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Se você está na Grace Church há algum tempo, sabe que gosto muito do que faço. Mas talvez você não saiba que gostei demais do privilégio de pregar Mateus 18 e Romanos 6 e 7 ao mesmo tempo. É um desafio a cada semana enquanto preparo, estudo, oro e medito. Mas as verdades que estão nessas duas seções particulares da Escritura são tão emocionantes que confesso a você que tem sido uma alegria e bênção especial em minha própria vida. E agradeço a Deus por cada nova aventura, cada novo estudo da Palavra.

E também agradeço a ele que neste momento da minha vida, o que quer que possa acontecer no futuro, ainda estará no processo de descobrir as coisas da Palavra de Deus, e isso enquanto passo por novos capítulos, e vejo os antigos capítulos de novas maneiras, e parece que depois de todos esses anos, poder chegar ao ponto onde se consegue todo esse entendimento e você aí percebe que não é possível, porque o Senhor revela riquezas da sua Palavra de novo e novamente, e é um tempo maravilhoso para mim, e acredito que para você também.

Bem, isso nos leva a Mateus 18, e eu gostaria de encorajá-lo a abrir sua Bíblia. Estamos olhando para a seção final deste capítulo, versículos 21-35. O título que demos a todo o capítulo é a “A semelhança do crente com uma criança.” O Senhor, é claro, reúne seus discípulos ao seu redor em um lar em Cafarnaum, e ele toma uma criancinha em seus braços e, usando a criancinha como uma ilustração da verdade espiritual, ele diz que somos espiritualmente como criancinhas. Os discípulos eram e nós somos.

E como criancinhas, há certas coisas que precisamos entender. Primeiro, entramos no reino como criancinhas. Então, devemos ser protegidos como criancinhas. Devemos ser tratados como criancinhas. Devemos ser disciplinados como criancinhas. E então, em nosso texto, versículos 20-35, devemos ser perdoados como criancinhas. Assim como as crianças precisam de perdão frequente, nós também precisamos. E assim como em uma família você é muito propenso a perdoar as falhas de uma criança, por causa de sua juventude e ignorância, então devemos perdoar uns aos outros da mesma forma na família de Deus.

Então estamos aprendendo sobre o perdão. Estamos aprendendo sobre a importância de perdoar uns aos outros, de não manter a vingança ou rancor, de nos libertarmos da escravidão desses tipos de coisas que podemos perdoar como fomos perdoados. Agora, nós entramos em alguns detalhes da última vez, e eu confio que o Espírito de Deus deixou o suficiente dessa mensagem persistente sua mente para que você possa ligá-la bastante prontamente com o que vamos ver hoje. Começamos na semana passada com o que chamamos de inquérito sobre o perdão, no versículo 21. “Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?” E lembre-se que mencionei, Pedro estava meio que citando a tradição judaica, que dizia que você perdoa até três vezes e chega? E da quarta vez não perdoa mais.

E Pedro, sentindo a magnanimidade do coração do Senhor, e a generosidade, e a misericórdia, e a ternura, e a bondade amorosa, e a graça de nosso Senhor, quis dizer “Bem, vamos, além da tradição, Senhor, pode ser sete vezes? Perdoamos uns aos outros sete vezes?” Agora, essa foi a pergunta sobre o perdão. A extensão do perdão, nosso segundo ponto, veio no versículo 22, na resposta do Senhor.

“Disse-lhe Jesus: Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.” Essa é a extensão do que o Senhor está dizendo. Como vimos na semana passada, não há limite para o seu perdão. Você apenas continua a perdoar. Lucas disse que se ele pecar contra você sete vezes em um dia, perdoe-o.

Então, devemos perdoar uns aos outros, e de novo, de novo, de novo e de novo, infinitamente, sem limitação. Devemos nos empenhar no perdão uns dos outros, que nasce do amor, da ternura, da misericórdia e da graça que deve ser nossa, porque entendemos o quanto Deus nos perdoou, certo?

E esse era o significado de Efésios 4.32, que devemos “perdoar uns aos outros, assim como Deus por amor a Cristo nos perdoou.” Como Deus nos perdoa continuamente, não importa qual seja o nosso pecado, em sua graça, assim devemos nós, perdoar continuamente uns aos outros quando eles pecam contra nós.

Também vimos o efeito do perdão da última vez, o terceiro ponto em nosso pequeno esboço. E dissemos olhando para o capítulo 6, de Mateus, que o efeito do perdão, isto é, quando você perdoa os outros, também é perdoado. Agora é importante que entenda o significado disso. Sabe, o Senhor diz nesta oração: “perdoa-nos as nossas dívidas como nós temos ou como nós perdoamos os outros também.” Então ele diz: “Se você não perdoar aos outros, eu não perdoarei você.” Quando você não perdoa a outra pessoa, a Bíblia diz que Deus não perdoará no sentido relacional. Então você tem um pecado que coloca uma barreira entre você e Deus.

E enquanto essa barreira existir, duas coisas ocorrerão. Um, você não experimenta a alegria da comunhão com Deus. Dois, você experimenta a correção de Deus. E assim, há um efeito sobre o crente nessa questão do perdão. Então a investigação levou à extensão do perdão. O efeito do perdão que vimos também.

Agora, vamos ver o exemplo do perdão. E este é o último ponto, e ocupa todo o resto do capítulo. Levará duas semanas para lidar com isso, porque é uma passagem bastante longa. É uma parábola, e eu gostaria de lê-la para você para começar. Então acompanhe no versículo 23. Acho que você entenderá a mensagem com bastante facilidade.

“Por isso o reino dos céus é semelhante a um rei que resolveu ajustar contas com os seus servos. E, passando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos. Não tendo ele, porém, com que pagar, ordenou o senhor que fosse vendido ele, a mulher, os filhos e tudo quanto possuía e que a dívida fosse paga. Então, o servo, prostrando-se reverente, rogou: Sê paciente comigo, e tudo te pagarei. E o senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora e perdoou-lhe a dívida. Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem denários; e, agarrando-o, o sufocava, dizendo: Paga-me o que me deves. Então, o seu conservo, caindo-lhe aos pés, lhe implorava: Sê paciente comigo, e te pagarei. Ele, entretanto, não quis; antes, indo-se, o lançou na prisão, até que saldasse a dívida. Vendo os seus companheiros o que se havia passado, entristeceram-se muito e foram relatar ao seu senhor tudo que acontecera. Então, o seu senhor, chamando-o, lhe disse: Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste; não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti? E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que lhe pagasse toda a dívida. Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão.”

