
Com suas Bíblias nesta manhã, quero que você observem Mateus 5.43-48 - Mateus 5.43-48. O Antigo Testamento diz que o homem planeja o seu caminho, mas o Senhor dirige seus passos. Descobrimos que isso é verdade mesmo na pregação. Nós pregamos muitas mensagens sobre o amor, porque é um tema tão recorrente na Bíblia. Eu tenho pregado sobre o tema do amor de novo e de novo e de novo. Quando cheguei a esta passagem, eu disse: “Senhor, essas pessoas queridas me ouviram falar sobre o amor tantas vezes, acho que vou pegar todos esses versículos, 43-48, e transformá-los em uma mensagem, porque eu não quero dizer o que eles ouviram antes.” E essa era a minha intenção, mas o Senhor apenas me deixou de fora, e esta é a terceira semana na mesma passagem. E você sabe, na pregação, você pode planejar tudo que você quiser, mas você tem a sensação de que o Espírito de Deus está levando você a lugares que nunca esperou ir, e isso é parte da aventura do púlpito. E assim, quando chegamos nesta manhã à mesma passagem pela terceira vez, sinto em meu próprio coração que isso não é realmente o que eu quero dizer para você, mas acho que é o que o Senhor precisa dizer. Às vezes penso que o Senhor coloca as coisas no mesmo tema pois alguém não esteve aqui da última vez e agora veio, e Deus sabe que isso é para ele.
A única coisa que temo é que, às vezes, quando ouvimos os mesmos pensamentos, mesmas palavras ou ideias semelhantes, achamos que as conhecemos, e não ouviremos mais nada. Algumas das maiores lições que vamos aprender são as que ouvimos várias vezes, e finalmente entendemos; assim também o Espírito de Deus preenche as lacunas sobre o amor, reforça o que você já sabe e diz de uma maneira nova, para que haja um nível de comprometimento diferente do que jamais existiu no passado. Todos nós temos amigos e acho que todos nós temos inimigos. Todos nós temos pessoas que amam estar conosco e pessoas que amam nos atacar. O teste do nosso caráter cristão não é como tratamos nossos amigos, é como tratamos nossos inimigos; essa é a verdade. Você pode realmente dizer tudo o que há quando quer saber sobre a verdadeira espiritualidade de um homem, ou seja, o que ele faz quando as pessoas o atacam; o que ele faz quando as pessoas o desprezam, odeiam, perseguem, se opõem, ou criticam, porque então será a revelação da realidade de sua vida. Se ele for uma criatura de amor, feito pela presença interior de Jesus Cristo, ele amará essa pessoa tanto quanto amará seu mais querido amigo, porque será seu caráter amar e terá pouco a ver com o amor da pessoa envolvida.
Isso é essencialmente o que Jesus está dizendo nesta passagem; ele está dizendo: “A tradição de vocês lhes diz,” versículo 43, “ame o seu próximo e odeie seu inimigo.” Isso é o que vocês aprenderam. Vocês aprenderam que há uma justificativa para o ódio. Vocês aprenderam que há um lugar para difamação, animosidade, amargura, vingança e ressentimento. Vocês foram informados de que seu orgulho é justificado e seu preconceito é permitido. Vocês foram informados de que há algumas pessoas que vocês deveriam odiar. Mas, no versículo 44: “Eu, porém, lhes digo: amem os seus inimigos.” Você vê, o que os homens fazem e o que Deus manda, são duas coisas diferentes, e essa é a essência aqui. Você vê, as pessoas a quem Jesus falou pensaram que eram boas o suficiente. Ele diz: "Vocês não são nada bons. O tipo de amor de vocês não é adequado. O tipo de amor de vocês é muito restrito; escolhe seus objetos. O amor dos que estão no meu Reino é indiscriminado; ama amigos e inimigos da mesma forma” - da mesma maneira.
Em Lucas, capítulo 23, versículo 34, vemos uma bela ilustração disso. Os romanos fizeram um ato repulsivo. Eles tomaram o amável Filho de Deus - cravaram pregos em suas mãos, cravaram pregos em seus pés, prendendo-o a uma cruz de madeira. Eles levantaram a cruz e a encaixaram em sua base, e quando a fixaram, os solavancos rasgaram e despedaçaram a sua carne. Eles cuspiram nele e zombaram dele. Os judeus fizeram um ato repulsivo; eles o acusaram de ser um blasfemo. Eles gritaram por seu sangue. Também zombaram dele, jogando coisas em sua face. Ele está pendurado na cruz; a seus pés uma turba cruel, frenética, odiosa, que despreza e está sedenta por sangue, resultado de anos de amargura e ódio contra alguém que é apenas um agente do amor.
E como ele reage a isso e qual a sua atitude para com eles? Lucas 23.34 diz que Jesus disse: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.” E repartiram suas vestes e lançaram sortes. No meio de sua magnânima oração de perdão, eles ainda estavam ocupados, apostando em seu manto. Mas o ponto que eu quero que você veja é que Jesus pôde amá-los tanto ao ponto de suplicar ao Pai em favor do perdão deles. Isso não é um amor humano; isso não é verdade na humanidade. Você diz: “Bem, Jesus era Deus. Você sabe, não podemos fazer isso. Isso está além de nós. Não podemos amar os inimigos nesse grau.” Acho que podemos.
Há outra ilustração bíblica, no sétimo capítulo do livro de Atos. Havia um homem chamado Estêvão, cheio de fé e do Espírito Santo, um homem que foi contado entre os primeiros escolhidos na igreja em Jerusalém como um homem piedoso para ser colocado sobre algum ministério importante. Estêvão foi o melhor dos melhores na igreja primitiva; Estêvão era um homem que conhecia a Deus e que conhecia o Antigo Testamento e a Nova Aliança, mesmo em Jesus Cristo. Estêvão levantou-se, no sétimo capítulo de Atos, e pregou uma mensagem poderosa e convincente, não diferente da mensagem de Pedro, no dia de Pentecostes, e expôs a pecaminosidade de Israel.
E quando ele terminou, as pessoas estavam tão frenéticas, e tão exaustas, tão abaladas, diz Lucas enquanto ele escreve, que literalmente gritavam com suas vozes e batiam as mãos nos ouvidos para não ouvirem qualquer coisa deste homem. E eles o pegaram e o atiraram em um precipício, e começaram a ferir seu corpo com pedras. A Bíblia diz, que no meio disto, ele se ajoelhou - apenas imagine isso. O método judaico de apedrejamento era encontrar uma queda de três metros, derrubar o homem, e então o primeiro acusador pegaria a maior pedra e tentaria lhe esmagar a cabeça. O segundo acusador seguiria, e finalmente a multidão o apedrejaria até que eles tirassem a vida de seu corpo. Estêvão estava caído, recebendo as pedras, e ele conseguiu se colocar em posição ajoelhada - para fazer o quê? Para fazer uma oração. Qual foi a sua oração? Simplesmente esta: “Senhor, não ponha este pecado sob a responsabilidade deles.” Senhor, seja misericordioso, não os faça pagar por isso; seja gentil com eles. Isso é amar seus inimigos.
