Grace to You Resources
Grace to You - Resource

Muitas pessoas, claro, são fascinadas pela vida do Senhor Jesus Cristo, fascinadas pelo Seu nascimento que, é claro, é conhecido em nossas celebrações de Natal por todo o mundo. São fascinadas por seus milagres, fascinadas pela sua capacidade de curar os enfermos, ressuscitar os mortos e expulsar demônios das pessoas, fascinadas até mesmo pela sua morte, fascinadas pela sua ressurreição. Sem dúvida, a vida do Senhor Jesus Cristo é maravilhosa além das palavras, única e admirável. E ainda assim, não é por sua vida que os homens são salvos. É por seu ensinamento. A maneira como viveu, os milagres que fez não significariam nada a menos que fossem explicados para nós. Sua vida só pode ser explicada no sentido de que ele é Deus. É por isso que ele nasceu de uma virgem, porque ele tinha poder divino. É por isso que ele viveu uma vida sem pecado, morreu de forma substitutiva. É por isso que ele foi capaz de conquistar a morte e ressuscitar ao terceiro dia. Ele é Deus.

E isso seria dar um passo na direção certa para entender não apenas o fascínio e o surpreendente caráter miraculoso de sua vida, mas também entender que a única explicação disso é que ele é Deus e está se movendo na direção certa. Mas, no final, a única maneira pela qual sua vida e obra podem ser aplicadas a nós é entender seu ensinamento, porque, afinal de contas, é uma questão de acreditar na mensagem salvadora que Jesus trouxe. O mundo está cheio de pessoas que são fascinadas pela vida de Cristo. Elas podem até admitir que ele era, de fato, Deus em alguma forma. Mas, no final, é uma questão de acreditar no que Ele disse. Sua mensagem é mais crucial.

A salvação do pecado, a libertação do julgamento e do inferno, a alegria eterna, a glória celestial não convencem as pessoas que são fascinadas por Jesus Cristo. Não convencem as pessoas que acreditam que ele é Deus em carne humana. Os demônios acreditam e tremem. Não é suficiente sentir-se emocionado sobre Jesus, nem é suficiente ter respeito por ele. A salvação vem para aqueles que creem em sua mensagem. E assim, à medida que percorremos o evangelho de Lucas, de incidente fascinante a incidente fascinante, da demonstração divina e poderosa à demonstração divina e poderosa, nos encontramos na parte mais crucial de todas quando chegamos a seções que mencionam Seus ensinamentos. São as palavras de Jesus que têm vida.

E assim, nos encontramos em um dos seus maiores sermões, normalmente chamado de Sermão da Montanha em Lucas, capítulo 6. Vamos abrir nossas Bíblias novamente em Lucas 6, no versículo 20. A mensagem inicial que Jesus pregou foi uma mensagem sobre o pecado. Obviamente, ele não havia morrido e não havia ressuscitado dos mortos, e por isso não estava pregando sobre cruz e a ressurreição, como os apóstolos fizeram após esses fatos.

Ele estava realmente pregando da maneira como João Batista pregava. Ele estava pregando da maneira como os profetas do Antigo Testamento, como os verdadeiros profetas pregavam. Ele estava pregando o arrependimento. Ele estava pregando que as pessoas são pecadoras, que são terrivelmente pecadoras, que são pecadoras incuráveis, que são pecadoras impotentes, pecadoras sem recursos, e que esse pecado as está arremessando para o julgamento eterno. E o pecado delas é definido pela lei de Deus.

Deus deu sua lei, e os profetas as enunciavam. João Batista obviamente se referiu a elas, Jesus também. E os pecadores são, portanto, medidos em relação ao padrão perfeito da lei de Deus, e todos eles ficam aquém dela. E, portanto, por terem violado a lei de Deus, caem sob a sua justa e eterna condenação. Essa é a mensagem de Jesus. Todos são pecadores a caminho do juízo divino, que os lançará no inferno eterno onde há escuridão exterior, onde o fogo nunca se apaga, onde há um verme que nunca morre, choro, lamento e ranger de dentes em eterna e consciente punição. Essa foi a sua mensagem. E o remédio para isso era o pecador reconhecer sua condição pecaminosa, sua impotência, e clamar a Deus por misericórdia e perdão, compreendendo que não pode dar nenhuma contribuição para isso.

