
Eu gostaria que você abrisse a sua Bíblia no capítulo 8 do evangelho de Mateus. Mateus, capítulo 8. Nós vamos continuar o nosso estudo do capítulo 8. No nosso último encontro, e eu fico muito animado em estar no evangelho de Mateus por vários motivos, eu fico pensando especialmente neste estudo em particular. É muito prazeroso e animador ver Jesus andando pelo mundo, tocando nas necessidades humanas e na vida humana. É diferente do que estudar as grandes e vastas profecias de Daniel. Não é como os tratados teológicos e lógicos do apóstolo Paulo. Não é como a pegada histórica de aliança do escritor de Hebreus. Existe algo especial, que traz refrigério, vida e praticidade em ver Jesus andar pelo mundo. É exatamente este privilégio que nós temos, começando no capítulo 8.
Agora, particularmente no capítulo 8, nós notamos para vocês da última vez que o nosso Senhor expressa a sua autoridade. Tendo pregado este sermão monumental nos capítulos 5 ao 7, ele lida com a questão inevitável: “O que lhe dá o direito de falar assim? Quem você pensa que é? De onde você veio? Qual é a sua autoridade?” É esta pergunta que os próximos capítulos responderão. Na verdade, o que os capítulos 8 e 9 dizem é, “Eu sou Deus. Eu vim do Céu e eu tenho toda autoridade”. Esta é a resposta, e Jesus demonstra a sua deidade. Ele demonstra o seu poder celestial sobrenatural em uma série de milagres incríveis que só podem ser explicados dizendo que Deus estava presente entre os homens. Portanto, Mateus, de forma muito cuidadosa, continua com a sua apresentação da realeza de Cristo, dando as credenciais do Rei, nos mostrando que Ele tem o direito de dizer o que Ele disse. Ele tem o direito de fazer o que ele fez porque Ele é quem Ele é. Ele é Deus, e nenhuma explicação se encaixa nessa série de milagres.
Agora, deixe-me dar para vocês um pano de fundo do que estava acontecendo. Você precisa entender quão dramática a cena toda é. Nos dias de Jesus Cristo, doenças estavam espalhadas pelo mundo. O mundo estava literalmente cheio de doenças e, francamente, a ciência da medicina era, com todas as suas intenções e propósitos, praticamente inexistente. Portanto, não era possível lidar com as doenças de forma apropriada, fazendo com que as pessoas deixassem a coisa tomar rumo, tendo sempre os doentes e os que estavam morrendo em seu meio. Havia um grande medo de doença. Havia a dor, o sofrimento e a angústia que vem com as doenças, e não haviam remédios milagrosos para aliviar aquilo. Havia pragas que matavam cidades inteiras, países, sendo tremendamente temerosas. Havia mais doenças incuráveis do que nós temos hoje, fazendo com que o mundo inteiro estivesse repleto de doenças. As pessoas não viviam muito tempo. Elas morriam cedo. Não era algo anormal morrer com seus vinte anos de uma doença.
Agora, a Bíblia fala a respeito de muitas doenças que existiam na época de Cristo e na época do Antigo Testamento. Deixe-me lhe dar uma ideia do panorama de doenças que o Senhor confrontava. Essas serão apenas categorias nas quais poderiam haver muitas doenças diferentes. A Bíblia fala a respeito de atrofia. A atrofia englobaria doenças como distrofia muscular, que é uma condição em que o músculo se recusa em absorver a comida que é levada para ele pelo sangue, fazendo com que ele fique cada vez mais magro e fraco. A atrofia incluiria também poliomielite, uma doença comum naquela época que vinha de um vírus no intestino e que ataca o sistema nervoso, causando paralisia e atrofia. A Bíblia fala a respeito de cegueira. Ela acontecia muito por nascimento, quando a criança nascia, passando por uma mãe que estava infeccionada com gonorreia. Havia também a cegueira de tracoma. Esta era uma doença que vinha por causa da falta de higiene. Havia cegueira por causa da luz do sol, do calor, da areia e a cegueira que vinha através da guerra e de acidentes. Haviam também muitas pessoas com bolhas. As bolhas incluiriam carbúnculos, abscessos, glândulas infectadas e coisas desta natureza. Havia também surdez: surdez por causa de um defeito de nascimento, surdez por causa de um acidente ou machucado, surdez por causa de um ouvido médio ou de um ouvido interno. A Bíblia fala a respeito de hidropisia. A hidropisia é uma forma de descrever uma condição de edema, onde existe uma retenção de fluidos do corpo, podendo ser causada por uma série de coisas. A Bíblia fala a respeito de mudez ou mutismo, a inabilidade de falar. Ela fala a respeito de disenteria, que era causada por amebas, bactérias ou vermes; doenças do cólon e do sistema digestivo. Havia também a epilepsia. A epilepsia abordaria convulsões, mal-estar, e outras coisas. Havia também hemorragia. A Bíblia fala a respeito dos problemas de sangramento, que poderiam incluir tumores de fibrose e carcinoma. A Bíblia fala a respeito de dificuldades de fala e problemas de fala dentro do conceito de afasia. Ela fala a respeito de indigestão, sendo algo mais severo, que seria uma doença do estômago. A Bíblia fala a respeito de inflamação, provavelmente se referindo a infecções de estreptococos e estafilococos. Ela fala a respeito de pestilência, que seriam pragas causadas por ratos. Ela fala a respeito de doenças de pele, e eu mencionei algumas na semana passada. Haviam muitas e muitas dessas. A Bíblia discute doenças chamadas tumores, e poderiam haver uma variedade de tumores. Ela também discute úlceras. Existem três doenças, particularmente no Novo Testamento, e elas aparecem nos três milagres do capítulo 8: lepra, paralisia e febre.
Agora, para resumir tudo isso, o fato é que todas estas doenças existiam na época de Jesus de diversas formas e eram, com todas as suas intenções e propósitos, sem nenhum alivio.