Já li várias vezes a história de George Wishart, que foi um mártir nos primeiros anos por sua fé em Cristo. Ele deveria morrer, porque amava a Jesus e não o negava, e assim ele foi levado para o lugar da execução. O carrasco preparou-se para tirar sua vida, mas ele sabia de sua vida e testemunho, e ele estava tão sobrecarregado com a culpa de seu papel como executor, que hesitou em relutância em tirar sua vida. E o biógrafo diz no ponto em que ele hesitou, Wishart olhou para cima e viu a hesitação, e então ele se levantou, colocou os braços ao redor dele, abraçou seu carrasco, deu um beijo em sua bochecha e disse a ele: que isso seja um sinal de que eu o perdoo.” Isso é amar seus inimigos.
E é disso que Jesus está falando. O caráter do Reino não odeia, não odeia nem mesmo os inimigos, esse é o caráter do Reino. Não o tipo de caráter que manifesta a piedade, não o tipo que manifesta a virtude de uma vida transformada. Essa é a mensagem aqui. Você vê, os judeus sentiram que eles já estavam bem, mas o Senhor mostra-lhes que eles não estão, como provado pelo fato de que mesmo o seu amor é um tipo de coisa inepto, inadequado e restrito. Então Jesus apresenta-lhes a verdade sobre o amor. Nos versículos 44-48, temos o ensinamento de Jesus em resposta à tradição dos judeus. A tradição dos judeus: ame a seu próximo e odeie seu inimigo. O ensinamento de Jesus: muito diferente.
Enquanto passamos por esta passagem nesta manhã, há cinco pontos que quero que você veja enquanto caminhamos; cinco verdades sequenciais, conectadas, ascendentes, que nos levam a uma conclusão maravilhosa. Eu oro para que Deus realmente mostre a você como isso se aplica em seu coração. Agora, tenha duas coisas em mente. Jesus está falando aqui que há um duplo propósito. Primeiro: digamos que uma pessoa não é cristã e está ouvindo isso. Qual é a reação dela? A reação dela é saber que está aquém do padrão de Deus. A reação é saber que não ama assim, ela não pode amar assim. Portanto, é pecaminosa, porque isso é necessário, se você não ama assim, você é um pecador, e se você é um pecador, precisa de um Salvador. Então a mensagem que Jesus está dando para as pessoas ali, para os judeus, para a grande multidão, é que isso deve provar a você, de uma vez por todas, que você não alcança, e que você precisa de um Salvador. E então, é claro, ele é aquele que se oferece como o Salvador.
Mas havia outro grupo na encosta da colina quando Ele pregou isso, eram seus discípulos. Eles já criam nele; já haviam entregue a vida a ele. Mas, às vezes, mesmo para aqueles de nós que foram perdoados por nossa falta de amor, aqueles de nós que receberam o poder de amar, falham em amar, e assim para nós, isso se torna uma exortação, não é mesmo? Viver até o que é agora potencialmente uma realidade. Primeiro, ele está dizendo: “Você é um pecador se não ama assim, precisa ser perdoado.” Então, ele diz: “Se você foi perdoado e recebeu a capacidade de amar assim, você deve responder a isso em obediência.” Portanto, é uma mensagem para todos, a multidão e os discípulos. Para você que conhece a Cristo, uma exortação a um amor maior; para quem não o conhece, a percepção de que é um pecador e que está aquém, e precisa de um Salvador.
Vamos ver o primeiro dos cinco pontos. Jesus diz simplesmente no versículo 44: “Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos.” Agora, amado, isso foi apenas uma declaração devastadora na sociedade em que Jesus viveu, porque havia tanto ódio. O maravilhoso comentarista William Hendrickson escreve: “Ao redor de Jesus havia muros e cercas. Ele veio com o propósito de romper essas barreiras, para que o amor - o amor puro, caloroso, divino e infinito - pudesse fluir diretamente do coração de Deus - daí de seu próprio coração maravilhoso, para o coração dos homens. Seu amor superou todos os limites de raça, nacionalidade, partido, idade e sexo. Quando ele disse: ‘Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos,’ ele deve ter assustado o seu público, pois estava dizendo algo que provavelmente nunca havia sido de forma tão sucinta, positiva e com tanta força.”
Jesus estava dizendo algo que eles simplesmente não faziam. Ame seus inimigos, você está brincando? Eu li sobre uma tribo nativa na Polinésia que tinha em volta de suas cabanas artigos especiais, pendurados ao redor do telhado da cabana. Um visitante disse: “O que são eles?” Eles disseram: “Eles são lembretes.” “Lembretes de quê?” “Lembretes de ferimentos. Quando alguém nos fere, ou alguém faz algo contra nós, nós penduramos um sinal desse ferimento lá, para que nos lembremos de cada vez que fomos injustiçados, e nenhum é removido até que a vingança total seja alcançada.” Esse é o jeito humano, não o jeito de Deus.
É assim que os fariseus viviam; em torno de sua cabana legalista penduravam todos os artigos ou símbolos de sua vingança. Eles eram orgulhosos e preconceituosos; homens julgadores, odiosos, disfarçados de religiosos. E Jesus devasta isso. Ele apenas diz em uma declaração: "Ame seus inimigos,” o que é contraditório a todo o seu estilo de vida. Eles odiavam. Eles odiavam a turba, odiavam os publicanos, que eram os coletores de impostos que tinham se vendido para Roma. Eles odiavam os gentios. Eles literalmente os desprezavam. E Jesus lhes dá uma ordem simples que desnuda todo aquele ódio. "Ame seus inimigos,” diz ele. Quem ele tem em mente? Todo mundo. Nós conversamos da última vez sobre o "próximo" abrangendo o "inimigo,” não é? Próximo é uma palavra grande o suficiente para abranger um inimigo. Jesus disse: “Ame o seu próximo como a si mesmo.” Um inimigo se encaixa nisso. O próximo é alguém com necessidade, não é?