Essa foi a sua mensagem. Essa foi a mensagem de João: “Arrependam-se.” Essa foi a mensagem dos verdadeiros profetas de antigamente. Agora, essa não é uma mensagem popular. Essa não seria uma mensagem popular em uma cultura pagã. Essa não seria uma mensagem popular em uma cultura completamente agnóstica ou ateísta. E, certamente, não é uma mensagem popular em uma cultura religiosa, porque as pessoas religiosas se convencem de que sua religião as torna boas o suficiente.

Num dia desses, eu estava com um senhor que estava me levando para uma reunião, e eu disse a ele: “Você tem alguma crença em Deus?” Ele disse: “Oh, eu creio em Deus. Absolutamente eu acredito em Deus.” E ele disse: “Eu sempre acreditei em Deus.” E ele disse: “Eu simplesmente acho que sou um bom homem. Sou simplesmente uma pessoa boa e não há como Deus me recusar o céu.” Essa é uma visão bastante típica, senão sempre articulada, de uma pessoa religiosa. E é exatamente assim que o povo judeu pensava. O judaísmo dos dias de Jesus foi construído literalmente em um sistema pelo qual, através de sua moralidade externa e superficial e sua atividade religiosa cerimonial, você certamente ofereceu a Deus o suficiente para comprar sua salvação. E a mensagem de Jesus foi: "Vocês estão errados. Vocês estão todos errados.” E eles o mataram por isso, porque essa não é uma mensagem popular, especialmente com pessoas religiosas.

Jesus chegou pregando o arrependimento. Ele veio definindo o pecado em termos absolutamente claros. Sua mensagem era tão clara que todos entendiam. E, essencialmente, o que ele estava dizendo aos judeus em Sua pregação era: “Vocês são pecadores separados de Deus, afastados de Deus, fora do Reino, separados da Aliança, fora da promessa, embora tudo isso tenha vindo a vocês por meio de revelação divina.” Eles eram profundamente religiosos. Eles eram amplamente morais em um nível superficial e, assim, convencidos de que não precisavam de arrependimento porque estavam agradando a Deus. Como João Batista tinha falado antes dele, e Isaías tinha falado e os outros profetas antes deles, Jesus então veio pregando o arrependimento. De fato, a mensagem de Cristo era absolutamente oposta ao que era politicamente correto e sabedoria comum.

Ele os chamou, essencialmente, para deixar de pernas pro ar toda a autoavaliação deles, e avaliá-los da maneira oposta à que estavam se avaliando, fazê-los reconhecer que eles não estavam no Reino de Deus, não conheciam a Deus, não eram seus filhos, que não estavam indo para o céu. Mas, por outro lado, eles estavam em uma condição terrivelmente perversa, sem Deus, sem salvação, separados totalmente de Deus pelo pecado. E eles cobriram a verdade com seu manto de autojustiça, mas a verdade estava debaixo dele, mesmo assim. Todos demonstraram, como todas as pessoas, a incapacidade de manter a lei de Deus ... e quebrá-la em um ponto é ser amaldiçoado por ela toda. Essa foi a sua mensagem.

Essa não é a mensagem que eles esperavam do Messias quando Ele chegasse. Eles esperavam que o Messias, quando chegasse, abraçaria a nação, afirmaria a justiça deles, a piedade deles, o reino-estado deles. A mensagem que eles pensavam que o Messias lhes daria era uma mensagem de salvação. “Vocês são o povo; estou aqui para o reino; o reino é de vocês. Aqui vamos nós, vamos instaurar o reino e conquistar o mundo inteiro.” Isso é essencialmente o que eles esperavam. Sua mensagem, então, foi chocante. Ela era inaceitável. Era absolutamente intolerável. E foi por isso que eles o mataram.

