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Nesta manhã, a nossa lição das Escrituras vem do capítulo 8 de Mateus. Mateus, capítulo 8. Nós veremos os versículos 23 até o 27. Mateus 8:23-27. Deixe-me dar um pouco de pano de fundo para a nossa reflexão desta manhã. Quando Deus criou o homem, Deus ordenou que esse homem fosse o rei da terra; era para esse homem ser um monarca. O livro de Gênesis diz que Deus deu ao homem domínio, soberania, direito de reinar sobre a terra. Então, quando o homem caiu em pecado, ele foi destronado como rei, ele perdeu a sua soberania, ele perdeu seu direito de reinar, ele perdeu a majestade, a maravilha e a glória de uma terra inocente; o reino que Deus lhe havia dado. A terra foi imediatamente amaldiçoada por Deus. Como resultado desta maldição, o domínio da terra caiu nas mãos do usurpador, Satanás, que é chamado de príncipe deste mundo, o deus desta era. Portanto, o homem perdeu o seu domínio e a terra perdeu a sua glória. Qual foi o resultado disso? Deixe-me falar de alguns: doença, dor, morte, dificuldades nos relacionamentos, guerra, tristeza, injustiça, falsidade, fome, desastres naturais e atividades demoníacas. Existem coisas que são resultado do pecado, e a terra passa por todas estas coisas constantemente. No entanto, a Bíblia revela para nós um grandioso e glorioso plano redentor em que Deus não redimirá apenas o homem, mas o ambiente do homem, ele redimirá a terra do homem, ele redimirá o universo do homem; ele reverterá a maldição. Agora, de acordo com o plano de Deus, para fazer isso, Deus teria que vir à terra duas vezes. A primeira vez ele viria para redimir o homem. A segunda vez ele viria para redimir a terra e o universo. Por isso, nós vemos a primeira vinda do Senhor Jesus Cristo, em que ele foi para a cruz e ressuscitou, para a redenção do homem. Na segunda vez, ele virá com toda a sua glória, estabelecendo o reino milenar de mil anos, um novo céu e uma nova terra por toda a eternidade, redimindo assim toda a criação. Agora, este é o plano, e Cristo é o que fará este plano acontecer. O maior projeto, então, é um universo sem choro, sem lágrimas, sem dor, sem doença, sem morte, sem enfermidade, sem dificuldades, sem desastres, sem demônios, completamente justo, completamente santo, completamente amável, completamente belo e completamente glorioso, para sempre. Este é o reino vindouro de Deus.

A primeira fase é o milênio, quando o Senhor reverter a maldição na própria terra. A segunda fase se encontra no estado eterno, quando Ele cria um novo céu e uma nova terra diferente do que nós temos agora. Tudo mudará no futuro. Tudo que nós conhecemos como maldição – tudo que acaba com a existência humana, tudo que quebra o coração do homem, tudo que rouba a alegria do homem, tudo que tira dele o domínio e o poder que Deus desejou para ele, a soberania que Deus projetou – tudo será revertido. A Bíblia diz que nós reinaremos para sempre com Cristo no seu trono. Esta é a redenção do universo. As coisas não serão sempre como elas são agora.

Agora, conforme nós olhamos para a redenção da terra e do universo, conforme nós olhamos para a vinda gloriosa do reino de Deus, se torna patentemente óbvio para nós que o homem não pode efetuar esta mudança. Nós não podemos mudar nada em nosso ambiente. Nós podemos tentar lidar com alguns dos problemas, mas nós não podemos eliminá-los. Nós não temos este poder. Agora, nós podemos enviar foguetes para o espaço, mas tudo o que fazemos é poluir o espaço. Podemos construir todo tipo de máquina e equipamento, mas tudo o que fazemos é poluir o meio ambiente onde estamos construindo e usando essas coisas. Como um médico me falou certa vez, para cada coisa na medicina que resolvemos, criamos seis outros problemas para serem resolvidos. Por isso, quanto mais rápido formos, mais para trás ficaremos; quanto maior for o nosso avanço, mais severas são as complicações. O homem não consegue trazer uma terra renovada. O homem não consegue eliminar a maldição. Ele não tem este poder. Por mais poderosos que sejam os nossos mísseis, por mais inteligentes que sejamos para lidar com fontes de energia, assim como o nosso desenvolvimento de energia atômica, e por aí vai, nós ainda não conseguimos aplicar estas coisas para mudar o nosso ambiente e mudar o nosso universo. Agora, se a terra será transformada e se o meio ambiente será alterado, e se haverá um novo céu e uma nova terra, isso deverá acontecer através de alguém muito superior a qualquer homem. Na verdade, ele não será apenas um poder que vai além do homem, isso será um poder que é inconcebível para o homem. Nós não podemos nem imaginar o tipo de poder que levará a reverter a maldição – para criar um novo céu e uma nova terra. Nós não podemos nem mesmo imaginar o tipo de poder que levou Deus a criar tudo no começo e sustentar a criação.

No Salmo 62, a Bíblia diz, “o poder pertence a Deus”. Em Jó 26:14, ele diz, “Mas o trovão do seu poder, quem o entenderá?” No Salmo 79:11, ele diz, “Grande é o teu poder”. Em Naum 1 ele diz, “O Senhor é...grande em poder”. Em Isaías 26:4, ele diz, “O Senhor Deus é uma rocha eterna”. No Salmo 65:6 (eu o li nesta manhã), ele diz, “por tua força consolidas os montes, cingido de poder”. Não é a toa que Davi diz no Salmo 63, “Ó Deus, tu és o meu Deus forte; eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja... para ver a tua força”. Que tipo de poder Deus tem? É visível para nós; Romanos 1. “o seu eterno poder, claramente se reconhece, sendo percebido”, diz Romanos 1:20. Que tipo de poder é esse?

