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No estudo da Palavra de Deus, que é o nosso grande privilégio e oportunidade hoje, somos levados ao nono capítulo de Mateus. Mateus capitulo 9. Eu confesso a vocês que é uma alegria toda semana quando eu posso separar um tempo e me envolver no estudo desse evangelho tremendo. Eu espero por isso. Eu amo isso. Alimenta meu coração e minha alma, e depois eu tenho o privilégio em dose dupla porque eu posso vir aqui até vocês e compartilhar o conteúdo com grande alegria. Mas eu tenho que admitir, que se ninguém aparecesse e não tivesse sermão para pregar, o estudo em si valeria toda o esforço pela riqueza que me traz sobre a pessoa de Jesus Cristo. Agora, estamos olhando em Mateus 9, e, nessa manhã, eu quero examinar os versículos 27 até a primeira parte do versículo 33. Mateus 9:27, até 33. Nós intitulamos essa seção de “Milagres de Visão e de Som.”

Quando Deus criou o homem, Ele lhe deu domínio sobre a terra. Adão foi o rei da terra. Ele tinha o direito de reinar, dar nome aos animais, dominar e criar ordem. Ele foi rei, e seu reino foi uma criação totalmente maravilhosa que veio da mente infinita de Deus: um reino de luz, um reino de glória, um reino de maravilha e beleza. Mas o homem pecou e ele perdeu sua coroa. Ele perdeu seu domínio. O reino de luz foi substituído por um reino de trevas nesta terra. O domínio do homem foi usurpado por Satanás; e por causa dessa usurpação, e por causa do reino das trevas, vão existir lágrimas, dor, tristeza, suor, luto, doença, ferimentos, sofrimento, decomposição, disputas, brigas, guerra, caos, assassinatos, mentiras, e, por último, morte. E tem sido assim para o homem em seu mundo, suas vidas. Mas quase instantaneamente depois que houve a queda, Deus prometeu que Ele iria um dia restaurar o reino. Um dia, a humanidade poderia mais uma vez ser o rei do mundo. Um dia o domínio seria tomado de Satanás. Um dia o reino das trevas iria acabar e o reino da luz, de glória iria retornar; um dia e para sempre.

Na verdade, em Genesis, capítulo 3, assim que o homem caiu Deus prometeu que viria Alguém que seria chamado de Semente da mulher; e que esse Alguém iria esmagar a cabeça da serpente. E daquele tempo em diante, o Antigo Testamento foi preenchido com promessas de que Deus traria um Libertador, que Deus traria um Rei, e que aquele Rei iria restaurar o reino, iria estabelecer mais um vez a lei de Deus, iria acabar com doenças, morte, dor, enfermidades, tristeza, guerra e brigas. E os profetas iriam, repetidas vezes, falar que Ele está vindo: O Filho Ungido, o Rei dos reis, o conquistador de Satanás, Ele vai derrotar a morte, destruir o pecado, curar. Os judeus conhecem-no como o Messias, o Ungido, o Profeta, Sacerdote, e Rei que excede todos os outros. “Um dia,” diz no Antigo Testamento, “Ele virá, Um dia Ele vai estabelecer Seu trono. Um dia será como Deus pretendia que o mundo fosse.”

O propósito de Mateus em escrever é nos dizer: que Jesus é aquele Messias; que aquele dia chegou; que Cristo é o Rei prometido; que Ele é o quem pode consertar os erros, quem pode reverter a maldição, quem pode estabelecer o reino, quem pode destruir o inimigo. Ele é o único. E para nos convencer que Cristo tem o poder para fazer isso, nos capítulos 8 e 9, Mateus marca o poder Dele de milagres, e ele não faz isso de forma aleatória. Ele marca o poder de milagre de Jesus, eu creio, da forma que é associado com profecias do Antigo Testamento. Existiam muitos milagres que Jesus fez – Mateus seleciona nove deles nos capítulos 8 e 9, três seções de três — e, nesses milagres, eu vejo o cumprimento da profecia do Antigo Testamento. E Mateus estava dizendo, “Esse é o Messias. Ele realiza a profecia. A profecia diz que Ele vai fazer tudo isso no reino, e Ele tem te dado uma prévia disso tudo.” O reino vai evidenciar Seu poder sobre doença, Seu poder sobre a morte, Seu poder sobre os elementos, Seu poder sobre toda a terra; e em sua primeira vinda, Ele deu prévias de tudo isso. Agora lembrem que dos nove milagres, os primeiros três lidam com doenças, os segundos três lidam com desordem, e o terceiro grupo lida com a morte. E existe uma sobreposição, mas esse é só um foco geral.

Agora pense comigo. Você lembra quando começamos o capítulo 8, os primeiros três milagres tinham a ver com curar doenças. Agora me permita colocar isso num contexto para vocês. O profeta Isaias disse, no capítulo 33, versículos 22 a 24 — não precisa abrir lá, só prestem atenção enquanto eu leio algumas dessas profecias rapidamente. O profeta disse, falando sobre o reino que estava pra vir, “Porque o ... o SENHOR é o nosso Rei; ele nos salvará... Nenhum morador de Jerusalém dirá: Estou doente...”. Em outras palavras, será verdade que no reino eterno de Cristo não terá doenças. Em Isaias 57:19, o profeta mais uma vez diz que no reino, terá “... paz para os que estão longe e para os que estão perto, diz o SENHOR, e eu o sararei.” Então o judeu antecipava que o Messias traria o fim às doenças em Seu reino glorioso. E como não havia doença antes da Queda, não vai ter doença depois da restauração. Agora, se Jesus Cristo é o Único que tem o poder para fazer isso, Ele também precisa demonstrar esse poder, e por isso que Mateus nos mostra que Ele tem poder sobre doenças.

Em Segundo lugar, os próximos três milagres que nós vimos no capítulo 9 lidam com seu poder sobre a desordem. Aqui existe a desordem no mundo físico, no mundo espiritual relativo aos demônios, e desordem no mundo moral lidando com o pecado. Se você ler o profeta Isaias, particularmente no capítulo 35, você vai ler, por exemplo, lidando com o mundo físico, de que quando o reino vem, o Messias vai mudar a terra. O deserto vai brotar como o que? Uma rosa. E os rios e riachos vão aparecer no deseerto. A topografia vai mudar. A geografia vai mudar quando Ele lida com os elementos físicos e naturais. Se o Messias vai fazer isso, Ele deveria demonstrar esse poder. Por isso, no capítulo 8, Mateus aponta para o milagre de Jesus acalmando o vento e as ondas como prova de Seu poder sobre o mundo físico.