Agora, esse é um princípio muito direto, muito claro e muito óbvio, e vamos ver isso se desdobrando tanto neste Dia do Senhor quanto na mensagem a seguir, que será daqui a duas semanas. Há certa dureza nessa parábola. De fato, há tamanha severidade na atitude do rei, no versículo 34, e na aplicação no versículo 35, que muitas pessoas estudaram a parábola e concluíram que ela não poderia estar falando sobre os cristãos. Porque como o Senhor poderia ficar zangado com os cristãos e como ele poderia entregar os cristãos aos atormentadores? Como ele poderia fazê-los pagar? "Isso simplesmente não pode ser aplicado aos cristãos,” dizem eles.

Bem, deixe-me dizer-lhe desde o início, assim não ficará no escuro, eu acredito que se aplique aos cristãos, e à medida que passamos pela parábola, versículo por versículo, vou apontar onde é pertinente, porque acredito ser verdade que essa é uma referência aos cristãos. Se você não perdoar os outros, não será perdoado. E se não perdoa os outros não é perdoado, e poderá experimentar duas coisas: não conhecerá a alegria da comunhão com o Senhor e conhecerá a correção do Senhor. E não vejo nenhum problema em ver o que acontece no final desta parábola como a punição ao cristão em pecado. E veremos isso enquanto avançamos.

Não devemos ficar chocados com o fato de o Senhor ser ríspido, rigoroso, firme e forte ao lidar com os seus, porque isso é parte de como ele os amolda ao padrão santo de sua vontade revelada. Isso não deveria nos chocar. Também sabemos muito claramente, pelo capítulo 12, de Hebreus, que o Senhor castiga os seus. Ele os flagela, e até mesmo a terminologia é um pouco paralela à ideia de atormentadores, no versículo 34.

Mas o conceito-chave, pelo menos para nós, é voltar ao versículo 23, e veremos como a parábola começa. Começa com a palavra “por isso.” E essa palavra liga-a à passagem anterior. E a passagem anterior é toda sobre um cristão que perdoa outro cristão. É tudo, versículo 21, sobre meu irmão pecando contra mim, e minha atitude para com ele e meu perdão para ele.

É tudo sobre meu irmão ou minha irmã que peca na comunhão e precisa ser restaurado e perdoado. E a parábola é construída sobre esse princípio, e assim eu penso que o "por isso" se presta a compreensão que, embora um princípio geral que pode ser extensamente aplicado, é primeiramente em referência àqueles dentro da família do Deus que precisam compreender a importância do perdão. É uma parábola muito impactante. Ela é dramática. É poderosa. É potente, e sua verdade é totalmente irresistível. Será apenas uma questão de decidir se devemos ou não obedecer à sua aplicação.

Agora, tendo dito isso, vejamos a parábola no versículo 23. “Por isso, o reino dos céus é semelhante a um rei que resolveu ajustar contas com os seus servos.” Agora, o Senhor gosta de falar sobre seu reino em termos de parábolas. São histórias veladas, histórias da vida cotidiana comum que carregam um significado espiritual.

E o Senhor faz isso com frequência. E muitas vezes ele diz que o reino dos céus é assim. O reino dos céus e eu não quero gastar muito tempo o definindo é simplesmente a esfera do governo de Deus na terra através da graça e salvação, a dimensão do governo de Deus. Estamos nesse reino, nós que amamos a Cristo. Estamos sob o controle dele, sob o poder dele. Nós fomos trasladados do reino das trevas para o reino do seu querido Filho.

"Meu reino,” ele diz, "é assim. A esfera do meu governo na terra, através da graça e salvação, é assim. É assim que é o meu reino.” E, novamente, acho que ele se presta, embora com muita frequência em Mateus, o reino é mais amplo do que as pessoas reais no reino e não inclui aqueles que se ligam superficialmente. Eu penso neste contexto falando com os discípulos, ele está falando do reino em seu sentido mais verdadeiro. As pessoas que estão no meu reino precisam entender que meu reino é assim.

Agora, o personagem principal é "um certo rei.” Em algum ponto da margem em sua Bíblia, escreva que isso é uma referência a Deus, e é a primeira parábola dada no Novo Testamento, na qual Deus é comparado a um rei. Deus é o rei nesta parábola, obviamente. “E este certo rei estabeleceu um tempo para levar em consideração seus servos.” A palavra servos, doulois, escravo da servidão, servo dos servos.

Agora, a palavra tem a ver com um servo que é escravo de seu mestre. Isso não significa necessariamente que ele esteja acorrentado. Alguns deles podem ter sido acorrentados. Alguns podem ter tido a liberdade muito, muito limitada. Mas outros servos, os doulois, teriam liberdade e privilégio muito extensos. Não obstante, estavam ligados àquele que os dominava, fossem eles escravos ou criados domésticos com mais liberdade que um escravo, ou se eram, como neste caso, o que se poderia chamar de sátrapas. Ou seja, eles eram governadores provinciais que serviam ao rei, governando certas áreas de seu reino, certas províncias.

E sua responsabilidade era relatar ao rei, governar em seu nome. Primeiramente vinha o coletor dos impostos, que voltavam para o rei para a sustentação do reino todo e para a tesouraria real. Assim, o termo aqui não é no sentido usual, os doulos domésticos ou o vínculo do escravo doulos, este era um tipo de governador provincial que recebia uma área de domínio e governava, por assim dizer, sob o próprio rei para coletar daquela parte do reino e devolvia ao rei o que era dele por direito.