Não havia nenhuma forma, nenhuma, de lidar com estas doenças; por isso, as pessoas se tornaram muito cientes do terror que ficava sobre suas cabeças na inevitabilidade da doença. E então entra Jesus em cena. Ele tocou na vida humana no seu momento de maior dor, na dor da doença. E, meus amados, não se esqueçam disso, Jesus literalmente tirou toda doença na Palestina; a natureza monumental desta expressão vai além das descrições. Nós não podemos entender isso porque nós vivemos em uma sociedade que consegue lidar com doenças. Claro, existem algumas doenças que são exclusivas a nós. O câncer ou uma doença do coração podem nos alcançar mais cedo ou mais tarde, mas na maioria dos casos, nós eliminamos as outras doenças. Até mesmo com as doenças que trazem morte, nós temos a capacidade, através de medicamentos, de trazer um certo alívio para a dor. Naquela sociedade, não havia isso; Jesus passou com o seu poder de cura e curou milhares e milhares e milhares de pessoas. Isso foi uma revelação escancarada de que Ele era Deus. É por isso, como nós vimos da última vez, que ele diz várias vezes, “Creia em mim pelas obras que eu faço”. Como que você pode negar estas curas em massa, por todos os lados, que Ele fez?
Em Mateus 12, versículo 15, ele diz, “Mas Jesus, sabendo disto, afastou-se dali”. Isto é, os fariseus. “Muitos” – não tentem me acompanhar; eu vou apenas ler alguns versículos – “muito o seguiram, e a todos ele curou”. Em Mateus 14:14, a mesma coisa. Ele diz, “Desembarcando, viu Jesus uma grande multidão, compadeceu-se dela e curou os seus enfermos”. Ele curou a todos. Ele curou todos que se encontraram com ele. A Bíblia nos diz: ele veio, e ele curou. Ele baniu a doença da Palestina.
É importante notar o quão diferente ele é dos curandeiros da sua época. Eu incorporei um capítulo no meu livro a respeito dos carismáticos a respeito de cura, e eu descrevi ali como Jesus curou. Bom, deixe-me lembra-los dos pontos principais. Primeiro, ele curou com uma palavra ou um toque. Não havia nenhum esquema, exercício, bagunça, nada; somente uma palavra e um toque. Apenas fala, apenas toque. Em segundo lugar, ele curou instantaneamente, instantaneamente. Naquela mesma hora, o texto diz, o sangramento daquela mulher com um problema de fluxo em Marcos foi curado instantaneamente; e os dez leprosos foram curados instantaneamente. Em Lucas 5, imediatamente a lepra saiu dele. E o manco na piscina de Betesda imediatamente ficou bem. E o cego, quando ele lavou os seus olhos, enxergou instantaneamente.
Em terceiro lugar, ele curou totalmente. Não havia nenhuma recuperação. Você consegue imaginar estando 35 anos sem dar um passo e Jesus cura as suas pernas e diz, “Levanta e anda”? Por mais que suas pernas tivessem inteiras você não poderia andar. Teria que haver reabilitação. Nunca há reabilitação em nenhum dos milagres que Jesus fez. Nunca. Eles eram instantâneos. Era algo completo. Imediato.
Em quarto lugar, Jesus curou todas as pessoas. Ele não precisava separar os casos mais graves. Ele curou a todos. Todos. Ele não mandava embora para casa filas de pessoas decepcionadas como estes ditos curadores de hoje. Ele curava todos. Lucas 4:40 diz, “Ao pôr-do-sol, todos os que tinham enfermos de diferentes moléstias lhos traziam; e ele os curava”.
Em quinto lugar, Jesus curou doenças orgânicas, as coisas reais: pernas tortas, mãos atrofiadas, cegos, paralisia, o tipo que demonstraria, sem dúvidas, que aquilo era um milagre. Ele não curou dor nas costas ou algum tipo de doença funcional.
Em sexto lugar, e é neste ponto que Jesus se separa de todo mundo, Jesus ressuscitou os mortos. No processo de tudo isso, vocês precisam entender, pessoal: Isso nunca havia acontecido na história do mundo; o que o povo judeu está vendo com essa obra milagrosa de Cristo é algo que só é possível com uma explicação divina; isso revela a profundidade do pecado em seus corações. Eles não creram estando diante de uma evidência incrível e inexplicável.
Mesmo assim, Mateus os acusa novamente nesta sessão apontando para as credenciais de Jesus; e de milhares de milagres, ele escolheu três para este capítulo. Agora, na semana passada, nós vimos o primeiro nos versículos de 1 a 4, o homem leproso, o homem leproso. Veja o capítulo, “Ora, descendo ele do monte, grandes multidões o seguiram. E eis que um leproso, tendo-se aproximado, adorou-o, dizendo: Senhor, se quiseres, podes purificar-me. E Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero, fica limpo! E imediatamente ele ficou limpo da sua lepra. Disse-lhe, então, Jesus: Olha, não o digas a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e fazer a oferta que Moisés ordenou, para servir de testemunho ao povo”.
Agora, o homem mais odiado na sociedade era um leproso. A doença mais severa, feia, e grotesca era a lepra. Era também algo cerimonialmente imundo, portanto aquilo se tornou uma ilustração viva do pecado. Portanto, o homem não era apenas um marginalizado por causa da doença, mas porque ele era uma ilustração viva do pecado; e mesmo assim, este homem veio a Jesus. Agora, isso seria uma afirmação incrível para os fariseus ouvirem, um milagre incrível para eles, lançado sobre eles, por Mateus, pois eles não conseguiam imaginar porque alguém se importaria com um leproso. Deveria haver muitos fariseus que não estavam bem e que precisavam de uma cura. Por que um marginalizado com lepra? Porém, nós vimos a forma maravilhosa pela qual Jesus estendia a mão para os mais baixos na sociedade. Ele fez coisas diante do orgulho e da arrogância dos fariseus que eles nunca fariam. Ele demonstrou que o alcance do seu reino passava dos altos e poderosos para os baixos; que ele estava disposto a estender os seus braços para as pessoas que ninguém tocaria; que o seu reino não era o que eles pensavam, não para os grandes espirituais, mas para os desesperados e para os feridos. Por isso, ele tocou em um homem com lepra e aquele homem foi curado.