Também, na área de desordem, o Messias vai derrotar Satanás e seus demônios. Daniel 9, Daniel 10, e Daniel 11 falam sobre esse conflito e essa ação recíproca entre os anjos santos e os demônios caídos; e também falam, no final, com Deus e Seus anjos que serão vitoriosos. E se Jesus vai fazer isso no final, Ele deve demonstrar esse tal poder. E então Mateus escolheu escrever sobre o milagre em que Jesus expulsou o maior número de demônios, uma legião de demônios saiu do maníaco de Gadara como uma demonstração de Seu poder sobre isso no reino.

E a terceira área de desordem foi a desordem moral, pecado, e então o Senhor é visto no capítulo 9, versículos 1 ao 8 expulsando o pecado. Por que? Porque diz em Isaias 33:24 que no reino, “perdoar-se-lhe-á a sua iniqüidade.” Agora, o Messias deve perdoar iniquidade, conquistar demônios. Ele deve lidar com o mundo físico e curar doenças. E se Jesus é para ser o Messias, Ele tem que provar isso; então Mateus cuidadosamente seleciona esses milagres para essa afirmação.

O terceiro grupo de milagres — os que estamos vendo agora — lida primariamente com Seu poder sobre a morte. E tem alguns milagres nesse, mas os mais importantes que estamos vendo estão nos versículos 18 ao 26. Nós vimos isso na semana passada. Ele ressuscita a filha de Jairo dos mortos. Isso é exatamente o que está escrito em Isaias 65 quando diz: O Messias terá o poder para alongar uma vida. E Daniel 12:2 diz que Ele vai ter o poder para levantar pessoas dos mortos. E se Jesus é o Messias, então ele deve demonstrar esse poder, e isso é exatamente o que Ele fez quando ele ressuscitou a filha de Jairo dos mortos.

Ele não só tem o poder sobre os mortos, mas até sobre os orgãos mortos dentro do ser humano, como seus olhos ou seus ouvidos e suas línguas; e isso é demonstrado em nossa passagem hoje. Permita-me ler para vocês duas profecias do Antigo Testamento. A primeira está em Isaias 29:18; e você pode abrir lá. Isaias 29:18. Fala diretamente com a nossa mensagem de hoje, e está falando sobre o reino e o dia quando o Messias virá, e diz, “Naquele dia, [prestem atenção] os surdos ouvirão as palavras do livro, e os cegos, livres já da escuridão e das trevas, as verão”. E depois no capítulo 35, versículos 5 e 6, ainda no livro de Isaias, diz quando o reino vier, “Então, se abrirão os olhos dos cegos, e se desimpedirão os ouvidos dos surdos; os coxos saltarão como cervos [ou como corças], e a língua dos mudos cantará; pois águas arrebentarão no deserto, e ribeiros, no ermo.” Então o Antigo Testamento falou que os surdos ouvirão e os mudos falarão e os coxos andarão, e que o Messias daria vida às partes mortas. Milagres de Visão e de Som, e é exatamente isso o que temos nos versículos 27 a 33 de Mateus 9, uma outra afirmação, outra demonstração do fato de que Jesus é o Messias profetizado, porque Ele cumpre todas essas profecias explicitamente.

Só como uma nota de rodapé. Quanto mais você estudar o Novo Testamento, mais aparente se torna de que Jesus, em Sua primeira vinda, demonstrou prévias maravilhosas do que virá em Seu reino. Por exemplo, quando Ele foi levado para o monte e transfigurou, Ele arrancou a sua carne e mostrou a eles Sua glória. Aconteceu, em um microcosmo ou uma pequena visão, do que aconteceria em Sua segunda vinda. Depois, no Dia do Pentecoste, eles estavam todos cheios do Espirito e começaram a falar em outras línguas, foi dito, “Foi isso que foi dito pelo profeto Joel.” Em outras palavras, isso foi uma amostra do que iria acontecer plenamente na forma final de Seu reino glorioso; então a Sua vida se torna uma série de vislumbres do poder que vai ser demonstrado quando Ele estabelecer Seu eterno reinado na terra e no novo céu e nova terra. Mateus não seleciona esses milagres aleatoriamente. Ele não só jogou essas histórias juntas só porque ele achou bonitinho. Elas estão ali explicitamente para nos dar o total do cumprimento das profecias e afirmar a nós que Jesus é o Messias prometido.

E agora chegamos aos milagres de visão e de som. Olhem no versículo 27: “Partindo Jesus dali.” Pare aqui. Partindo da onde? Simplesmente da casa de Jairo, o bairro de Jairo, mesmo dia; deve ser tarde agora. Um dia bem ocupado ressuscitando pessoas dos mortos, curando a mulher com o fluxo de sangue, provavelmente conversando com os discípulos de João Batista e os Fariseus. Um dia muito muito ocupado. A tarde, Ele sai da casa de Jairo. E, lembram, tem uma grande multidão rodeando Ele. Ele tem duas multidões na verdade: A multidão que O estava seguindo esse tempo todo, a multidão que se apertava nas ruas estreitas de Cafarnaum até chegar na casa de Jairo, a mesma multidão que estava lá quando Ele curou a mulher com o fluxo de sangue, a multidão que está procurando por milagres, que está fascinada com Ele. E agora uma outra multidão se adiciona; e essa é a multidão dos que estavam de luto e os que recebiam para tocar a flauta e as mulheres que choravam que estavam fazendo o ofício fúnebre para a filha de Jairo. O funeral acabou quando Ele a ressuscitou dos mortos. E agora ele tem essa coleção inteira da humanidade; e Ele passa daquele lugar, passando pela casa onde ele acabou de sair; e enquanto Ele faz isso a história desvenda. E eu quero que nós olhemos para essa história com um simples esboço; e eu quero que você veja esse maravilhoso, maravilhoso milagre que o Senhor faz.