Quanto mais olhamos para o universo, mais impressionante é o poder demonstrado ali. Pequeno homem. Se ele quiser manejar uma máquina com 450 cavalos por um dia, ele precisa usar 100 galões de diesel somente para mover aquela máquina na terra. Que tipo de poder é necessário para mover o universo além de nossa imaginação? Os nossos pequenos telescópios podem nos levar a quatro bilhões de anos luz ou 26 setilhões de milhas; se isso não faz sentido, imagine sete vezes dez com sessenta e sete zeros. Nós podemos olhar lá para fora, e sabemos que nem chegamos perto da margem do espaço. Por todos os lados que olhamos encontramos poder; o movimento dos corpos celestes energizados com um poder incrível. Vivemos em uma bola de quarenta mil quilômetros de circunferência, doze mil quilômetros de diâmetro, com a terra pesando seis septilhões e 500 setilhões sendo que ela fica pendurada em nada. Nós dizemos, “Bom, a gravidade a sustenta”. O que é gravidade? Que poder é a gravidade para sustentar esta coisa no espaço? E não apenas isso, mas fazendo-a girar. Onde estão os mísseis que nos fazem girar a 1600 quilômetros por hora? É nesta velocidade que nós estamos nessa manhã pessoal; 1600 quilômetros em círculo. Isso é tão preciso que nós conseguimos medir o tempo com isso. E não apenas isso, nós não estamos apenas girando a 1600 quilômetros por hora, mas também estamos girando em torno do sol, por um caminho de 933 milhões de quilômetros a 1600 quilômetros por minuto. E não apenas isso, o nosso sistema solar está viajando pelo espaço em uma orbita que leva bilhões de anos para completar em uma velocidade muito mais rápida do que essa. Nós estamos viajando em três velocidade. De onde vem este combustível? Onde está essa energia? O que nos faz mover? E você sabia que um bacalhau consegue botar nove milhões de ovos de uma só vez? Só para você pensar.

Deus não é apenas o Deus das coisas grandes, mas Ele também é o Deus das coisas pequenas. Você sabia que eles mediram e viram que o número de cavalos que o Sol tem é de 500 milhões de milhões de bilhões de cavalo. Existem pelo menos 100 milhões de sóis em nossa galáxia e quem sabe quantos milhões a mais de galáxias existem. Onde está o poder? O que faz tudo isso se mover? Você sabia que uma colher de água tem um milhão, bilhão, trilhão de átomos nela? E você sabe o que é um átomo? Um átomo é pura energia; apenas isso; uma pequena coisa de energia. Você diz, “Bom, existe matéria ali também”. Você sabe quanto de um átomo é matéria? Um trilionésimo dele. Você quer dizer que existe um trilhão de átomos em uma colher de água e que um trilionésimo daquele átomo é volume e o resto todo é energia em movimento? Sim. Deixe-me colocar de outra forma. Se você me pegasse – e alguns de vocês não fariam isso, mas imaginem – se vocês tirassem todo o espaço vazio de mim e me reduzissem a matéria, vocês sabem quanto eu teria de matéria? Como eu tenho um pouco mais de um metro e oitenta, um milionésimo de uma polegada cúbica. O resto é pura energia e movimento.

Agora, o que faz tudo isso se mover? Quando a Bíblia diz que Jesus sustenta o mundo com o seu poder, isso não significa que ele sustenta a matéria. Isso significa que ele energiza todos os átomos no universo, e o universo é tão imenso que o poder de Deus é inconcebível. Que tipo de poder? Você acha que Deus tem o poder de recriar a terra? Eu creio que sim. Ele tem o poder de reverter a maldição. Ele tem o poder de trazer o Éden de volta, o poder de criar um novo céu e uma nova terra. Eu creio que é por isso que Jesus veio – para nos mostrar este poder. Eu creio que Jesus veio ao mundo para declarar de uma vez por todas que Ele era Deus e que Ele, como o Deus Filho, tem o poder de trazer o reino de Deus para a terra amaldiçoada, que Ele era o rei prometido, o Messias prometido, que Ele poderia devolver a soberania ao homem, que Ele poderia restaurar a terra, que Ele poderia eliminar o pecado. Ele tem todas as credenciais.

Em Mateus 1, Mateus diz que Ele tem a genealogia certa. Ele era da linhagem de Abraão e Davi. Em Mateus 2, Ele teve o nascimento certo; Ele nasceu de uma virgem. Ele também teve o batismo certo; Ele foi confirmado pelo Pai e ungido pelo Espírito. Ele passou pelo teste certo, a tentação em que Ele demonstrou o seu poder sobre Satanás. E então, Ele teve a mensagem certa; Ele confirmou a palavra de Deus com autoridade absoluta. Agora, diz em Mateus 8 e 9 que Ele tem o poder certo. Se existe alguém que vai reverter a maldição, Deus disse que Ele será da linhagem de Davi. Jesus fez isso. Deus disse que Ele nasceria de uma virgem. Jesus nasceu. Deus disse que ele seria aprovado pelo Pai; e Jesus foi. Ele seria mais poderoso do que Satanás; Jesus foi. Ele falaria a verdade; Jesus falou. E aqui diz que Ele teria o poder; e Ele tinha.

Veja Mateus 9:6, “Para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra autoridade”. Você está vendo – você pode parar aqui – aqui está toda a questão dos milagres – para que os homens saibam que Ele tem o poder. Os milagres foram uma prévia do poder do reino. Quando ele curou os doentes, ele estava dando uma demonstração do glorioso reino onde não haverá nenhuma doença. Quando ele ressuscitou os mortos ele estava dando uma demonstração do glorioso reino onde não haveria mais morte. Quando ele acalmou as ondas do mar, ele estava demonstrando o glorioso reino onde os elementos naturais nunca estariam fora do controle. Quando ele expulsou os demônios, ele estava demonstrando um reino onde não haveria mais nenhuma atividade demoníaca. Quando ele falou a verdade, ele estava demonstrando um reino onde não haveriam mais mentiras, apenas a verdade. Quando ele manifestou a sua santidade, ele estava demonstrando um reino onde haveria apenas justiça. Entendeu? Tudo o que ele fez era para dizer ao homem, “Eu sou o que consegue reverter a maldição. Eu sou o que consegue trazer a soberania novamente ao homem em um reino eterno e glorioso”.