Vocês se lembram quando eu destaquei para vocês que haviam quatro coisas que eram maravilhosas a respeito deste homem? Primeiro, ele se aproximou confiante. Em outras palavras, ele não se importava em ser um leproso. Ele abandonou este estigma social. Ele abandonou esta vergonha e se aproximou por estar desesperado. Além disso, ele se aproximou com reverência; o texto diz que ele adorou. Ele também se aproximou com humildade. Ele disse, “Se quiseres”. Ele também se aproximou com fé. “Podes purificar-me. Eu creio”. Quando uma pessoa se aproxima de Cristo desesperada, adorando, com humildade e fé, aquela pessoa pode realmente ser redimida; com isso, a cura do leproso se tornou para nós uma analogia da salvação. Ele falou duas coisas para o leproso. Número um: “Obedeça a lei de Moisés. Vá ao templo e faça o que deves fazer”. Número dois: “Sirva de testemunho para eles”. É isso que deveria acontecer em nossas vidas também depois que nós somos redimidos. Os marginalizados da sociedade humana foram abraçados por Ele. Que repreensão foi para o orgulho condenador e arrogante dos Fariseus.
Nós saímos agora da história do leproso para a nossa história de hoje. O homem respeitado. Versículo 5, o homem respeitado. Aqui nos encontramos que também seria considerado, pelos judeus, marginalizado por ele ser um gentio. Pior do que isso, ele é um soldado Romano, um membro do exército de ocupação que invadiu e ocupou a sua preciosa terra. Normalmente, ele seria odiado, quase como que o leproso; porém, o nosso Senhor cura em prol deste homem. O que o Senhor está dizendo, novamente, é o seguinte. O alcance do reino é para os de fora, para os marginalizados e para o gentio; muito mais aberto do que os parâmetros estabelecidos pelos Fariseus.
Vamos olhar para o versículo 5. “Tendo Jesus entrado em Cafarnaum...” Muitos comentaristas, acreditam que os três milagres aconteceram no mesmo dia. Ele terminou o sermão, desceu da montanha, entrou em Cafarnaum e fez tudo isso no mesmo dia. É possível. Ele entrou em Cafarnaum. Além disso, Cafarnaum é uma bela cidade que fica no norte do Mar da Galileia, uma cidade que já não existe mais, pois Jesus pronunciou uma maldição sobre ela. Este é um dos lugares mais belos que eu já vi neste mundo; mesmo não existindo mais cidade ali. Apenas ruínas, pois Jesus amaldiçoou aquele lugar. Eles nunca reconstruiram. Eles construíram lugares em volta, mas lá não. Naquele belo lugar, Jesus residiu e ficou, talvez na casa de Pedro, porque Pedro tinha uma casa ali. Até mesmo hoje, eles têm as ruínas daquela casa. Eles acreditam ser a casa dele. Então, Jesus entrou em Cafarnaum, e ele passou muito tempo ali. “Apresentou-se-lhe um centurião, implorando”. Agora, Mateus parte para os fatos; Mateus vai direto para a interação do centurião e Jesus por causa do propósito de Mateus. Porém, os fatos são um pouco elucidados em Lucas, pois Lucas tem uma passagem comparativa no sétimo capítulo de Lucas. Você não precisa abrir lá, mas eu vou contar a você alguns detalhes de Lucas. Lucas diz que o centurião não foi exatamente até Jesus, mas que ele enviou alguns judeus com esta mensagem. Então, Jesus interage com o centurião, mas através desses judeus que se aproximaram dele. O próprio centurião não veio, mas alguns judeus. Isso foi porque ele não se sentia digno de estar na presença de Cristo; ele não se sentia digno de ter Cristo em sua casa. Por isso, ele envia estes judeus no seu lugar e eles falam com Jesus por ele.
Agora, vamos falar um pouco a respeito de um centurião. Toda vez que você vir um centurião aparecer no Novo Testamento, ele é um sujeito bom. É algo muito impressionante. É como que se o Senhor – e havia muitos maus centuriões – mas é como que se o Senhor escolhesse as pessoas mais odiadas na Palestina como ilustração da bondade, fé e da graça salvífica, para mostrar a abrangência do seu Reino que se estende além de Israel. Toda vez que você encontra um centurião, seja o homem na crucificação, ou Cornélio, ou este rapaz aqui, todos eles são bons; e todos eles terminam, eu acredito que na maioria das vezes, sendo redimidos. Isso é um tapa na cara do exclusivismo que existia naquela época que não abria a porta para os gentios; especialmente um soldado romano.
Agora, posso falar mais uma coisa? Se já não fosse ruim que ele era um gentio, para piorar a situação, ele também era um soldado romano; e se isso não fosse ruim o suficiente, havia mais uma coisa para piorar a situação. Os soldados do exército de ocupação romano não eram enviados de Roma. Eles eram treinados na comunidade ou na região que eles estavam ocupando. O que eles faziam, de acordo com a história, o que eles faziam na Palestina era encontrar não judeus naquela região, trazê-los para o exército romano e treiná-los. Este homem em Cafarnaum era, sem dúvida, um soldado sob o comando de Antipas. E se ele era um não judeu vivendo naquela região, é altamente provável que ele fosse um Samaritano. Se já era algo ruim ser um gentio, o pior tipo de gentio era o Samaritano, porque o Samaritano era um Judeu que casou com um gentio, o que significava um sacrifício de sua descendência judaica, o pior tipo de gentio misto.