Primeiramente, vamos falar sobre a cura dos dois homens cegos; e a primeira coisa que eu quero notar é a condição dos homens, no versículo 27. Lá diz que quando Jesus saiu da casa de Jairo e de seu bairro, “dois homens cegos seguiam-No”. Cegueira era uma doença comum, uma desordem comum no Egito, nos países árabes, e em Israel. Na verdade, o evangelho conta mais relatos de cura de cegos do que de qualquer outra doença. Isso pode indicar como isso era comum. Pobreza e as condições sanitárias que acompanham, luz muito forte do sol, calor de mais, tempestades de areia, acidentes, guerra, infecções. Todas essas coisas contribuíam para a cegueira. Muitas pessoas eram cegas de nascimento; e, muito comumente, sua cegueira de nascimento era causada por alguma forma de gonorreia. Às vezes a mãe nem sabia que tinha a doença; e, mesmo assim, quando o pequeno bebê saía do útero, aqueles germes específicos que estavam no ventre da mãe achavam abrigo no olho do recém-nascido; e quando faziam isso, eles começavam a multiplicar; e dentro de três dias, a criança estava totalmente cega. Por isso, hoje, colírio antisséptico são colocados nos olhos dos bebês recém-nascidos; e por todos os propósitos e intenções, eliminamos esse problema.

Isso pode ter sido o que estava na mente dos discípulos quando eles perguntaram em João 9:2, quando eles viram o homem que nasceu cego e eles perguntaram, “quem pecou? Foi este homem ou seus pais?” Pode ter tido alguma teologia por trás da pergunta, mas pode também ter tido um pouco de medicina por trás da pergunta também, ou alguma coisa física. Eles podiam estar perguntando, “ele é cego por causa do pecado dos pais dele?” Porque muitas vezes doenças venéreas são contraídas em uma situação pecaminosa e era a causa da cegueira da criança. Então era algo comum pessoas nascerem cegas. Também existiam organismos infecciosos que eram uma causa comum do tracoma. Sulfonamidas praticamente eliminaram isso hoje em dia. Mas todas essas coisas criaram o problema da cegueira, e parece que era um problema grande, e os cegos ficavam juntos. Não era raro ver dois cegos se apoiando um no outro; e então, o nosso Senhor falou aos Fariseus uma vez, “Vocês são como um cego guiando outro cego, ambos caiem no buraco”.

Então nós vemos a condição dos homens. Em segundo lugar, nós vemos o clamor dos homens. Esse é um ponto muito importante. Os dois homens seguiram-No. Eles estão na multidão empurrando os outros tentando passar, tentando ficar com o grupo no meio de sua cegueira, empurrando e sendo empurrados com todos enquanto eles saem do bairro de Jairo. E eles estão clamando, e também estão falando, “Filho de Davi, tenha misericórdia de mim!” Eles são muito atrevidos. Não ficam com medo e se enfiam em um canto. Eles estão tentando passar empurrando e sendo empurrados e clamando. Com certeza eles já tinham ouvido falar de Jesus. Com certeza eles eram parte da multidão que se encontrou na casa de Jairo e ouviram falar da ressurreição.

E eu paro agora só pra fazer um pequeno comentário. Sempre são os que tem o coração partido. Sempre são os desolados. Sempre os que estão com dor, os que não se encaixam, os exilados, os desencorajados, os tristes, os que estão sozinhos, os pecadores, os culpados; que seguem Jesus. Nunca são os arrogantes. Você nunca vai achar as pessoas que acham que eles têm todos os recursos. Você nunca vai achar as pessoas que não têm perguntas. Eu falei com um homem essa semana, e eu disse a ele, “Você, eu posso lhe apresentar Cristo. Eu posso falar de Cristo pra você. Posso lhe falar de Cristo se você quiser saber.” Ele respondeu, “Eu não quero saber. Eu não tenho necessidade nenhuma disso.” O que você pode fazer nessa situação é orar para que Deus leve ele até um lugar onde ele tenha uma necessidade desesperadora, porque só são os desesperados que vem.

Agora, esse homem e seu amigo cego estavam clamando, e a palavra usada aqui é muito interessante. É uma palavra que tem um alcance amplo de possíveis interpretações, mas a palavra basicamente significa que eles estavam gritando ou berrando ou gritando de forma estridente; e nos Evangelhos é usada com uma pessoa enlouquecida que está só gritando de forma estridente falando coisas incompreensíveis. É usada com um epilético. É usada em Marcos 5 do maníaco de Gadara que estava possesso por demônios e que estava gritando e berrando. É usada em Marcos 15 do nosso Senhor na cruz; e lá diz, “Mas Jesus, dando um grande brado, expirou”. É usada também em Apocalipse 12:2 da mulher que grita com as dores de parto. É uma palavra que não necessariamente tem a ver com fala inteligível, verbalização inteligível. Pode ser um clamor inteligível em agonia que nós vemos nessas ilustrações. E isso me interessa porque diz que eles não estavam só berrando ou gritando e chorando, mas eles estavam falando algo inteligível intercalado com tudo isso, como, “Filho de Davi, tenha misericórdia de mim”! Mas não foi algo calculado, frio, pedante e acadêmico. Eles estavam clamando em agonia e desespero com uma necessidade real e profunda e gritando, implorando e suplicando. É nesse tipo de desespero que a regeneração é feita.

Além de chorar e clamar, misturado com isso eles estavam falando oseguinte. Olhem para o versículo 27 mais uma vez; uma afirmação muito importante. Eles estavam dizendo, “Filho de Davi. Filho de Davi.” Por que eles falaram aquilo? Por que eles chamaram Jesus de Nazaré de Filho de Davi? Eles conheciam a linhagem de José, que era descendente de Davi? Eles conheciam a linhagem de Maria, que também, de acordo com Lucas 3, eu acredito, era da linhagem de Davi? Bom, eu não sei se eles sabiam disso. O que eles sabiam? O termo Filho de Davi era uma designação comum judaica para o Messias. Era o título comum judaico para o Messias: Filho de Davi. Mateus sabia que aquele foi o ponto de reconhecimento judaico. Por isso, no primeiro capítulo e no primeiro versículo no evangelho de Mateus ele começa daquele jeito. Ele escreve, “Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi.” O que é isso? Essa é uma afirmação messiânica. Ele é O Prometido; e nesse título, Filho de Davi, está todo o conceito de domínio e realeza e majestade que os profetas falaram. Viu? O Antigo Testamento dizia que o Messias, primeiramente, seria a Semente de uma mulher. Isto é, um homem, um ser humano. O Messias seria a Semente de uma mulher; uma mulher virgem, mas, no entanto, um humano.

