parte de uma tribo, ou uma família, ou uma nação, e à parte dessa identidade eles não têm existência individual.
Por exemplo, em Josué 7, quando Acã pecou, ele pecou, você sabe o que aconteceu? Toda a sua família morreu e toda a nação de Israel falhou na sua batalha seguinte. Em outras palavras, ele estava agindo, em certo sentido, por uma família e até por uma nação.
Em Hebreus, capítulo 7, e nos versículos 9 e 10, diz que Levi pagou dízimos a Melquisedeque na pessoa de Abraão. Levi não estava nem vivo nem perto de estar vivo na época em que Abraão deu o dízimo a Melquisedeque, mas os judeus sempre se veem ligados a seus ancestrais. E assim é como Paulo escreve neste argumento, ele está dizendo que, quando Adão pecou, todo mundo ligado à semente de Adão, que já saiu da vida humana, se tornou pecador.
Então o pecado de Adão é nosso pecado por propagação. Jó 14:4, então, diz: “Quem da imundícia poderá tirar coisa pura?”
Ninguém! Você começa com um pai maligno e uma mãe malvada, você vai ter um filho malvado. É muito simples. E vai continuar assim.
O Salmo 58:3 diz: “Desviam-se os ímpios desde a sua concepção.” É assim que eles nascem. Salmo 51:5, eu citei anteriormente: "em pecado me concebeu minha mãe.”
E assim, não apenas a culpa do pecado de Adão é imputada a nós, mas a depravação e a corrupção de sua natureza são transmitidas a nós. O veneno vai da fonte ao poço para as pessoas que bebem. Agora é isso que os teólogos chamam pecado original. Você não vem a este mundo de outra maneira, senão como pecador.
Agora, costumava haver uma grande discussão sobre isso, e houve um teólogo que disse: “Não. Você vem ao mundo com uma situação neutra e pode escolher ser um pecador ou não,” disse Pelágio. E Agostinho tinha uma resposta para ele. Ele disse: “Encontre-me alguém que não escolheu o pecado e eu posso acreditar nisso.” Ele nunca encontrou alguém, nunca.
Você vem a este mundo como um pecador. Nós todos pecamos em Adão. Todos nós carecemos da glória de Deus. Nós todos nascemos em corrupção. Somos todos descendentes de Adão. E como descendência de Adão, nós carregamos a corrupção que ele carregou. É por isso que Paulo diz, em Romanos 7:25, não importa o que eu queira fazer, por mais forte que seja a minha vontade, “com a minha carne eu sirvo o princípio do pecado.” Porque é da minha natureza. Está entrelaçado na urdidura e na trama da minha vida, minha existência.
O pecado de Adão - gosto de pensar assim - apega-se a todos os homens, assim como a lepra de Naamã se apegou a Geazi. Volte e leia 2Reis, capítulo 5, e veja como a lepra de Naamã se apegou a Geazi. E assim a lepra de Adão se apega a todos aqueles que se seguiram a Adão. Ninguém ficou de fora, ninguém. E se as raízes são tão profundas, amados, então isso é um problema real.
Sabe, mesmo quando você se torna um cristão, as raízes do pecado ainda ficam lá. Você sabia disso? Ainda estão lá. E ainda lutamos, não é mesmo? Paulo diz, em Romanos 7: “As coisas que eu quero fazer, eu não faço, as coisas que não quero fazer, eu faço. Eu encontro esta lei guerreando em meus membros, o pecado contra a justiça.” Encontramos em Hebreus, capítulo 12, que ele nos chama e diz: “Corra com paciência a carreira que está diante de você, ponha de lado todo peso e o pecado que” - O quê? - "facilmente nos assedia.”
Por que é tão fácil para o pecado nos assediar? Porque ele está no profundo de nossa natureza. Somos pecadores. Disso ninguém escapa. É isso que é pecado. É assim que o pecado é. E assim é quem é afetado por ele.
Uma quarta questão. Qual é o resultado do pecado? Qual é o resultado do pecado, o resultado real? O que ele traz para nossa vida? Primeiro, o pecado faz com que o mal nos derrube. O pecado faz com que o mal nos derrube. Esse é o seu efeito. Só para começar bem no início: “o coração do homem é enganoso acima de todas as coisas e desesperadamente” - o quê? - "corrupto.” Jeremias 17:9. O pecado domina a mente. Ele domina a mente. É isso o que Jeremias está dizendo. O pecado domina a mente.