Portanto, aqui você tem um rapaz que é um gentio. Mas ele é o pior tipo de gentio, um Samaritano. E ele é o pior tipo de Samaritano. Ele é um membro das forças territoriais do exército Romano que estão oprimindo Israel. Qualquer fariseu diria, “Por que você faria qualquer favor para alguém assim?” Este é o ponto. Eles não tinham nenhuma perspectiva dos parâmetros do reino. Era tudo reservado para eles: “Apenas nós quatro; mais ninguém; feche a porta”. Era isso. E Jesus escancara as portas. Isso foi além do que eles poderiam aguentar. Com isso, eles O odiaram até o ponto em que eles finalmente o mataram. Ele então se aproxima de Jesus, através destes judeus que Lucas no diz, e veja o que ele disse. Versículo 6, “Senhor” – e Senhor significa algo além de senhor. Neste pensamento de Senhor, todo o pensamento do centurião está na deidade de Cristo. Eu acredito que ele está usando este termo no seu sentido divino e verdadeiro. “Senhor, o meu criado” – aqui ele usa a palavra pais no grego, que significa meu filho – “meu criado jaz em casa, de cama, paralutikos”. Ele é um paralítico, ele tem uma doença de paralisia, sendo atormentado, sofrendo tremendamente ou sofrendo severamente. Agora, a palavra pais é usada aqui, significando filho. Lucas usa a palavra doulos, que significa escravo. A pergunta que surge é: Ele era o seu filho ou o seu escravo? A respeito disso é que era normal ter uma criança escrava na casa, um jovem. E era isso. Um menino que era um servo, um escravo. E então ele diz, “o meu menino escravo está doente com paralisia”. Nós não sabemos se era pólio, se era o sistema nervoso, problema do cérebro ou tumor. Nós não sabemos; mas ele estava paralisado e com muita dor.
Agora, existe algo belo a respeito disso. Eu gosto desse centurião. Eu gosto dele, em primeiro lugar, porque ele se importa com o seu servo, e isso o torna alguém singular no mundo romano. Na verdade, no Império Romano, os escravos não eram importantes. Se eles sofriam, isso não era de nenhuma importância. Se eles vivessem, isso não era de nenhuma importância. Se eles morressem, isso não era de nenhuma importância. Eles não eram considerados. Aristóteles, por exemplo, disse, “Não pode haver nenhuma amizade e nenhuma justiça a coisas inanimadas. Até mesmo para um cavalo, um boi ou um escravo. Para o mestre e o escravo, não existe nada em comum. Um escravo é uma ferramenta viva, assim como uma ferramenta é um escravo inanimado”.
Eles não tinham nenhum direito. Gaio, o especialista da lei romana disse, “Nós podemos notar que é universalmente aceito que o mestre possui o poder de vida e de morte do seu escravo”. Isso era a lei romana. Se você não gosta do seu escravo, mate-o. Varro, o escritor romano que escreveu muito a respeito da agricultura disse, “a única diferença entre um escravo, um animal e uma carroça é que o escravo fala”. A única diferença.
Cato, um outro escritor romano, estava tentando dar um conselho para alguém que estava tendo dificuldades financeiras. Ele disse, “Dê uma olhada nos animais que você tem e faça uma venda. Venda os seus bois cansados, o gado que não vale nada, ovelhas não valorosas, lã, couro, qualquer carroça velha, ferramenta velha, escravo velho, escravo doente, e qualquer outra coisa que seja supérflua”. Como você pode ver, os romanos enxergavam um escravo como uma coisa; mas não este centurião. Ele não está pedindo por si próprio. Ele disse, “Olha, o meu menino servo está paralisado”. Ele é um excelente pagão. Ele é um excelente pagão.
Você quer saber de uma coisa? Ele deve ser mesmo, para pedir que estes judeus levem esta mensagem para Jesus no seu nome. A maioria dos centuriões iriam para um grupo de judeus, se eles fossem centuriões samaritanos e gentios e diriam, “Você me faria um favor?” Eles diriam, “Huh? Você está brincando. Esquece!” Por que estes Judeus iriam até Jesus por causa deste homem? Eu vou lhe mostrar porque. Lucas 7, muito interessante. Veja este versículo, “Estes, chegando-se a Jesus, com instância lhe suplicaram”. Eles realmente ficaram envolvidos. “Oh” eles disseram, “Faça isso”. E eles deram esta mensagem, “o seu servo, a quem este muito estimava, estava doente com paralisia, gravemente atormentado". E eles disseram, “faça isso, Ele é digno de que lhe faças isso. Ele é digno”. Como que um gentio pode ser digno? Aqui está, “Porque é amigo do nosso povo, e ele mesmo nos edificou a sinagoga”. Tem a ver com a economia, dinheiro; ele fez um grande investimento. Ele amava a sua nação. Ele construiu uma sinagoga para eles. Agora eu conheço ainda mais deste centurião. Hah! Ele até mesmo entende algo a respeito da verdade da religião deles. Ele é um gentio temente, como Cornélio. Ele percebe que ele está lidando com um povo que é o povo da aliança com o Deus vivo, e então ele investe neles. Ele ama a nação deles, e ele constrói uma sinagoga para eles em Cafarnaum. Eu estive em Cafarnaum. Eu fui até as ruínas da sinagoga ali. Eles dizem que o fundamento da sinagoga veio dessa época, e que talvez foi comprado por este mesmo centurião. Ele construiu uma sinagoga para eles. Quando você faz um favor para aqueles pessoas, elas respondem assim, e portanto os anciãos disseram, “Você deveria fazer isso por ele”.
Você sabe o que me interessa também? É que eles sabiam que Jesus poderia fazer isso. Todos sabiam que ele poderia curar. Não havia nenhum debate a respeito disso; mas a dureza do coração deles não queria tomar um passo a mais e aceitá-lo como Messias e Salvador. Portanto, aqui nós temos um bom gentio que amava Israel, e nós devemos amar Israel. Nós realmente devemos. Eles são o povo escolhido de Deus. Eu não acho que ninguém ama mais os Judeus do que eu. Eles são meu povo favorito: De Abraão até Jesus, Paulo e Timóteo. Eu gasto mais tempo com eles do que com gentios, no estudo da Palavra.
E ele os ama também. Ele amava a nação e construiu para eles uma sinagoga. Era claro que ele era um bom gentio, e ele era bondoso. Ele amava o seu escravo. Ele era humilde. Você sabia que ele não iria até Jesus porque ele não se sentia digno? E você sabe que ele não queria que Jesus fosse na sua casa porque ele sabia, através dos ensinos cerimoniais judaicos que um Judeu nunca entraria na casa de um Gentio. Ele não queria violar isso. Os judeus tinham algumas crenças estranhas – por exemplo, que os utensílios que os gentios usavam eram impuros. Eles não comeriam depois de um gentio e nem usariam utensílios de um gentio. Eles acreditavam que os gentios abortavam os seus bebês e os jogavam pela casa. Portanto, a casa era poluída por um corpo morto, e eles acreditavam em várias coisas estranhas que os rabinos inventavam para mantê-los longe dos gentios. Ele queria até mesmo honrar estas tradições cerimoniais.