Agora, permita-me que lhe sugira que estes têm a ver com os homens em geral? Que quando Deus criou o homem e o colocou na terra, ele deu ao homem domínio sobre a terra. Ele fez do homem um mordomo de tudo o que ele possuía. E esse é o homem em geral, que conhece a Cristo ou não. Os homens foram confiados com o tesouro dado por Deus. Sua própria vida e a respiração é uma dádiva de Deus. Ele é o único que é o dono.

Tudo o que eles possuem pertence a Deus. Todo o dinheiro que eles têm pertence a Deus. É Deus quem lhes dá o poder de obter riqueza. Todo o talento que eles têm realmente é um talento dado por Deus. Toda a capacidade, capacidade e potencial que eles possuem foram depositados neles pelo próprio Deus. Para que cada homem viva no mundo mesmo antes de conhecer a Deus com uma mordomia comprometida com ele por Deus, que o criou como ele é, onde ele está, com a responsabilidade que ele tem, e com o tesouro dado em seu cuidado. Então, eu vejo isso como o rei que tem todas essas pessoas que receberam certos bens que, de fato, pertencem ao rei, e a quem devem prestar contas pelo uso desses bens.

E é por isso que, no versículo 23, diz que ele levaria acertaria a conta. Agora eu não vejo isso como a contabilidade final. Eu vejo isso como talvez uma contabilidade anual, algum período de tempo em que o rei quer fazer um inventário, talvez a cada ano, ou a cada dois anos, ou a cada semestre, esses governadores provinciais tinham de trazer para ele todos os impostos que haviam recolhido. Eles tinham de mostrar de onde vinham os impostos. Eles tinham de dar ao rei e à tesouraria real a porcentagem adequada, e manter para si mesmos em sua própria operação o que lhes era legítimo.

Então, havia uma contabilidade periódica, e o que vemos na passagem é que Deus chama os homens para uma contabilidade periódica. Não é necessariamente a contabilidade do julgamento do grande trono branco, que é o julgamento final, mas é a contabilidade de uma época de grande convencimento, quando os homens são chamados para enfrentar a Deus pelo que estão fazendo com sua vida. E esse é o coração da interpretação dos primeiros versículos da parábola.

Deus chama os homens para uma contabilidade por suas vidas. Para algumas pessoas, isso pode estar acontecendo hoje, neste mesmo culto, pela primeira vez ou pela centésima vez. Mas periodicamente, através do fluxo da vida, como os homens possuem em suas mãos a mordomia das coisas que Deus possui, eles são chamados a prestar contas de suas vidas. E haverá muitas dessas prestações de contas antes que o veredito do julgamento final seja proferido junto ao grande trono branco.

Em Romanos, capítulo 1, diz que Deus depositou no homem o conhecimento de si mesmo. Que Deus deu ao homem o ambiente ao seu redor, informação suficiente para que ele possa seguir esse caminho para o conhecimento de Deus. Que Deus deu ao homem a capacidade intelectual de entender, raciocinar e ver a verdade. Que Deus apresentou a ele a Palavra revelada, o Espírito Santo. Em outras palavras, Deus deu um tesouro aos homens para que eles percebam isso, e eles devem seguir essa percepção até o entendimento completo de quem ele é e do que ele quer. E Deus periodicamente chama os homens para tal prestação de contas.

Você pode ver o mesmo conceito aqui, em João 16, onde diz que o Espírito Santo veio para convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo. É o ministério do Espírito Santo, periodicamente, a critério da soberania de Deus, chamar os homens a uma prestação de contas de convencimento. Você esteve lá em um desses momentos, se você é um cristão, você veio a Jesus Cristo. Você foi chamado para uma prestação de contas. Alguém pregou um sermão. Alguém lhe confrontou com a imundícia do pecado. Alguém lhe mostrou a lei de Deus e quão miserável você era. Alguém demonstrou que você violou a lei de Deus, e você olhou para seu coração, e pela obra convincente do Espírito e da Palavra de Deus, você viu que era assim. E viu a si mesmo o que é, um pecador, e veio pela graça da salvação.

E talvez para alguns de vocês esse convencimento tenha sido aumentado por uma doença física, ou pela morte de alguém que você ama muito, ou pela perda de um emprego, ou por uma experiência dolorosa. Mas Deus chama os homens para tais prestações de contas, seja por meio de circunstâncias alarmantes, ou verdade alarmante, ou culpa alarmante, ou penetrante, pelo despertar da consciência, homens que pareciam estar dormindo antes são, de repente, alertados para a imundícia de seus pecados. E às vezes ele traz consigo circunstâncias severas para intensificar essa consciência intensa.

Enquanto estudamos nesta noite em Romanos, capítulo 7, veremos exatamente o que aconteceu com o apóstolo Paulo. Ele estava indo em sua vida e parecia que tudo estava indo bem. E, de repente, Deus o levou pela estrada de Damasco, derrubou-o ao chão, cegou-o e o chamou para prestar contas. E creio que foi nesse mesmo intervalo de sua vida que Romanos, capítulo 7, tornou-se uma realidade para ele, e ele olhou para dentro de sua vida e viu a excessiva imundícia de seu pecado.

Ele tinha meio que presunçosamente achado que poderia manter a lei por conta própria. Sem dúvida, sob certo tipo de convencimento. Sem dúvida, querendo ser justo e agradar a Deus, mas não compreendendo a excessiva imundícia do pecado, até ser derrubado ao chão, ficar cego e enfrentar a realidade que seu pecado não era apenas algo que se faz ou não se faz do lado de fora, mas o pecado era algo que fervia na própria natureza da própria alma.

E quando Paulo viu a imundícia do pecado, ele teve uma resposta correta. Nem todas as pessoas a tiveram. O jovem rico foi confrontado por Jesus Cristo. Ele, também, pensou que o pecado era apenas uma questão externa do que você faz ou não faz. E quando lhe perguntaram se ele cumpria toda a lei, disse: “Todas essas coisas fiz desde que era jovem,” e o Senhor atingiu o ponto certeiro em seu coração quando disse: “Não é o que você faz ou não faz do lado de fora. É o que está em você. E o que vejo é a cobiça, e lhe digo: vende tudo o que você tem, e dê tudo para os pobres.” E o homem foi embora.