No capítulo 9, por exemplo, versículo 8, a multidão viu e se maravilhou e glorificou a Deus, que deu tamanho poder aos homens. No capítulo 10, versículo 1, “Tendo chamado os seus doze discípulos, deu-lhes Jesus autoridade”. Ele deu poder para eles em duas áreas: sobre os demônios e sobre as doenças. Estas são as duas únicas áreas de milagres. Os apóstolos nunca receberam poder para fazer milagres que tinham a ver com a natureza. Somente Jesus teve esses, sendo ainda poderes dados. Em Mateus 28, Ele diz, “Todo o poder me foi dado”, todo o poder. Em Marcos 9:1, “Dizia-lhes ainda: Em verdade vos afirmo que, dos que aqui se encontram, alguns há que, de maneira nenhuma, passarão pela morte até que vejam ter chegado com poder o reino de Deus”. Do que ele estava falando? “Alguns de vocês estarão vivos quando vocês virem o reino de Deus vir com poder”. Ele estava se referindo a sua transfiguração. Ele imediatamente foi ao monte e ali estavam os que haviam morrido, Moisés e Elias, aparecendo ali; e ele os trouxe de volta. Isso é poder. Ele se transfigurou e demonstrou a sua glória. Isso é poder. Eles viram o poder que seria totalmente manifestado no reino.

Em Lucas 4:32 diz, “E muito se maravilhavam da sua doutrina, porque a sua palavra era com autoridade”. Versículo 36, “Todos ficaram grandemente admirados... pois com autoridade e poder, ordena aos espíritos imundos”. Em Romanos 1:4, Paulo resumindo diz, “e foi designado Filho de Deus com poder”. E onde que este poder foi mais revelado senão em sua própria ressurreição dos mortos? Na verdade, em 1 Coríntios 1:24, ele diz que ele é “Cristo, o poder de Deus”. Agora, o que Mateus está mostrando para nós é que Jesus Cristo tem poder sobre todas as facetas da maldição: sobre doenças, morte, Satanás, demônios, elementos naturais, animais, dor e todas as outras coisas, qualificando-se como o justo herdeiro da terra, o Rei dos reis e Senhor dos senhores.

Agora, nós já vimos os primeiros três milagres. Existem nove milagres nos capítulos 8 e 9. Os primeiros três lidam com a doença, não é? Nós já vimos estes. Os três seguintes demonstram o seu poder sobre os elementos naturais, sobre o mundo sobrenatural e sobre o pecado. Por isso, você vai de doença, para elementos naturais, para o domínio sobrenatural dos demônios, para o pecado e até mesmo para a morte depois; todas estas imagens maravilhosas do seu poder. Agora, vamos olhar para os versículos 23 ao 27. Eu vou lhe mostrar quatro pontos: Os particulares, o pânico, o poder e o portento. Primeiro, os particulares. Lembre-se, conforme a gente olha para os versículos 23 e 24 e entramos no cenário, Mateus apresenta três milagres e uma resposta. A resposta estava nos versículos 18 ao 22, mostrando como as pessoas reagiram. Ele nos dará mais três milagres e outra parte de resposta, nos mostrando formas diferentes das pessoas responderem a Cristo. Agora, lembra do último grupo. Eles estavam fascinados, eles estavam interessados, eles estavam curiosos, eles estavam animados com o Seu poder. Porém, quando ele colocou tudo na mesa e disse, “Se vocês querem me seguir, vocês terão que deixar tudo para trás. Vocês terão que pagar um preço muito profundo e severo, e vocês terão que vir agora com todo o compromisso”, eles deram as costas. Eles não estavam interessados. Esta foi a primeira resposta.

Agora, nós vamos para a segunda sessão de três milagres e ele nos dará, no final destes três, uma resposta diferente. Veja o versículo 18. Vamos montar a cena. “Vendo Jesus muita gente ao seu redor, ordenou que passassem para a outra margem”. Agora, pule para o versículo 23. “Então, entrando ele no barco, seus discípulos o seguiram”. A pressão da multidão tinha chegado a tal ponto em que Jesus não podia mais lidar com aquilo, então ele disse, “É hora de ir embora”. Eles estavam na margem oeste do Mar da Galiléia, ou literalmente, no Lago da Galiléia, um pequeno lago, 21 metros de comprimento e 13 metros de largura no seu ponto mais aberto. Ele disse, “Nós iremos para o outro lado”. Eles pegaram tudo que eles conseguiram pegar; eles tinham feito tudo que poderiam fazer. Eu creio que Jesus estava cansado. Ele estava cansado. O Sábado tinha acabado. Eu acredito que já era noite por ser noite no versículo 16. Agora é bem de noite. A multidão o pressionava mais do que ele aguentava em sua humanidade. “Nós temos que ir agora. Nós temos que ir agora”. O que isso fez foi forçar a questão. Três discípulos, que aparentavam ser discípulos disseram, “eu gostaria de ir mas eu tenho que fazer isso, e depois eu tenho que fazer aquilo”. Jesus confrontou-os e eles ficaram. Porém, alguns estavam dispostos a seguir. O versículo 23 diz, “Quando ele entrou no barco, os seus discípulos o seguiram”.

Os últimos três que nós vimos na última sessão não seguiram. Mas alguns sim. Por isso, conforme o pequeno barco saiu da margem de Cafarnaum para ir uns oito ou nove quilômetros do outro lado, outros barcos foram juntos. “Os seus discípulos seguiram” simplesmente quer dizer nos outros barcos, obviamente. Eles não ficaram do lado de fora do barco. Na verdade, Marcos diz, “Haviam com ele outros barcos”. Além disso, o Mar da Galiléia é cheio, na época de Jesus, com pequenos barcos. Aquela é uma região de pesca e agricultura. Os peixes proliferam naquela região até hoje. Se você for lá, eles lhe darão o que eles chama de peixe de São Pedro, que é um peixe pequeno; ele parece um peixe de água doce, muito saboroso; e lá há muitos desses. A pesca e a agricultura era o que fazia aquele região funcionar. Havia muitos pequenos barcos, e uma pequena flotilha se forma conforme Jesus e os discípulos vão para o outro lado.