E então, Deus iria redimir a humanidade através de um homem. Mas de todos os homens que Ele poderia ter escolhido, Ele resumiu em Genesis 22, e disse que não seria só a Semente da mulher, mas a Semente de Abraão. E Ele limitou mais ainda além de Abraão. De todos que vieram de Abraão não foi só qualquer um, mas a Semente de Judá, e de todos que vieram de Judá (Genesis 49:10), Ele disse, vou limitar mais ainda para a Semente de Davi. Então o Messias viria do homem, de Abraão, De Judá, finalmente de Davi. E por isso em 2 Samuel 7 você tem aquela afirmação muito importante no versículo 12 quando a promessa de Deus é dada a Davi: “Quando teus dias se cumprirem e descansares com teus pais, então, farei levantar depois de ti o teu descendente, que procederá de ti, e estabelecerei o seu reino. Este edificará uma casa ao meu nome, e eu estabelecerei para sempre o trono do seu reino. Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho.” E isso não se cumpriu com Salomão. Isso é Cristo, filho de Davi, e todo judeu sabia como interpretar 2 Samuel 7. Eles sabiam que eventualmente, teria um Filho de Davi.

Em Lucas capítulo 1, a Biblia nos diz no versículo 32 que o anjo disse, “Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai.” No versículo 69. “E nos suscitou plena e poderosa salvação na casa de Davi, seu servo.” Capítulo 2, versículo 4, diz, “José também subiu da Galileia, da cidade de Nazaré, para a Judéia, à cidade de Davi, chamada Belém, por ser ele da casa e família de Davi.” E em Atos capítulo 2, identifica Cristo como o cumprimento da promessa dada a Davi; e Paulo faz isso em suas epístolas; e João faz isso em Apocalipse. Repetidas vezes Cristo é chamado de Filho de Davi.

Olha aqui comigo por um momento em alguns versículos que eu acredito ser mais importantes. Mateus 21:9: e eu quero que isso fique gravado firmemente em suas mentes; e aqui você tem aquela hora que Jesus fez sua entrada triunfal na cidade. E a multidão estava louvando-o e jogando ramos de palmas aos seus pés e eles clamavam, “Hosana ao Filho de Davi!” e depois eles disseram, “Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas maiores alturas!” Eles estavam falando que esse era o Messias. Hosana significa salve-nos. Que Ele está vindo no nome do Senhor, e que Ele é o representante do Altíssimo. Era o próprio Deus. Então a mesma multidão, que por acaso era inconstante, mas mesmo assim eles estavam dando a Jesus títulos messiânicos; e desses títulos messiânicos, nenhum é mais direto do que o título de Filho de Davi. Vá até o capítulo 22 de Mateus. O que eu estou querendo dizer é que mesmo a multidão inconstante sabia que Filho de Davi era o título correto para o Messias; não só isso, os Fariseus que nunca acreditaram em Cristo também pensavam assim. Em Mateus 22, os Fariseus estavam reunidos. Jesus perguntou a eles, “O que vocês pensam do Cristo [ou Messias]? De quem Ele é Filho? E os Fariseus disseram, “O Filho de Davi”. Em outras palavras, e você pode voltar para Mateus 9 agora, os Fariseus, a multidão inconstante, todos sabiam que o Filho de Davi era um título que era designado ao próprio Messias.

Agora, quando esses dois homens cegos aparecem no versículo 27 e dizem, “Filho de Davi,” eu acredito que eles estam afirmando sem dúvida de que eles acreditam que esse é o próprio Messias tão esperado. Esse é o herdeiro legítimo, o Rei de Israel; e talvez eles se lembraram bem de Isaias 35, que Ele iria curar os cegos quando Ele viesse. E, a propósito, você tem que lembrar que João Batista teve um ministério muito efetivo; e que seu ministério era de preparar a vinda do Messias; e que nessa preparação, o povo dessa época estava vivendo em antecipação, o povo da época estava vivendo com expectativa; e quando Jesus veio e pode fazer as coisas que Ele fazia, até ressuscitar os mortos, tornou-se aparente para alguns, incluindo esses dois, que esse era o Único que iria cumprir sua expectativa; então eles deram o título messiânico a ele.

Você pode dizer, “Bom, a multidão inconsistente também fez isso.” Certo, e nós vamos ter que esperar um pouco para ver se eles são mais genuínos do que a multidão inconsistente. Mas eles também falaram outra coisa que nos ajuda a saber um pouco mais sobre a genuinidade deles. Eles falaram, “Filho de Davi, tenha [o que?] misericórdia de nós!” Além do conhecimento deles, eles também tinha uma atitude correta. Eles sentiram uma profunda necessidade, e eu acredito que eles sentiram uma necessidade espiritual tão profunda quanto a necessidade física deles, ou talvez até mais profunda ainda. Eles acreditaram que Jesus era o Messias. Eles acreditavam, pelo o que eles tinham experimentado, que Ele tinha o poder para trazer bênçãos do reino. E ainda, eles sabiam que eles não mereciam, e por isso eles pediram por misericórdia. E isso é algo que você nunca vai ouvir um Fariseu pedir, porque eles eram auto-suficientes. Eles achavam que eles faziam tudo que Deus pedia deles. Eles achavam que eles tinham merecido tudo o que Deus tinha para dar. No entanto, não tinha misericórdia. Entenda, misericórdia é dar o que você não merece e não consegue receber ou deixar de lhe entregar o que você merece.

Você lembra o Fariseu em Lucas 18 que foi ao templo orar, e disse, “Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens. Eu dou, eu dizimo, e eu oro, e eu jejuo, e eu faço todas essas coisas.” E o homem no canto batia em seu peito e dizia, “Senhor, tenha misericórdia de mim um [o que?] um pecador.” E Jesus disse, “este desceu justificado para sua casa, e não aquele”. O Fariseu nunca pediu por misericórdia, porque ele nunca pensou que ele precisava disso. Mas esses dois vieram com, não só o conhecimento correto de quem Cristo era, mas um entendimento correto de como eles eram indignos. Eles buscavam misericórdia. Eles vieram até a pessoa certa. Sim eles vieram. E Ele foi tão misericordioso.