Ele é humilde. Ele é amável. Ele é sensível. Ele realmente tem uma atitude bela. Ele está pronto para ser transformado, e isso providencia o pano de fundo. Quando ele diz, “Senhor”, no versículo 6, é o “Senhor” com o significado completo. Caso você esteja duvidando disso, veja o versículo 10. Jesus disse, no meio do versículo, “Nem mesmo em Israel achei fé como esta”. Esta é a maior fé que eu já vi. Fé? O que você quer dizer com isso? Fé na realidade de quem Cristo era; é isso que significa. Ele acreditou que Jesus era Deus. Isso é o epítome da fé, sendo que Jesus diz que este é o tipo de fé que ele tinha. Quando ele diz, “Senhor”, ele está afirmando o senhorio de Cristo. E que repreensão que isso é para os Judeus, pois aqui está um Samaritano, um mestiço, um soldado Gentio de Roma. Jesus diz, “Ele tem a maior fé que eu já vi”. Que surpresa.
E não é por causa da sua própria necessidade. Ele diz, “O meu menino servo está em casa doente, gravemente atormentado”. E você sabe o que eu vejo nisso que é tão belo? Não existe nenhum pedido no versículo 6. Ele apenas dá informação e então os Judeus dizem, “Faça isso. Ele é digno. Faça. Faça”. Mas ele não presume pedir isso. A oração dele é uma oração de informação. “Senhor, aqui está a necessidade. Eu coloco diante de Ti. Eu aceito a Tua soberania e a Tua escolha”. Qual era a sua doença? Paralisia, a falta de sensação ou de função muscular por algum machucado ou doença da coluna cervical, no cérebro ou nos nervos. Nós não sabemos o que causou isso, mas o efeito era uma eventual morte.
E então vem a resposta do nosso Senhor no versículo 7, “Jesus lhe disse: (Voltou a fala) Eu irei curá-lo”. Portanto, ele diz para os Judeus enviados pelo centurião que ele irá até a casa do Gentio. Ele irá à casa do centurião. Ele curará o menino. Na verdade, Lucas então diz que eles começaram a caminhar pela estrada, indo em direção a casa, e o centurião vê eles se aproximando, e ele entra em pânico porque ele não acha que ele é digno de estar na presença de Cristo. Ele não quer que eles violem a sua lei ao entrar em sua casa sendo que ele também não pode tirar o menino da casa por causa de sua condição.
Por isso, ele envia um mensageiro bem rápido no versículo 8. “Mas o centurião respondeu: Senhor, não sou digno de que entres em minha casa; não, Senhor, não se aproxime. Eu não sou digno disso. Eu não posso permitir que você entre em minha presença. Eu não sou digno”. Eu amo isso. Pessoal, existem algumas pessoas que acham que elas precisam se tornar cristãs para fazer um favor a Deus, que elas precisam porque ele precisa delas. Nós nem somos dignos de entrar em Sua presença. “Eu não sou digno”. Que bela cena que é a deste homem; isso sim é um homem. Você não se tornou um centurião saindo de um mesa de escritório para isso. Você se tornou um centurião trabalhando e conquistando o seu lugar dentro das tropas, e das categorias. Este era um cara duro. Ele liderou cem homens. É isso que o centurião fez. Ele guiou cem homens. Ele era um sargento, duro, orientado no combate; mas que gentileza, humildade, mansidão, sensibilidade e que amorosa sensibilidade; e tudo isso por um escravo doente?
Um gentio verdadeiro e temente a Deus como Cornélio; agora, a sua fé se torna evidente no final do versículo 8. Veja o que ele diz, “não sou digno de que entres em minha casa; mas apenas manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado”. “Ó”, você diz, “de onde ele tirou esta informação?” Preste atenção. Ele rodava pela região. Ele viu o que Jesus estava fazendo. Ele disse, “Apenas fale. É só isso. Você não precisa entrar. Eu reconheço a autoridade que sai da Tua boca. Apenas fale”. Eu creio que ele sabia que Ele era Deus, e que ele estava na presença de Deus. “Apenas manda com uma palavra”.
E então, no versículo 9, ele faz esta pequena afirmação que eu acredito ser muito boa, “Pois também eu sou homem sujeito à autoridade, tenho soldados às minhas ordens e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem”. O que ele está dizendo é, “Olha, eu entendo a sua autoridade. Pode haver alguém aqui perguntando, “De onde você tira esta autoridade? Quem você pensa que você é? Por qual motivo ou razão você fala dessa forma?” Mas eu reconheço um homem com autoridade quando eu o vejo. Eu tenho visto o que você tem feito. Eu tenho visto o poder das Tuas Palavras. Eu entendo de autoridade”.
Agora, preste atenção no raciocínio do versículo 9. É um raciocínio do mais fraco para o mais forte. Ele diz, “Eu sou homem sujeito à autoridade, tenho soldados às minhas ordens e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu servo: faze isto, e ele o faz”. Agora, preste atenção no que ele está dizendo. “Eu sou um homem que está sujeito à autoridade. Eu entendo de autoridade e eu exerço autoridade. Quanta autoridade você deve ter por não estar sujeito à nenhuma autoridade, sendo a autoridade suprema do universo?” Ele está dizendo, “Aqui eu estou sujeito à autoridade e eu posso comandar as coisas para acontecerem. Você está acima de todas as autoridades. Quanto mais você pode falar e acontecer?” Isso é uma grande fé, não é? “Você não precisa vir, apenas fale”.
Agora, o próximo versículo é muito interessante. “Ouvindo isto, admirou-se Jesus”. Você quer saber? Você deve ter um tipo de fé muito singular para deixar Jesus admirado. Pense nisso. Porque ele sabe tudo. Ele já viu tudo. Então quando ele diz, “admirou-se Jesus”, você entende que isso é uma grande afirmação. Ele nos conta que Jesus, em sua humanidade – isso é um lapso de sua humanidade – ele ficou literalmente admirado pela fé desse Gentio. Ele ficou surpreso.