Veja no final do versículo 23 – isso é muito importante – os Seus discípulos o seguiram. Agora, Jesus está em um barco com alguns de Seus discípulos; além disso, neste momento, já está escrito em Marcos e em Lucas que Ele já escolheu os doze. É muito provável que alguns deles estão no barco com Ele, em outros barcos, e outros discípulos em outros barcos, todos indo juntos. Mas Ele já selecionou os doze. Porém, a palavra aqui, “Os seus discípulos o seguiram” é muito maior do que os doze. É uma palavra bem genérica e eu gostaria de falar a respeito disso por um momento. Existe uma confusão a respeito disso no Novo Testamento. Quando diz, “Seus discípulos”, a quem ele está se referindo? Bom, você precisa olhar para o contexto. A palavra por si só não nos diz nada. A palavra, mathetes, neste caso, ou mathesai, significa pupilos, alunos, seguidores; só isso. Ela é uma palavra bem genérica. Agora, algumas pessoas digam que quando você tem a palavra discípulo na Bíblia, ela se refere a um segundo nível de Cristão, uma categoria mais alta de espiritualidade, um tipo muito bom de Cristão. Em outras palavras, existem Cristãos normais, crentes, e existem discípulos, os super santos. Porém, este não é o caso. Você não consegue fazer esta palavra significar isso neste contexto, como veremos isso seguindo esta nossa linha de pensamento.

Agora, uma das razões pela qual nós não podemos ver isso como um discípulo legitimo é, por exemplo, quando nós voltamos para o capítulo 5, versículo 1: “Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte, e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos”. Agora, quais discípulos? Bom, algumas pessoas acham que são os doze e, portanto, se são os doze, então o sermão do monte é para os doze; mas não pode ser uma mensagem de salvação porque eles já criam. O problema com isso é que é uma mensagem de salvação e pressupõe que eles podem ainda não crer. Por isso a palavra discípulo aqui simplesmente significa alunos. Você tem a multidão que é indiferente e você tem as pessoas dizendo, “Ei, eu quero ouvir o que Ele tem para dizer. Eu estou bem interessado”. O nível do seu compromisso está indeterminado neste momento. Por isso, Ele fala com eles a respeito da salvação porque esta é a questão principal.

Agora, você vem de novo para o capítulo 8, versículo 21. Um dos que são chamados de discípulo diz, “Eu não vou te seguir até que o meu pai morra”. Jesus então diz, “É melhor você deixar o mundo cuidar dos seus mortos”. Em outras palavras, “É melhor você pregar o reino de Deus”. A implicação é que esse rapaz não foi. Ele deu as costas e foi para casa. Portanto, ele foi chamado de um discípulo mas ele não seguiu a Cristo. Agora, deixe-me colocar isso em um contexto. Todos vocês sentados nesta igreja são discípulos do John MacArthur. Vocês são mathetes. Vocês são alunos. Por que? Vocês estão aqui, ouvindo, sentados aprendendo. Agora, alguns de vocês estão gostando disso, alguns de vocês estão rejeitando isso; alguns de vocês acham isso bom, alguns de vocês acham que isso é ruim, outros não tomaram uma decisão ainda. Porém, todos vocês estão se expondo ao que está sendo dito; você é um discípulo, um aprendiz. Quando você vai para a UCLA ou Cal State Northridge ou para a universidade Pierce, para a Los Angeles Baptist, Biola, ou para o seminário Calvert, seja onde você estiver em classe, você é um mathetes. Você é um aprendiz. Você pode não aceitar tudo; você pode não crer em tudo; você pode crer. O veredito é algo diferente do que ser um discípulo. Isso simplesmente significa aprendiz. Existem vários tipos. Por exemplo, em João 15, diz, “Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta e joga no fogo”. O que significa estar “nele”? Significa ser um discípulo. Havia alguns discípulos que estavam conectados a Cristo e não tinham nenhum fruto, nenhuma justiça, nenhuma santidade, nada que demonstrasse uma verdadeira salvação. Eles eram cortados e queimados. Eles estavam por ali, eles eram discípulos, mas eles não eram de verdade. Em Mateus 13, você tem quatro tipos de solos. Todos eles são solos que estavam seguindo Jesus, quatro tipos de discípulos. A semente é jogada: em três, ela morre; em um, ela cresce. Um era real; três não eram.

Em Mateus 10, Jesus disse, “os meus verdadeiros discípulos são os que perseveram até o final”. E ele tinha Judas em mente quando ele disse isso. Judas não perseverou até o final e revelou que ele não era um verdadeiro discípulo. Eles estavam aprendendo com Jesus mas, só porque eles eram chamados de discípulos, isso não significa que eles eram crentes. Isso ainda não tinha sido determinado. A palavra por si só não é uma indicação de nada a não ser de que eles eram atraídos aos ensinos de Jesus e que eles O escutavam.

Agora, nós podemos reduzir discípulos a quatro categorias; isso pode lhe ajudar. Primeiro, havia aqueles que eram curiosos; discípulos curiosos. Eles seguiam Jesus: eles ouviam; eles ficavam fascinados; eles ficavam intrigados; eles ficavam maravilhados com o que Ele dizia. Mas você sabe o que aconteceu? Em João 6, Jesus disse certo dia para eles, “A não ser que vocês comam da minha carne e bebam do meu sangue”. Em outras palavras, a não ser que vocês estejam dispostos a receber tudo de mim, a não ser que vocês estejam dispostos a se identificar com tudo o que Eu sou, a não ser que vocês estejam dispostos a afirmar o meu total senhorio sobre a vida de vocês, vocês não podem ser meus discípulos. Vocês não podem me seguir. Vocês não podem entrar no meu reino. Ele diz de forma muito simples, “e estes discípulos não andaram mais com ele”. Eles eram curiosos, mas não comprometidos. E então Jesus disse, “vocês também vão embora?” e Pedro respondeu, “Para quem iremos? Só tu tens as palavras de vida eterna”. E então ele disse, “Mas nos cremos e sabemos que Tu és o Filho de Deus”. Em outras palavras, o texto diz que muitos dos seus discípulos não andaram mais com ele. Porém, Pedro disse, “Nós cremos e temos certeza”. Ele diz, “Nós não somos este tipo de discípulo que é curioso. Nós somos do tipo que é comprometido. Nós sabemos que você fala a verdade. Nós temos certeza”. Portanto, estavam curiosos. Eles vieram e foram.