Lembra que examinamos Lucas 10, e falamos sobre o bom samaritano? Que na história do bom samaritano, dissemos que o bom samaritano veio e viu esse homem que era judeu, e samaritanos e judeus não tinham nenhum relacionamento - havia um tremendo ódio entre os dois. E ainda assim ele foi até lá, e viu aquele homem, e disse: "Aquele homem é meu próximo,” E ele atou-lhe as feridas, cuidou dele, o envolveu, o colocou sobre o seu animal, o levou para o hotel, pagou a conta, e fez a coisa toda. Ele fez um sacrifício, não? Um sacrifício de tempo, um sacrifício de energia, um sacrifício de dinheiro, um sacrifício do preconceito, um sacrifício de todos os fatores de sua vida, para parar e fazer tudo isso, porque o homem estava com uma necessidade. E nós dissemos que é assim; seu próximo é alguém em seu caminho com uma necessidade.
Mas, em Lucas 10, o bom samaritano, Jesus realmente está fazendo um ponto oposto também, porque o homem da Lei disse: “Quem é meu próximo?” Quero dizer, eu vou pelo mundo, e eu quero escolher meus próximos e fazer o que deveria. Mas quando Jesus chegou ao fim da história, disse: “Quem era o próximo desse homem? Ou qual dos três que desceram a estrada mostrou-se seu próximo?” Agora, o que ele estava dizendo? Primeiro houve um sacerdote, e ele o ignorou. Depois um levita, e basicamente eles eram os ajudantes dos sacerdotes, então eles se encaixavam na comunidade religiosa, e ele não ajudou. E então um samaritano, o estrangeiro, o ajudou. E ele disse ao homem da lei: “Qual desses provou ser o próximo do homem ferido?”
Em outras palavras, Jesus virou o jogo. Em vez de passar a vida tentando descobrir quem é o seu próximo, ele diz: “Você é o próximo? Porque se você for o próximo, qualquer um que atravessar seu caminho terá o seu amor ao próximo.” Funciona assim: em nossa sociedade, humanamente falando, nós basicamente somos orientados em como amar, não somos? Você entende, as pessoas são amadas com base no tipo de quem elas são, se são atraentes? Por exemplo, quando vocês estão à procura de alguma garota para casar, você sabe, as meninas vêm através de seu caminho, e respondem: “Não, obrigada, continue procurando, não sou eu ainda.” E então, de repente, boom, sabe? Lá está ela, e você meio que, opa, se aproxima dela. E tem algo atraente ali, e tem essa coisa emocional que prende você, e você não sente isso por mais ninguém. Para que nosso amor seja especial.
Quando olhamos para uma imagem, olhamos para uma casa ou para o estilo de um carro, há alguns objetos que atraem nosso afeto e outros não. Existem certas personalidades que atraem nosso amor e outras não. Agora, esse é o tipo humano de afeto. E isso é realmente o que homem da lei estava dizendo. “Agora, enquanto vou pelo mundo, como eu sei a quais objetos devo me ligar?” Jesus está dizendo que essa não é a questão. A questão é, você é o próximo? Se você é o próximo, e seu coração está cheio de amor, qualquer objeto que passe em seu caminho receberá esse amor. Isso é o que ele está dizendo. Jesus diz: "Não tente descobrir quem é seu próximo. Você é o próximo de todos, e então não terá um problema.” Jesus está dando amor para um inimigo, e isso é uma coisa simples. Eu não sei mais o que dizer, além de simplesmente dizer que significa amar a todos da mesma forma, seja um amigo ou um inimigo.
Você diz: "O que você quer dizer com amor, John?" Eu não quero dizer afeição. Nós conversamos sobre isso da última vez. Deus não espera que você os ame philia, como um amigo. Ele não espera que você os ame storgē, como você ama alguém de sua própria família. Ele não espera que você os ame eros, amor do afeto e desejo. Mas o que ele diz é amá-los agapaō, que é um amor que busca o bem maior e procura servir às necessidades deles. Quando Jesus disse, em João 13: “Amem-se uns aos outros como eu os amei,” acabara de lavar os pés dos discípulos. Naquele momento, ele não estava dizendo: "Entenda, esses discípulos são tão maravilhosos, são simplesmente irresistíveis.”
Não, eles eram rabugentos, desagradáveis, discutindo sobre quem seria o maior no reino. Eles estavam agindo de forma pecaminosa, eram interesseiros e egocêntricos, e não podiam sequer ser atenciosos o suficiente para considerar a ida de Cristo à cruz e confortá-lo. Eles estavam agindo tão inconsequentes quanto sempre agiram no Novo Testamento, e ainda assim ele disse: “Amem uns aos outros como eu os amei.” O que Jesus fez? Ele lavou os pés sujos. E é isso que ele está dizendo. O amor é um ato de serviço para quem precisa, não necessariamente uma emoção. Você notará que ele diz: "Ame seus inimigos.” E, então, o texto também na King James diz: "Abençoe os que te amaldiçoarem, faça o bem aos que te odeiam.”
Agora, isso não está no texto crítico ou texto manuscrito. Foi demonstrado em Lucas 6. O Senhor disse isso, Mateus simplesmente não o incluiu, e algum escriba o trouxe. Mas é verdade mesmo. Se você amar seu inimigo quando ele o amaldiçoar, você o abençoará, e quando ele o odiar, você fará bem a ele. Esse é o resultado prático disso. Percebe, não é tanto o sentimento - veja - não é tanto o sentimento, como quando seu inimigo é seu inimigo, você diz coisas que o abençoam, e você faz bem a ele. É o que você diz e o que você faz que Deus está procurando, não como você se sente. Você pode ter um inimigo, e em seu coração você sabe que não há grande afeição humana. Você sabe que nunca haverá uma grande amizade. Você sabe que nunca vai abraçá-lo como uma pessoa da sua família, mas, com sua boca, o abençoará no que disser, e com sua vida, o abençoará no que fizer. Então, descobrimos que o amor de que estamos falando é o amor da ação, não o amor da emoção.
Veja comigo por um momento 1Coríntios, capítulo 13. O que o texto está dizendo, a não ser talvez a maior definição já dada de amor? Eu quero que você observe os versículos 4-7, brevemente. Poderíamos gastar muito tempo com isso, e com razão deveríamos, no passado, mas, neste momento, apenas um breve olhar. Mas tenha em mente uma grande e importante verdade: existem 15 características de amor dadas aqui. Todos elas aparecem em uma forma verbal. Elas não são apresentadas como substantivos, elas são apresentadas como verbos. Por quê? Porque o amor está fazendo, o amor é uma ação; o amor nunca pode ser definido estaticamente. O amor nunca pode ser definido como um platô. O amor é sempre uma atividade, sempre uma ação.