Ora, ele foi condenado, mas rejeitou a condenação. Ele tinha uma prestação de contas naquele dia, mas ele rejeitou a prestação de contas. Foi-lhe dito que ele tinha cobiça no coração, e que o problema do pecado não era algo do lado de fora, era algo profundo, no interior. E no momento de sua prestação de contas, ele virou as costas e foi embora. Paulo, por outro lado, foi levado a uma prestação de contas e viu a lei da cobiça. Ele viu a lei da luxúria. Ele viu a lei do desejo do mal. Ao invés de se virar e ir embora, ele abraçou o Salvador que era o único que poderia libertá-lo de seu pecado, e ele foi redimido.

Mas todos os homens vêm para a mesma prestação de contas, e pode acontecer de novo e de novo. E ela pode ser rejeitada repetidas vezes, e para todos nós que conhecemos Cristo e o aceitamos, entramos para a vida eterna. E então o que temos aqui é Deus chamando os homens para a prestação de contas do convencimento do pecado.

E apenas para ajudar você a saber como o pecado é imundo, veja o versículo 24. “E, passando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos.” É o momento do convencimento. E alguém é trazido, porque essas pessoas não vêm voluntariamente. Eles geralmente vêm esperneando e gritando. Eles não vêm voluntariamente. Ele nunca teria vindo se não tivesse sido chamado. Por que ele iria querer ser descoberto como um trapaceiro? Ele nunca teria aparecido, mas ele foi trazido. E a dívida dele é de “dez mil talentos.” Agora, fica quase engraçado quando você lê sobre isso, e você lê os panos de fundo e assim por diante, enquanto as pessoas tentam descobrir o que era isso. Porque de uma nação para outra, e de um período de tempo para outro, e de um ponto na história para outro, os valores mudam muito. Tudo o que podemos dizer é que isso era muito muito. E figuras comparativas podem ajudar.

Este governador provincial na parábola devia dez mil talentos. Como uma comparação fascinante, você pode querer saber que, no mesmo período de tempo em torno da vida de Jesus, a receita total arrecadada pelo governo romano da Idumeia e Judeia e Samaria, a receita total era de 600 talentos. A receita total arrecadada da Galileia era de 300 talentos. Então, se esse cara tivesse coletado, desviado e desperdiçado 10.000 talentos, isso é uma quantia astronômica. Se for simplesmente tomarmos como um fato de que foi realmente 10.000.

Você pode querer saber que quando o tabernáculo foi construído, o Senhor disse a eles: "Eu quero vocês cubram todos estes elementos em ouro.” Você sabe, a arca da aliança e muitas outras coisas tinham de ser revestidas em ouro. Você pensa sobre isso e imagina todo esse precioso ouro que cobriu todos as partes no tabernáculo, e se está curioso sobre o que nos diz em Êxodo 38.24 havia 29 talentos de ouro.

E então, quando o templo foi construído, havia 3.000, e todo o lugar estava coberto de ouro, e eram apenas 3.000. Dez mil talentos são astronômicos. As pessoas estimaram entre 16 milhões e 2 bilhões e tudo mais. Você pode querer outras comparações. A Rainha de Sabá, ela veio visitar Salomão uma vez, e ela queria dar-lhe um presente que fosse proporcional à sua incrível riqueza, e assim ela deu a ele 120 talentos, 1Reis 10.10. O rei da Assíria impôs a Ezequias 30 talentos de ouro como uma quantidade magnânima.

Agora, sobre o que se está falando? Você quer saber do que está falando? Do pecado. O pecado é a dívida. Dez mil é o valor. Mas deixe-me levá-lo em uma pequena jornada em seu pensamento. Em Daniel 7.10, lemos isso. E esta é uma visão do glorioso Filho do Homem vindo em sua segunda vinda, e veja o que ela diz: “Um rio de fogo manava” Daniel 7.10 “e saía de diante dele;” ou seja, de diante do trono de Deus, e aí vai “milhares de milhares o serviam, e miríades de miríades estavam diante dele .” A que isso se refere? A anjos. Dez mil vezes dez mil. Agora vá para Apocalipse 5.11.

“Vi e ouvi uma voz de muitos anjos ao redor do trono, dos seres viventes e dos anciãos, cujo número era de milhões de milhões e milhares de milhares.” Quantos? “E o número era - o quê? “dez mil vezes dez mil e milhares de milhares.” Agora, você encontra no Antigo Testamento, você encontra no Novo Testamento, a propósito, você encontrará tais usos dos milhares e dos dez mil em Cantares de Salomão 5, em Ezequiel 45, eu também penso em Ezequiel 48. Você encontra alguns lugares em 1Coríntios, também.

Deixe-me lhe contar algo. O maior termo, o maior termo numérico na língua grega é esse termo, dez mil. É o termo muriōn. E assim, quando eles usavam o termo muriōn, nem sempre é um termo técnico, então quando você está olhando para os anjos e diz “dez mil vezes dez mil,” você deveria multiplicar dez mil vezes dez mil e você sabe exatamente quantos anjos existem. Significa simplesmente "miríades em miríades.”

É o termo mais alto que poderia ser usado. Seria como se disséssemos: "Ele devia ao rei zilhões.” É apenas um termo que está quase nos levando além da numeração. E eu vejo isso nesse sentido, ao invés de um senso técnico de exatamente dez mil talentos. O que está dizendo é "ele devia uma miríade. Ele devia uma dívida inestimável, incalculável e impagável, além de qualquer capacidade de pagamento, além de qualquer capacidade de calcular.”

Agora, pense comigo sobre isso, porque isso é realmente uma verdade profunda. Esse é o nosso pecado, pessoal. É disso que ele está falando. Somos levados perante Deus em um momento de convencimento e nos deparamos com o fato de que nosso pecado é inestimável. É incalculável. Não podia nem ser contado. Não pode nem mesmo ser enumerado em seu volume. A soma do nosso pecado está além da compreensão.

