
Estamos retornando ao nosso estudo do Evangelho de Mateus capítulo 18. Na semana passada começamos a examinar os versículos 15-20, e desejamos retornar a essa passagem para o nosso estudo mais uma vez nesta manhã. Deixe-me lê-lo para que você a tenha em mente e nos aproximemos da Palavra. Começando em Mateus 18, no versículo 15.
“Se teu irmão pecar [contra ti] vai argui-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão. Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus.
“Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles.”
Como compartilhei com você na semana passada, esta é uma passagem que trata da disciplina entre o povo de Deus. Agora, quando uso a palavra “disciplina,” quero simplesmente lembrá-lo de que a disciplina não é uma palavra negativa. É uma palavra positiva. É uma palavra sobre treinamento. É uma palavra relacionada com a palavra “discipular.” Disciplinar é conformar alguém a um padrão. E quando falamos sobre disciplina na igreja, estamos falando sobre trazer pessoas para o padrão de Deus. Isso é para a glória de Deus, o progresso de seu reino e a bem-aventurança do indivíduo também.
Então a disciplina é uma boa palavra. É uma palavra sobre treinamento, e essa é a minha intenção ao usá-la. Agora, esta passagem nos ajuda a entender que existem basicamente duas maneiras pelas quais as pessoas são treinadas ou duas maneiras pelas quais as pessoas são disciplinadas. Isso é definitivamente verdade para as crianças. E como todo este capítulo trata da semelhança do crente com uma criança, devemos extrair nossa analogia da infância.
Lembre-se de que neste cenário de ensino em Mateus 18, Jesus tem uma criança em seus braços, um pequenino. E com esse bebê como sua ilustração viva, ele fala sobre o seu reino. E o ponto principal é que as pessoas em seu reino são como crianças. Elas entram como crianças. Isso está nos versículos 3 e 4. Elas devem ser protegidas como crianças. Isso está nos versículos 5-9. Elas devem ser cuidadas como crianças. Isso está nos versículos 10-14. E agora, em 15-20, devem ser disciplinadas como crianças. E, nos versículos 21 a 35, ele nos lembrará que devem ser perdoadas como crianças.
Somos crianças. E as crianças precisam ser disciplinadas, e basicamente são disciplinadas de duas maneiras. Pelo que chamamos de aplicação positiva e por aplicação negativa. Agora, a aplicação positiva simplesmente diz que, se você fizer isso, eu recompensarei você. Se você se comportar dessa maneira, eu lhe darei isso ou lhe darei aquilo. E nós usamos isso o tempo todo com nossos filhos, não é mesmo? Limpe seu quarto e eu levo você para o McDonald's, ou o que for. Você quer aquela bicicleta nova? Bem, quero que você cumpra esta obrigação em particular, e tire boas notas, ou seja o que for. Em outras palavras, usamos reforço positivo com nossos filhos e também usamos reforço negativo.
E as Escrituras nos disseram que, se pouparmos a vara, estragamos a criança. E também há esse tipo de reforço que diz que se você não fizer isso, aqui estão as consequências. Agora nós achamos que a mesma coisa é verdade na família de Deus. Há uma afirmação positiva na Bíblia, onde Deus diz: “Se você fizer isso, eu o abençoarei. Se você fizer isso, eu o recompensarei. Eu vou preencher a sua vida com alegria, paz e todas as coisas que alguém poderia desejar.”
E então há aquele reforço negativo que vem, se você não fizer algo, haverá castigo. Para todo filho que o Senhor ama, ele açoita e castiga. E assim temos ambos os tipos de reforços e em vários pontos da Escritura, um ou outro pode estar em discussão. Neste texto em particular, nosso Senhor está nos dizendo a importância do lugar do reforço negativo. Que onde você tem pessoas que estão pecando contra Deus, torna-se a responsabilidade da assembleia do povo de Deus colocá-las na linha, trazer sobre suas vidas as consequências, e atraí-las de volta para onde Deus quer que elas estejam.
Agora, eu mencionei também na semana passada que, em grande parte, a igreja tem negligenciado esta área. Agora, isso não quer dizer que não há igrejas que tenham feito isso em todos os períodos de tempo, mesmo a nossa. Porque existem ainda igrejas, mas elas parecem estar em minoria. Mas isso não é uma coisa nova. Quando você introduz um pensamento como Jesus faz nesta passagem específica para nós, para esta geração, as pessoas ficam chocadas e dizem: “Bem, nós não podemos nos envolver em confrontar as pessoas sobre seus pecados. E não podemos dizer a toda a igreja que têm praticado o mal, e não podemos colocá-los para fora. Afinal de contas, queremos ser amorosos, aceitar e assim por diante, e achamos isso muito difícil de lidar em nossa mentalidade em particular.”
Mas, no entanto, é a palavra de Cristo para a sua igreja. E é uma palavra que a igreja achou difícil aceitar por muito tempo. Eu estava lendo nesta semana os escritos de Jonathan Edwards. Ele pregou um sermão nos anos 1700, e nele ele disse isto: “Se você tolerar a iniquidade visível em seus membros, desonrará grandemente a Deus, ao nosso Senhor Jesus Cristo, à religião que você professa, à igreja em geral e a si mesmo em particular. Da mesma forma que os membros da igreja que praticam a iniquidade trazem desonra a todo o corpo, assim também os que a toleram.”
E então ele continuou a dizer isto. "Se a disciplina estrita e as leis morais fossem mantidas na igreja, seria um dos meios mais poderosos da convicção e da conversão para aqueles que estão fora.” E então ele fez esta última pergunta: “Como você pode ser um verdadeiro discípulo de Cristo se vive negligenciando estas ordens claras e positivas?” Portanto, esta não é uma palavra nova para a igreja.
O grande homem da igreja nos anos 1700, Jonathan Edwards, enfrentou a mesma negligência que enfrentamos hoje. É um ministério essencial ministrar à igreja do Senhor em nome de sua pureza e de sua santidade. Agora todo o capítulo, como eu disse, lida com a semelhança do crente com uma criança, e você e eu sabemos muito bem que as crianças devem se moldar à obediência por algum tipo de disciplina, algum tipo de regra forçada, algum tipo de consequência para sua vida por seu mau comportamento. O mesmo é verdade espiritualmente. A negligência de lidar com o pecado não apenas permite que a pessoa que está pecando se distancie cada vez mais, mas estabelece um padrão permitindo que outros andem no mesmo caminho do pecado, sentindo que nenhuma consequência futura chegará.