E, a propósito, alguém chamou esse texto de “As bem-aventuranças definidas para a música” ou “Uma interpretação lírica do Sermão da Montanha,” assim outros têm visto o paralelo. Mas Paulo, ao descrever o amor, usa verbos, porque o amor só é descrito em termos do que se faz; isso é tudo. E eu suponho que a razão pela qual você nem sempre acredita quando dizem que amam você, é porque dizem isso, mas parece que nunca fazem nada. E você tem todo o direito de questionar esse tipo de amor, porque o amor faz as coisas. Por exemplo, versículo 4: “O amor é paciente.” literalmente significa bem temperado, e na maioria das vezes, a palavra é usada na paciência com as pessoas. "O amor é paciente, o amor é bondoso." Significa literalmente, no grego, útil. Em outras palavras, o amor se prepara para fazer atos de bondade que ajudam as pessoas em seu tempo de necessidade.
"O amor não é invejoso." Ou seja, não tem um espírito competitivo, não é ciumento. Ele se regozija com o sucesso do outro. E ainda: "O amor não é arrogante." Não é orgulhoso, não se vangloria, significa que não é prepotente, e acho que a palavra grega lá tem principalmente a ver com a vaidade, pretexto para aparecer, para se mostrar; é a voz da vaidade. "O amor não se ensoberbece,” e acho que está falando mais sobre o interior, o íntimo, vaidade, egocentrismo. Veja, o amor não é egoísta. É paciente com as pessoas, é gentil e não tem espírito competitivo, nenhum ciúme, nunca tem inveja da posição ou situação de alguém, e simplesmente pode se regozijar com o sucesso de outra pessoa.
"O amor não se comporta de forma rude ou inconveniente,” diz o texto. Esse é um pensamento tão belo, no início do versículo 5. “O amor é sempre atencioso,” sempre preocupado com outra pessoa, sempre terno ao lidar com pessoas, até com pessoas más. O amor nunca insiste em seus direitos. Sabe, hoje você pode até fazer cursos. Entende? Você pode até ir a seminários de uma semana e fazer cursos sobre como fazer valer seus direitos. Não é assim que o amor age. "O amor não procura o seu próprio interesse.” Em outras palavras, é altruísta; só procura as coisas dos outros. "O amor não exaspera,” e isso significa que ele não tem uma súbita explosão de raiva ou fúria. Nunca reage a ferimentos ou perde a paciência. "O amor não pensa no mal,” isto é, sempre imagina o melhor das pessoas. Sempre quer pensar o melhor. Sempre quer dar o benefício da dúvida. Ele sempre perdoa e esquece, e nunca guarda rancor, e nunca é defensivo, nunca está ávido para culpar alguém.
E então diz: “O amor,” no versículo 6, “não se alegra com a injustiça.” O amor nunca tem prazer quando alguém peca, nunca sente prazer quando alguém é castigado. "Alegra-se na verdade." Isto é, o amor é positivo, encorajador, bondoso. E “amor,” então, quatro coisas: “tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” O amor tem todas as coisas. O amor carrega todas as coisas. É uma bela palavra grega; significa cobrir alguma coisa. Ele joga um cobertor nas falhas do outro; apenas as cobre. Ele acredita em todas as coisas - nunca suspeita, sempre acredita no melhor. Espera todas as coisas; mesmo quando sabe que há um fracasso, é otimista o suficiente para acreditar que algo diferente vai acontecer. Vai haver uma mudança. Recusa-se a tomar o fracasso como final. E então, o amor suporta todas as coisas. Não importa o que você faça para amar, o versículo 8 diz: “O amor nunca falha.”
Uau, que grande imagem. Assim como a luz que brilha por um prisma, ela espalha todas as cores do amor. Você ama assim? É o tipo de amor que caracteriza o nosso Senhor Jesus Cristo. É a maneira que Deus ama. Se você não ama assim, precisa de um Salvador. Se você recebeu o perdão por falta de amor, e Cristo vive em seu coração, você tem o perdão, tem o seu amor derramado, como Romanos 5.5 diz, mas você não está deixando esse amor sair, você o está reprimindo, então você precisa de um novo compromisso de amor da maneira que ele diz que você deve amar.
O comentarista Lenksi diz: "Na verdade ele vê todo o ódio e a maldade do inimigo, sente seus golpes, suas punhaladas, pode até ter algo a fazer para repeli-los. Mas tudo isso simplesmente enche o coração amoroso com o único desejo e o objetivo de libertar o seu inimigo do seu ódio, para resgatá-lo de seu pecado, e, assim, para salvar sua alma. O mero afeto é frequentemente cego, mas mesmo então pensa que vê algo atraente para quem o destina. O maior amor pode não ver nada atraente naquele amado. Seu motivo interior é simplesmente conceder a verdadeira bênção ao amado e lhe fazer o bem maior.”
Lenski diz: “Eu não posso amar um criminoso baixo e cruel que me rouba e ameaça minha vida, pelo menos no sentido de gostar dele. E não posso gostar de um sujeito falso, mentiroso e calunioso, que talvez tenha me difamado repetidas vezes. Mas eu posso, pela graça de Jesus Cristo, amar a todos, ver o que está errado com eles, desejar e trabalhar para lhes fazer apenas o bem e, acima de tudo, libertá-los de seus caminhos cruéis.”
E assim devemos amar, não em termos de um sentimento, mas em termos de serviço. Paulo diz isso tão bem em Romanos 12, versículo 20; deixe-me ler para você. “Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça.” Basicamente, penso que isso significa trazer convicção sobre ele, fazê-lo sentir-se mal com seu ódio e seu pecado. "E não se deixe vencer pelo mal." Em outras palavras, quando alguém faz mal a você, não revide, não perca a batalha, mas vença esse mal com sua bondade. Deixe o inimigo vir e jogar tudo o que puder em você. Isso nunca fará você cair em pecado. "Você vai reprimir o mal,” como Crisóstomo disse: "Como uma faísca que cai no mar, uma injúria se extingue quando entra no mar do amor de um crente.” Quando as pessoas lançam suas faíscas de ódio em nós, que eles sejam tão extinguidos quanto a faísca no mar. Agora, Jesus simplesmente diz: "Ame seus inimigos.”
Em segundo lugar, subindo nesta escada ascendente da verdade sobre o amor, ele diz: “Orai pelos que vos perseguem.” No versículo 44: “Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem.” Orando aqui, simplesmente suplicando a Deus em favor deles. “Os que vos maltratam” significa usar você para um propósito negativo ou abusar de você; e certamente, a perseguição é clara. Quando alguém vem e faz mal a você, ou o prejudica, o injuria, e o persegue, o que você deve fazer? Deve ir diante do Senhor em seu favor e interceder por ele. Isso é o que Jesus fez na cruz. É o que o Estêvão fez. Li muitas histórias sobre aqueles que morreram pela fé e, mesmo enquanto estavam sendo consumidos pelas chamas, oravam por aqueles que os perseguiam.