Além disso, isso era uma preparação das coisas que estavam por vir, porque houve muitos outros Gentios que tiveram esse tipo de fé em Cristo. Muitos deles estão sentados aqui nesta manhã, e isso é uma repreensão severa aos Judeus. Veja o que ele diz no versículo 10, “Ouvindo isso, admirou-se Jesus e disse aos que o seguiam: Em verdade vos afirmo quem nem mesmo em Israel achei fé como esta”. Ele poderia terminar ali mas ele decidiu enfiar a faca, e então ele disse, “Nem em Israel”. A implicação é, “Eu deveria ter encontrado isso aqui. Vocês são o povo da aliança. Vocês são o povo da promessa. Vocês são o povo da herança. Vocês deveriam ter esse tipo de fé, mas eu não encontrei aqui, não esse tipo de fé”. Grande fé; ele elogia este Gentio.
E ele achou fé entre os Judeus. Não há dúvidas quanto a isso. Nós vimos isso em Mateus 4. Claro. Ele encontrou fé, mas nunca nesta combinação e nunca com tanta virtude. O amor está ali, a afeição está ali, a consideração está ali, a humildade está ali, a sensibilidade está ali, a confiança absoluta no poder de Cristo, a certeza de que ele é Deus em forma humana. Até mesmo se referindo aos discípulos, Jesus falou a respeito deles, “Homens de pequena” – o que? – “fé”. Eles eram discípulos e eles não tinham certeza de quem ele era. Tomé, depois da ressurreição disse, “Eu não sei”. Filipe disse, “Mostre-nos Deus”. Ele disse, “Vocês estão a tanto tempo comigo e vocês não sabem?”
Mas este homem tinha uma grande fé. É uma previa monumental do reino que Jesus concede, que os Gentios terão uma fé maior do que Israel. Preste atenção em mim. Isso é verdade hoje, não é? A igreja, predominantemente, é uma igreja gentílica. Israel ainda rejeita o Messias, e Jesus torna isso muito claro. Uma das afirmações mais devastadoras está no versículo 11, “Digo-vos (preste atenção nisso) que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus”. Pare aqui. Agora, está vindo um grande e glorioso reino. Está vindo um reino milenar e um reino eterno no futuro. Neste reino, a promessa maravilhosa de Deus a Abraão, Isaque e Jacó acontecerá. Eles são o povo da aliança. Eles são as pessoas pelas quais Deus trouxe a aliança. Existe um judaísmo essencial no futuro dos planos de Deus para o mundo, e Abraão, Isaque e Jacó representam a grande aliança da fé. O evangelho veio através da semente de Abraão. A salvação veio através da semente de Abraão. Nós somos abençoados nas tendas de Sem. Nós somos filhos de Abraão pela fé. A nossa bênção vem em Abraão. Portanto, nós, em um certo sentido, fazemos parte desta mesma aliança. Por isso existe um certo judaísmo no reino. No entanto, o que ele está dizendo no versículo 11 é o seguinte, “muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com eles”. Quem são estes muitos? O Oriente e o Ocidente. O ponto principal, é que começa com Israel; depois você vai para o leste e para o oeste e de lá você engloba o mundo gentílico. O que ele está dizendo é, “O reino estará cheio de Gentios”.
Você quer saber? Eles não acreditaram nisso. Esta foi uma afirmação chocante. Isso era contrário a todos os seus ensinos. Eles criam que, antes do reino vir, todos os Gentios seriam destruídos. Isso mesmo. Se você ler um pouco da literatura apócrifa como 2 Baruque, capítulo 29, ela pinta o que eles pensam que será o grande banquete, onde todos os Judeus se assentaram com o Messias. E diz isso naquela passagem apócrifa – refletindo o pensamento dos Judeus daquela época. Ela diz, “Os Judeus se assentarão no grande banquete e comerão o hipopótamo e leviatã”. O hipopótamo é uma palavra que se refere a elefante e leviatã é o monstro marinho, uma grande baleia. Eles terão um banquete como nunca tiveram antes onde eles comerão elefantes e baleias. Agora, isso é simbólico de uma quantidade incrível, ilimitada e enorme de comida. Este será um banquete para encerrar todos os banquetes, e isso é para os Judeus. O grande banquete messiânico; e por nenhum momento, eles nunca acreditaram que os Gentios estariam se reclinando na mesa com eles. Isso, primeiramente, iria acabar com o banquete deles porque eles teriam kosher. O reino incluiu os Gentios, não é? Dois mil anos depois, aqui estamos nós, e a igreja está cheia de Gentios; e nós sentaremos um dia naquele reino milenar no futuro com Abraão, Isaque e Jacó.
Agora, se isso não é devastador o suficiente, no versículo 12 eles pregam o caixão, “Porém, os filhos do reino...” Quem são eles? Os Judeus. Atos 3, “Vocês são os filhos do reino”. Pedro disse isso aos habitantes de Jerusalém, “Os Judeus serão jogados para as trevas: haverá choro e ranger de dentes”. Agora, isso é uma afirmação muito forte, uma afirmação incrível e uma afirmação devastadora. Eles são chamados de filhos do reino porque, corretamente, eles são os herdeiros. A promessa é para eles. Os privilégios foram dados a eles. Mas quando o reino vier, eles serão jogados para fora. Por que? Por que? Porque você não entra no reino por causa de uma semente física; só porque você é um Judeu, isso não significa nada.
Em João 8, eles desejam argumentar com Jesus a respeito disso. Por isso, eles entram neste pequeno diálogo a respeito do fato de que nós somos os filhos de Abraão e, sendo assim, nós temos tudo do jeito certo; nós temos tudo resolvido; e é desse jeito que vai ser. Jesus diz, “Eu sei que vocês são a semente de Abraão; mas vocês buscam me matar. Vocês buscam me matar porque a minha palavra não tem lugar em você. Eu falo a respeito daquilo que eu tenho visto com o meu Pai, e vocês fazem o que vocês tem visto em seu pai”. Eles responderam dizendo, “Abraão é o nosso pai” e Jesus disse, “Se vocês fossem filhos de Abraão vocês fariam as obras de Abraão. Mas vocês buscam me matar”. E então ele diz, “Vocês são do pai de vocês” – quem? – “o diabo”.