E ainda hoje é a mesma mensagem, só que agora sabemos como Deus pode perdoar o pecador por meio da morte de Cristo e Sua ressurreição. Isso não tinha acontecido ainda, obviamente, quando Jesus estava pregando. Sua mensagem ainda era arrependimento, confissão de pecado e clamor a Deus por misericórdia e graça para receber a salvação, uma salvação que é possível porque Jesus levou nossos pecados na cruz e, portanto, satisfez a justiça de Deus. Mas Jesus pregou sobre o pecado. Não foi um assunto popular na época, e não é agora.

Ele destruiu essa ilusão deixando claro, juntamente com os profetas antes dele, os apóstolos depois dele e todos os pregadores fiéis ao longo de toda a história redentora, que não são as pessoas religiosas que vão para o céu, não são pessoas superficialmente morais que vão para céu; são as pessoas que estão oprimidas com sua pecaminosidade que vão para o céu. São as pessoas que estão oprimidas e impossibilitadas pela realidade de sua condenação e incapacidade, que alcançam e clamam a Deus por perdão, e recebem esse perdão por misericórdia. Essas são as pessoas que vão para o céu.

Como eu disse da última vez, esse ensinamento de Jesus quebrou todo o pensamento do homem, literalmente derrubou tudo isso. E esta passagem é uma ilustração clássica disso. Deixe-me ler os versículos 20 a 26, e depois comentaremos sobre isso. “Então, olhando ele para os seus discípulos” - Agora, lembre-se, ‘discípulos’ é um termo para aquele grupo misto de pessoas que eram os aprendizes, os mathētēs… essa é a palavra no grego… os aprendizes, os alunos de Jesus. Alguns eram verdadeiros discípulos, alguns eram falsos, alguns estavam em processo de um jeito ou de outro. E ele lhes dará os critérios pelos quais podem avaliar a legitimidade e genuinidade de seu discipulado. Então Ele diz a este grupo misto de seguidores que, neste caso, não deve ser confundido com os apóstolos que acabaram de ser identificados na passagem anterior. Eles eram, é claro, verdadeiros discípulos, e agora mensageiros, ou apóstolos. Então Jesus está falando para o resto desta grande multidão de centenas, senão milhares, que o seguiam. Ele diz: aqui está o que você precisa saber.

“Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus. Bem-aventurados vós, os que agora tendes fome, porque sereis fartos. Bem-aventurados vós, os que agora chorais, porque haveis de rir. Bem-aventurados sois quando os homens vos odiarem e quando vos expulsarem da sua companhia, vos injuriarem e rejeitarem o vosso nome como indigno, por causa do Filho do Homem. Regozijai-vos naquele dia e exultai, porque grande é o vosso galardão no céu; pois dessa forma procederam seus pais com os profetas. Mas ai de vós, os ricos! Porque tendes a vossa consolação. Ai de vós, os que estais agora fartos! Porque vireis a ter fome. Ai de vós, os que agora rides! Porque haveis de lamentar e chorar. Ai de vós, quando todos vos louvarem! Porque assim procederam seus pais com os falsos profetas.”

Aqui está, em termos muito claros, um grande contraste e o oposto à forma que as pessoas pensavam. Pobreza, fome, tristeza, rejeição: uma bênção? Riquezas, satisfação, felicidade e popularidade: uma maldição? E essa é precisamente a questão. O que Jesus diz está diretamente oposto à maneira como eles pensavam. É por isso que eles são tão intolerantes com isso. Como vimos na sinagoga de Nazaré, no capítulo 4, quando Jesus foi aos judeus na sinagoga e disse: “Ofereço o evangelho do perdão e da salvação àqueles de vocês que se dão conta de que são pobres, prisioneiros, cegos e oprimidos.” Eles ficaram tão ofendidos por Jesus tê-los chamado de pobres, prisioneiros, cegos e oprimidos, espiritualmente falidos, espiritualmente aprisionados por seus pecados e presos ao julgamento de Deus, espiritualmente cegos para a verdade divina, espiritualmente oprimidos por suas iniquidades, ficaram tão nervosos com a descrição que Jesus fez deles, que levaram Jesus - e estes são seus próprios amigos e familiares, sua própria cidade - depois que Ele pregou aquele sermão, para perto de um penhasco, e tentaram jogá-lo. As pessoas odeiam essa mensagem, particularmente pessoas religiosas odeiam essa mensagem, pessoas cheias de autojustiça.