Lembro-me de ler em um tremendo livro, Um sofrimento distante - você deveria ler esse livro se ainda não o leu - eu lhe contei a história de Kefa Sempangi alguns meses atrás, e esse livro está disponível agora. Como eles vieram para tirar sua vida em Uganda, com Idi Amin, e vieram esses homens com as armas apontadas para sua cabeça, e ele começou a confrontá-los com o evangelho, e orar a Deus para mudar suas vidas, e os mesmos homens que vieram para matá-lo dobraram os joelhos a Jesus Cristo.
"Orai pelos que vos perseguem." Você sabe, não há perseguição no mundo e não há ódio no mundo tão severo quanto o ódio em relação às coisas religiosas. Você vê, o homem vive com o pecado, e vive com uma tremenda culpa, a culpa produz medo, e o maior medo que o homem tem é o medo da morte, com o que vai acontecer. Se existe um Deus, e eu pequei, serei castigado? O homem vive com a iminência da punição e, portanto, vive com medo. Assim, o homem inevitavelmente constrói um sistema com o qual ele pode lidar com esse medo. Ele se convence de que ele está bem, de que mantém as regras suficientes para que Deus o deixe entrar no céu, de que ele não é um cara tão ruim assim. Ou, então, ele simplesmente decide que Deus não existe - eu não vou me sentir culpado, não vou ter medo do julgamento, e vou me livrar disso tudo simplesmente dizendo que Deus não existe.
Quando você vai a um indivíduo e diz: "Você é um pecador. Você vai morrer e vai para o inferno, fora de Jesus Cristo. Você precisa ser redimido, precisa ser salvo,” você está chamando esse indivíduo ao centro de sua dor mais profunda, porque você está trazendo de volta toda a sua ansiedade, todo o pecado, toda a culpa, todo o temor que ele tenha conseguido de alguma forma sublimar sob sua filosofia ou religião. Percebe? Você está abrindo tudo de novo. E é por isso que a mais severa perseguição é sempre religiosa, porque você está desmascarando as pessoas em seu ponto mais vulnerável.
Além disso, a perseguição traz à tona a verdadeira batalha entre Satanás e Deus, então a perseguição religiosa ao longo da história sempre foi a mais intensa, sempre. E quando nós realmente levantamos e vivemos para Jesus Cristo nesta sociedade, somos perseguidos; e cada vez mais, pessoal, isso acontecerá o tempo todo. A questão é, no meio do mais odioso tipo de ódio, no ponto da mais séria reação à perseguição, podemos orar em favor daquele que procura nos destruir? É o que Jesus disse que devemos fazer.
“O que você quer dizer com orar?” Penso que significa implorar a Deus pelo bem maior deles. Eu não acho que ele esteja falando sobre a oração de importunação para chamar fogo do céu e consumi-los. Acho que ele está orando aqui pela salvação deles. Eu estava lendo Spurgeon algumas semanas atrás, e encontrei uma pequena frase em uma de suas mensagens, e ele disse: “A oração é a precursora da misericórdia.” Quando oramos, liberamos a misericórdia de Deus de uma maneira muito real, e é isso que eu acho que Jesus está dizendo. “E orai pelos que vos perseguem. Aqueles mesmos que tirariam sua vida, orai por eles.” Você sabe, podemos apontar nossos inimigos. Nós podemos dizer: "Rapaz, eles são os inimigos de Cristo, são os inimigos da Cruz, da Bíblia e da igreja," e nós podemos esquecer que o que odiamos é o que eles representam, mas nós temos de amar. Odeie o pecado e ame o pecador, sabe? E ore por eles.
Não seria ótimo se começássemos a orar por aqueles que estão contra nós? Orando o quê? Que sejam redimidos - apenas essa oração em si mesma encherá seu coração de amor. Vai lavar sua alma por orar assim. Quando alguém vem até mim e diz: "Sabe, eu tenho um problema com isso e aquilo. Eu me ressinto deles,” e esta, minha resposta é sempre a mesma: “Vou lhe dizer o que fazer: ore por eles. Reserve um certo tempo todos os dias e ore por eles.” Você sabe o que acontece? Isso começa a lavar a alma da amargura quando você ora por alguém e pede a Deus que seja misericordioso.
Na realidade, Crisóstomo também disse que tipo de oração é o mais alto ápice de autocontrole. Você realmente colocou sua vida em conformidade com os padrões de Deus quando pode orar pelos que o perseguem. Dietrich Bonhoeffer, que sofreu tanto na Alemanha nazista, disse: “Este é o comando supremo. Por meio da oração, vamos ao nosso inimigo, ficamos ao lado dele e pedimos a Deus por ele.” Oh, como isso é belo. A cruel tortura da crucificação não pôde silenciar a oração de Jesus. As pedras esmagadoras não puderam silenciar a oração de Estêvão, mas eu me pergunto o que silenciou a sua oração por seu inimigo. Então ame seus inimigos, ore por seus perseguidores.
E então subimos outro nível: “manifeste sua filiação.” Esse é o terceiro ponto - manifeste sua filiação, versículo 45, e começa com hopos, no grego, que indica finalidade. Por que amar seus inimigos? Por que orar por seus perseguidores? “Para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste." A Bíblia diz que Deus é amor. Se Deus é amor, e eu sou seu filho, então eu deveria ser caracterizado pelo amor, e assim 1João diz: “Se você não demonstra amor ao seu irmão, como pode afirmar ser um filho de Deus?” Não afirme que pertence a Deus se você não manifestar o amor. E Jesus não está dizendo: "Você se tornará um filho de Deus se você ama." Ele não está dizendo: "Agora, basta reunir bastante amor, e você pode se tornar um filho." Ele está dizendo: "Você vai provar a validade da afirmação de que é um filho quando o amor for manifesto em sua vida.” Você provará isso.
É mais ou menos como Pedro disse; nós já temos essa natureza divina, já recebemos esse caráter incorruptível. Mas para tornar clara nossa vocação e eleição, temos de acrescentar virtude ao que já recebemos, e assim por diante. Em outras palavras, nós nunca convenceremos ninguém que pertencemos a Deus se não formos como ele, e ele ama. Manifeste sua filiação. Eu lhe disse há alguns anos que, quando eu era pequeno, me meti em encrenca roubando algumas coisas de uma loja da Sears com um amiguinho, e eles nos levaram, e nos colocaram na cadeia da cidade, em Glendale. Meu pai estava jogando golfe com dois diáconos, e foi notificado sobre isso. Ele veio me pegar na cadeia pensando que era um erro, e depois tentou explicar aos seus diáconos o que seu filho estava fazendo na cadeia.