Você não sabe como eles O odiaram por ter dito isso. Os filhos do reino serão lançados para fora. Eles abriram mão de sua herança por causa da incredulidade. Eles anularam as suas promessas. Eles perderam os seus direitos do reino; e quando eles orgulhosamente demandarem entrada, eles serão expulsos. Para onde? Versículo 12. Para as trevas. Para as trevas. Este é um pensamento judeu. Jesus está falando a linguagem deles. Os rabinos ensinavam isso. “Os pecadores em Geena serão cobertos de trevas” de acordo com o Talmude. Os Judeus acreditavam que os pecadores iriam para as trevas. “E é exatamente para onde vocês estão indo” – Jesus disse, “onde os pecadores vão. Para longe da luz da presença de Deus”.
Algumas pessoas ficam confusas porque Ele diz que o inferno é um lugar de trevas e também um lugar de fogo, e eles ficam pensando em como um lugar com fogo pode não ter luz. Isso faz parte da qualidade sobrenatural do inferno. Lá haverá fogo, fogo do tormento e, junto com isso, total trevas. Um fenômeno criado por Deus para uma punição eterna. Trevas. Este é o lugar; assim como o céu é um lugar. O horror daquele lugar pode ser visto na frase no final do versículo 12, “haverá choro e ranger de dentes”. Este é o efeito das trevas: a perda de toda a felicidade, a perda de toda a alegria, a raiva de um desespero sem saída, o terrível tormento de trevas eternas, choro eterno e ranger de dentes eterno.
O versículo 42 do capítulo 13 de Mateus diz, “e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes”. Capítulo 13, versículo 50, “e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes”. Capítulo 22, versículo 13, “Então, ordenou o rei aos serventes: Amarrai-o de pés e mãos e lançai-o para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes”. Capítulo 24, versículo 51, “e castiga-lo-á, lançando-lhe a sorte com os hipócritas; ali haverá choro e ranger de dentes”. Cada uma destas citações vem de Jesus. Ele falou a respeito disso. Eu sei que as pessoas pensam que Jesus só falava a respeito de amor, coração e flores, mas ele não fazia isso. As pessoas dizem, “Ah, você é muito duro”. Olha, eu nunca preguei um sermão que fosse tão forte como os que Jesus pregou. Nunca. Eu nunca disse nada tão devastador como Ele disse. Eu notei ultimamente a afirmação que Bailey Smith, presidente da denominação batista do sul, fez dizendo que Deus não ouve as orações dos Judeus; ele sofreu muito na mídia por causa disso. Mas ele está certo. Deus não ouve a oração de um homem não regenerado. A Bíblia diz isso.
Eu fui entrevistado nesta semana. A Associated Press veio e eles queriam me entrevistar. Eles estão fazendo uma reportagem nacional a respeito de assassinatos em massa e me perguntaram, “Por que existem assassinatos em massa?” Eles queriam um posicionamento teológico e eu falei para eles, “Bom, porque as pessoas são más e vis, grandes pecadores”. Então eles perguntaram, “Por que você diz isso?” Eu respondi, “Porque a Bíblia diz isso. E se você permitir que eles caminhem com seus próprios passos, é exatamente isso que eles farão”. Eu disse, “A Bíblia diz que homens maus se tornarão cada vez piores. Conforme a sociedade tira as restrições e deixa o homem depravado viver do jeito que quer, é isso que você terá”. No final da entrevista, que era para durar 10 minutos e acabou durando uma hora e 15 minutos, nós tivemos uma boa discussão no final. A garota, que foi muito graciosa e fez excelentes perguntas, me disse, “Sabe, as pessoas podem achar você estranho por causa destas respostas. Por que você está tão convencido de que estas são as razões?” Eu respondi, “Muito simples. A Bíblia diz isso. E essa é a resposta final para mim”. Ela disse, “Isso explica tudo”. Você pode ser firme quando você tem a Palavra de Deus; e a palavra de Jesus é que as pessoas que rejeitarem o Messias, mesmo se elas são filhas do reino, serão lançadas nas trevas. Será que isso seria muito pior para os Gentios, que nunca conheceram a promessa da aliança, rejeitando assim o Messias?
Por isso, Ele faz um sermão, que não foi esquecido, no meio deste milagre. Ele diz no versículo 13, “Então, disse Jesus ao centurião: Vai-te, e seja feito conforme a tua fé. E, naquela mesma hora, o servo foi curado”. Jesus disse, “Vocês podem todos ir para casa. Ele está curado”. Você consegue imaginar aquele menino sendo curado de repente? Pulando daquela cama, daquele tapete, dizendo, “Senhor, eu não sei o que você fez, mas eu estou curado”. Você consegue imaginar, sabendo o que o centurião já cria antes disso, o que ele deve crer depois disso?
Você então diz, “Aquela frase, ‘Vai-te, e seja feito conforme a tua fé’ podemos reivindicar isso?” Não necessariamente. Ele disse aquilo para o centurião. Paulo acreditava que Deus poderia curá-lo. Deus não fez isso, não é? Esta é uma escolha soberana. As vezes ele curava pessoas que não tinham fé. Na verdade, se você quiser saber a verdade, a Bíblia não diz que o menino tinha algum tipo de fé. Ele o curou por benefício ao centurião e a todas as pessoas da história que leriam este relato. Eu penso que exista mais um centurião no céu e, honestamente, provavelmente mais um menino. Você percebe o que Jesus está dizendo aqui? “Eu busco leprosos, gentios marginalizados, porque o meu reino engloba aqueles que creem, aqueles que creem, e não aqueles que são de uma raça específica”.