E aqui vem Jesus com essa mensagem novamente. Os pobres, os famintos, os que choram e os rejeitados é que são abençoados. E os ricos, os bem alimentados, os felizes e os populares é que são amaldiçoados. Esses são os paradoxos de bênção e maldição que começamos há duas semanas. Vamos relembrar os paradoxos dos abençoados. O primeiro é a bênção da pobreza, versículo 20: “Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus.”

O texto não está falando sobre pobreza material ou pobreza econômica. Não há uma virtude essencial nela. O texto está falando sobre pobreza espiritual. Abençoados são aqueles que entendem sua falência espiritual. Abençoados são aqueles que sabem que não têm recursos para comprar sua salvação. Eles sabem que não podem fazer nada para agradar a Deus. Eles não têm capacidade de ganhar o que é necessário para agradar a Deus. Abençoados são aqueles que sabem que são espiritualmente desprovidos, falidos. São eles que recebem o reino de Deus. O Reino de Deus é para os pecadores que sabem que não podem se salvar.

E depois, em segundo lugar, veio a bênção da fome. "Bem-aventurados vós, os que agora tendes fome, porque sereis fartos.” Não se trata de pessoas que não têm comida. Ele está falando sobre pessoas que anseiam por retidão. Bem-aventurados aqueles que sentem o vazio. Abençoados são aqueles que sabem que não são justos. Eles sentem isso. Eles estão famintos por isso. Eles entendem sua falência espiritual e clamam para serem alimentados com a justiça de Deus, mesmo que sejam indignos dela.

E então também vimos a bênção da tristeza. Versículo 21: “Bem-aventurados vós, os que agora chorais, porque haveis de rir.” Aqueles cuja condição espiritual produz uma dor avassaladora, esse é o quebrantamento e a contrição de coração de que Isaías falou. Abençoados são aqueles que, por estarem tão espiritualmente falidos, por terem tal fome tão profunda por justiça, sofrem essa dor; essas pessoas receberão as riquezas do Reino. Essas pessoas serão eternamente satisfeitas e terão alegria eterna.

E então o quarto, onde paramos da última vez, está no versículo 22. “Bem-aventurados sois quando os homens vos odiarem e quando vos expulsarem da sua companhia, vos injuriarem e rejeitarem o vosso nome como indigno, por causa do Filho do Homem.” É a bênção da rejeição para ser adicionada à bênção da pobreza, à bênção da fome, à bênção da tristeza; a bênção invertida da rejeição.

Estou supondo que o povo, incluindo os apóstolos, teriam presumido: "Rapaz, aqui está o Messias. Nós acreditamos no Messias, nós somos agora seus mensageiros. Vamos sair e pregar essa mensagem. Não vai ser maravilhoso? Nós vamos proclamar a mensagem e as pessoas vão ouvir sobre o evangelho, elas vão ouvir sobre o perdão, e certamente o coração delas estará aberto, o Messias estabelecerá o seu Reino, e tudo será maravilhoso.” E Jesus diz a eles desde o início: “Preparem-se. Vocês serão odiados, serão expulsos, serão insultados, serão desprezados. É assim que vai ser. Bem-aventurados sois.”

Os três primeiros tratam de como o pecador se vê, como pobre, faminto e triste. O quarto é como o mundo vê o pecador. Eles o odeiam. Eles o afastam. Eles o condenam ao ostracismo porque ele tem uma verdadeira compreensão de sua pecaminosidade e uma verdadeira compreensão de sua necessidade da graça de Deus. Quatro verbos são usados lá, no versículo 22: odiar, expulsar, injuriar e rejeitar; apenas resumindo, a hostilidade que virá de um mundo pecaminoso.