Mas eu lembro que, quando cheguei em casa, minha mãe estava chorando, e ela não achava que eu faria uma coisa dessas. E nunca esquecerei o que algumas pessoas disseram para mim - nem me lembro quem era - e elas simplesmente diziam: "Johnny MacArthur, você esqueceu quem é seu pai?" Nunca me esqueci disso. Eu devia algo ao meu pai; ele deu minha vida. Eu queria ser filho dele. Um dos meus meninos, Mark, disse-me outro dia: "Papai, você vai se aposentar?" Eu disse: "Não." Ele disse: "Bom, porque eu estou feliz que você seja um pregador." Eu disse: "Você está feliz por ser meu filho?" Ele disse: "Sim, estou feliz por ser seu filho.”
Bem, eu estou feliz em ser o filho do meu pai também, mas acho certo que eu manifeste algo da personalidade do meu pai, certo? E é isso que Jesus está dizendo. “Sabem, vocês fariseus e escribas podem afirmar serem filhos de Deus, mas se vocês não manifestarem o caráter de Deus, nunca convencerão ninguém, nunca.” Qual é a maior crítica que as pessoas têm da verdade do evangelho? São as pessoas que afirmam viver isso, mas não vivem. “Existem muitos hipócritas na igreja.” A melhor resposta para isso é: “Entre, temos espaço para mais um.” Mas é verdade que o maior prejuízo para o cristianismo são os cristãos. Quer dizer, nós simplesmente não cumprimos o padrão que nós mesmos atribuímos. Então esse é o problema.
Manifeste sua filiação, deixe que ela se torne um fato estabelecido, prove-a. Sabe, há pessoas que são cristãs, mas você nunca saberá disso, porque elas não amam assim. Mas eu vou lhe dizer, você encontra alguém cuja vida é cheia de amor, que transborda de amor, que jorra amor para todos, seja ele amigo ou inimigo, e o mundo ficará com dificuldades, imaginando se essa pessoa é realmente um ser humano, porque as pessoas não amam assim. Isso é exatamente o que o Senhor diz nesse versículo. Ele diz: "Vocês devem ser os filhos de seu Pai que está no céu.” Em outras palavras, seu estilo de vida deve ser um que não seja terreno. Você deveria manifestar uma fonte celestial.
É por isso que ele identifica o Pai como aquele que está no céu. Não seu pai terreno, mas seu Pai celestial. Não uma abordagem humana da vida, tão boa quanto a filantrópica, mas em uma manifestação de amor que só é possivelmente descrita como celestial. Então, como assim? "Porque ele faz o seu sol nascer sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos.” Primeiro, Jesus fala sobre os maus e os bons, e então ele inverte, e fala sobre os justos e os injustos. Ele troca esses dois de um lado para outro - os maus vêm primeiro uma vez e os bons vêm primeiro na outra, para que você possa ver que o ponto central aqui é a imparcialidade.
Jesus inverte a ordem só para mostrar o que ele está dizendo, que Deus ama todo mundo. Quando o sol surge e brilha em sua beleza, e espalha seu calor, é para todos, e quando a chuva cai, é para todos. Numa outra noite, estávamos fora assistindo nosso filho jogar futebol, em um lugar fora da cidade, e as nuvens estavam fofinhas, e vi dois arco-íris, por aqui e outro acolá, e essas nuvens grandes e belas, eu estava simplesmente curtindo, uma noite linda, uma pequena chuva estava caindo. E sabe, todas as outras pessoas ao meu redor não conheciam o Senhor - elas também apreciaram a cena.
O sol vem e dá luz, e cresce sua grama, e cresce a minha grama, e cresce a grama das pessoas em nosso quarteirão que não sabem que Deus existe, e que não se importam. Por quê? Porque Deus é bom, e Deus não discrimina em sua benevolência. Isto é o que Calvino chamou de graça comum. O amor e a providência divina tocam a todos e é isso que ele está dizendo. “Vejam, sejam como o seu Pai. Que seu amor ser tão indiscriminado que seu sol brilhe sobre todos, e sua chuva caia sobre os justos e os injustos. Assim será óbvio que vocês pertencem ao seu Pai.”
Há um antigo conto rabínico que conta a destruição dos egípcios no Mar Vermelho, e quando os egípcios se afogaram, diz que os anjos começaram a louvar a Deus. E Deus levantou sua mão tristemente e silenciou os anjos, e disse: “O trabalho de minhas mãos está afundado no mar, e vocês estão cantando?” Deus amava Faraó. Deus amava os soldados de Faraó, porque Deus é amor. Manifeste sua filiação, orando por seus perseguidores e amando seus inimigos. No Salmo 145.15, lemos isto. Ouça com atenção. “Em ti esperam os olhos de todos” – observe a palavra “todos” - e tu, a seu tempo, lhes dás o alimento. Abres a mão e satisfazes de benevolência a todo vivente.” Quem é a fonte de todo suprimento para todos os seres vivos? É Deus. É Deus.
Todos os homens recebem graça comum, amor providencial. Nem todos recebem esse amor muito especial, que é reservado para o povo da aliança de Deus que vem ao sangue de Cristo. Apenas uma ilustração - Gênesis 17.20: “Quanto a Ismael” - Ismael era um filho ilegítimo, não o filho da aliança de Abraão, não aquele que Deus havia planejado para a linha messiânica, mas um filho tido em adultério de Agar. “Quanto a Ismael, eu te ouvi. Eis que o abençoei e o tornarei frutífero e multiplicá-lo-ei muitíssimo. Doze príncipes ele gerará, e eu farei dele uma grande nação.” Você ouviu isso? Deus é gracioso até mesmo com um filho ilegítimo. Deus é gracioso até com um que não é do povo, um banido. Isso é o amor de Deus.
Mas o versículo 21 diz: “Mas a minha aliança estabelecerei com Isaque.” Ouça, Deus amou Ismael, mas ele tinha algo realmente especial para Isaque. Deus ama a todos e ao mundo, mas tem algo muito especial para o povo da aliança que vem da fé em Cristo. A graça comum é uma coisa maravilhosa, o amor providencial é uma coisa maravilhosa, mas não irá salvá-lo. Para isso, você deve vir a Cristo. Jesus diz: “Ame seus inimigos, ore por seus perseguidores e, assim, você manifestará sua filiação.”
Número quatro, exceder a outrem – supere os outros. Este é um ponto breve e claro. Versículo 46: "Se você ama os que vos amam, que recompensa tendes?” Quero dizer, se você simplesmente sair por aí, amando as pessoas do seu grupo, você deve ser elogiado? Se você simplesmente ama as pessoas que concordam com você, e pensam como você, e pertencem ao seu meio, você deve ser elogiado? Que recompensa isso tem? “Não fazem os publicanos também o mesmo?” Quero que saibam, pessoal, que nunca poderão imaginar o sentimento dos fariseus e dos escribas quando Jesus terminou com essa única sentença. "Não fazem os publicanos também o mesmo?" Quer dizer, eles devem ter tido um ataque.