Mas onde você age contra o pecado, você não só puxa a pessoa que está em pecado de volta, mas restabelece o tipo certo de modelo de virtude. No Antigo Testamento, quando Deus estabeleceu punir o povo de Israel por sua desobediência à sua palavra, ele disse em Deuteronômio 13.11: "E todo o Israel ouvirá e temerá, e não se tornará a praticar maldade como esta no meio de ti.” Em outras palavras, você pune alguns e os outros recebem a mensagem. E então tem de haver disciplina. A igreja deve ser pura.
Agora entramos no texto e peço para que olhe para ele por um momento, e nós dissemos que existem vários elementos de disciplina que saem deste texto. Primeiro, é o lugar da disciplina. E se você perceber o versículo 17, ela acontece na ekklēsia, a igreja. A palavra é usada duas vezes lá. A ekklēsia. Não tem um significado técnico aqui, não é a igreja batista ou a igreja presbiteriana, ou qualquer outra denominação. Nem mesmo a igreja pós-pentecostal como a conhecemos, mas qualquer assembleia do povo redimido de Deus.
Neste caso, Jesus está falando aos apóstolos que estão reunidos em torno dele, sentados aos seus pés, em uma casa em Cafarnaum. E mesmo que a igreja, como a conhecemos hoje, não tenha nascido senão depois de sua ressurreição em seu caráter oficial, o que vemos aqui é a assembleia do povo redimido de Deus, e é nesse contexto que a disciplina deve ocorrer. E claro, ele antecipa a igreja da qual somos parte também. Mas onde quer que as pessoas redimidas de Deus se reúnam, deve haver um trato com o pecado.
Em segundo lugar, vemos o propósito da disciplina indicada para nós no final do versículo 15. “Tu ganhaste teu irmão.” A intenção da disciplina não é expor as pessoas, é manter as pessoas dentro. A ideia, como vimos da última vez, é que quando uma pessoa entra em pecado e desobediência a Deus, ela perde a comunhão. Perde a intimidade. Está perdida para o ministério. E perdida para a comunhão do povo de Deus. E queremos recuperá-la, e a palavra ali é uma palavra comercial. Tem a ver com perder um tesouro e querer recuperá-lo, e não estar feliz com a perda, devido ao seu valor.
Então, estamos nos esforçando para recuperar um irmão valioso. Esse é o propósito. Tenha sempre isso em mente, pessoal. A disciplina na igreja não é colocar as pessoas para fora. É trazer as pessoas de volta. Em terceiro lugar, notamos na semana passada a pessoa em disciplina. Então temos lugar, o propósito e depois a pessoa. Quem é a pessoa? Bem, se você olhar para o versículo 15: “Se teu irmão pecar [contra ti], vai argui-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão.” Agora, é claro quem é a pessoa. É você, sou eu. É individual. Não há SS espirituais. Não há membros da CIA na igreja. Não há comitê especial de busca e apreensão. Não há unidades de comando. É todo mundo.
Estamos todos envolvidos em sair para procurar um ao outro para restaurar um ao outro para ganhar de volta o irmão em pecado que se afastou da comunidade do povo de Deus. A propósito, eu sugeri a você da última vez que há alguns pré-requisitos. O primeiro é a disposição. Você tem de estar disposto a ir, e estas ordens implicam que você tem de agir por sua vontade. Jesus está dizendo: "vai e diga a ele.” E isso indica que você precisa de uma resposta para isso.
Em segundo lugar, deve haver um zelo por Deus. "Pois o zelo da tua casa me consumiu, e as injúrias dos que te ultrajam caem sobre mim.” Davi tinha um senso tão tremendo da glória de Deus que, quando Deus foi ofendido, Davi sentiu a dor. E precisamos desse mesmo tipo de resposta para que, quando Deus for desonrado, sintamos a dor. Nosso coração está tão unido ao coração de Deus.
E a terceira coisa é a santidade pessoal. Você não pode ir, como Jesus disse em Mateus 7, tirar o argueiro do olho de outra pessoa, se você tem uma trave seu próprio olho. Portanto, a vontade, o zelo por Deus e a santidade pessoal. Paulo resume isto maravilhosamente em Gálatas 6, quando ele diz: “se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura.” E então você é a pessoa. Eu sou a pessoa. Estamos todos envolvidos nisso. E tenho pensado nisso com tanta frequência nestes últimos dias como seria maravilhoso se toda a assembleia do povo de Deus estivesse totalmente comprometida com a recuperação de todos os irmãos e irmãs pecadores. Nós nos tornaríamos ministros da santidade.
E como eu disse na semana passada, nós temos ministros disso, ministros daquilo, e ministros diferentes. E todo mundo quer ser treinado para ensinar, pregar, discipular, e evangelizar, e assim por diante, mas onde estão os ministros da santidade que buscam a pureza da igreja?
Bem, isso me leva a um quarto ponto. Agora vamos entrar em nosso estudo de hoje. O gatilho na disciplina. O que a desencadeia? Como saber quando fazê-la? Como saber quando se aproximar de alguém?
Versículo 15, no original começa com a palavra “Mas,” “mas.” Basicamente significa “agora.” Em outras palavras, tendo dito tudo o que acabamos de dizer sobre o cuidado e proteção do povo de Deus, tendo estabelecido tudo isso, que eles são como crianças e precisam ser protegidos, têm de ser cuidados, e às vezes precisam ser procurados quando vão embora, como os versículos 12-14 apontam - o bom pastor procurando a ovelha perdida. Tendo dito tudo isso, agora especificamente o que faremos se teu irmão pecar contra ti?
Agora o que vamos fazer? Agora, observe o que diz. Aqui está o gatilho. “Se teu irmão pecar,” hamartanō, a palavra básica do Novo Testamento para o pecado. Significa “errar o alvo.” Deus define o alvo e os homens o erram. Isso é violar a lei dele. É a palavra hamartanō, da qual obtemos a palavra teológica hamartiologia, que é o estudo do pecado. Que faremos então se teu irmão pecar contra ti? Esse é o problema.
Agora, fizemos a pergunta porque ela é muito importante. Aqui diz: “Se teu irmão pecar [contra ti], vai argui-lo entre ti e ele só.” A questão é o que constitui um pecado que requer disciplina? Qual é a resposta? Quais pecados precisam ser corrigidos? Quais? Todos eles. É por isso que o texto é geral. Todos eles. Você sabe, não há bons pecados e maus pecados. E não há uma espécie de escala no meio com polos em cada extremidade. Pecado é pecado, e é a antítese da total santidade de Deus. E o pecado, qualquer pecado, põe uma mancha na comunhão. Compromete a comunhão. E assim, qualquer pecado é um pecado que deveria ser corrigido. Se algum membro da comunhão cristã peca, violando o padrão de Deus de alguma forma, o processo entra imediatamente em ação. Esse é o desejo de Deus. E isso deve ser imediato. A questão é santidade, qualquer pecado.