Agora é isso que acontece. E é isso que Deus pretende que aconteça quando você for convencido pelo poder do Espírito por meio da Palavra de Deus. Quando uma pessoa chega ao tempo de prestação de contas de convencimento diante de Deus, é para que eles possam ver a completa imundícia do pecado. E estamos de volta a Romanos 7, novamente. Paulo diz: "Quando vi o que realmente era, quando vi a lei de Deus e olhei para o meu pecado,” ele diz em 7.13 "eu vi a completa imundícia do pecado.” Ou a excessiva imundícia do pecado.

E esse é um elemento crítico para trazer alguém à verdadeira salvação. Cada um de nós deve ser trazido ao ponto em que vemos esta montanha de pecado, incalculável. Não é de admirar que quando Jó foi trazido, ele disse: “Eu me abomino.” Não é de admirar que quando Esdras foi trazido, ele disse: “Ó meu Deus, eu estou envergonhado e coro para levantar o meu rosto para ti, meu Deus. E ele mantinha o rosto no chão. “Porque nossas iniquidades são aumentadas sobre nossas cabeças e nossas ofensas subiram até o céu.”

É o mesmo tipo de atitude que encontramos no coração de Davi, que, embora fosse homem segundo o coração de Deus, orou com o rosto manchado de lágrimas: “Ó Senhor, por amor do teu nome, perdoa minha iniquidade.” Nosso pecado é uma dívida e é uma dívida que está além do cálculo. É tão grande que nem podemos estimá-la, muito menos pagá-la.

Agora, veja o versículo 25 e veja o que aconteceu. Então o homem foi levado para a prestação de contas. "Não tendo ele, porém, com que pagar.” Agora, esta é a circunstância mais terrível imaginável "ordenou o senhor que fosse vendido ele, a mulher, os filhos e tudo quanto possuía e que a dívida fosse paga.” Agora, isso é apenas castigo, amigos. Esta é uma dívida real, não artificial.

A parábola indica que o homem havia desviado o dinheiro do rei. Ele nem sequer tinha nenhum para pagar. Não havia como recuperá-lo. A punição é muito severa, muito severa. Venda o homem como escravo, venda sua esposa à escravidão, venda todos os seus filhos à escravidão, consiga o que puder. Venda a casa dele e tudo o que ele possui, consiga o que você puder, e nós vamos aceitar isso e aplicá-lo para a dívida, que não pode ser totalmente reembolsada, mas nós vamos tirar tudo que pudermos dele. E não há nenhuma reclamação, a propósito, porque é justo. Não há reclamações. O homem não reclamou. Ele não implora por justiça. Isso é justiça. Isso é ainda melhor que a justiça, porque a dívida não pode ser paga.

Agora, esse tipo de imagem é muito interessante, e é algo único em Israel. Nós não encontramos esse tipo de coisa comumente em Israel. Há poucos lugares no Antigo Testamento onde havia circunstâncias especiais em que uma pessoa poderia ser vendida para pagar uma dívida, mas esta era a principal maneira como o mundo pagão operava, e as pessoas que não faziam parte da nação de Israel já estavam familiarizados com esse tipo de coisa. Assim fariam os judeus, porque tinham visto os pagãos fazerem isso.

Se você não pudesse pagar uma dívida, você instantaneamente se tornaria um escravo. E você pagava sua dívida trabalhando o que podia. Sua esposa se tornava escrava, e todos os seus filhos se tornavam escravos, e tudo o que você possuía era vendido e transformado em dinheiro para aquele a quem você devia. Isso não era incomum. Isso é como o tipo de servente contratado. E desde que o homem fora defraudado, ele tinha o direito de reivindicar de volta tudo o que ele poderia.

Eu acho que se tivéssemos tais leis hoje, isso poderia afetar algumas maneiras pelas quais as coisas são feitas em nossa sociedade, onde as pessoas são um pouco mais livres com a lei de falências do que se soubesse que teriam de ir trabalhar para aqueles a quem estivessem em dívida. Pode ser uma boa abordagem, tende a nos impedir de ficar confiantes demais com nosso crédito.

Agora, tenha em mente que a dívida nunca poderia ser paga de qualquer maneira. E se você perguntar o que isso significa, deixe-me dizer o que eu acredito ser a referência aqui. Eu acho que isso é uma imagem do inferno. Certo? Eu acho que o versículo 25 está falando sobre o inferno nas implicações espirituais. Aonde mais os homens são enviados para pagar por seus pecados? Aonde as pessoas vão como punição pela dívida que devem a Deus? Isso refere ao inferno. Está falando sobre o inferno eterno.

Agora ouça com muito cuidado e você aprenderá algo sobre o inferno. As pessoas vão para o inferno para pagar pelos seus pecados, mas uma coisa que você precisa saber é que toda a eternidade no inferno ainda não vai pagar os pecados. Eles vão lá para pagar o que poderia ser pago gastando toda a eternidade lá, e nunca poderão pagar a dívida total.

O que a parábola está dizendo é que a dívida é impagável. É tão imensa que nunca poderia ser paga. Nunca poderá recuperar o que foi perdido. A glória roubada de Deus nunca poderá ser devolvida a ele. Não há como os homens eternamente no inferno pagarem a dívida, mas vão passar eternamente pagando o máximo que puderem, de qualquer forma. E o triste fato é que os homens que passaram eternidades no inferno não serão melhores pelo pagamento deles do que quando começaram, então eles não estarão mais aptos para o céu ao fim daquele tempo do que no início, quando começaram.

A dívida é impagável, mas eles vão pagar e tudo o que poderia ser exigido e de sua incapacidade vai ser exigido deles. É uma palavra muito rigorosa aqui. E quando as pessoas são enviadas ao inferno, é justo, porque Deus é um Deus justo, que diz que o pecado é uma dívida impagável, e eu vou tirar do homem o que eu possa conseguir mesmo que eu não possa receber tudo em troca.

A falência absoluta de cada filho de Adão torna impossível para ele pagar a dívida que deve a Deus. E sua incapacidade de tornar-se melhor pela punição que ele sofre no inferno significa que por toda a eternidade nunca será capaz de fazê-lo, nem será jamais apto para o céu do que quando foi enviado ao inferno. É um quadro terrível.