Você será odiado. Você será expulso. Você será injuriado. Você será rejeitado. Esse é um tipo de sequência de atitudes malignas dirigidas aos crentes. Eles vão rejeitar seu nome. O que isso significa? João, William e Sara, e...? Não. Seu nome, cristão, cristão como se fosse um mal por causa do Filho do Homem. Jesus disse: "É por minha causa que eles vão odiá-lo porque esta é a Minha mensagem, este é o Meu evangelho, esta é a Minha salvação, este é realmente o Meu chamado ao arrependimento.”

Eu não estou pregando meu próprio chamado aos pecadores, estou apenas repetindo o chamado de Cristo, certo? Eu estou apenas repetindo a Palavra de Deus. E assim, aqui, Jesus havia acabado de reunir seus discípulos, aqueles que seriam os apóstolos. Ele tirou os doze de um grupo maior de discípulos, identificou os doze. Logo depois disso, é claro, ele desceu a montanha, e começou este sermão chamado Sermão do Monte, e logo de cara Jesus disse: “Eu quero que vocês se preparem, pessoal, porque se vocês forem identificados comigo, serão perseguidos, sofrerão hostilidade. Eles vão odiar o nome que vocês carregam porque eles me odeiam.”

Veja o capítulo 10, de Mateus. Vale a pena dar uma olhada mais detalhada nessa questão, no relato de Mateus. Em Mateus, capítulo 10, temos a ocasião em que Jesus deu poder aos seus apóstolos, e chegaremos a isso em Lucas 9. Esta é uma passagem paralela a Lucas 9. Mas quero que você observe o que Jesus lhes disse enquanto está dando instruções. Vá até o versículo 16. E agora vocês podem… eles receberam, obviamente, o título de apóstolos, eles receberam a habilidade de curar os enfermos. Eles receberam a capacidade de expulsar os demônios para que tivessem poder sobre o mundo físico e o mundo espiritual. Eles podem achar que tudo vai se encaixar, que tudo vai ser ótimo. E assim Jesus diz a eles, no versículo 16: “Eis que eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos.” Vocês vão sair por aí e eles vão tentar destruir vocês.

No versículo 17, Jesus fala mais: “E acautelai-vos dos homens; porque vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas.” Isso aconteceu com o apóstolo Paulo. Por 5 vezes, ele recebeu 39 chibatadas dos judeus. Eles, literalmente, o chicotearam na sinagoga. Falou sobre a disciplina da igreja. E eles o chicotearam com 39 chicotadas, arrebentando e dilacerando sua carne por causa do que eles viam como heresia, porque Paulo era um cristão.

E Jesus está dizendo aos doze: eles vão levá-los ao tribunal por causa disso. E eles também vão atacá-los nas sinagogas. “Sereis levados” - no versículo 18 - “à presença de governadores e de reis, para lhes servir de testemunho, a eles e aos gentios. E, quando vos entregarem, não cuideis em como ou o que haveis de falar, porque, naquela hora, vos será concedido o que haveis de dizer, visto que não sois vós os que falais, mas o Espírito de vosso Pai é quem fala em vós." E isso ainda é verdade, mas nós não recebemos revelação direta agora, mas quando você chega nessa situação, se isso acontece hoje, você apenas fala o que o Espírito tem falado nas Escrituras, você apenas fala a verdade sobre a Palavra de Deus.

“Um irmão -” versículo 21 - “entregará à morte outro irmão, e o pai, ao filho; filhos haverá que se levantarão contra os progenitores e os matarão.” Literalmente, o assassinato acontecerá na família por causa dessa identificação com Jesus Cristo. Versículo 22: “Sereis odiados de todos por causa do meu nome.” Aí está a questão novamente, que a identificação com Jesus Cristo é tão repugnante, particularmente para os pecadores religiosos, que você vai sofrer. Abaixo, no versículo 24, Jesus diz algo que eu acho que é muito importante: “O discípulo não está acima do seu mestre, nem o servo, acima do seu senhor.” Pontuando, se eu sou seu senhor, e eles me maltratam, e eu sou seu mestre e eles me maltratam, não esperem receber nenhum tratamento diferente. É assim que vai ser. Eles vão perseguir você do jeito que eles me perseguiram.