Efésios 4:17 diz que “como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos, obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração, os quais, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza.” Em outras palavras, eles são dominados em suas mentes. Toda a sua mente é dominada pelo mal. É por isso que o texto diz: “O homem natural não compreende as coisas de Deus: para ele são loucura, porque são discernidas espiritualmente.” E ele está espiritualmente morto, 1Coríntios 2:14. O mal domina a mente.
Em segundo lugar, o mal domina a vontade. Jeremias 44. Eu li para você antes. Nós certamente faremos aquilo que está em nosso coração, nós “faremos o que sair de nossa boca.” O pecado domina não apenas como pensamos, mas domina o que desencadeia o que fazemos.
O pecado domina até mesmo nossas afeições. Ah, sim, domina. O pecado domina as coisas que amamos. E é por isso que João disse, em 1João 2:15: “Não ame o mundo nem as coisas que estão no mundo.” Porque é tão fácil para nós sermos dominados pelo pecado. E a Bíblia diz, em João 3:19: “que a luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.”
Então o pecado domina as afeições. O pecado domina a vontade. O pecado domina a mente. E, finalmente, se sua mente, sua vontade e suas afeições forem dominadas pelo mal, seu comportamento será maligno. Esse é o pecado original. É como a árvore em Daniel, capítulo 4, versículo 23. Embora os galhos tenham sido cortados e o tronco principal tenha sido cortado, o toco e a raiz permanecem. E mesmo que você tenha se tornado um cristão, e muito disso foi destruído, o toco ainda está lá até que Jesus venha. E, de acordo com João 15, acho que o Pai está ocupado cortando os ramos que continuam surgindo em nossa vida, como cristãos.
O cristão deve perceber, assim como o não cristão, que o pecado é tão profundo em nossa natureza que é como um leão adormecido, e a menor coisa despertará sua raiva. Nossa natureza pecaminosa arde como um fogo flamejante pronto para ser aceso, e o menor vento de tentação o incendeia. E assim, se você é um incrédulo, você precisa correr para Jesus Cristo para tê-la coberta. E se você é um cristão, você precisa ter certeza de que não faz nada para induzi-la a acordar do seu sono. Portanto, o primeiro resultado do pecado é que ele nos domina. E é um poder que só pode ser quebrado por Cristo.
Segundo. O segundo resultado do pecado em nossa vida é que ele nos coloca sob o controle de Satanás. Quem quer ser dominado por Satanás? Quem escolheria ser dominado por esse ser maligno? E, no entanto, a Bíblia diz, em Efésios 2:2, que aqueles que não conhecem a Jesus Cristo, “andam de acordo com o príncipe das potestades do ar, o espírito que agora atua nos filhos da desobediência.” Você não conhece a Jesus Cristo, Satanás está trabalhando em sua vida.
Jesus disse àquelas pessoas religiosas reunidas em volta dele, em João 8: “Vocês são do seu pai, o diabo.” Em 1João 5:19, ele diz: “O mundo inteiro jaz no maligno.” Em Romanos 6:16, ele diz, com efeito, vocês são servos do pecado e de Satanás.
E então, qual é o efeito do pecado em nossa vida? O que ele faz para nós? Em primeiro lugar, nos domina, de modo que nosso pensamento, nossos sentimentos, nossa vontade e nosso comportamento são dominados por ele. Em segundo lugar, nos coloca sob o domínio do malvado adversário, Satanás. Não há liberdade. Há apenas escravidão. Não há liberdade. Há apenas escravidão. Só Satanás faz você pensar que você é livre.
Quando alguém vem a Jesus Cristo, Jesus diz: “Se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” Por que ele diz isso? Porque Satanás vende uma liberdade falsa. Quantos movimentos você pode pensar hoje que são chamados de "movimentos de libertação?" O homem é livre? Ele foi libertado? Não em sua vida. Ele está em cativeiro no pecado.
É somente o Senhor Jesus Cristo quem pode nos libertar. É por isso que Atos 26, versículo 18, diz - Paulo foi chamado para pregar a Cristo e "abrir os olhos" - esses são os gentios - "e transformá-los das trevas para a luz, do poder de Satanás para Deus, para que recebam perdão do pecado e herança.” Em outras palavras, a pregação do evangelho abre os olhos, desvia as pessoas das trevas, liberta-as do poder de Satanás para Deus. O pecado domina e nos coloca sob o poder de Satanás.