E o rei não é um tirano, ele é um rei justo. De fato, ele foi misericordioso em não chamar esse indivíduo para uma prestação de contas muito antes. Você sabia que a vida em si é um ato de misericórdia? Que você poderia ter sido enviado para o inferno assim que nasceu, isso é fato? Mas Deus tem sido misericordioso, e talvez tenha chamado seu coração condenado muitas vezes, e de novo e de novo. E sempre você rejeita e, finalmente, quando ele lhe traz para pagar pelo pecado que você faz questão de manter para si, ele será um Deus justo.

Veja o versículo 26: “Então o servo” agora, assim que soube que era o seu fim prostrando-se reverente, rogou: Sê paciente comigo, e tudo te pagarei.” Isso é realmente uma espécie de oração interessante. Primeiro, ele estava na posição certa, então caiu. E isso é uma coisa muito devastadora. Ele estava quebrado. Penso que o homem ficou arrasado. Que ficou totalmente quebrantado. Quer dizer, sabia que era o fim. Ele sabia o que enfrentaria. Ele não podia pagar a dívida. Ia perder a liberdade. Estar em cativeiro permanente porque, mesmo trabalhando toda a sua vida, percebe, nunca a pagaria. Assim como o inferno, você pode trabalhar a eternidade e nunca vai pagar. Então você nunca sairá dessa.

Uma vez que você vai para o serviço desse homem para pagar essa dívida, você está em uma escravidão até o fim, e ele pode ver isso. E não havia saída. Ele não pede por justiça. Ele tem a justiça. Ele não nega o seu pecado. Ele admite. Ele cai, esmagado, quebrado, prostrado e humilhado. Essa é a atitude certa, a atitude que Deus espera dos homens quando ele os convence do pecado, certo?

Oprimido com a sua pecaminosidade, despedaçado pela dívida que nunca poderá pagar, enfrentando uma eternidade de incapacidade, e sem alívio à vista, e sabendo muito bem que uma vez que tivesse entrado no serviço do rei, nunca teria a liberdade de ganhar dinheiro para pagar a dívida. E o texto diz que ele não só caiu prostrado como adorou. E isso é literalmente "beijar em direção a.” O termo vem de beijar a mão, o joelho, o pé do monarca a quem você implora por misericórdia.

E então ele implora por misericórdia. Admite seu pecado, ele está quebrantado e é humilde. Ele está no lugar que Deus quer trazer todo homem: seu rosto, no pó, como o publicano que bate em seu peito, dizendo: “Senhor, seja misericordioso comigo, um pecador. Eu vejo uma dívida que não posso pagar. Eu vejo uma montanha de pecado que nunca poderá ser eliminada. Eu encaro uma eternidade no inferno totalmente incapaz.”

E então ele é um homem quebrantado. E como tantos homens quebrantados, ele não entende tudo. E diz: "tenha paciência comigo." Suplica por compaixão, pela perseverança do senhor, para que o senhor espere e lhe dê uma chance, pois fará o seu melhor. Veja: "Eu vou pagar tudo. Eu vou fazer o melhor.”

Você diz, Ok. Mas ele não vai poder pagar e sabe disso. Isso é certeza. Mas este é um momento altamente emocional, rapaz, ele vai pensar em algumas maneiras de fazê-lo. Agora, isto é como pessoas ficam quando estão convencidas. A primeira resposta que vem quando são dominadas pela culpa, quando são confrontadas com a pecaminosidade é: tenho de moldar a minha vida. Tenho de melhorar. Tenho de me livrar da culpa. Acho que posso ser uma pessoa melhor. Quero virar uma nova página. Quero fazer mudanças. Quero me moralizar e me reformar. Ela admitiu seu pecado. Viu que perdeu sua condição, e realmente não entende como a dívida poderia ser paga, e então diz: "Apenas me dê uma chance. Eu farei o melhor que puder.” E ela é como pessoas que no meio de suas convicções procuram ser religiosas.

Isso não é incomum. Elas querem ser melhores. E antes que saibam que podem vir a Cristo e receber um presente dele, geralmente querem se fazer melhor. Você entende? Isso é tudo parte desse mesmo tipo de processo. Isso é uma espécie de convencimento pré-salvação. Mas ela tem uma atitude de bem-aventurada. Ele está humilhada, está quebrantada, clama por misericórdia, vê a enormidade de seu pecado, e sabe que o rei é o rei e tem controle. Então diz: “Apenas seja paciente comigo. Apenas me mostre um pouco de paciência e farei tudo que puder para pagá-lo. Eu quero fazer o certo.” Ela está dizendo: “Eu quero ser diferente. Sinto muito pelo que fiz.” A atitude do coração está certa. Tudo está lá. Só que ela não entende a graça do perdão ainda. Então o Senhor a tem exatamente onde ele a quer.

Martinho Lutero escreveu sobre essa passagem estas verdades profundas. “Antes que o rei o atraísse, ele não tinha consciência, não sentia a dívida e teria ido bem, ficado ainda mais endividado e não se importava com isso. Mas agora que o rei apresentou a conta, ele começa a reconhecer a dívida. Então, isso tem a ver conosco. A maior parte não se preocupa com o pecado, continua seguro, não teme a ira de Deus. Essas pessoas não podem chegar ao perdão do pecado, pois elas não percebem que têm pecados. Elas dizem de fato, com a boca, que têm pecado, mas se fossem sérias sobre isso, falariam de outra maneira. Este servo, também, disse antes que o rei lhe mostrasse a conta: "devo tanto ao meu Senhor,” ou seja, dez mil talentos, mas ele vai em frente e ri.

“Mas agora que o acerto de contas é apresentado e seu senhor ordena que ele, sua esposa e seus filhos, que todos sejam vendidos, agora ele reconhece isso. E assim também nos sentimos sinceros quando nossos pecados são revelados no coração, quando o registro de nossas dívidas é mantido diante de nós e então o riso para. E então exclamamos: Eu sou o homem mais miserável. Não há ninguém tão infeliz como eu na terra. Tal conhecimento torna o homem realmente humilde e contrito, para que possa chegar ao perdão dos pecados.”