Além desses, tinham os que estavam convencidos. Estes eram os discípulos que estavam intelectualmente convencidos. Nicodemos é uma ilustração clássica. Ele ficou por ali. Ele ouviu o que Jesus disse. Ele viu o que Jesus fez e veio a Jesus a noite e disse, “Eu penso que você veio de Deus”. Intelectualmente convencido, mas ele não diz necessariamente que ele acreditava em um sentido pleno. Havia também os discípulos que eram clandestinos, os discípulos secretos, como José de Arimateia, que manteve isso em segredo mas acreditava silenciosamente. Havia também os que eram comprometidos, os corajosos, os abertos, os que seguiam Jesus. Mas veja, todas estas categorias são possíveis. Portanto, quando o texto diz discípulos, você tem Pedro ali, você tem Judas ali, você tem Nicodemos, José de Arimatéia e um monte de outros sem nome que pularam fora assim que ficou mais difícil. A palavra não significa nada específico. Eles estavam todos por ali. Jesus estava prestes a demonstrar algo que era absolutamente incrível. Ele teve que preparar tudo e então, o texto diz no versículo 24, “E eis que sobreveio no mar uma grande tempestade, de sorte que o barco era varrido pelas ondas”. Você pode parar aqui.

Agora, estes barcos não eram grandes pessoal. Eles eram basicamente barcos pequenos, provavelmente abertos, sem nenhuma proteção. Um barco aberto; e uma tempestade vindo. Agora, o mar é um pequeno lugar, como eu disse; bem pequeno. É um lago. É apenas um lago. O Vale do Jordão está abaixo do nível do mar. Ele vai para o Mar Morto, que está a 300 metros abaixo do nível do mar, subindo para o Lago da Galiléia, que está a 185 metros abaixo do nível do mar. Portanto, ali você tem o Mar Mediterrâneo, o Monte Hermon que sobe para 2800 metros e depois ele cai para 185 metros abaixo do nível do mar. Lá em baixo estão as ravinas, os vales e regos. Quando o vento frio do norte vem do Mediterrâneo e começa a descer o Hermon e aquelas montanhas, eles passam pelos vales e se encontram com o ar quente que está ali em baixo onde o Lago da Galiléia está. Com isso, eles criam tempestades incríveis que aparecem muito, muito rápido. Uma vez que eles chegam ali, eles passam pelos penhascos na margem leste, circulando dentro daquela pequena bacia. Estas tempestades podem vir sem nenhum aviso; algo muito comum.

Eu nunca vou esquecer a minha própria experiência ao entrar em um barco em Cafarnaum; um barco pequeno, talvez com 9 metros de comprimento, eu acho. Nós estávamos cruzando o lago e ele parecia um espelho, muito bonito. Quando nós chegamos no meio, haviam ondas de água batendo por todos os lados. As águas estavam batendo e subindo tanto que molhou todas as pessoas sentadas mais próximas da borda – e o barco tinha duas cobertas mas mesmo assim – as pessoas literalmente tiraram as suas camisetas e deixaram a coisa acontecem. Eles estavam ensopados. Isso veio do nada e eles disseram que é algo muito comum.

Portanto, aqui estão eles. Está de noite, está escuro e o texto diz que tem “uma grande tempestade”. Além disso, a palavra no Grego é seismos, que significa terremoto. Nós temos a palavra sismógrafo dela. Significa um grande terremoto ou um grande estremecimento. Agora, nós não sabemos se isso fez tremer o mar ou se ele fez tremer a terra embaixo do mar. Mas, Deus decidiu que era hora de tremer; eu penso que, como você pensaria olhando para um pote grande de água, que Deus começou a tremer a terra. Quando você treme a terra a água reage. A coisa começou a tremer. A palavra grega usada em Marcos e Lucas é diferente e significa redemoinho ou tempestade. Se você tem um terremoto acontecendo, um redemoinho, um vendo forte vindo dessas tremendas montanhas, de repente você tem uma tempestade que não é normal. Eles têm tempestades normais, mas aqui diz no versículo 24, “E eis que sobreveio”. A palavra aqui, eis, significa vede. É uma afirmação de exclamação. Em outras palavras, isso foi algo chocante, surpreso, não esperado e severo. Eles já tinham visto – estes marinheiros – muitas tempestades; eles já estiveram naquele pequeno lago muitas vezes quando o vento ia de um lado para o outro, mas nunca houve ali nada como isso. Este foi um grande seismos, um terremoto, desconcertante, uma tremedeira violenta conforme os ventos e o movimento da terra batiam naquele pequeno barco através das águas. Eu não consigo imaginar como que isso seria. Eu me lembro neste verão, nós fomos em uma viagem nas Cataratas do Niágara. Alguns de vocês já devem ter ido lá. Aquilo foi o máximo que eu aguentei. Nós ficamos em baixo das cachoeiras e aquela coisa estava vindo assim e nós ficamos ensopados. Eles vestem você de algo e você fica só com o rosto de fora; coberto de roupas de borracha. Aquela coisa está caindo e batendo, e milhões de toneladas de água estão caindo na sua frente. Você fica cantando hinos e várias coisas encorajadoras e ao mesmo tempo pensando, “Eles fazem isso o tempo todo”. Eles fazem isso o tempo todo. Isso não é problema. Mas se você estivesse em uma situação assim, e você não tivesse nenhum conhecimento de segurança, você consegue imaginar o quão tenso seria. Aqui estão eles, a noite, e eles não conseguem ver o que está acontecendo.