Agora, olhe mais para este texto. Você notará que "Se teu irmão pecar contra ti.” Agora essa é uma coisinha interessante, "contra ti.” Alguns manuscritos a têm e outros não. E assim gastei algum tempo nesta semana, porque parecia que ninguém poderia concordar se estava dentro ou fora, e eu li o máximo que pude sobre o assunto para saber se isso pertence ou não ao texto, e minha conclusão é que ninguém sabe. Alguns manuscritos antigos, confiáveis como são, têm. Outros manuscritos antigos, igualmente confiáveis, não o têm.
E assim não podemos dizer em termos de olhar para o que é chamado de baixa crítica, analisando textos, se ele pertence ou não pertence ao manuscrito. Você diz: "Bem, o que devemos fazer?" Deixe-a junto. Quer dizer, se houver alguma dúvida, deixe-a junto. E eu realmente não acho que haja qualquer questão a despeito do que dizem os manuscritos. Se você perceber o versículo 21, acho que isso pode ajudá-lo a esclarecer o problema. Pedro aqui responde ao que Jesus diz. E ele diz: “Senhor, quantas vezes meu irmão pecará?” - O quê? - "contra mim, que eu lhe perdoe?" Nesse texto não há - por falar nisso - nenhum problema de manuscrito com essa questão. E assim, pelo fato de que Pedro diz: "contra mim,” estou assumindo que ele pegou isso de Jesus.
A passagem comparativa, em Lucas 17.3, onde Lucas registra o ensinamento de nosso Senhor sobre o mesmo assunto, diz: “Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe.” Então, a palavra de Lucas para nós, citando Jesus, é “contra ti.” Então eu gosto de pensar que isso pertence ao texto.
Agora, algumas pessoas imediatamente dizem que se está lá, é um problema, porque significa então que a única pessoa responsável por ir e procurar essa pessoa é aquele contra quem foi o pecado. Está vendo? Em outras palavras, esse é o debate. Se você diz “se teu irmão pecar contra ti,” então sou o único responsável por alguém se ele pecou contra mim.
Quer saber de uma coisa? É exatamente isso. Se não há pecado contra você, você não é responsável. Mas deixe-me dizer o que isso significa. Existem duas maneiras pelas quais você pode pecar: diretamente ou indiretamente. Vamos falar sobre a forma direta. O pecado direto é se alguém lhe der um soco no nariz porque estava bravo com você. Se alguém roubar você. Se alguém lhe enganar. Mentir para você. Humilhar. Alguém caluniar. Ou cometer um crime de imoralidade contra você, tomando sua pureza. Esses são pecados diretamente contra você.
E o texto diz que se tal pessoa comete um pecado contra você, vá e fale com ele. Por quê? Para ganhar seu irmão. Não é que você vai e diz: "Seu sujo, eu quero lhe dizer o que você fez comigo. E cara, eu vou trabalhar o resto da minha vida para garantir que você não sobreviva.” Não é isso. Este é um pensamento maravilhoso. Quando você pecou contra alguém, enganou, mentiu, caluniou, abusou, qualquer que seja o pecado, e este é um irmão, estamos falando da família agora, pessoal, um cristão faz isso, você lhe fala sobre o pecado, e faça-o confessar e arrepender-se para que você possa recebê-lo de volta como irmão ou ganhá-la de volta como uma irmã em Jesus Cristo.
Em outras palavras, você está mostrando a atitude mais magnânima do coração que diz: “Você pecou contra mim, mas essa não é a questão. A questão é que eu perdi você como meu irmão, e eu perdi você como minha irmã, e meu coração deseja restaurar isso. Sabe o que isso significa, que vai ser um golpe para a mente de alguém que está esperando por retaliação, que está esperando amargura.
Mas nossa tendência é que quando alguém faz algo que não gostamos, alguém toca em nossa vida de alguma forma e nos fere, ou peca, ou comete um ato de desobediência a Deus que nos afeta diretamente, nós ficamos com rancor, não é mesmo? E deixamos a amargura crescer em nosso coração, o ressentimento e a raiva. E Jesus disse: “Se teu irmão pecar (contra ti),vai argui-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão.” E se você comparar a passagem de Lucas, ele diz: “Vá até ele, repreenda-o e, se ele se arrepender, perdoe-o.” Maravilhoso.
Quantas pessoas você pode pensar em sua mente na qual sente um rancor, com quem você não quer nem falar. Você não tem nada a ver elas. Toda vez que conversam, sua boca retorce. Você tem raiva delas, amargura? Porque elas fizeram algo para você. Escute, Efésios 4.32: “Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou.” Quem é você para guardar rancor quando Deus o perdoou tanto? Então, você deve ir confrontar e buscar e assim ganhar seu irmão.
Mas e se for de maneira indireta? Isso é muito importante. Nem todos os pecados contra mim são diretos para mim. Podem ser indireto contra mim. Escute atentamente. Este é um ponto muito importante. Qualquer pecado na assembleia do povo de Deus é contra qualquer um do povo de Deus, porque mancha todos nós.
Lembro-me de Sam Erickson, quando ele estava aqui antes de ir para a Christian Legal Society em Washington, disse-me um dia: “Eu acabei de ter uma experiência chocante.” E ele disse: “Convidei um advogado da cidade de Los Angeles, um colega advogado, para vir comigo para a igreja.” E ele me disse: "Bem, qual igreja você vai?” Respondi: “Na Grace Community Church.” Então: “Oh, eu conheço essa igreja. O advogado mais torto da cidade vai lá.” Eu não iria a esse lugar.
Agora o pecado não foi diretamente contra Sam por esse advogado, mas o afetou, e afetou a mim, e afetou toda a nossa igreja. Afetou todos nós porque tínhamos um advogado que vivia uma vida incrédula e dizia que ia à Grace Community Church. Todos nós fomos afetados por isso. O corpo de Cristo estava manchado. Lembro-me que no domingo seguinte eu me levantei, e contei a história, e disse que não sei quem você é, mas eu gostaria que você endireitasse sua vida ou saísse porque você não está dando um bom testemunho. Percebe, quando alguém peca, eles perdem nossa comunhão e isso afeta a todos nós. Quando alguém está vivendo uma vida desobediente, traz censura a Cristo, e nós somos de Cristo, e nós suportamos sua repreensão para que indiretamente todo esse pecado seja contra nós. Se eu sei sobre isso, é contra mim, porque eu estou disposto a defender a santidade do nome de Deus e o zelo pela sua glória.