Agora, como o homem que é condenado pelo pecado, ele vê o seu pecado, chora por misericórdia, não percebe plenamente que não pode fazer o que acha que precisa ser feito. E então está em uma situação terrível. O poder convencedor da lei de Deus esmagou-o e esmagou-o. Ele grita por paciência. E eu quero que você perceba que o rei não tem nenhum comentário sobre a impossibilidade absoluta no versículo 26. Ele não diz: "Ó, homem tolo. Você não pode pagar. Que tolice." Ele não diz isso. Isso é óbvio. O que é que ele diz? Amo isto, porque já estive lá, e você também.

Versículo 27: “Então o senhor daquele servo, movido de compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida.” Oh, que maravilha oh, a graça desse versículo. Escreva-o em algum lugar da sua Bíblia, “graça.” Oh, a graça desse versículo. Você sabe, eu conheço algumas pessoas, alguém lhes deve uns mil dólares e eles estão enlouquecendo com isso. E ele perdoou uma dívida absolutamente incompreensível em um momento por compaixão pelo devedor. Ele o soltou. O que isso significa? Ele o libertou da obrigação. Ele o libertou da dívida. Por que ele fez isso? Ele ficou comovido com o quê? Compaixão. E de onde vem a compaixão? Ela vem do amor. Este homem passou a amar esse servo, como Deus ama todos os homens.

E quando o viu numa situação em que não havia remédio, não mudou o seu amor. E mesmo que a dívida tenha sido contraída contra ele, e mesmo que tenha sido violado, mesmo que seu reino tenha sido roubado, e mesmo que pessoalmente tenha pecado de uma forma além de qualquer coisa que jamais sonhou que poderia pecar, ele ainda o perdoou. Oh, a magnanimidade do perdão de Deus.

E você observa um toque maravilhoso no final do versículo 27: “ele o perdoou.” E o grego diz “o empréstimo.” O empréstimo? O que você quer dizer com "o empréstimo?” Bem, o rei é tão bondoso que considera um empréstimo em vez de um dívida. Ele cancelou o empréstimo. Ele o liberou da obrigação. Você pensa: "Bem, o que o rapaz fez para merecer isso?" Ele não fez nada. Sabe como você obtém o perdão de Deus? Sabe como recebe o perdão de Deus? Bem, você vem a Deus com um coração partido por sua total pecaminosidade sabendo que nunca poderia pagar a dívida, clamando a Deus por misericórdia e paciência em uma situação terrível, e enfrentando o julgamento eterno e dizendo: “Senhor, por favor.” No meio desse quebrantamento, Deus vem em sua terna graça perdoadora, e bondade amorosa, e perdoa sua dívida.

Agora, tudo o que possivelmente poderia ser dito sobre a salvação não é dito aqui, mas há algo maravilhoso dito aqui que não foi dito em outros lugares na Bíblia. E assim é uma maravilhosa, maravilhosa parábola. Eu acredito que no momento em que o pecador reconhece seu pecado, no momento em que ele chega ao único que pode lidar com esse pecado, no momento em que confessa esse pecado, e se arrepende desse pecado, e admite esse pecado, e adora ao único Deus que pode perdoar, o momento em que ele faz isso, e no momento em que ele anseia em seu coração por algum meio de pagar esse pecado, é quando Deus se apressa com o perdão disponibilizado em Jesus Cristo, que pessoalmente já pagou a dívida.

E nesse sentido, Deus assumiu pessoalmente a perda. E assim, Deus é como José, ou José é como Deus. Ele chama seus irmãos e simplesmente derrama a culpa sobre eles. Lembra-se da história? Até que ficam devastados pela culpa. E então ele se revela e lhes dá graça. E é assim que é na salvação. Deus vem primeiro como um fogo, primeiro agitando a imundícia do pecado, primeiro atraindo as pessoas para uma prestação de contas onde elas enfrentam a completa imundícia do pecado.

Deus perdoará, mas também fará com que o pecador saiba o que e quanto é perdoado. E é por isso que Isaías disse que antes de tudo, tinha de vir de Deus um “vinde, pois, e arrazoemos, diz o SENHOR; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata.” Antes de podermos falar sobre torná-los de Deus, bem, vamos falar sobre o quão ruim eles são. Vamos arrazoar juntos sobre o seu pecado.

É aí que o evangelho começa. O pecador deve saber que há uma montanha de pecado que nunca pode ser recompensada por aquele pecador, antes que ele possa ser lançado no mar profundo da misericórdia de Deus. E devemos primeiro ter a sentença de morte em nós mesmos antes que a palavra da vida signifique algo para nós. Mas, oh, quão reconfortante no momento em que chegamos com um coração buscando misericórdia, um coração procurando a misericórdia, o Pai perdoa. Você se vê ali? Tal salvação deveria nos alegrar. Nós escapamos do inferno eterno. Nós fomos perdoados por uma dívida que nunca poderíamos pagar.

Para chegar a uma conclusão, olhe para Lucas 15. E quero ilustrar isso com uma história familiar. Lucas 15, e eu quero selecionar o meio da história. É a história do filho pródigo. Ele queria que seu pai morresse, para ser honesto com você. Queria logo seu pai morto porque queria a herança, mas como seu pai não iria atendê-lo e morrer, ele simplesmente disse: "Dá-me o que me é devido. Eu não posso esperar que você morra. Eu quero agora.” Então ele pegou. Gastou em uma vida desenfreada, dissoluta, desperdiçou todo o seu dinheiro, acabou numa poça de lama com os porcos, uma tarefa bastante degradante para um nobre menino judeu.

O versículo 17 diz: "Caindo em si, ele disse: quantos dos empregados de meu pai têm pão suficiente e de sobra, e eu morro de fome!" Os empregados do meu pai, disse, " estão melhor do que eu.” Você sabe o que era um empregado contratado? Não era um escravo doméstico. Não era um escravo da família. Trabalhava um dia. Chegava pela manhã, era lhe dado um trabalho, pagava-se ao final do dia e ia embora. É o menor dos empregados. Sem nenhuma participação na vida familiar. Apenas um empregado contratado. Ele disse: "Eles estão melhores do que eu.”