Eu amo essa próxima linha. Veja o final do versículo 24, “Entretanto, Jesus dormia”. Isso é fantástico. Ele dormia bem. Quem conseguisse dormir durante isso deveria estar muito cansado. Isso me fala a respeito da humanidade de Jesus. Ele não estava somente tão cansado que ele foi dormir, mas até mesmo uma tempestade não conseguia acordá-Lo. Ele ficou cansado, muito cansado. Marcos diz que ele fez um travesseiro para a sua cabeça. Eles tinham um travesseiro jogado lá trás. Ele colocou um travesseiro debaixo de sua cabeça e dormiu. Ele deveria estar ensopado nesta hora; mas ele estava dormindo. Além disso, isso fazia parte da cena divina. Ele estava dormindo. O mar estava forte, a tempestade uivando, o vento de um lado para o outro, o pequeno barco estava sendo jogado como uma rolha no oceano, enchendo de água. Os outros evangelhos não contam que o criador do mundo estava dormindo. Além disso, enquanto ele estava dormindo, ele estava sustentando todos os átomos do universo ao mesmo tempo. O tempo no grego indica que ele estava dormindo profundamente, em paz. Ah, eu vejo a beleza da humanidade de Jesus aqui. Eu também vejo a confiança que Ele tinha em Deus. Ele está tão em paz que Ele não teme; ah, se nós conseguíssemos viver assim. Nós somos jogados pelas circunstâncias em nosso mundo e começamos a não confiar em Deus e entramos em pânico. O coração de Jesus estava perfeitamente calmo. Ele era onisciente e sabia de tudo no universo. Mesmo assim, ele estava inconsciente do que estava acontecendo ao seu redor; tão em paz que Ele estava debaixo do cuidado de Deus.

Conforme a tempestade aumenta, sem dúvida os marinheiros fizeram de tudo para cuidar disso e então, no versículo 25, eles se aproximam de Jesus. Isso nos leva ao segundo ponto: o pânico; dos particulares ao pânico. Além disso, pessoal, quando marinheiros perguntam a um ex-carpinteiro o que fazer na tempestade, então você sabe que eles estão com um problema muito grande. Jesus não tinha vivido na costa. Ele viveu em Nazaré, que era terra. No versículo 25, no pânico, os seus discípulos se aproximam dele e o acordam dizendo – e se você juntar todos os evangelhos, a fala completa é – “Mestre, mestre! Salve-nos! Você não se importa? Nós estamos perecendo!” Muitas frases curtas, “Mestre, mestre! Salve-nos! Você não se importa? Nós estamos perecendo! Nós estamos afogando! Acorde!” Desespero! Quanta indiferença! O fato deles terem ido até Jesus, como eu disse, é interessante. Como que ele poderia ajudar estes marinheiros? Porém, eles não tinham mais o que fazer. Eles não estão muito convencidos de que Ele é Deus neste momento, como eles esperam que Ele seja. No entanto, eles estavam justamente onde Deus queria que eles estivessem. Às vezes, Deus precisa nos levar a um ponto de desespero para ter a nossa atenção, não é? Eles não tinham mais respostas humanas; eles queriam respostas divinas. Esta era a esperança deles, que o realizador de milagres que conseguia lidar com doenças pudesse lidar com o mar. Com isso, eles estavam misturando medo com fé. Você percebe? Se eles tivessem fé total, eles estariam dormindo como Ele, confiantes no cuidado do Pai, pois eles estavam, talvez, tão cansados quanto Jesus.

A cena não poderia ser mais dramática. Eles interromperam o sono de Jesus. Assim como os homens são, eles se aproximam dele apenas em momentos de desespero. Como o capitão do mar que sempre dizia que não acreditava em Deus. Depois que ele foi lançado no mar ele começou a clamar a Deus. Eles o trouxeram de volta para o barco e disseram, “Eu achava que você não acreditava em Deus”. Ele disse, “Bom, se não existe um Deus, deveria existir um para momentos assim”. Existem alguns de nós que clamam a Deus quando estão no buraco. Nós ficamos doentes, ou alguém da família fica doente, ou morre, ou nós perdemos o emprego, ou temos problemas com a esposa ou com o marido, e nós começamos a clamar a Deus em meio a nosso desespero. Até mesmo a salvação é um ato de Deus em resposta ao desespero do pecador. Mas normalmente, o nosso primeiro clamor é como o deles. Como está registrado em Marcos, ele diz, “Você não se importa? Nós estamos afogando”. Você já fez isso? Quando você se encontra em uma circunstância e você diz para Deus, “você não se importa Deus?” Isso é falta de fé. Você não entende o amor dele.

Aliás, isso não é nada novo. Os santos do passado fizeram isso. Salmo 10, versículo 1 – Você se lembra disso? - , “Por que, SENHOR, te conservas longe? E te escondes nas horas de tribulação?” Deus você nunca está por perto quando eu preciso de você. Você não se importa? E depois tem Salmo 44:22 e prestem atenção nisso: “Mas, por amor de ti, somos entregues à morte continuamente, somos considerados como ovelhas para o matadouro.” Deus, por Tua causa nós estamos sendo massacrados. Acorda, por que você está dormindo, Ó Senhor? Como você pode estar dormindo quando nós estamos morrendo por Ti? Você vai achar a mesma coisa em Isaias 51:9, o mesmo tipo de abordagem, que mostra uma falta de fé. “Desperta, desperta, arma-te de força, braço do SENHOR; desperta como nos dias passados, como nas gerações antigas?” O profeta está dizendo, “Acorda! Levanta, Deus!” Você não está vendo o grande dilema de Seu povo? Como você pode dormir no meio de tudo isso? Não é muito diferente da nossa abordagem a Deus. Como você pode deixar que isso aconteça, Deus? Como você pode ser tão indiferente? Como você pode ser tão ruim? Como pôde me deixar passar por tudo isso? E a resposta é clássica. Versículo 26: “Por que sois tímidos?” Vamos parar aí.