Olhar para isto, seria o outro modo então de reagir aos pecados diretamente contra nós. Então isso significa que não temos responsabilidade quando alguém mente para uma pessoa não salva fora da igreja? Ou sai com uma prostituta? Ou calunia alguém? Ou abusa de outra pessoa? Em outras palavras, se você restringir essa coisa que devemos apenas responder àqueles que pecam diretamente contra nós, então as pessoas podem pecar do lado de fora com pessoas no mundo que estão separadas da assembleia e não têm absolutamente ninguém que vá até elas. Veja, isso não faz sentido.
O ponto é que qualquer pecado é um pecado que mancha a comunhão, seja direta ou indiretamente. E isso está resumido nas palavras do apóstolo Paulo. Ele mencionou duas vezes, uma em 1Coríntios 5, e outra em Gálatas 5. “Um pouco de fermento leveda toda a massa.” Você não pode isolar o pecado. Ele cresce. E o fermento é a ilustração na Bíblia sempre de influência, influência. É por isso que levaram pão sem fermento do Egito. Não pegue a pequena porção da última massa assada no Egito. Não leve nenhum remanescente do Egito para penetrar em sua nova vida. Nenhuma influência, e você corta o cordão. Você cruza o mar. Acabou. Você não traz uma parte fermentada ao seu novo pão. Você tem pão sem fermento, sem nada do passado nele. E assim o fermento é influência, e um pequeno pecado influenciará todos.
Então, somos chamados para disciplinar qualquer pecado. Em nossa igreja, lidamos com o erro doutrinário. Estou pensando nas disciplinas que já tivemos envolvimento. Tratamos de imoralidade, adultério, fornicação, homossexualidade, divórcio, desonestidade, falta de submissão, crueldade, divisão, fofoca, blasfêmia, difamação, profanação, e suponho ainda mais; qualquer pecado, para a glória de Deus e a pureza da comunhão, e qualquer pecado em qualquer lugar tocará em você. Então, se você sabe, isso deve provocar o processo.
Agora isso nos leva ao ponto cinco, o processo na disciplina. O que você faz? Sabe o que acontecerá na assembleia redimida de Deus? Você sabe quem é a pessoa. Sabe que o propósito é ganhar seu irmão de volta. Sabe que qualquer pecado se qualifica. Agora, o que você faz? Como faz? São quatro etapas, quatro passos, muito claramente delineados. Primeiro passo, versículo 15: “Se teu irmão pecar [contra ti], vai argui-lo entre ti e ele só.” Isso é simples o suficiente, não é mesmo? Vá e diga a ele seu pecado. Vá, presente imperativo. Entre em movimento. Vá em frente. Busque, a ideia do presente imperativo é a ideia continua de ir. Persiga essa coisa. Não se distraia. Busque. E então: "diga a ele,” e esse é um imperativo aoristo, que tem a ideia de fazer seu ponto de vista, ser convincente, mostrar o ponto.
O verbo elenchō significa "expor à luz.” Em outras palavras, aguente aí até que ele realmente veja. Você não vai e diz: "Ei, você sabe, eu não vi você na igreja e eu só estava pensando se você está andando por aí?" Não, vá e confronte, e deixe claro, abra o pecado e ajude-o a ver esse pecado. Exponha isso. Essa é a ideia desse imperativo aoristo lá. Mostre para ele, e não terá como escapar. Tome o tempo e o esforço que é necessário. É uma tarefa difícil. É uma tarefa delicada. É difícil com as pessoas que você conhece, porque elas te conhecem, e quando você vai e começa a falar sobre o pecado delas, elas podem ter algo a dizer para você.
É difícil com as pessoas que você não conhece, porque você vai dizer: quem sou eu para fazer isso? Eu não as conheço. Nós tendemos a ter medo das pessoas que conhecemos. Nós tendemos a ser indiferentes sobre as pessoas que não conhecemos, mas é uma responsabilidade que Jesus nos deu. Você sabe o que acontece quando você faz isso? Há uma união maravilhosa de duas almas juntas, se você estiver na atitude certa. E qual é a atitude correta? Aqui está a atitude certa.
Gálatas 6.1. Continuamos voltando a esse texto. "Se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais,” aqui vem, "corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado.” A primeira coisa é mansidão. Você vai em humildade, percebendo que poderia ser você, que poderia ter sido tentado. Vai em mansidão, e então o texto diz para levar as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo. E qual é a lei de Cristo? É a lei real, a lei da liberdade, a lei do amor. É a lei do amor.
Então você vai em amor e com o sentimento de querer ajudá-lo, carregando o fardo, e isso em mansidão. Essa é a atitude. Você não vai com moralismo, só com aparência de piedoso. Você não vai de forma hipócrita. Não vai para a autossatisfação. Não vai por rancor ou vingança. Você vai com carinho humilde para trazê-lo de volta, para restaurá-lo.
E reparou que o texto diz: vá sozinho, só você e a pessoa, só os dois? Entre você e ele, cara a cara. Tudo isso para ganhar um irmão perdido. Você precisa ir sozinho. Sabe qual é a nossa tendência? Assim que sabemos do pecado de alguém, dizer a todos: "Você ouviu falar...?" "Oh, é tão triste. Estamos orando pelo irmão Fulano de Tal.” E a conversa começa a se espalhar.
Não, se souber sobre um pecado, você vai, um a um. Nunca precisará ir além disso. Você vai. Se, por outro lado, você simplesmente começar a falar sobre isso, criará uma situação que pode tornar impossível para sempre uma relação significativa com essa pessoa, mesmo que ela volte. Eu garanto que se for até essa pessoa sem dizer nada a ninguém, ou seja, na base do um a um, e enfrentar esse pecado, no amor e humildade, até que ela se arrependa, você terá um vínculo de intimidade que nada jamais será capaz de quebrar. Se você realmente restaurar seu irmão. Isso é uma coisa maravilhosa.
É assim que a intimidade do corpo é protegida. É assim que o sigilo no corpo é protegido. Deus não diz aos berros, de cima do telhado. Ele diz a você: simplesmente vá e repreenda-o em particular, e você conhece a natureza humana o suficiente para saber que somos todos pecadores, e você construiu a relação de alguém para um laço profundo de compromisso um com o outro. Esse é o caminho a percorrer, um a um, sozinho. Nem sempre será possível. Pode haver alguém ouvindo quando você fizer isso, mas ainda deve ser de um para um.