"Eu irei" versículo 18 diz. “Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti.” Agora, aqui encontramos um pecador contrito. Aqui ele sabe. Ele foi quebrantado. Ele foi despedaçado. Ele enfrentou o dia da prestação de contas. E encontrou seu dia de prestar contas no lamaçal dos porcos. E ficou lá.

O Espírito do Senhor fez o seu trabalho, e enquanto ele estava lá, na lama dos porcos, olhou para sua própria vida, e viu sua miséria, e a dívida impagável que devia ao pai, e não sabia como pagaria, estava ciente de que pegou toda a sua herança, e fugiu com ela, afrontou o amor de seu pai, também, desejou que ele morresse, e todas essas coisas, e nunca poderia reembolsar seu pai. Ele sabia disso. E desperdiçou tudo. Não tinha nada para pagar. Nunca poderia devolver ao pai o que era devido.

E então ele voltou e disse: "Olha, eu vou me oferecer como um empregado até o dia em que eu morrer, vou tentar resolver isso. E eu não vou pedir nada. Não quero nem ser tratado como parte da família.” E ele estava dizendo essencialmente o que este homem da parábola estava dizendo em Mateus 18: “Eu voltarei e farei o meu melhor.”

Você vê, essa é a atitude do pecador. Ele é esmagado pelo seu pecado. Está quebrado por causa de sua pecaminosidade. Está quebrantado. Ele sabe que tem uma dívida com Deus que não pode pagar. E diz: "Eu farei tudo o que puder para pagá-la.” Ele pensou que talvez o pai o deixasse ser um empregado contratado. Versículo 19: "Eu direi a ele que não sou mais digno de ser chamado de seu filho: faça de mim um de seus empregados contratados.”

O versículo 20 diz: E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe” seu pai estava olhando para a estrada, e provavelmente havia muita gente na estrada, e talvez pessoas trabalhando nos campos, e talvez a pequena aldeia também estivesse lá e descendo a estrada que este pai estava olhando. Bem, o que o pai dele está fazendo? Bem, ele o estava procurando havia muito tempo. Ele o estava procurando todos os dias. Ele estava sempre olhando para essa estrada. Ele estava sempre porque ele estava sempre esperando que o filho viesse.

E ele olha e o vê a distância. E então ele faz algo que não tem nenhuma classificação, absolutamente nenhuma. “Ele teve compaixão.” Você diz: “Como ele pôde ter compaixão por um garoto tão miserável que queria vê-lo morto?” Quem é o pai nessa parábola? É Deus. E quem é o jovem miserável? O pecador.

E então o pai fez isso, “e correndo.” Sabe qual é essa palavra grega? Não é apenas uma palavra normal "correndo,” ele "correu muito.” Pense, ele era um homem mais velho, um homem nobre. Você andaria com um andar lento e digno. E no oriente havia muita dignidade. Você já tentou correr a toda velocidade por uma estrada com uma túnica enquanto seus pés se arrastam no chão? Você não faria isso.

Sabe o que o pai deve ter feito? Eu li um livro nesta semana, o escritor menciona que o pai deve ter puxado toda a roupa até seus braços, e, assim, expôs suas roupas íntimas, que era a vergonha das vergonhas para um homem. E aqui ele está correndo na estrada, enquanto todo mundo está olhando e dizendo: “O que esse cara maluco está fazendo, correndo na estrada assim? Ele está envergonhando a si mesmo. Está humilhando a si mesmo por causa daquele maldito rapaz.”

Você vê Deus ali? Você vê Deus, que olha para o caminho e vê o pecador chegando, e que se humilha abraçando aquele pecador? Você vê Deus vindo ao mundo na forma de Jesus Cristo, por assim dizer, e pegando as vestes de seu majestoso esplendor, mostrando sua roupa íntima, na humilhação de Jesus Cristo ao perseguir o pecador na estrada? Bem, o que acontece quando eles se encontram? Ora, ele "caiu sobre o pescoço e começou a beijá-lo carinhosamente e repetidamente,” é a indicação do texto. De novo e de novo, ele não disse apenas: "Oh, escute, se quer um emprego, talvez eu possa resolver isso.”

Não, ele o beija e o abraça carinhosamente, e o que faz? Ele diz: “Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho.” E o pai diz: “Pare com esse discurso. Matem o bezerro cevado. Coloque um anel no dedo dele. Meu filho está em casa.” E esse é o perdão de Deus, entende?

O pecador pensa: "Se apenas o Senhor me deixar trabalhar,” e Deus o abraça e faz dele um filho. Esse é o evangelho. E é isso que Deus fez por nós. Agora preste atenção. Se Deus o perdoou, o que a parábola diz? Vocês estão se perdoando um ao outro? E se você não estiver, essa é a dimensão do mal, pois recebeu tanto perdão e está perdoando tão pouco.

Deus afasta a enormidade do nosso pecado, e mesmo que ele pareça falar com ira e juízo, é só para nos convencer que ele pode nos mostrar amor, compaixão e graça. “É como na natureza,” diz Arno, “onde os relâmpagos passam pela escuridão e trovões horríveis que fazem os céus serem prelúdios da chuva que desce em copiosas chuvas nas partes do terreno sedento. Ou é como naquela noite em que um frágil e solitário barco vigiado pelos olhos do Salvador lutava pela vida em um vento contrário no mar da Galileia, e Jesus veio na tempestade que agita a alma. Ele está envolto no manto escuro da noite. Ele avança sobre as ondas tempestuosas. E ali, enchendo o coração atribulado com uma calma sagrada, sua voz é ouvida dizendo: "Sou eu, não tenham medo."

E isso me lembra da maravilhosa parábola, em Lucas 7, da mulher, que fala sobre aquela mulher: “perdoados lhe são os seus muitos pecados, porque ela” o quê? “muito amou.” E se nós fomos perdoados tanto, quanto devemos perdoar? Essa é a segunda metade da parábola. E isso fica para a próxima vez.

Fim

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