Terceiro resultado do pecado, nos torna objetos da ira de Deus. Efésios 2:3, como citei anteriormente, somos objetos da ira de Deus. Ele nos chama de "filhos da ira.” Alvos para as armas de julgamento de Deus. Isso é sério. Salmo 90, versículo 11, o salmista disse: "E quem conhece o poder da ira de Deus?" Quem pode medi-la? Quem a conhece? A ira de Deus é infinita. E a propósito, não é apenas uma paixão. A ira de Deus é um ato de sua vontade pura e santa contra o pecado que contaminou o seu universo.
Você tem de se perguntar, quando lê a Bíblia, e lê sobre a ira de Deus, como os pecadores podem ir adiante cegamente em seus pecados. Em Gálatas 3:10 diz: "Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las.” E então diz, no versículo seguinte: “O justo viverá pela fé.” E se você não vem a Deus pela fé, você será amaldiçoado.
Jesus é o objeto do nosso amor, e Deus diz, em 1Coríntios 16: "Se alguém não ama o Senhor, seja anátema.” Deus é muito sério. O pecado nos domina, nos controla, nos torna objetos da ira de Deus. Eu não sei como um pecador pode comer, beber e ser feliz quando ele sabe que isso é um fato. É como o banquete de Dâmocles, que enquanto ele estava sentado, comendo com uma espada pendurada sobre a cabeça por um pequeno fio, ainda tinha estômago para comer. Assim, a espada da ira de Deus está sobre a cabeça do pecador, e ele continua comendo, bebendo e se divertindo.
Ouça, só Cristo pode nos salvar dessa ira. O texto de 1Tessalonicenses 1 nos diz: “nós esperamos pelo seu Filho, que nos livra da ira futura.” Você não está feliz que você é um cristão? Você foi liberto da ira vindoura.
O pecado faz com que o mal nos capacite. O pecado faz com que Satanás nos controle. O pecado nos faz ser objetos da ira de Deus. E um quarto, o pecado nos sujeita às misérias da vida. Você sabe, simplesmente siga o caminho do pecado, e você simplesmente passará de uma miséria a outra. Jó 5:7: "Mas o homem nasce para o enfado.”
Romanos 8:20, Paulo diz que “a criação está sujeita à vaidade.” Em outras palavras, a inutilidade, o vazio, algo faltando, um coração que nunca está satisfeito e uma sede que nunca é saciada, uma fome que nunca é satisfeita.
E com Salomão, o homem diz: “Vaidade das vaidades, tudo é vaidade. Eu olhei para tudo e disse que tudo não significa nada.” Salomão tentou tudo, e tudo saiu vazio, em amargura, em tristeza, sem sentido e inutilidade.
O pecado degrada o homem de sua honra. Rúben, por causa do incesto, perdeu sua dignidade, em Gênesis 49. E assim o homem perdeu sua dignidade. O homem foi roubado da paz e "não há paz para os ímpios,” diz a Bíblia. Mas “eles são como o mar agitado quando não pode descansar cujas águas levantam lama e sujeira.”
Judas era tão vil e mau que seguiu o caminho do problema até que, finalmente, em absoluto horror e desespero, com uma consciência que estava gritando tão alto que ele não aguentava ouvir, ele pegou uma corda, amarrou-a no pescoço, pendurou-se em uma árvore - enforcou-se. Sua corda quebrou e seu corpo foi esmagado nas rochas abaixo. Ele estava tentando escapar de sua consciência, e tudo o que ele fez foi acabar no inferno, onde sua consciência era mais alta do que ele já ouvira antes, e será para sempre.
Ouça, esse é o resultado do pecado. Mas há outro resultado. O pecado finalmente condena a alma ao inferno. As pessoas pensam que podem pecar e se safar, mas você não pode. Foi amplamente ilustrado no jornal.
“Uma autópsia revelou que um homem, que morreu na segunda-feira depois de chegar ao Aeroporto Internacional de Los Angeles, tinha meio milhão de dólares em cocaína, embalado em 11 recipientes de borracha em seu estômago. O coronel Thomas Noguchi disse que um ou mais desses recipientes parecem ter vazado, fazendo com que Edsel Madski, 37, morresse de uma overdose da droga. Oficiais do Esquadrão de Narcóticos da Polícia de Los Angeles disseram que essa é uma maneira comum de transportar drogas ilegais. A polícia disse que Madski estava a caminho do Alasca quando desceu do avião no aeroporto e desmaiou. Ele morreu em um hospital próximo.”