E diz no versículo 1:, “se ele te ouvir, tu ganhaste um irmão.” E é para isso que você vem depois. Não conte a todos sobre isso. Vá para a pessoa. Quando foi a última vez, pergunte a si mesmo, a última vez que você foi até alguém que estava pecando, um a um, não disse nada a ninguém sobre o assunto, quando você descobriu, apenas foi? Oh, que coisa importante é essa. Você sabe, as coisas andam por aí, e todas essas opiniões se espalham sobre o que está acontecendo com a vida de alguém, e muito antes de isso ter sido interrompido da maneira um a um.
E se ele se recusar a ouvir? Bem, nós vamos chegar a isso em um minuto. Sua responsabilidade é ir. Existe alguma ilustração no Novo Testamento disso? Sim, existe. Gálatas, Capítulo 2. Em Gálatas 2. Pedro pecou. Ele pecou ao se separar da assembleia do povo de Deus para se identificar com alguns legalistas quando estava em Antioquia.
Gálatas 2.11. “Pedro veio a Antioquia,” diz Paulo: "Quando, porém, Cefas veio a Antioquia, resisti-lhe face a face, porque se tornara repreensível.” Esse é um passo de disciplina. Há uma ilustração perfeita do Novo Testamento. Pedro respondeu? Sim, ele o fez. Ele respondeu muito a isso.
Em 2Pedro, ouça o que ele diz. Segunda de Pedro 3.15: “como nosso amado irmão Paulo vos escreveu.” O que você acha que ele quis dizer com isso? Bem, uma coisa ele quis dizer, que Paulo era seu amado irmão. Como é que eles têm um vínculo amoroso? Provavelmente porque Paulo estava disposto a confrontá-lo com seu pecado, ele se importava o suficiente, amava-o o suficiente, e havia nascido entre esses dois homens um vínculo maravilhoso de intimidade. Você confronta uma pessoa, um por um, e seus corações se entrelaçam.
Mas e se ele se recusar a ouvir? Vamos voltar e ver. Você terá de ir ao segundo passo. Versículo 16: “leve ainda com você uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda questão seja decidida.” E, claro, o povo judeu sabia bem que Deus tinha estabelecido essa lei, em Deuteronômio 19.15. Que todas as coisas deveriam ser confirmadas “na boca de duas ou três testemunhas.” Isso era para proteção, de modo que ninguém estava passando informações caluniosas sobre alguém que não fossem confirmadas. Tinha de haver a afirmação de duas ou três testemunhas.
E assim o texto diz que esse é o segundo passo. Se houver uma recusa definitiva de ser convencido, como diz Lenski, "O Diabo mergulhou na cova da impenitência.” Se eles não responderem, então dê o segundo passo. Leve um, ou dois, ou mais com você. Agora, isso começa a fazer pressão. Você leva algumas pessoas e o mesmo objetivo em mente. Você quer ganhar seu irmão. Então você está buscando novamente. Está indo de novo. E a ideia é mostrar a ele seu pecado, de modo que realmente entenda, e você o abriu de modo que seja muito claro, e muito óbvio, e possa haver genuína confissão e genuíno arrependimento, e restauração. Esse é o segundo ataque na batalha por este irmão ou irmã à deriva.
Agora, por que ter um ou dois? Bem, acho que intensifica a abordagem. Multiplica a preocupação de cuidar, o amor, mas há uma razão até mesmo além dessa dada aqui. "A fim de que,” aqui está o propósito, "na boca de duas ou três testemunhas, cada palavra pode ser estabelecida.” Muito importante. Ouça com atenção. Estas não são uma ou duas pessoas que viram o pecado ou que sabiam do pecado. Eu não acho que essa seja a intenção. Elas são testemunhas do confronto, que podem voltar e confirmar as palavras que foram ditas lá.
Em outras palavras, é realmente tanto uma proteção para quem aborda quanto para o que está sendo abordado. Assim, quando um relatório precisar ser feito, uma pessoa tendenciosa não poderá dizer: “Bem, tentei confrontá-lo, mas é obstinado, e seu coração, difícil. E assim por diante,” como se uma pessoa pudesse fazer essa determinação final. Sobretudo se a pessoa em pecado for um pouco amarga. Então, para se proteger contra isso, você pega um ou dois outros que podem testemunhar o segundo confronto. E eles vão voltar e relatar: sim, houve um coração de arrependimento; sim, houve um coração de confissão; sim, houve um coração que quer se afastar do pecado; ou não, não houve. Em outras palavras, agora você pode agir porque sabe que é esse o caso. Você tem as testemunhas para verificar a situação além do único indivíduo.
Então não são duas ou três testemunhas do pecado, mas são os dois ou três que vão até ele nesse grupo e estão afirmando o que ele disse. E então, se ele disser mais tarde: "Eu não disse. Essa não foi a minha atitude. Eu não reconheci.” Eles podem afirmar que de fato é, porque eles testemunharam. Assim, Deus quer confirmar tanto o arrependimento quanto a confirmação da impenitência na boca de duas ou três testemunhas. Em outras palavras, ele quer ter certeza. Essa é uma maneira de ter certeza da atitude.
Deus está preocupado com isso. Ele não quer relatos errados sobre o seu povo. Ele não quer que seja dito que eles não estão se arrependendo, se estiverem. Ele não quer que seja dito que estão, se não estiverem. E assim, os dois ou três protegem contra isso. Bem, espero que ele responda a isso. Espero que, quando os dois ou três vierem, e novamente o pecado for exposto no pedido para se arrepender, espero que ele responda. Esse é o desejo. Se ele não o fizesse, eles relatariam, e nunca poderia argumentar, porque havia duas ou três testemunhas que puderam afirmar isso.
Isso já ocorreu no Novo Testamento? Existe uma ilustração aqui do primeiro passo? Sim, acho que existe. Veja o Capítulo 13, de 2Coríntios. Agora, essa é uma passagem difícil de traduzir. Basicamente, compartilharei a ideia com você. Em 2Coríntios 13, diz: “Esta é a terceira vez que vou ter convosco.” Paulo está escrevendo aos coríntios. "Por boca de duas ou três testemunhas, toda questão será decidida.” Agora, ele usa esse princípio de Deuteronômio 19.15, e sabemos que estamos em uma situação de disciplina. "Já o disse anteriormente e torno a dizer, como fiz quando estive presente pela segunda vez; mas, agora, estando ausente, o digo aos que, outrora, pecaram e a todos os mais que, se outra vez for, não os pouparei.”