Isso ainda acontece até hoje. Os cristãos estão sendo perseguidos hoje. Eu acho que mais pessoas estão morrendo, de acordo com as estatísticas que eu tenho hoje, mais do que em qualquer outra época da história, principalmente nas mãos de muçulmanos radicais. Quero que você abra o capítulo 9, de João, porque acho que precisamos entender o que o Senhor está dizendo a esses apóstolos. Eles podem ter pensado, sabe, quando foram identificados como os doze apóstolos, Jesus os trouxe à realidade, eles poderiam estar se parabenizado uns aos outros por essa maravilhosa honra, e então estão imediatamente ouvindo sobre o que isso vai custar a eles, porque a mensagem é contrária ao coração perverso do povo.

Em João 9, Jesus curou um cego, e as pessoas foram até os pais do cego. Você se lembra, ele nasceu cego, então ele teve cegueira congênita ou alguma cegueira que ocorreu em seu nascimento. E Jesus o curou, e ele pôde ver. E assim as pessoas foram até os pais, no versículo 22, e disseram, versículo 21: “Sabe, vocês podem nos dizer, vocês sabem, o que está acontecendo aqui? Como ele consegue ver?” Eles começaram a questionar, no versículo 19, e há esse pequeno diálogo.

Seus pais disseram: “Sabemos que este é nosso filho e que nasceu cego; mas não sabemos como vê agora; ou quem lhe abriu os olhos também não sabemos. Perguntai a ele, idade tem; falará de si mesmo.” O versículo 22 diz: “Isto disseram seus pais porque estavam com medo dos judeus; pois estes já haviam assentado que, se alguém confessasse ser Jesus o Cristo, fosse expulso da sinagoga,” excomungado. E, em muitos casos, com chicotadas ao mesmo tempo. Assim, seus pais, por essa razão, no versículo 23, disseram: “Ele idade tem, interrogai-o.”

Vá para o capítulo 15, de João, e, novamente, Jesus se refere particularmente a esse tipo de hostilidade. João 15.18, Jesus disse: “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim. Não se surpreenda.” Versículo 19: “Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu.” Rapaz, essa é uma verdade tão profunda. “Como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia.” Isso só acontece com o lugares em que existem todos os tipos de religiões toleradas no mundo, porque elas são todas parte do mesmo sistema. E todos eles podem concordar, não necessariamente em tudo, mas todos podem concordar em uma coisa, e é que eles são contra o cristianismo.

"Lembrai-vos.” No versículo 20, novamente ele repete: “não é o servo maior do que seu senhor. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa. Tudo isto, porém, vos farão por causa do meu nome, porquanto não conhecem aquele que me enviou.” Versículo 23: “Quem me odeia odeia também a meu Pai.” Eles odeiam você, eles me odeiam, odeiam meu Pai. É assim que é. No capítulo 16, Jesus fala. Isto é no cenáculo, na Última Ceia, como nós a chamamos, quando ele teve sua última noite com seus discípulos. Jesus os está preparando para o que está por vir. Isso foi algum tempo depois do incidente em Lucas 6, mas Jesus está dando a mesma mensagem: "Tenho-vos dito estas coisas,” diz ele, no versículo 1, do capítulo 16: "para que não vos escandalizeis. Eles vos expulsarão das sinagogas; mas vem a hora em que todo o que vos matar julgará com isso tributar culto a Deus. Isto farão porque não conhecem o Pai, nem a mim.”

Então isso é esperado. É exatamente assim que vai ser. No final do primeiro século, isso estava totalmente embutido no judaísmo. Os primeiros cristãos sofreram muito, como você sabe. Quero dizer, dê uma olhada no apóstolo Paulo, ele ia a todos os lugares, respirando ameaças e ataques contra os cristãos, coisa que ele mesmo fez. Então houve aquela ocasião, no capítulo 7 de Atos, o apedrejamento de Estevão por aqueles judeus de Jerusalém, que o mataram porque ele era um herege cristão. Foi assim que aconteceu. No final do primeiro século, eles haviam desenvolvido uma maneira pela qual achavam que podiam apagar qualquer judeu cristão nas sinagogas.