O pecado é assim. Você pode pensar que pode conter muito dele em sua vida, mas ele vai vazar e matar você. Ele vai vazar eventualmente, e lhe matar. O pecado finalmente amaldiçoa a alma ao inferno. Tudo o que você precisa fazer é ler Apocalipse, capítulo 20; leia sobre o grande trono branco e como as pessoas são lançadas no lago de fogo. Perceba que 50 milhões de pessoas morrem a cada ano. Você sabia disso? 136.986 morrem a cada dia, 5.707 a cada hora, 95 pessoas morrem a cada minuto. Quer saber de uma coisa? Há sete bilhões e setecentos milhões no mundo, e todos morrerão, mais cedo ou mais tarde. Eles estão sendo substituídos, a propósito, duas vezes e meia a taxa de mortalidade. Então, não só as pessoas estão morrendo, mas mais delas estão nascendo para morrer, o tempo todo. O inferno está escancarado, à espera de suas vítimas.
Henry van Dyke disse: “Lembre-se de que o que você possui neste mundo será encontrado no dia da sua morte e pertencerá a outra pessoa. Mas o que você é será seu para sempre.” O pecado vai condenar uma alma. Não gosto de falar sobre o inferno, mas Jesus falou mais sobre ele do que qualquer um em toda a Bíblia. Spurgeon disse: "Muitas pessoas estão penduradas sobre a boca do inferno por uma prancha solitária e não sabem, mas a prancha está podre." E assim vemos o mal mortal do pecado.
Nós respondemos algumas perguntas sobre o pecado. O que é? Como ele é? Como ele nos afeta? Mas há realmente uma pergunta final, quinta e mais útil. O que vou fazer a respeito dele?” O que vou fazer a respeito dele?” Bem, posso simplesmente dizer isto? “O salário do pecado é a morte; mas o dom gratuito de Deus é” - o quê? - "a vida eterna." Essa é a chave, não é mesmo? “O salário do pecado é a morte; mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna."
Quando Jesus morreu na cruz, ele pagou a penalidade pelo seu pecado, e ele lhe oferece perdão. Em Romanos 4:7, a Bíblia diz: “Bem-aventurados aqueles cujas iniquidades são perdoadas e cujos pecados são cobertos. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputará o pecado.” Feliz é o homem que sabe que tudo é perdoado. Feliz é o homem que sabe que Deus o cobriu com justiça. Feliz é o homem que sabe que Deus nunca vai cobrar isso em sua conta. Feliz é o homem que sabe que a dívida está cancelada. Feliz é o homem que sabe que o preço foi pago. Feliz é o homem que vem a Jesus Cristo e recebe o dom gratuito. Isso é felicidade.
É o que Jesus está tentando dizer no Sermão da Montanha, entende? Ele está tentando dizer: "O pecado é um problema tão grande, que eu quero que você veja a realidade dele, e eu quero que ele traga você até mim e meu sacrifício em seu favor.” Você deve estar pensando: “Bem, eu sou cristão. Eu ouvi essa mensagem.” Sim, mas se há a menor mancha de indiferença, então você perdeu um pouco do sentimento de gratidão que deveria ter em seu coração pelo que Deus fez por você. Espero que, vendo o pecado novamente, você seja grato pelo seu perdão.
O que vou fazer a respeito disso? Você vem a Jesus Cristo. Você deve estar pensando: “Mas, como cristão, sei que os galhos estão cortados e o tronco foi derrubado, mas ainda há a raiz, e os brotos continuam saindo. E como eu lido com o pecado na minha vida?” Bem, nós estudamos muito isso. Nós estudamos muito isso. A resposta é simples e dupla. Reconheça que seu pecado foi perdoado, que foi perdoado. Jesus perdoou todas as suas transgressões, pelo amor de seu nome. Seu pecado foi perdoado.
Em segundo lugar, reconheça que você tem o poder de dizer não. Você tem o poder de dizer não. Colossenses 3:5 diz: “Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena.” Mate-a. Você deve estar pensando: "John, como você diz não ao pecado?" Diga sim a Deus. O pecado lutará contra o que você sabe que é justo, e dependendo do domínio de sua vida pelo Espírito de Deus, você dirá sim a um ou a outro.
Mas, antes de mais nada, o que fazemos sobre o pecado? Essa é a última pergunta. Você vem a Jesus Cristo e ele o perdoa. Então, como um crente, quando o pecado se eleva em nossa vida, e quando as tentações chegam, ficamos com a confiança de que já estamos perdoados. Portanto, não nos envolvemos em alguma viagem emocional de culpa, alguma desconfiança de Deus. E então nos movemos para a força que nos é fornecida no poder do Espírito de Deus.