No livro em que eu escrevi sobre Vivendo no Reino, que é o único livro que eu escrevi que eu li repetidas vezes, porque as bem aventuranças simplesmente lavam meu coração, tem uma seção que eu coloquei lá em como o Senhor é misericordioso. E falou ao meu coração mais uma vez. Eu vou ler só algumas linhas do livro:

“Ele foi o humano mais misericordioso que já viveu. Ele estendia a mão aos enfermos e os curava. Ele estendia a mão aos coxos e dava a eles pernas nas quais eles podiam usar para andar. Ele curava os olhos dos cegos, os ouvidos dos surdos, e as bocas dos mudos. Ele achou prostitutas e coletores de impostos e aqueles que eram bêbados e pervertidos, e trouxe-os até o Seu círculo de amor e os redimiu e os colocou de pé. Ele tomou os solitários e fez com que se sentissem amados. Ele pegou as criancinhas e juntou-as em Seus braços e as amou. Nunca existiu nenhuma pessoa na face da terra com a misericórdia Desse homem. Uma vez estava passando uma procissão, e Ele viu a mãe chorando porque seu filho estava morto. Ela já era viúva, e agora ela não tinha filhos para cuidar dela. Quem iria se importar? Jesus parou a procissão, colocou Sua mão no caixão, e levantou o menino dos mortos, porque Ele se importava.”

Bom, esse é o Senhor: Misericordioso. Hebreus 2:17 disse que Ele foi feito como Seus irmãos em todas as coisas para que Ele se tornasse o sacerdote fiel e misericordioso. Tito 3:5 diz, “segundo sua misericórdia, ele nos salvou”. Efésios 2 diz, “Ele é rico em misericórdia”. Daniel 9 diz, “Ao Senhor, nosso Deus, pertence misericórdia e perdão.” E em Lamentações diz (a mais bela de todas as passagens de misericórdia): “As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade. Ele é um Deus de misericórdia. Ele tem misericórdia para curar, misericórdia para salvar, e estava disponível para esses dois homens. Eles tinham o conhecimento. Eles tinham a atitude correta. Gritando que eles acreditavam que Ele era o Messias e implorando e suplicando para Ele estender Sua misericórdia até eles que eles nem mereciam. E o que é interessante para mim é que Jesus não presta atenção neles. Nenhuma atenção. Ele deixa eles derramarem seus corações, persistentemente manifestando a genuinidade deles como uma forma de retirá-los da multidão inconsistente e saindo da superficialidade. Se a fé for verdadeira, eles vão persistir. Eles não vão voltar atrás até Ele os curar. Eles vão segui-Lo, e então Ele testa a fé daqueles homens. Ele os faz chegar num extremo para provar a genuinidade. Então vemos a condição do clamor.

Em terceiro lugar, a confrontação, no versículo 28: Finalmente, Ele responde aos cegos. Mas olha o que acontece. “Tendo ele entrado em casa,” não foi qualquer casa, mas a casa. Que casa? Eu não sei que casa era essa, mas foi em casa, que provavelmente significa que era a casa onde Jesus estava ficando. Em que casa Ele estava ficando? Eu não tenho certeza, mas pode ter sido na casa de Pedro em Cafarnaum. Eles ainda estão na cidade de Cafarnaum na praia do norte do mar da Galileia; e eles estavam voltando para lá. Ele estava indo para casa, voltando para o lugar onde ele estava morando. Ele tinha uma casa, provavelmente a casa de Pedro, na Galileia. Ele tinha uma casa em Judá. Essa era a casa de Maria, Marta e Lázaro, e esse foi o mais próximo que Ele teve de ter sua própria casa. Então, ele finalmente chegou em casa, e foi um dia muito corrido, ensinando e pregando e curando e andando e, e lidando com uma multidão, e Ele entrou na casa. E olha o que mais diz o versículo, “aproximaram-se os cegos,” E eu fico abismado em saber a falta de privacidade que o nosso Senhor tinha: a pressão implacável, a barragem de pessoas implacáveis que seguiam persistentemente. Ele entrou na casa, e eles entraram na casa também. Eu não acho que nenhum de nós consegue começar a imaginar como era ter essas pessoas trágicas agarradas nele por todo o seu ministério, não conhecendo momentos de privacidade, a não ser tarde da noite quando ele ia para um lugar separado orar.

Finalmente, Ele estava dentro da casa, Ele não podia ignorá-los, e tem uma verdade importante aqui, pessoal. Cada uma das curas que acontece aqui nesse capítulo envolve persistência, e é assim que Jesus extraia fé verdadeira. Por isso todas as curas que vimos até aqui não são só curas físicas, mas conversões espirituais também, porque Ele empurra a fé deles tão longe. O paralítico, seus amigos, para conseguir que ele fosse curado, eles tiveram que literalmente rasgar o telhado de uma casa. Isso é persistência. Eles não disseram, “Olha, está muito lotado ali dentro. Vamos voltar um outro dia Zezinho.” Não, eles rasgaram o telhado. E o chefe disse, “Minha filha está morrendo,” e Jesus começou a ir naquela direção. E Ele parou, e a multidão toda estava lá, e Ele curou a mulher com o fluxo de sangue, e ele conversou com ela, e você pode imaginar que o chefe está muito preocupado e ansioso. Sua filha está morta, o tempo está passando e Jesus está envolvido no meio desse interlúdio. E depois surge essa mulher com o fluxo de sangue que agarrou a orla de Sua veste, e Ele não parou só aí, Ele perguntou, “Quem me tocou?” E Ele extrai essa mulher da multidão e tem um diálogo com ela. Ele fez com que ela afirmasse sua fé, e aqui ele faz esses homens cegos seguir Ele até Ele chegar em casa, e só depois de entrar na casa é que Ele vira até eles.

“E Jesus lhes perguntou [versículo 28]: Credes que eu posso fazer isso” Você pode pensar, “Isso é uma pergunta engraçada. Se nós cremos que você pode fazer isso? Cara, estamos tentando passar pela multidão faz muito tempo e chegamos finalmente aqui. Se não crêssemos... você pode dizer, por que Ele pergunta isso?” Bom, Eu não acho que o ponto aqui é fazer eles negarem a fé, ou negar que Ele era o Messias, que eles tinham afirmado quando eles disseram, “Filho de Davi”. Eu nem acho que Ele estava questionando se eles criam ou não que Ele tinha o poder para fazer aquilo. Ele sabia que eles criam nisso. Eu acho que Ele perguntou aquilo a eles porque, primeiramente, para ouvir a afirmação da fé deles a própria confissão deles. O apóstolo Paulo diz, “Se confessares com tua boca que Jesus é o Senhor, se crerdes em teu coração de que Deus O levantou dos mortos, você será salvo”. E eu creio que Ele está querendo uma confissão verbal, uma afirmação da fé. Eles poderiam ter dito, “Bom, nós, nós achamos que talvez ele consiga.” Mas Ele quer afirmar a genuinidade da fé deles, que possa servir de testemunho o que é necessário para uma conversão genuína. “Jesus lhes perguntou: Credes que eu posso fazer isso? Responderam-lhe: Sim, [o que?] Senhor!”