Agora, o que ele está dizendo? Vocês que estão pecando na assembleia dos coríntios, eu lhes disse uma vez. Eu já lhes disse duas vezes. Foi confirmado - diz o versículo 1 - na boca de duas ou três testemunhas. E se eu vier e vocês ainda não tiverem arrependimento, eu não pouparei a disciplina. Há uma ilustração em que Paulo chama os coríntios para responder à segunda abordagem de seus pecados, aqueles que estão pecando. Agora vamos voltar para Mateus, capítulo 18. É tão útil que o Novo Testamento nos dê essa ilustração desse princípio de trabalho.O que acontece se eles não ouvirem os dois ou três? Versículo 17: “E, se ele se recusar a ouvir essas pessoas, exponha o assunto à igreja.” Diga isso a toda a assembleia. Agora isso pode significar uma proclamação pública para todos. Pode significar que você conte a um número suficiente de pessoas representantes da igreja para que a palavra saia, de que essa pessoa está pecando e não voltando, mas a intenção é a chave aqui, pessoal. Quando você diz à igreja, e certamente até agora, a liderança da igreja, em certa medida, está envolvida porque a palavra veio das testemunhas.
Essa é uma pessoa impenitente. Temos de contar à igreja. E assim, através de quaisquer meios escolhidos, a igreja é comunicada. Às vezes os líderes divulgam através dos grupos. É assim que fazemos aqui. Às vezes podemos dizer isso em um culto de comunhão. Às vezes pode ser dito em uma aula, ou um grupo de estudos, ou num estudo bíblico, ou associação onde a pessoa é conhecida. Mas a afirmação é a seguinte: ele está pecando. Nosso irmão está perdido. Dizer isso à igreja para qual propósito? Qual é o propósito maior da disciplina? Restauração.
Então, o que você diz à igreja? Igreja, vá atrás deles. Um indivíduo foi, sem resposta. Dois ou três foram sem resposta. Agora todos nós vamos. Isso não seria maravilhoso? Você pode imaginar, quantas vezes na vida de uma igreja, as pessoas simplesmente se afastam. Examinei meu coração nos últimos anos e eu disse quantas pessoas que conheço que se afastaram em pecado e eu as perdi, porque eu não segui o primeiro passo, ou dei o primeiro passo e dizia a mim mesmo: “Eles não vão se arrepender.” E possivelmente deixei passar o segundo passo, e depois o deixei ir.
E você ouve as pessoas dizerem: "Oh, bem, eles se foram. Eles nunca foram de ajudar mesmo,” todos os tipos de colocações. O ponto é, se um irmão foge para o pecado, você vai. Você simplesmente não deixa isso acontecer. Se você não o vir ou se você sabe que algo está errado na sua vida, você vai, pega alguém, e então precisamos dizer para todos irem. E nós simplesmente tornamos a vida miserável, porque estamos nos aglomerando em torno deles. Essa é a ideia. Nós apenas vamos em busca, com amor, em mansidão, chamando-os de volta do pecado, chamando-os de volta para a comunhão.
A propósito, como nota de rodapé aqui, não há um padrão diferente para presbíteros ou pastores. Primeira a Timóteo 5.19-20 diz que os presbíteros devem ser disciplinados da mesma maneira. Qualquer acusação contra eles deve ser confirmada na boca de “duas ou três testemunhas,” diz Paulo a Timóteo. E quando eles pecarem também, e continuarem nisso, devem ser repreendidos para que os outros possam temer, para que os outros não sigam o mesmo padrão de pecado, porque eles saberão das consequências publicamente.
Então, quando eles caem em pecado, o padrão é colocado em movimento. Um vai, dois ou três vão, então todos nós vamos. Todos nós vamos atrás deles. Todos nós vamos querer restaurá-los. Eu realmente não sei se a igreja pensa em fazer isso. As igrejas, eu não sei se elas fazem isso. Eu disse a alguém, dia desses, que o Senhor trouxe de volta depois de muitos anos: “Eu falhei com você. Falhei porque eu não lhe procurei. Deixei você ir. Eu falhei com você e falhei com o Senhor nisso.”
Agora, essa não é a tarefa de uma pessoa. Não temos uma pessoa responsável por isso. Havia uma pessoa responsável por isso em apenas uma igreja que eu conheço e foi um desastre. Você quer conhecê-lo? Seu nome é Diótrefes. João escreveu sobre ele em sua terceira epístola. Ele diz: "Eu escrevi para a igreja" - você pode imaginar isso? "Eu escrevi para a igreja" - este é João, o apóstolo "mas Diótrefes, que ama ter a preeminência entre eles, não nos recebeu." Agora, esse cara é de um ego incrível. Ele não pode - ele nem vai receber o apóstolo João. Claro, ele é intimidado por ele.
“Por isso, se eu for aí, far-lhe-ei lembradas as obras que ele pratica, proferindo contra nós palavras maliciosas; e, não satisfeito com estas coisas, nem ele mesmo acolhe os irmãos, como impede os que querem recebê-los e os expulsa da igreja.” Aqui estava um sujeito autonomeado, jogando pessoas para fora da igreja. Essa não é tarefa de um homem só. Isso não é decisão de um homem só. Se nós tivermos de colocar uma pessoa para fora da igreja - ouça - se alguma vez tivermos de tirar uma pessoa da igreja, não é depois que uma pessoa foi até ela e não se arrependeu. Não é depois que dois ou três foram, e ela não se arrependeu. É depois que todo mundo foi e ela não se arrependeu. Então, não há ninguém disparando todos os tiros. Estamos todos tentando restaurar essa pessoa e, se ela ainda não responder, a ação entrará em vigor. Coloque-a para fora, mas não até que toda a igreja tenha ido atrás dela.
Agora, há um caso no Novo Testamento disso? Nós vemos alguma disciplina do terceiro estágio? Eu acho que sim. Veja 2Coríntios. 2Coríntios 2.5 diz isso - e eu lerei a versão da Novo Padrão Americano da Bíblia. É muito mais clara. "Ora, se alguém causou tristeza,” isto é, trazendo tristeza à assembleia por causa do pecado, "não o fez a mim, mas, para que eu não seja demasiadamente áspero, digo que em parte causou tristeza a todos vocês.” O pecado, ele está dizendo, não afeta apenas a mim, afeta a todos. E isso nos traz de volta ao nosso ponto de que o pecado pode ser contra você indiretamente. Qualquer pecado toca todo o corpo.