Se havia alguém que eles odiavam, eram os publicanos. Por quê? Porque estes eram judeus traidores, renegados, que cometeram traição contra Israel ao se alinharem com o governo romano para extorquir os impostos do povo e encher seus próprios bolsos. Eles se tornaram os peões dos romanos, que queriam - literalmente, um cidadão romano que comprava um certo território no Império Romano, e tinha o direito de cobrar os impostos daquele território. Então ele contratava judeus agitadores e renegados, que só queriam dinheiro e não pensavam no seu povo, e esses judeus, então, cobravam o imposto. Eles tinham de receber uma certa quantia para esse sujeito, e todo o resto eles podiam retirar para si mesmos. Eles se tornaram mesquinhos e desprezíveis.
De fato, você leu Mateus, leu Marcos, leu Lucas e vai encontrar de novo e de novo e de novo o caráter desprezível dos publicanos, ou coletores de impostos, definidos nessas passagens. Agora, Jesus lhes diz: “Porque, se amardes os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo? Vocês simplesmente amam as pessoas com seu próprio orgulho, seu próprio preconceito e pessoas do seu meio social. Vocês não são melhores do que traidores, renegados e publicanos, porque eles amam o grupo deles também.” Em outras palavras: “vocês não provam que pertencem ao meu Reino.” Eles pensaram: “Nós temos amor; porque nós amamos as pessoas do nosso grupo." Ele diz: "Sim, bem, isso é ótimo. O mesmo acontece com as piores pessoas da raça humana.”
Eles fazem isso. Eles se amam entre si. Os assassinos têm algo em comum, assim como os ladrões, os assaltantes, os adúlteros, os extorsionários e tudo o mais. Você sabe, é interessante para mim, apenas fazendo algumas leituras sobre a mente criminosa. Algumas pessoas não podem esperar para voltar à prisão porque é onde o elemento delas está. Você sabia disso? Uma das principais razões pelas quais as pessoas cometem crimes de novo e de novo é porque se sentem mais em casa na cadeia do que do lado de fora, porque esse é o seu pessoal. Eles amam essas pessoas. "Você não é melhor do que isso,” diz Jesus, "se tudo o que você pode fazer é amar as pessoas do seu grupo.”
Se você acha que foi um golpe, o próximo é ainda pior. Ele diz, no versículo 47: “E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os gentios também o mesmo? Se tudo o que você puder fazer é abraçar calorosamente,” a palavra “saudardes” ter a ver com um abraço caloroso com um beijo, como era costume no Oriente. “Se você só tem um abraço caloroso e afetuoso para seus irmãos, você não é melhor do que um gentio.” Agora, pessoal, só havia uma coisa pior do que um coletor de impostos. O que era? Um gentio. Estou dizendo que Jesus não deu nenhum soco neles, mas quando Jesus lhes disse que eles não eram melhores do que coletores de impostos e gentios, ele realmente tocou num ponto nevrálgico para eles. “Algum tipo de religião que você tenha,” diz ele, "não o torna melhor."
Olhe para a declaração no meio do versículo 47, eu simplesmente amo esta afirmação. “Que fazeis de mais?” O que o torna diferente? Se você não exceder o padrão humano, não será diferente. Por que você deveria ser recompensado por ser como todo mundo? Por que Deus deveria reservar o seu Reino para você? Por que Deus deveria reservar suas coroas para você? Por que Deus deveria derramar suas bênçãos sobre você? Você não é melhor do que ninguém. Agora, essa é uma declaração devastadora, pessoal. Jesus está dizendo que as pessoas religiosas não são melhores do que as pessoas pagãs. Ele está dizendo que as pessoas que trabalham no templo não são melhores do que as que cometem extorsão.
Vocês são todos pecadores, você vê; é apenas uma questão de tipo de pecado. Você não é melhor do que o resto. O que você faz a mais do que os outros? O que o faz diferente? Amados, essa é uma questão para encararmos, nós, os cristãos. O que nos faz diferentes no mundo? Somos diferentes no trabalho porque nossa ética é diferente, nossa conversa é diferente, nossa atitude é diferente, nosso amor é diferente? Somos diferentes em nossas casas? Somos diferentes em nossas comunidades? Porque se não formos diferentes, não temos nada a dizer para esta sociedade - nada em que vão acreditar.
Oswald Sanders disse: “O Mestre espera de seus discípulos uma conduta que só pode ser explicada em termos do sobrenatural.” E se sua conduta só pode ser explicada em termos do sobrenatural, então você tem algo a dizer à sociedade, eles vão tomar nota. Mas se você é como todo mundo, qual é a diferença? O que você tem que eles não têm? Se formos falar para esta era, e chamar esta era perversa para Jesus Cristo, e deixá-los saber que existe algo real sobre Cristo, isso acontecerá quando nossa vida for única, e não houver outra explicação além de que Deus está ali.
Então Jesus diz: “Ame nossos inimigos, ore por nossos perseguidores, manifeste nossa filiação e exceda nossos semelhantes,” e mais um. "Seja como o nosso Deus." Este é o summum bonum. Esta é a síntese de sua afirmação, versículo 48. "Portanto" - todos esses quatro apenas levam a este - "Sede perfeitos.” E eu ouvi as pessoas dizerem: "Oh, sim, mas ele quer dizer maduros. Ele quer dizer que você precisa crescer, precisa se mover, precisa acompanhar e apenas crescer.” Ouça: Ele diz: “Sede perfeitos.” Que perfeição? “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste.” Não é ser aproximadamente perfeito, é ser perfeito.
O ponto é este: você deve ser como Deus. Você diz: "Bem, esse padrão é muito alto.” Você está certo, e é exatamente o que ele queria que os fariseus soubessem. Você não pode fazer isso. Eu acho que isso está belamente ilustrado em Mateus 19, e eu quero que você veja isto, apenas muito brevemente, e então nós vamos chegar a uma conclusão. Mas Mateus 19, versículo 23; você conhece isto porque já ouviu isto antes, mas deixe-me ler para você. “Então, disse Jesus a seus discípulos: Em verdade vos digo que um rico dificilmente entrará no reino dos céus.” Ora, essa foi uma declaração muito difícil para eles ouvirem, que um homem rico teria dificuldade entrar no reino? Você sabe por que isso foi difícil?
Porque eles acreditavam que os ricos entravam no reino mais facilmente do que todos os outros. Por quê? Porque eles acreditavam que, basicamente, o sistema deles ensinava você a entrar no Reino pelas obras. Quanto mais rico você for, maiores serão suas obras. Por quê? Você pode comprar mais cordeiros para sacrificar. Você pode comprar mais novilhos para sacrificar. Você pode dar mais dinheiro ao tesouro do templo. Em outras palavras, você é mais religioso. Você pode comprar seu caminho para o reino. Quanto mais rico você for, mais sacrifícios você fará, mais dinheiro você dará, maior facilidade você terá em entrar no reino.