Por que sois tímidos? Você pode dizer, “Você só pode estar brincando. Que tipo de pergunta é essa? Olhe ao seu redor. Está no meio da noite. Tem uma tempestade aqui como nunca vimos antes. O barco está cheio de água. Por que somos tímidos?” Aliás, a palavra tímido é a palavra grega usada para covarde, covarde. E isso é um pecado, porque em Apocalipse 21:8 a mesma raiz dessa palavra está em uma lista de pecadores que não vão entrar no reino. Os covardes e abomináveis, e é a mesma palavra: os temerosos, os covardes, aqueles que não têm fé. Na verdade, Marcos diz – onde está escrito, “Ó vós de pouca fé” — Marcos diz, “Como é que não tendes fé?” Vocês não acreditam e mim e em meu amor e meu poder? Essas são as duas coisas chaves. Se você crer no amor de Deus e no poder de Deus, você aguenta qualquer tempestade. Numero um, você sabe que Deus se importa com você; e número dois, você sabe que Ele aguenta a situação, não é? É só isso que você precisa saber. Deus me ama e Deus tem o poder para me libertar. Só isso! E eles estavam questionando se Ele se importava, e eles estavam questionando se Ele era capaz, e Ele diz, “homens de pequena fé”.

O que você tem que ver? Ele tinha operado milagre após milagre. Capítulo 4:23-25 fala que foram milagres de todo tipo, e depois você viu três ilustrações e aquelas são só amostras. Versículo 16: Ele estava curando as pessoas possessas por demônios, Ele estava expulsando os espíritos com uma palavra, Ele estava curando todos que estavam doentes. Eles tinham visto uma pletora de milagres e eles estavam falando, “Você não se importa?” E se eles não sabiam que Ele se importava com o sofrimento humano, eles eram cegos como os morcegos. E o que você vai fazer com isso? Se eles não achavam que ele tinha o poder, eles eram ignorantes. Não é incrível como nós podemos ver a demonstração de Deus depois, quando a circunstância se torna nossa, nós nos esquecemos de Seu poder completamente. “Ó, é tão maravilhoso o que o Senhor tem feito aqui,” e depois, “Ó, eu quero dar um testemunho de que o Senhor fez isso aqui e ali e lá,” e assim que alguma coisa difícil acontece em sua vida você começa a questionar o amor de Deus e o poder de Deus quando o negócio aperta na sua casa. Ó você de pequena fé.

Os discípulos primeiro, finalmente, na minha opinião, aprenderam que eles não tinham fé o suficiente. Então em Lucas 17:5 eles dizem “Senhor, aumenta a nossa fé”. E sabe o que Ele fez? Logo depois disso Ele curou dez leprosos. Ele disse, olhem isso e talvez isso vai ajudar na fé de vocês. Fé precisa ser constantemente fortalecida. Ele diz, “Ó vós de pequena fé”. Separe um tempo para ver isso em seu tempo de estudo bíblico, o conceito de pequena fé. Basicamente o que significa é não confiar na habilidade de Deus. Você não acredita que Deus pode providenciar; só isso. Você não acredita então você se preocupa, você fica ansioso, entra em pânico, sente medo, você fica covarde, não acredita que Deus pode cuidar de você. Ou você não acredita que Ele se importa, ou você não acredita que Ele pode; um dos dois ou os dois. Sim, Ele se importa; Ele só não consegue fazer nada. Ou, Sim Ele pode, mas Ele não se importa. Mas se Ele se importa e Ele pode, o que você vai temer?

Aliás, mesmo se eles estivessem se afogando eles não deveriam ter sentido tanto medo, porque isso teria sido da vontade Dele e Ele teria levado eles dali até o Reino do Pai Dele. Eles certamente conheciam os Salmos do Antigo Testamento. Salmo 89; lembra do Salmo 89? “Ó SENHOR, Deus dos Exércitos, quem é poderoso como tu és, SENHOR, com a tua fidelidade ao redor de ti?! Dominas a fúria do mar; quando as suas ondas se levantam, tu as amainas.”

E Salmo 46, “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações. Portanto, não temeremos ainda que a terra se transtorne e os montes se abalem no seio dos mares; ainda que as águas tumultuem e espumejem e na sua fúria os montes se estremeçam.” Não temeremos; não temeremos os elementos naturais. Talvez eles se esqueceram de Salmo 107. Eu amo isso: “Os que, tomando navios, descem aos mares, os que fazem tráfico na imensidade das águas, esses vêem as obras do SENHOR e as suas maravilhas nas profundezas do abismo. Pois ele falou e fez levantar o vento tempestuoso, que elevou as ondas do mar. Subiram até aos céus, desceram até aos abismos; no meio destas angústias, desfalecia-lhes a alma. Andaram, e cambalearam como ébrios, e perderam todo tino.” Você não consegue imaginar eles lá naquele mar e eles estão cambaleando e caindo? “Então, na sua angústia, clamaram ao SENHOR, e ele os livrou das suas tribulações. Fez cessar a tormenta, e as ondas se acalmaram. Então, se alegraram com a bonança; e, assim, os levou ao desejado porto.” Isso e uma profecia explícita do que Jesus fez. Deus faz isso no Salmo 107. Jesus faz isso em Mateus 8. A conclusão é indiscutível: Jesus é Deus.

E então, eles não tinham nada a temer. Nós vimos, em terceiro lugar, dos particulares ao pânico e então ao poder; ao poder. William Cowper escreveu aquelas grandes linhas:

Deus se move de forma misteriosa,

Realiza as Suas maravilhas;

Ele planta Seus passos no mar,

E anda em cima da tempestade...

Vós santos temerosos, tomem coragem,

Vocês tem tanto medo das nuvens

E elas são grandes em misericórdia, e vão quebrar

Em bênçãos sobre a tua cabeça.