Há uma série de orações chamadas Shemoneh Esrei, que se desenvolveram entre os judeus. Existem 18 dessas orações. Deixe-me ler a 12ª. dessas 18. E a propósito, essas orações eram feitas em voz alta pelas pessoas na sinagoga. Esta é a 12ª. oração. É uma oração pelos traidores: “Que não haja esperança e que os arrogantes logo sejam extirpados de nossos dias, os cristãos e os hereges pereçam rápido e sejam apagados do livro da vida, e que não sejam inscritos junto com os justos, bendito és tu, ó Senhor, que humilha o arrogante.” Essa é a oração.

Então aqui está uma oração judaica, que basicamente amaldiçoa os cristãos. E eles faziam com que orassem pessoalmente na sinagoga para que pudessem ver quem tropeçaria naquela oração. E quem tropeçasse poderia então ser determinado como um cristão ou um defensor cristão e, portanto, era expulso da sinagoga. Então essa oração se tornou um teste, uma maldição, destinada a expor os cristãos que falhassem tentando fazê-la, se já não fosse manifesto quem eles eram. Então eles seriam colocados para fora da sinagoga.

Assim, o que Jesus estava dizendo ia acontecer. E aconteceu. A maioria dos próprios apóstolos, como vocês sabem em nossa série sobre os apóstolos, foram mortos pela proclamação da verdade. E aqueles que proclamavam o nome de Cristo foram expulsos das sinagogas, chicoteados e mortos também. Esse tipo de perseguição continua, e continua, e continua, e continua, na maior parte nas mãos de pessoas religiosas que não gostam do diagnóstico do cristianismo, de que o homem e a mulher sem Cristo são condenados, malditos pecadores, não importa quão religioso ele ou ela possa ser. Esse diagnóstico não é aceito.

Agora, volte para Lucas 6. Então Jesus diz: “Vocês serão bem-aventurados se isso acontecer.” Vocês devem estar entre os abençoados, vocês devem ficar entre os abençoados porque essa é a realidade. De fato, quando tudo isso cair sobre você por causa do título de cristão, e por causa do Filho do Homem, um título que já discutimos anteriormente neste evangelho, esta aqui deve ser sua reação. Versículo 23: “Regozijai-vos naquele dia.” Agora, deixe-me parar por aqui. Naquele dia. O dia da perseguição. Nem sempre vai ser assim. Não será uma perseguição ininterrupta para todos. "Seja feliz naquele dia.” Que dia? Naquele dia. Volte para o versículo 22: “Bem-aventurados sois quando os homens vos odiarem.” Esse “quando” é uma palavra muito importante. “Quando” indica que isso não é constante, isso é ocasional. Quando isso acontecer, depois, naquele dia, isso irá acontecer.

Então, não devemos determinar isso para que você não espere que sua vida seja apenas um ato de perseguição e você desenvolva algum tipo de complexo de mártir. Veja, a igreja primitiva, de acordo com Atos 2.47, teve o favor de todo o povo. Mais tarde, Atos 5, versículo 13, diz que as pessoas em Jerusalém tinham grande estima pelos cristãos. E 1Timóteo, capítulo 2, diz que devemos nos conduzir de maneira piedosa, vivendo uma vida tranquila, pacífica e tranquila, para que haja respeito.

Pedro diz que você deve viver sua vida de modo que as pessoas más não tenham nada de que acusá-lo. Tito, capítulo 3, diz que você deve viver sua vida de uma forma muito tranquila, de uma forma graciosa, para que você tenha um testemunho do poder transformador de Cristo em sua vida para alcançar aqueles que estão sem Ele. Viver para alcançar aqueles que estão sem Ele.

Existe esse equilíbrio de realidade, que a vida de um cristão pode ser um tremendo testemunho do poder de Deus. E para aqueles que estão abertos ao evangelho, é uma parte importante e crítica do evangelismo, não é? Mas haverá momentos em que eles irão odiá-lo, marginalizá-lo, difamá-lo e rejeitá-lo. Haverá “aquele dia” quando tais coisas ocorrerão, novamente enfatizando a natureza ocasional disso. Esse dia vai chegar. Tem a ver com o quão intransigente, corajoso e quão fiel você é para dizer o que deve ser dito em um ambiente religioso ou confrontar os pecadores. Se você nunca disser nada, poderá escapar disso. Se você ficar no meio termo, poderá escapa; se mantiver a boca fechada, poderá escapar, poderá escapar. Você diz a verdade, é muito difícil evitar em algumas situações.