Mas Jesus inverte todo o negócio. “Um homem rico dificilmente entra no reino.” Quão dificilmente? "E ainda vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus." Agora, ouvi pessoas dizerem tudo sobre isso. Eles dizem: “Oh, bem, é uma pena que Jesus tenha dito isso; é muito confuso. Um camelo não pode passar pelo buraco de uma agulha.” Bem, isso é bastante óbvio. Eu entendi logo de cara. Camelos não podem passar pelo buraco de uma agulha. Eu ouvi todos os tipos de coisas. “Se você pudesse organizar as moléculas de um camelo em linha reta e você poderia colocá-lo através do fundo da agulha. Se você pudesse reduzir um camelo ao líquido, você poderia diminuí-lo e passá-lo pelo fundo de uma agulha,” assim por diante.
Até ouvi uma conversa sobre um portão agulha, você sabe, um portão baixo, e todos os camelos teriam de rastejar. Se eles construíram um portal desses - e eu acho que os arqueólogos nunca encontraram - mas fossem construir um para camelos, não o construiriam assim. Eles tornariam grande o suficiente para os camelos passarem. Quero dizer, eles eram totalmente ineptos naqueles dias. O que Jesus está dizendo? Ele está dizendo que é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um homem rico entrar no céu. Você diz: "Mas um camelo não pode passar pelo buraco de uma agulha.” E é isso que ele está dizendo - "E nem um homem rico pode comprar seu caminho para o céu.” É tão impossível quanto.
Este é o próximo versículo. “Quando seus discípulos ouviram, ficaram extremamente maravilhados,” eles não teriam ficado se soubessem que existe um portão de agulha. Eles disseram: "Quem então pode ser salvo?" Se um homem rico não pode ser salvo, quem pode? “Jesus, fitando neles o olhar, disse-lhes: Isto é impossível aos homens, mas para Deus tudo é possível.” Você quer saber o que ele está dizendo? Ninguém pode ser salvo. Não é um homem rico, um homem pobre, nem ninguém no meio-termo. O homem com o maior potencial possível, dinheiro, o que for, não pode fazer isso; ninguém pode ser salvo sozinho. Ninguém pode fazer isso por meio da carne ou das obras, mas, para Deus, tudo é possível.
O que Jesus está dizendo no Sermão da Montanha é a mesma coisa: “Seja perfeito.” Eles deveriam dizer: “Mas eu não posso ser perfeito.” E é aí que ele diz: “Certo; e se você está aquém da perfeição, você precisa de um Salvador. ”E é aí que Jesus entra e traz para você o que Pedro chama de natureza divina, e faz de você como Deus, um participante de sua natureza. Então Deus, em um milagre de salvação, faz por você o que você nunca poderia fazer por si mesmo - seja como Deus. Quando você veio a Jesus Cristo, você foi feito como Deus. Você recebeu sua vida eterna, sua justiça, você se tornou como ele nesse sentido. E agora você precisa trazer seu comportamento em harmonia com sua posição.
Ouça: o cristão não é alguém que guarda o sermão da montanha. O cristão é alguém que sabe que não consegue, percebe? Ele vem a Jesus Cristo para o perdão pelo pecado de estar aquém do esperado, e recebe de Cristo o perdão, e então o poder para começar a viver esses princípios. Esse é o ponto da mensagem. Mesmo quando você falha, você é perdoado, porque Cristo pagou o preço pelo seu pecado. Essa é a mensagem. E então de volta para onde eu comecei. Se você não é cristão, qual é a mensagem para você? Se você não ama assim, isso é pecado, e se você é um pecador, você precisa de um Salvador. Jesus Cristo virá e perdoará seu pecado pela falta de amor. Jesus limpará sua vida e plantará seu amor em seu coração, e então lhe ensinará a amar da maneira que ele quer que você ame. Para alguns de vocês, este é um chamado para a salvação. Para alguns de vocês, é uma exortação para deixar o amor que já está lá fluir.
Minha ilustração favorita - assim eu encerro - sobre amar um inimigo e é esta. Abraham Lincoln foi desprezado por um homem chamado Mr. Stanton. Ele chamou Lincoln de "um palhaço baixo e astuto,” e o apelidou de "o gorila original,” e disse que os homens eram tolos por vagar pela África, tentando capturar um gorila, quando conseguiam encontrá-lo em Springfield, Illinois. Lincoln nunca disse nada a Stanton, e como Stanton era o melhor homem para o trabalho, quando Lincoln precisou de um ministro da guerra para os Estados Unidos, ele escolheu Stanton. Ele o nomeou sobre todos os soldados dos Estados Unidos. Ele o tratou com amor e cortesia, e os anos passaram.
Na noite em que a bala de um assassino destruiu a vida de Lincoln, em uma pequena sala para a qual o corpo do presidente foi levado, lá estava o mesmo Sr. Stanton, olhando para o rosto silencioso de Abraham Lincoln com toda a sua robustez e caráter. E falando através de suas lágrimas, ele disse: “Ali jaz o maior governador de homens que o mundo já viu.” E porque o Sr. Lincoln pôde amá-lo com um amor que perdoa, ele recebeu e retornou sua adoração. Amado, Jesus está nos chamando para amar nosso mundo desagradável e indigno de amor com um amor que não conhece discriminação, e tal amor mostrará que somos como Deus e revelará Deus a eles. Esse é o começo de um evangelismo eficaz. Esse é o começo de um evangelismo efetivo. Que Deus nos ajude a amar, e da forma como amarmos, manifestar a sua natureza. Vamos orar.
Senhor, estamos muito conscientes aqui em nossa própria igreja de pessoas com necessidades: transporte para idosos e deficientes, faxina para pessoas idosas e pessoas com deficiência. As pessoas precisam de empregos, casas, assistência médica, legal e financeira. Temos filhos que precisam de ajuda, como Buddy, que mencionamos hoje pela manhã. Temos crianças no centro de detenção para menores, pessoas nas prisões e nos hospitais, e precisamos de algumas pessoas cujo coração esteja cheio de amor para tocar essas pessoas, para alcançar, pegar os feridos e os necessitados. Senhor, precisamos amar uns aos outros, não importa onde estejamos, na definição humana, da maneira que o Senhor ama a todos e é bom para todos. Ensina-nos a amar para que possamos ser conhecidos como seus filhos. Em nome de Jesus, amém.
Fim

This article is also available and sold as a booklet.