E a chave para isso, amado - acredite em mim agora - a chave para isso é estar tão saturado com a Palavra de Deus, que ela domine o seu pensamento. Então, quando a tentação vem, você reage com a Palavra de Deus. E esse será o tema quando chegarmos à espada do Espírito em nossos estudos da manhã de domingo.
O que estou tentando dizer a você é que temos de lidar com o pecado de forma dramática. Você sabe como Jesus fechou essa pequena seção, em Mateus 5? Ele fechou dizendo: se for preciso, arranque seu olho fora. Se isso ajudar você a se livrar do pecado, corte sua mão. Faça qualquer coisa - desespero, dramático - para ficar de fora dessa coisa má, porque quão terrível ela é.
Eu quero lhe contar uma história na conclusão. Na história irlandesa, existe um grande distintivo de baronagem, chamado de Mão Vermelha de O'Neill. Na Irlanda, em sua história inicial, havia territórios de terra que eram dados a certos barões, e eles governavam esses territórios. Um desses barões chamava-se Mão Vermelha de O'Neill. É o lema da linhagem antiga dos O'Neills. Veja como isso aconteceu.
Um grupo de pessoas estava em uma expedição indo para a Irlanda, e eles estavam chegando em barcos. Eles estavam chegando a uma costa que não havia sido reivindicada por ninguém. E o capitão, que era um homem muito ousado e aventureiro, deu um grito a todos que aparecessem, cada família aparentemente tendo seu próprio barco, para que quem primeiro colocasse a mão na terra seria o único a possuí-la, e se tornaria o barão dessa terra.
Um dos homens era O'Neill, de quem descendiam não apenas o clã O'Neill, mas os príncipes de Ulster. E O'Neill estava determinado que ele iria conseguir aquela terra. E tão freneticamente, ele remou, e remou, e remou. Mas havia outro que era mais rápido do que ele e estava ganhando, e finalmente estava ao lado dele, e finalmente ganhou dele, e passou por ele. E quando o barco rival assumiu a liderança, ele ficou abalado até os pés, e ele queria desesperadamente a terra, e ele não sabia como obtê-la.
E seu biógrafo escreve estas palavras: “Com um olhar sombrio de ira misturado com triunfo àquele barco rival, esse O'Neill, com nervos de aço, largou os remos, pegou um machado, cortou uma de suas mãos que segurava os remos, e a atirou na praia que ele estava determinado a possuir. E agora,” diz o biógrafo,“ a mão ensanguentada é o emblema do baronato em geral. O distintivo dos O'Neills.”
E acrescento que, se um homem pode cortar a mão para obter uma possessão terrena, o que você faria para obter a plenitude de uma bênção divina ao lidar com o pecado? É sério. Os homens fazem esse tipo de coisa para ganhar a terra. O que você faria para lidar com o pecado em sua vida? Vamos orar juntos aqui.
Pai, sabemos que há uma terra gloriosa para nós, uma terra a ser conquistada por Cristo, e temos de sacrificar nossa própria vontade, antes de tudo vir a Jesus Cristo para ganhar aquela terra. Nós temos de desistir, por assim dizer, de nossas mãos, nossos pés, nosso coração, nossa mente, tudo o que somos para Cristo.
Temos de cortar tudo de nós mesmos em um sentido, e dizer: “Cristo, vive através de mim. Eu joguei fora minhas mãos por tuas mãos, meus pés por teus pés, meu coração por teu coração, minha mente por tua mente, minha boca por tua boca, meus olhos por teus olhos, meus ouvidos por teus ouvidos.”
Senhor, ajuda-nos a ver a seriedade do pecado. Se há alguns queridos em nosso meio nesta noite, ó Senhor, que nunca vieram a Jesus Cristo, que eles tenham visto nesta noite a questão do pecado, seu poder, tremenda ameaça, e possam eles chegar ao pé da cruz para receber o presente da salvação que é deles por graça.
Para aqueles de nós que somos cristãos, Senhor, ajuda-nos a saber o que é matar as ações da carne, odiar o pecado como tu o odeia, amar a ti de uma maneira verdadeira, um modo de sacrifício, fazendo o que for preciso para ganhar a plenitude da bênção que tu tens para nós, tomar posse do tesouro que está aos nossos pés.
Ó Deus, ajuda-nos a lidar com o pecado em nossa vida. Primeiro, vindo a Cristo, o único que pode lavar o pecado, e então, como cristãos, confessar constantemente, nos arrependermos, e procurar viver uma vida pura para que possamos conhecer a plenitude da tua graça. Em nome de Cristo, amém.
FIM

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