Então ele diz: "Olha, se alguém pecou, não foi só contra mim, mas para com todos vocês." Assim ele presume, então, que toda a igreja está consciente disso, e toda a igreja está preocupada com isso. Versículo 6, então: " basta-lhe a punição pela maioria." Em outras palavras, aparentemente, toda a igreja disse: "esse sujeito está em pecado." E toda a igreja sabia, e eles foram atrás do cara, e ele se arrependeu.
E então o versículo 7 diz: “pelo contrário” – por outro lado – “vocês devem perdoá-lo” – que presume que ele se arrependeu depois que toda a igreja foi atrás dele – “e animá-lo para que ele não acabe caindo em desespero.” E então ele diz, no versículo 8: “Façam com que ele tenha certeza de que o amam.”
Agora, aqui está o caso onde toda a igreja sabia, e toda a igreja foi, e aparentemente o sujeito respondeu, e ele diz: "Agora que ele respondeu, não o deixe ficar lá fora. Não o mantenha distante nem o intimide por causa do que ele fez. Abracem-no novamente, e perdoem-no e o amem.
É assim que a igreja deve fazer. Você diz: "Bem, por quanto tempo devemos fazer isso?" Eu não sei. Eu acho que até você sentir que o indivíduo está ficando cada vez mais difícil. Às vezes, quando saímos assim para ir atrás de alguém, podemos vê-lo desmoronar. Então ele diz: "Eu não vou parar o meu pecado. Eu vou fazer o que vou fazer. E às vezes você vê o indivíduo amolecendo. Quando fica mais difícil, acho que o Espírito de Deus tem de dar a você sabedoria sobre quando é hora de apenas dizer: “Chega. Ele não está respondendo.” Eu acho que geralmente é um tempo menor do que pensamos, porque Deus quer resposta.
Então, e se o indivíduo não responder? Veja o versículo 17 novamente. “Mas se ele negligenciar a igreja,” e essa frase está entre cada passo. É depois do primeiro passo, depois do segundo passo, e é depois do terceiro passo. Se ele não ouve toda a igreja. Estamos fazendo isso como uma igreja? Você conhece alguém que você precisa ir atrás? Talvez alguém tenha ido depois. Talvez dois ou três tenham ido e você diga: "Bem, isso não está na minha área.” Muitas pessoas estão fazendo isso. Toda a igreja deveria ir. Se você sabe sobre isso, você deveria ir. Talvez apenas escrever um cartão. Talvez deixar um recado. Quando vir o sujeito, quem sabe seja ousado o suficiente para enfrentá-lo.
Mas, e se ele não responder? Então ele diz, o passo quatro: “seja ele para ti como um pagão e um publicano." Você diz "Rapaz, no Novo Testamento, os cobradores de impostos realmente levavam no pescoço” e, em certo sentido, isso é bem real. Em Israel, havia o povo da Aliança. E, basicamente, um pagão era alguém de fora da aliança e marginalizado. Não era que eles não quisessem incluí-lo, é só que se ele não fosse incluído, ele estava fora. Ele não podia se associar com eles. Ele não se juntava a eles. Ele não adorava com eles. Ele não fazia parte deles.
Mas o outro tipo de marginalizado de muitas formas podia até ser pior, era o judeu que se vendia ao governo romano para cobrar impostos de seu próprio povo. Ele não era apenas marginalizado devido ao nascimento, era assim por própria escolha. Ele havia desertado para o inimigo. E assim, quando você fala sobre um pagão e um cobrador de impostos na linguagem do tempo do Senhor Jesus Cristo, o povo teria entendido que ele estava falando daqueles fora da comunhão, fora da sinagoga, fora da aliança, e é exatamente isso que Jesus pretende dizer. Não que você não se importe com essas pessoas. Mateus, que escreveu essa passagem nesse evangelho, era coletor de impostos, e Jesus estava no negócio de salvar coletores de impostos e pecadores.
Pense na maravilhosa história de Zaqueu. Não é que isso seja algo que seja um comentário depreciativo sobre essas pessoas. É simplesmente dizer que você os trata quando eles pecam como se estivessem fora de sua comunhão. O que isso significa? Eu quero dizer duas coisas, e vou tirar isso para uma conclusão bem aqui. Ouça com atenção, porque o que vou dizer nos próximos cinco a sete minutos é fundamental. A primeira coisa, o que acontece quando todo o processo é improdutivo? Primeiro passo, coloque essas pessoas para fora. Coloque-a para fora. Coloque-as fora do quê? Coloque-os fora da comunhão. Coloque-as fora da assembleia. Não deixe que elas se associem. Não deixe que elas tenham as bênçãos e os benefícios. Coloque-as para fora.
O texto de 1Coríntios 5 deixa isso bem claro. Na igreja de Corinto havia um homem que estava tendo relações sexuais com a esposa de seu pai, sua madrasta, uma forma de incesto, abominável a Deus. E em vez de ficarem de coração partido com o incesto, as pessoas ficaram orgulhosas com isso. Paulo diz: "E, contudo, andais vós ensoberbecidos e não chegastes a lamentar.” Em vez de ficarem tristes, vocês estão felizes. Você acha que é mais um troféu ter um caso com sua própria madrasta. Isso é muito doente.
Ele diz isto, versículo 4: “em nome do Senhor Jesus, reunidos vós e o meu espírito, com o poder de Jesus, nosso Senhor, entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor [Jesus].” E é por isso que na Mesa do Senhor quando nos reunimos em nome do Senhor Jesus Cristo e no poder do Senhor Jesus Cristo, se uma pessoa tem resistido a todos esses processos, você nos ouvirá mencionando o nome dele, e nós o colocaremos para fora. Não podem mais ter comunhão aqui. Eles não podem mais conhecer a bem-aventurança do povo de Deus, a graça santificadora da assembleia de seus escolhidos, se quiserem continuar vivendo em pecado. Você os expulsou, “entregando-os a Satanás para a destruição da carne, para que o espírito seja salvo no dia do Senhor Jesus.”
Em outras palavras, seu espírito pode ser redimido no final. Deus pode se apegar ao espírito, mas eles podem ter de ter a destruição daquela carne, aquela carne que puxa em direção ao seu pecado. O pecado é da carne, como vimos em Romanos 6. E ela terá de ser devastada. E colocando-os fora, eles podem ir ainda mais longe. E você tem de fazer isso. O versículo 6 diz: “Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda? Lançai fora o velho fermento.” Lançai-o fora. Tem de ser afastado.