Agora, no caso de os Judeus se acabarem nisso, ele adiciona mais uma cura nos dois versículos seguintes. Isso será breve; eu vou apenas mencionar. Veja, “Tendo Jesus chegado à casa de Pedro”. Os outros evangelhos nos dizem que isso aconteceu em um Sábado. Eles tinham estado na sinagoga. Na verdade, todos eles, como eu disse, podem ter acontecido no mesmo dia. E eles foram para a casa de Pedro. Eles fazem o que a gente faz. Eles vão para a sinagoga ou para a igreja, e depois eles vão para casa jantar, mas eles tinham um problema ali. O outro escritor, Marcos, nos diz que André estava lá, Tiago estava lá e João estava lá. Portanto, você tem Pedro, a esposa de Pedro, Tiago, João, André e Jesus. Você tem seis pessoas e elas tem uma verdadeira tragédia. Como que eles terão um jantar no sábado quando a sogra de Pedro está doente? Não é? É para isso que servem as sogras, não é? Como você poderá ter uma comida decente? Além disso, isso acaba com todo o esquema. Com isso, os outros se aproximam de Jesus, de acordo com Marcos, e dizem, “Venha conosco e a cure para que possamos comer”. Assim, você sabe, as primeiras coisas primeiro. Sabe, porque não? Não há nada de errado com esse serviço; dê a ela a oportunidade de servir. “Tendo Jesus chegado à casa de Pedro, viu a sogra deste acamada e ardendo em febre”. Pedro era casado. Nós sabemos disso porque em 1 Coríntios 9, Paulo diz depois no seu ministério, que não era errado para Pedro no seu ministério liderar com a sua esposa, o que significa que ela viajava com ele para alguns lugares. E aqui está a sua sogra.
Agora, os Judeus costumavam se levantar, e os fariseus costumavam se levantar e dizer a mesma coisa toda manhã. Esta era a frase padrão deles, “Eu te agradeço por não ser um escravo, um Gentio, ou uma mulher”. Eles criam que os leprosos, os Gentios e as mulheres estavam todos na mesma categoria. Eles tinham uma visão muito baixa das mulheres; por isso, quando Jesus cura uma mulher, isso é outra acusação que Ele faz. Uma sogra então, isso vai mais além. Então, ele está batendo em toda a tradição deles. Versículo 15, “Mas Jesus tomou-a pela mão, e a febre a deixou”. Pelo que ouvi, o hipotálamo, que fica no meio do cérebro, controla a temperatura do corpo e mantém ela nos 37 graus. Mas pode ficar doente; as vezes uma infecção vem de outras partes do corpo; no caso dela, poderia ter sido malária, que era muito comum naquela região. Quando o seu corpo começa a lutar contra isso, ele aumenta a sua temperatura, como vocês já sabem. Seja o que for, a temperatura pode subir até 42. Nós não sabemos qual era a dela, mas a indicação na história é de que era tão severa que ela poderia morrer daquilo. Então, Jesus estendeu a sua mão e tocou nela e imediatamente “a febre a deixou. Ela se levantou e passou a servi-lo”. Ela ministrou. Você sabia que era isso que ela deveria fazer por agradecimento pela cura? Eu imagino ela fazendo uns pães com peixe como eles nunca comeram antes. O peixe de São Pedro talvez, que vem do mar. É isso que eles chamam agora. Mas eles tiveram um bom tempo.
Existe algo maravilhoso a respeito disso. Eu fico pensando que o motivo por ter este milagre aqui a respeito da sogra é porque ela é judia. Pode ter sido difícil para os Judeus aceitarem o leproso; e então aceitarem um Gentio; e então ouvir as palavras de Jesus de que eles seriam excluídos do reino. E então, Jesus imediatamente traz a cura de um Judeu, talvez querendo dizer, “Sim, eu me voltei para os Gentios. Sim, o reino abraçará os Gentios; mas eu nunca dei as costas para o meu povo Israel. Haverá cura para eles também”. Não é verdade? Você não encontra isso em Romanos? Onde ele diz, “Claro. A raiz original era judaica; os Gentios foram adicionados nela; mas o dia virá em que Israel será trazido novamente para a bênção. Haverá um dia para Israel novamente.
Eu vejo isso inerente na simplicidade deste milagre. Ela foi imediatamente curada. O poder de Jesus Cristo foi manifesto. Se você consegue negar que ele é Deus diante destas coisas não é porque não existem evidências, mas sim porque não existe fé no seu coração, e não existe nenhuma fé ali porque o seu coração está amarrado pelo pecado. Vamos orar.
Pai, nós somos gratos novamente hoje por termos andado com Jesus, passado este dia com Ele. Nós nos sentimos como se estivéssemos ali. Nós podemos quase sentir o pó nos nossos pés, a brisa no nosso rosto, o calor do sol conforme ele caminha pelas estradas empoeiradas de Cafarnaum, podendo sentir a alegria no coração daquele centurião e ouvir as perguntam daquele garoto. Nós podemos ver os Fariseus e os lideres Judeus no canto buscando explicar o inexplicável, buscando entender o que fazer com Este que virou de cabeça para baixo tudo o que eles criam. Nós podemos sentir a alegria na pequena casa de Pedro em Cafarnaum conforme a sua sogra foi restaurada e ouvir as perguntas dos discípulos perguntando para Ele como que Ele fez aquilo, maravilhados com a presença de Deus no seu meio.
Pai, que nós possamos adorar verdadeiramente o Filho de Deus. Eu oro para que ninguém neste lugar saia, vá embora, sem conhecer a Jesus Cristo, sem crer. Nós reconhecemos que esta fé é um dom que Tu dás; nós oramos Senhor para que Tu dês esta fé, neste dia, para que ninguém vá para as trevas experimentar um choro e um ranger de dentes eterno.
Para aqueles de nós que somos Cristãos, Senhor, que nós possamos crer assim como este Gentio creu no seu poder. Que nós possamos ser fieis como a sogra, levantando-nos de nossa cura e servindo, pois as nossas vidas também foram tocadas, sendo curados do pecado, a maior cura. Que nós possamos ser fieis para servir. Que não haja fim de nossa contínua gratidão em nossos corações. Que não haja nenhuma diminuição de nossa gratidão, a fim de que possamos viver uma vida de serviço Àquele que nos tocou e nos fez completos. Nós oramos também para que Tu atraias todos os nossos corações para Ti; que aqueles que escolhestes para vir à sala de oração e à sala de aconselhamento venham e resolvam suas questões contigo. Nós oramos estas coisas para a Tua própria glória, no nome de Cristo. Amém.

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