“Se confessarem com sua boca que Jesus é [o que?] Senhor”. Essa foi a afirmação da fé deles; e eu creio, também, que Ele queria separá-los daqueles que estavam buscando um libertador político. E o que Ele realmente está dizendo é, “Vocês acreditam que eu estou aqui como o Único que expressa poder divino, e não sou só um líder político? Não só como um homem com carisma, não é um humano competente, mas você acredita que eu represento o poder de Deus para curar sua cegueira? Que estou aqui como um emissário do próprio Deus, que Meu Reino é divino e vocês estão dispostos para afirmar o Meu Senhorio?”

Agora, como eu já disse antes, fé não é necessária para curar. Os evangelhos estão lotados de vezes que jesus curou, e pessoas não tiveram fé. Nem fala se elas tinham fé ou não. Mas a fé é necessária para a conversão, e Ele queria trazer esses homens até onde a fé deles os levava. E quando um homem diz, “Eu preciso de misericórdia,” e quando um homem diz, “Você é o Messias prometido,” e um homem diz, “eu creio que você tem o poder divino de Deus,” e um homem diz, “Sim,” e usa o título “Senhor,” isso é uma fé salvadora consumada. E Jesus estava levando-os a fazer isso. E eu acredito que quando eles falaram, “Sim, Senhor,” mesmo sabendo que a palavra Senhor pode só ser um termo de dignidade, ou alguma coisa do tipo, mas eu acredito que nesse caso, por causa de todas as outras coisas atendentes, que essa palavra tinha todo o significado possível que pudesse ter. Eu acredito que estava preenchida com o máximo de maravilha e reverência que eles pudessem colocar na palavra. Eu acredito que estava preenchida por amor e adoração e louvor e submissão e devoção. Era uma afirmação salvadora. “Sim, Senhor.”

Então passamos disso para o quarto ponto, a conversão dos homens. Nós vimos a condição deles. Eles eram cegos. O clamor deles, “Filho de Davi, tenha misericórdia!” A confrontação, “Você crê?” “Sim, Senhor”. E agora, a conversão: e eu creio que nós temos que usar essa palavra, porque é maior do que uma cura. Versículo 29, “Então, lhes tocou os olhos, dizendo: Faça-se-vos conforme a vossa fé. E abriram-se-lhes os olhos.” E eu acredito que naquele momento Jesus não só abriu os olhos físicos deles, mas, naquele momento, a flor da fé brotou totalmente, e eles se tornaram filhos de Deus.

Jesus tocou nas pessoas tão frequentemente. Tantas vezes ele expressou o carinho divino. Ele tocou nos olhos deles. Tão simples. Eu amo isso. Não teve nenhuma fanfarra. Ele não disse, “Chegem pra trás porque o poder vai sair voando a qualquer minuto”. Ele não sobe em nenhuma pedra e diz, “Viu!” Entenderam? Ele não faz isso. Você não precisa gastar muita energia quando você é Deus e a única coisa que você tem são dois homens cegos. O Único que consegue levantar todos os mortos dos sepulcros que já foram cavados certamente consegue lidar com dois homens cegos. A única coisa que Ele faz é tocar em seus olhos. No versículo 30 diz, “abriram-se-lhes os olhos”. No aoristo, afirma que foi um fato instantâneo espantoso, uma alegria inimaginável, enquanto a visão explodia em suas Consciências. E perceba a frase no final do versículo 29: “Faça-se-vos conforme a vossa fé.” O que você quer dizer com “Conforme a vossa fé?” Bom, quanta fé eles tinham? Eles tinham fé o suficiente para serem curados? Sim. Eles tinham fé o suficiente para serem salvos? Sim. Se eles tinham fé o suficiente para serem salvos, isso é o que eles tem, porque foi de acordo com a fé deles que eles receberam. Eu não acho que fé é o ponto na cura. Eu acho que fé é o ponto da salvação. “Sua fé é grande o suficiente para incluir a redenção, então, que assim seja”. A fé deles era assim. Sabe, que a fé por si só, é nada. Você sabia disso? É nada.

O Arcebispo Tench escreveu em 1902 o seguinte. Eu acho que é uma coisa maravilhosa. Ele estava escrevendo sobre o mesmo texto em Mateus, e ele disse o seguinte:

“A fé, por si só, não é nada mas é um órgão para receber tudo. Escutem isso. É o elo condutor entre o vazio do homem e a plenitude de Deus; e aqui está todo o valor que a fé tem [prestem atenção]. Fé é o balde que desce na fonte da graça de Deus sem o qual o homem nunca conseguiria tirar a água dos poços da salvação. Porque os poços são fundos e, sozinho, o homem não tem nada para tirar a água. Fé é a bolsa que por si só não consegue fazer seu dono rico, mas efetivamente enriquece com a riqueza que está contida dentro dela.”

Essa é uma afirmação grandiosa sobre a fé. Fé é o balde que desce nos poços da salvação. Fé é a bolsa que por si só não é a riqueza mas contém a riqueza. É o que você recebe de Deus o que Ele tão graciosamente dá, e Ele diz, “Sua bolsa é grande o suficiente para receber tudo o que Eu tenho para dar. Seu balde é grande o suficiente para se encher das águas do poço da salvação”.

“Faça-se-vos conforme a vossa fé. E abriram-se-lhes os olhos.” Que coisa incrível. Sim, Ele tem o poder de dar visão; e Ele tem o poder para salvar. Nós vimos a condição, o clamor, confrontação, conversão. Agora ouçam a ordem que Ele dá a eles no versículo 30. “Jesus, porém, os advertiu severamente, dizendo: Acautelai-vos de que ninguém o saiba.” Ah, que coisa chata. “para que ninguém saiba”. Como que vamos fazer isso? Andar com nossos olhos fechados batendo nas coisas e fingir? Bom, Ele estava sendo severo. Lá diz, “Ele os advertiu severamente,” e só para que vocês saibam, isso é um verbo muito, mas muito forte. É até usado para o bufar de um cavalo. Ele realmente cuspiu essas palavras. “Não deixem ninguém saber.” Tem a ideia de repreender alguém em Marcos 14:5. Por que usar isso agora? Algumas pessoas podem dizer, “Bom, Ele quer esconder o fato de que ele fazia milagres.” Bom, claro que não. Ele estava fazendo milagres em público. Essa não foi a razão. “Bom, ele não queria que ninguém soubesse.” Isso também não pode ser verdade, porque seus amigos e familiares iriam descobrir imediatamente, não é? Ele vai entrar e ele vai conseguir ver.