Em 1Timóteo 1.20, Paulo diz: “Tomei a Himeneu e a Alexandre e os entreguei a Satanás, para que aprendam a não blasfemar.” Isso é treinamento corretivo. Eles precisavam aprender. Eles não podiam fazer isso. Eles precisavam entrar plenamente na consequência dos seus pecados. O que acontece é que quando você coloca alguém para fora, as graças santificadoras da assembleia de Deus não estão mais lá, e eles ficam sem, e quando eles não têm tudo e não conseguem chegar perto de tudo, então eles começam a pensar sobre o quanto isso realmente significava para eles. Você entende? Mas se uma pessoa pode ter o povo de Deus, e a igreja de Deus, e ser aceito e ter seu pecado, também, eles podem continuar mais tempo em seu pecado. Assim você diz como eu disse para algumas pessoas, e me aborreço quando penso nisto: "você tem uma escolha. Ou é o mundo e o diabo, ou o povo de Deus e Deus, não ambos. Não ambos.”
Segunda aos Tessalonicenses 3.6 fala a mesma questão. "Nós vos ordenamos, irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que ande desordenadamente e não segundo a tradição que de nós recebestes.” A palavra “apartar” significa “recuar” ou "evitar.” Você o evita. Você não o deixa em sua irmandade. Você não o deixa entrar em sua assembleia. Você não o deixa em sua comunhão. Você não deixa que eles tenham aquela graça santificadora que vem de Cristo. Agora, não estamos falando de pessoas que não conhecem o Senhor. Nós não estamos falando de pessoas de fora. Queremos que elas sejam expostas a isso. Estamos falando de membros pecadores da família.
Segunda aos Tessalonicenses 3.14: "Caso alguém não preste obediência à nossa palavra dada por esta epístola, notai-o; nem vos associeis com ele, para que fique envergonhado.” Deixe-o à sua vergonha. Deixe-o com o seu pecado. Se ele pertence a Deus, o Senhor não vai deixá-lo ir, mas pode ter de levá-lo para muito baixo. De volta a 1Coríntios 5.9. Paulo diz: “Já em carta vos escrevi que não vos associásseis com os impuros.” “Refiro-me” -ele diz - “refiro-me, com isto, não propriamente aos impuros deste mundo, ou aos avarentos, ou roubadores, ou idólatras; pois, neste caso, teríeis de sair do mundo.” Não estou dizendo que não se encontre com essas pessoas. Não tenha comunhão com essas pessoas, elas precisam de você. "Mas eu estou escrevendo” - versículo 11 - “Mas, agora, vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal, nem ainda comais.” Não faça uma refeição com ele. A refeição simboliza a comunhão, hospitalidade, cordialidade, sociabilidade. Nada disso.
Quando você coloca um indivíduo para fora, você o coloca para fora. Você não o recebe para uma refeição. Você não o trata como um irmão. Você o trata como um excluído. Você o coloca para fora.
Segunda coisa, você está pronto para isso? Chame-o de volta Coloque-os para fora. Chame-o de volta. Segunda aos Tessalonicenses 3.15 diz: "Todavia, não o considereis por inimigo, mas adverti-o como irmão.” Então, há um sentido em que você nunca o deixa ir. Você o expulsa da associação, mas o continua chamando de volta. As pessoas dizem para mim: "Bem, você sabe, eu vou me encontrar com meu irmão e ele se divorciou de sua esposa, e ele está vivendo em adultério, e eu vou vê-lo. Tudo bem se eu o vir? Está tudo bem?” E eu sempre digo: Tudo bem se vai vê-lo, contanto que o tempo todo em que esteja com ele, você o admoeste, o admoeste, o admoeste. “Volte. Recobre sua vida corretamente. Confesse seu pecado. Arrependa-se do seu pecado.” Esses são os únicos termos que você pode ao estar com ele. Isso pode terminar o encontro se ele souber o que está chegando, mas esses são os termos.
Isso já aconteceu? Claro. Esse quarto passo está no Novo Testamento? Acabei de ler a você 1Timóteo 1.20. Paulo diz: “Eu entreguei Himeneu e Alexandre a Satanás.” Em Romanos 16.17, Paulo diz: “Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles. Porque esses tais não servem a Cristo, nosso Senhor, e sim a seu próprio ventre; e, com suaves palavras e lisonjas, enganam o coração dos incautos.” Claro, o passo quatro está no Novo Testamento.
E então há um equilíbrio. Você os coloca para fora e os chama de volta. Agora, quando você chega a esse ponto do texto, está dizendo para si mesmo: “Cara, isso é coisa pesada. Quer dizer, isso é pesado. Quem sou eu para fazer isso?” Você quer saber qual é a sua autoridade? E isso é absolutamente chocante. Se você quer saber, volte em duas semanas, porque eu vou embora na semana que vem, mas voltarei em duas semanas e vou lhe dizer qual é o epítome absoluto de toda essa passagem. porque devemos fazer isso. Vamos nos curvar em oração.
Pai, esta é uma boa palavra, e importante para nosso coração. Somos sensíveis a respeito do Senhor. Nossa alma está transbordando. Nós gostamos de cantar os louvores. Nós gostamos de nos sentir bem, de ouvir a boa música e tudo mais. Mas nós realmente não gostamos de confrontar o pecado. Às vezes é muito difícil tomar as medidas. Mas, Senhor, ajuda-nos a fazer isso. Ajuda-nos a saber que não tu não queres que somente cantemos as músicas, que nos sintamos bem, que tenhamos momentos agradáveis, aproveitemos o estudo da Bíblia e deixemos por isso mesmo. O Senhor quer que fiquemos ansiosos para sermos ministros da santidade, buscando as ovelhas que se perderam.
E que possamos agir em teu nome, pois és o bom pastor que vai atrás da ovelha perdida, deixa as 99 para trazer a que está perdida de volta. Dá-nos algumas dessas. Vamos carregar as ovelhas em volta do pescoço e trazê-las de volta ao aprisco. Ajuda-nos a estar tão ansiosos para fazer a coisa difícil pelo poder do teu Espírito para sermos abençoados. Ajuda-nos a ter um zelo como o de Davi, como o de Jesus, por tua casa, teu povo.
E Pai, ajuda-nos a buscar a santidade em nossa própria vida para que possamos ser instrumentos de santidade na vida dos outros, para que sejas glorificado em todas as coisas. Obrigado por nos abençoar, apesar de termos sido desobedientes nessas áreas. Não podemos abusar dessa graça, mas procuremos ser tudo o que queres que sejamos. Nós oramos em nome de Cristo.
Amém.
Fim

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