Versículo 26: “E, levantando-se [no meio do versículo], repreendeu os ventos e o mar”. E fez-se grande bonança. Marcos 4:39 diz que Ele se levantou e disse, “Silêncio”, e imediatamente, não houve só uma bonança, mas houve grande bonança, uma bonança total. Agora, se você parar o vento, o mar vai continuar a mexer até que todas as ondas sigam em seu percurso. Ele disse, “Silêncio”. Ou como um comentário traduz, “Shhh”, e o mar se torna como vidro. As ondas pararam, o vento parou, e ficou tudo parado. Agora, pessoal, isso sim é poder. É impossível medir o poder do vento e estava existindo naquele tipo de tempestade porque nós não sabemos qual era o tamanho daquela tempestade. Mas em uma tempestade normal existem milhões e milhões de unidades de cavalos de potência gerados em uma tempestade pelo vento e ainda mais pela chuva, se isso estava envolvido. Ninguém podia medir o poder do terremoto, poder incrível, e Jesus parou com uma palavra.

Essa é a mensagem de Mateus para nós. Esse é aquele que conquista a doença. Esse é aquele que consegue lidar com a natureza e depois Ele vai nos falar que Ele é quem controla os demônios. Ele é aquele que pode perdoar os pecados. Ele é aquele que ressuscita os mortos. Pensem, amados, Ele é aquele que vive em sua vida.

Bom, eles tinham visto Deus, isso é puro e simples. E qual foi a reação deles? Versículo 27: o portento. No dicionário diz que portento significa maravilhar-se. Algo portentoso extrai maravilha ou admiração. E diz lá no versículo 27, “E maravilharam-se os homens, dizendo: Quem é este que até os ventos e o mar lhe obedecem?” A palavra no grego é potapos. Nós não temos nenhuma categoria para ELE, é o que eles estão dizendo. Onde Ele se encaixa? Que tipo de pessoa é essa que até o vento e o mar lhe obedecem? Agora prestem atenção em mim. Marcos em seu relato paralelo diz, “eles estavam possuídos de grande temor”. Marcos diz que quando a tempestade veio eles estavam com temor. Marcos diz que quando Jesus parou a tempestade eles estavam possuídos de grande temor. Sabe o que dá mais medo do que ficar no meio de uma tempestade? Perceber que você está na presença do Deus vivo. Isso é maravilhoso. Que experiência saber que Deus está no seu barco. Isso é muito mais aterrorizante do que qualquer tempestade.

Quando Jó viu as circunstâncias de sua vida e disse, “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza.” Quando Isaías viu Deus ele disse, “Sou um homem de lábios impuros. Tenho uma boca impura.” Quando Daniel viu Deus em Daniel 10 (Nós vimos isso algumas semanas atrás) ele começou a tremer e se agitar e ele caiu na terra e sua boca não funcionava e ele ficou mudo na presença de Deus. Quando Pedro viu Deus quando ele estava pescando no mar, ele disse, “Afasta-te de mim, pois sou um homem pecador, ó Senhor”. Quando o apóstolo Paulo viu Deus em sua forma ressurreta, o glorioso Jesus Cristo, ele caiu prostrado em terra e ficou cego. E você ficaria tão sobrecarregado com santidade se você ficasse diante da presença Dele. Esses discípulos sabiam que Deus estava ali e a maravilha disso era aterrorizante. Eles foram desmascarados. O onisciente podia ler cada pensamento, sabia tudo deles. Eles estavam na presença de Deus.

O passeio seguinte de barco que eles fizeram, relatado em Mateus, levou-os a uma situação similar e eles disseram, quando acabou, depois que Ele parou outra tempestade, lá diz, Mateus 14:33, “E os que estavam no barco o adoraram, dizendo: Verdadeiramente és Filho de Deus!” Da vez seguinte, se eles ainda tinham alguma dúvida, foi removida. Ele era o Filho de Deus. Até os ventos e o mar O obedecem. Deixa-me fazer uma pergunta. Ele é o que pode reverter a maldição? Ele tem o poder para mudar a terra? Ele tem o poder para restaurar o reino? A resposta é sim. O escritor de uma música escreveu:

Nós cantamos a onipotência de Deus,

Que fez as montanhas se levantar,

Que espalhou nos mares correntes amplamente

E construiu os céus elevados.

Cantamos a sabedoria que ordenou

Que o sol reine de dia;

A lua também brilha com Seu comando,

E todas as estrelas obedecem.

Senhor, como Tuas maravilhas são exibidas

Por onde quer que olhemos,

Por onde quer que pisemos

Ou olhamos para os céus!

Não há planta ou flor na terra

Que não faça Tua glória ser conhecida;

E nuvens se levantam e tempestades assopram

Pela ordem vinda do Teu trono.

E então ele fecha com esse verso:

Em Ti cada momento dependemos;

Se você se retirar, morreremos.

Que nós possamos nunca ofender esse Deus,

Que está para sempre perto.

O mesmo Jesus, que acalmou o mar, é Aquele que mantém todos aqueles átomos em seu corpo mexendo, é Aquele que mantém a terra girando no espaço, Aquele que mantém esse universo equilibrado. Esse mesmo Jesus Cristo um dia virá e vai estabelecer Seu reino eterno. A questão é: Você vai fazer parte desse reino pela fé?

Pai, obrigado por nosso tempo aqui nessa manhã com a Tua Palavra. Nós temos aprendido tantas lições, lições de confiança e fé em meio a tempestades na vida, porque nós sabemos que o Senhor se importa e nós sabemos que o Senhor pode. Senhor, não nos deixa ter pouca fé, não confiando em meio a tempos de trevas. E Senhor, ajuda-nos a saber, sem sombra de dúvida, que Jesus Cristo é o Deus vivo, o único que pode redimir o homem e redimir essa terra amaldiçoada e estabelecer o glorioso e eterno reino. Pai, eu oro nessa manhã para que ninguém saia daqui sem conhecer a Cristo, sem ter vindo com fé para crer, de ser convencido de que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, Aquele que morreu e ressuscitou, e que eles possam colocar sua fé Nele. E para nós que somos cristãos, Senhor, nos lembre da fraqueza da nossa carne, nossas dúvidas, nossos questionamentos. Quantas vezes temos dito, “Você não se importa?” Temos pena de nós mesmos e questionamos o amor que o Senhor nos prometeu, questionando o poder que está à nossa disposição. Ensina-nos aquelas lições que o Senhor quer que aprendamos. E que nós possamos ensinar aos outros. No nome de Cristo. Amém.

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