Então deve existir alguma razão maior, alguma coisa diferente. Não é que Ele não queria esconder Seus milagres, se não Ele não teria feito nenhum milagre em público. E não é que Ele não queria que ninguém soubesse, porque todos que estavam ao redor desse homem iria saber. Por que então Ele disse para eles não espalharem essa notícia então? Deixe-me lhe contar o que eu acho. Primeiramente, a proclamação que os homens cegos fizeram foi, “Filho de Davi,” e esse era um título messiânico; e indo por toda parte proclamando que Jesus era o Messias, Filho de Davi, Herdeiro ao trono, poderia realmente causar muitos problemas. Primeiramente, os judeus não iriam entender, porque Ele não veio por nenhum estabelecimento judaico; e em segundo lugar, os Romanos não iriam entender também, porque Cesar era o rei. E, no final, se você conhece a história de Cristo, foi essa afirmação de que Ele era o rei que levou Ele até a cruz; e o que Ele está falando aqui é que “Não está na hora para começar isso ainda.” Deus está com uma agenda divina. Em Segundo lugar, as pessoas tinham uma tendência de vê-Lo, quando eles ouviam essas coisas, só como um operador de milagres, que dava uma publicidade perigosa e desnecessária.

Você lembra em João 6 quando eles O viram alimentar os 5.000, eles imediatamente queriam fazê-Lo rei? E depois diz que Jesus disse a eles depois que O seguiram por toda parte, “Vocês não vem até a mim por causa do que eu falo, mas porque querem comida”. Então Ele tinha que lidar com o problema deles tentarem torná-Lo rei; e Ele também tinha que lidar com o problema da publicidade que trazia retaliações. Ele disse, “Não está na hora disso, então não comecem isso ainda.” É só no capítulo 10 onde Ele realmente começou a mandar Seus apóstolos com a mensagem correta; e Ele não queria que alguém saísse contando metade da mensagem confusa, alguém novo como esses dois homens. “Vamos deixar tudo claro primeiro, e então sairemos com a nossa mensagem com nossos embaixadores oficiais.”

E eu creio, em terceiro lugar, eu acho que Ele ainda queria que as pessoas concluíssem isso por si só. Eu acho que Ele ainda queria que as pessoas não ouvissem Dele por outros, mas que elas viessem e vissem ao invés de julgar coisas. E se esses homens saíssem além do círculo das pessoas que eles conhecessem e começassem a transmitir, as pessoas diriam, “Bom, como que nós vamos saber se vocês realmente eram cegos? Não acreditamos nisso. Não acreditamos em vocês”. Pode ser melhor se as pessoas vissem por si só e examinassem antes de tirar alguma conclusão.

Então esses são basicamente alguns pensamentos sobre a razão por que. Ele não queria que um movimento inconstante e prematuro entronasse-O como rei. Ele não queria que muitas pessoas seguissem-No que não se arrependiam e não entendiam o reino, só procuravam uma atmosfera de circo. Ele não queria começar uma revolta revolucionaria em nome dele mesmo no lugar errado na hora errada. Então Ele diz, “Não digam nada – e estou falando sério. Não digam nada”. Muito severo. Sabe o que eles fizeram? Versículo 31. “Saindo eles, porém, divulgaram-lhe a fama por toda aquela terra.” Exatamente o que Ele pediu que eles não fizessem. Bom, é compreensível. Quero dizer se você estava cego e agora consegue ver, você teria a tendência de falar para as pessoas, ficar animado com isso. A maioria de nós, o Senhor quer que falemos coisas, e não falamos nada. Mas existem horas em que Ele quer que fiquemos calados, e nós falamos. Eu acho que é um pecado que só um coração grato pode cometer, mas é um pecado do mesmo jeito; então eu chamo isso da contradição dos homens. Eles foram ordenados, mas foram contrários a ordem.

E não acaba aí. E fico feliz por isso. Eu não consigo terminar no versículo 31. Só para que vocês saibam, semana que vem vamos olhar o versículo 31 em outro contexto; mas quero ir pro versículo 32. A história não acaba aí. Você tem a condição: Eles eram cegos. O clamor: “Filho de Davi! Tenha misericórdia!” A confrontação: “Vocês creem?” A conversão: “Seja conforme a sua fé”. A ordem, “Não falem”. A contriedade: Eles falam por toda aquela terra. E finalmente o comprometimento: o comprometimento dos homens. Nós podemos duvidar se eles realmente eram genuinamente filhos de Deus se a única coisa que eles fizeram foi sair de lá e desobedecer a ordem imediatamente, mas eu quero lhe mostrar outra coisa que eles fizeram. Versículo 32, “ao retirarem-se eles[eles agora conseguem enxergar, e eles saiem de dentro da casa.], foi-lhe trazido um mudo endemoninhado.” E a palavra aqui é koufos. Que é traduzida em Mateus 11:5 como surdo. Provavelmente significa surdo e mudo.

Agora, esse era provavelmente um de seus amigos. Eles eram cegos, ele era surdo e mudo; e juntos eles formavam uma pessoa inteira. Viram? E eles imediatamente saíram, e eles pegaram seu amigo, “endemoninhado e eles trouxeram ele para dentro”. Esse é o comprometimento daqueles homens. Um de seus amigos companheiro de mendicância. Surdez era algo muito comum. Uma infecção do ouvido, defeito congenital. Alguns escritores dizem que eles tinham uma grande problema com surdez por causa da areia que soprava e se misturava na cera de ouvido, e como eles não tinham como limpar corretamente; e eles eram meio negligentes, eles acabavam ficando surdos de uma forma tão simples assim. E com esse homem, não era nehuma desssas coisas. Sua surdez e mudez está identificada especificamente no versículo 32. Ele estava possesso por um demônio. Ele era surdo por causa de um demônio e mudo por causa de um demônio. É possível, como vimos nas Escrituras, que demônios podem afetar pessoas de forma física. Eles tinham afetado esse homem de tal forma; mas o nosso Senhor tem o poder sobre aquele reino também.

Então encontramos no versículo 33, “E quando o demônio foi expulso, o homem mudo falou”. Não fala como o Senhor fez isso. Mais uma vez, não tem nenhuma fanfarra sobre o poder porque é muito poder. É algo simples para Ele. Ele expulsou o demônio, e o homem pode falar. Agora, prestem atenção, não diz nada sobre a vida do homem. Não sabemos o que estava acontecendo. Ele só falou, “Seja curado,” só isso. Não tem nada sobre a fé dele, nada sobre a salvação dele; Mas descobrimos que os dois homens cegos imediatamente se tornam úteis para Cristo porque eles estão envolvidos em trazer outros até ele. Eu fico feliz que a história acaba assim. Sim, eles foram fracos e desobedientes; mas eles também eram comprometidos o suficiente para trazer um companheiro mendigo até Cristo.

Agora prestem atenção, eu vou concluir, e eu quero que vocês prestem muita atenção. História simples; mas eu acho que é uma das analogias de salvação mais lindas em todo evangelho de Mateus. A cegueira deles se torna uma analogia de cegueira espiritual. Estando perdidos e cegos por causa do pecado; e você pode passar por essa história como se fosse uma analogia da salvação. Agora escutem, primeiramente, eles tinham uma necessidade. Eles eram cegos, e eles sabiam disso. É aí onde a salvação começa. Ninguém vem até Deus a não ser que ele sinta alguma necessidade, a não ser que ele saiba que não consegue enxergar. Ele é cego. Não tem recursos. Ele não tem esperança. Não consegue discernir a verdade. Tem um senso de desespero.

Necessidade é então seguida por conhecimento. Eles descobriram quem Jesus era; e eles sabiam que Ele era o Libertador, o Messias, o Filho de Davi. O conhecimento deles era correto. Da necessidade deles saiu o conhecimento dele. Eles buscaram saber, e eles encontraram a verdade. É assim que a salvação acontece. Primeiro, tem uma grande necessidade, e dessa necessidade profunda vem a busca pela resposta correta. E então isso é seguido por um senso de pecaminosidade. Eles disseram, “Tenha misericórdia. Não estamos aqui para te dizer que nós merecemos algo. Estamos aqui para te dizer que nós precisamos de algo que não merecemos.” E é assim que a salvação funciona. Você vem com um clamor por misericórdia.

Em quarto lugar tem a fé. Eles disseram, “Sim, Senhor, nós te seguimos persistentemente, clamamos a ti. Isso não prova a nossa fé?” Busca. O Antigo Testamento diz, “Se me buscardes de todo o seu [ o que?] coração, me acharás.” Então a salvação começa com uma necessidade, o conhecimento da solução, um senso de pecaminosidade que você não merece a solução, fé que persiste em se estender, e depois vem a confissão. “Você crê?” “Sim, Senhor,” a afirmação do senhorio. Submissão, devoção, amor: “Sim, Senhor, nós cremos”. E então vem a conversão: “Seja conforme a sua fé”. E você sabe o que geralmente segue a conversão? Fraqueza. Sim, eu falei certo. Desobediência. Por que? Porque você nasceu de novo, você é um bebê recém-nascido em Cristo, não é? E bebês não sabem discernir. Eles podem ser jogados de um lado para o outro. Eles não sabem as coisas profundas de Deus, e tem uma certa fraqueza aí, uma certa susceptibilidade para a desobediência. Às vezes até no zelo deles, eles são desobedientes.

Mas, finalmente, a história termina com utilidade. Misturado com a desobediência deles, estava o desejo de trazer outra pessoa até Jesus Cristo. Isso geralmente é verdade com um recém convertido. Eles não sabem tudo que está envolvido. Eles só pegam o surdo mudo mais próximo deles e arrastam ele pra dentro e falam, “Aqui, Senhor”. E eu não acho que o Senhor curou aquele homem por causa da fé dele. Não diz isso. Eu acho que Ele curou o homem para mostrar aos dois homens cegos que eles seriam úteis para Ele para a propagação do reino Dele.

Então é uma linda imagem de como a salvação acontece em uma vida. Jesus é o Messias, pessoal. Se você não percebeu isso ainda, você está vivendo na oposição de todas as evidências. Se você ainda não teve essa conversão que vimos nas vidas desses homens, você continua nas trevas e na cegueira de seu pecado, e Cristo, então, se oferece como o Único que dissipa essas trevas.

George Lansing Taylor escreveu isso:

Ó, Salvador, somos cegos e mudos.

A Ti viemos para visão e fala.

`Toca em nossos olhos com os raios claros da verdade.

Ensina nossos lábios a cantar louvores a Ti.

Ajuda-nos a sentir nossa lamentação,

E a buscar em todas as coisas por Tua luz,

Até ouvir aquela frase feliz,

‘Que seja conforme a tua fé’.

E rapidamente traremos a ti os mudos,

Até que todos vejam Tua graça e cantem juntos.”

Vamos orar juntos. Pai, obrigado por nosso tempo aqui nessa manhã para examinar essa história maravilhosa. Obrigado porque um dia, quando entramos em Tua eterna presença, teremos o privilégio de conhecer aqueles dois homens que redimiste naquele dia. Obrigado porque Tu esperas da mesma forma por cada pecador que sente uma necessidade, que sabe que ele não é digno, que sabe que o Senhor é a resposta, que persiste em fé, que confessa abertamente. O Senhor está esperando para convertê-los, e então, mesmo na fraqueza deles, usá-los para a propagação do Teu reino. Senhor, obrigado por tudo o que o Senhor tem feito em nós pelo Teu Espirito. Pai, nós oramos para que o Senhor leve para a sala de oração aqueles que o Senhor deseja que venham. Obrigado por Tua palavra hoje. Faça-nos voltar hoje à noite, Senhor, no maravilhoso começo do livro de Romanos, enquanto olhamos para o homem que o Senhor usou tão maravilhosamente para escrever esse livro e tantos outros. Prepare os nossos corações até para isso hoje à noite. Dá-nos um ótimo dia, porque nós somos obedientes à Tua Palavra e à Tua vontade. Pelo amor de Jesus, Amem.

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