Mas Ele diz, quando acontecer, esteja feliz naquele dia. Na verdade, fique feliz, pule de alegria, comece a dançar, fique entusiasmado, fique completamente empolgado. No presente fazemos isso, mas geralmente não está ligado à perseguição. Nós, mesmo como cristãos, não entendemos isso. Se você está sendo perseguido por causa do nome de Jesus Cristo, se você está sendo perseguido por causa do nome do Filho do Homem, se você está sendo perseguido porque você é um cristão, se você está sendo perseguido porque você está dando um diagnóstico verdadeiro do coração de um pecador e você está enfrentando a pobreza espiritual, a falência espiritual ali, você está tentando derrubar o senso de autoestima, autorrespeito e farisaísmo; se você está atacando isso, como você deve fazer no evangelho, se você é fiel em fazer isso e chegar à hostilidade, mesmo sendo expulso de uma sinagoga, mesmo sendo chicoteado, mesmo tendo sua vida ameaçada ou tirada de você, coloque seus sapatos de dança, fique contente.

Por quê? “Regozijai-vos naquele dia e exultai, porque grande é o vosso galardão” - Onde? - "No céu.” Você tem de ter outra perspectiva do mundo para lidar com isso. Se tudo que você quer aqui é conforto, você vai sentir falta disso. Se você entende que sua recompensa eterna é proporcional à sua disposição de confrontar e sofrer pelo evangelho, então você percebe que o pequeno sofrimento aqui não é nada, como disse Paulo, comparado à glória. Essa é a perspectiva eterna. O que me importa qual hostilidade chega a mim nesta vida pela verdade do evangelho? Que me importa com o que as pessoas fazem para mim nesta vida por pregar a verdade, quando eu entendo que há uma recompensa para mim na glória que eu vou receber e ser capaz de me lançar aos pés do meu Cristo, por um pequeno sofrimento aqui?

E estou confiante de que essa recompensa eterna é algo assim, debruçar-se aos pés de Cristo, você ainda desfrutará de sua plenitude para todo o sempre. É por isso que, em Atos 5, quando os apóstolos estavam pregando, eles não demoraram muito para ver isso ser cumprido, sabe? Eles começaram a pregar no dia de Pentecostes e, tão logo começaram a pregar, a perseguição veio, certo? Imediatamente, disseram para eles que não pregassem mais. Capítulo 5 de Atos, versículo 41, eles tinham - versículo 40, eles tinham capturado os apóstolos e eles, as autoridades judias os açoitaram. Eles lhes deram aquelas 39 chicotadas nas costas e ordenaram que parassem de falar o nome de Jesus e os soltaram. Qual é o próximo versículo? “Então eles seguiram seu caminho deprimidos?” Não. “E eles se retiraram do Sinédrio regozijando-se” - Por quê? - "por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas por esse Nome.” Que privilégio.

Vocês receberam um grande privilégio. Nós, que não somos dignos de sofrer pelo nome de Cristo. Nós, que não somos dignos de sequer sermos mencionados no mesmo fôlego, recebemos o grande privilégio de sofrer por amor a Ele. Paulo, em Colossenses 1.24, fez esta grande declaração: “preencho o que resta das aflições de Cristo, na minha carne.” Que declaração! Em outras palavras, toda perseguição que vem a mim é destinada a Cristo. Ele não está aqui, então eles me colocam no lugar dele. E ele disse: “Me regozijo nos meus sofrimentos por vós; e preencho o que resta das aflições de Cristo, na minha carne,” disse ele aos gálatas. Que privilégio para um pecador indigno e desprezível é literalmente ser punido no lugar de Cristo, que na cruz foi punido em seu lugar. Que grande realidade. Eu não sou digno de ser ferido por Cristo, mas que honra, que privilégio.

E ele disse que há outro privilégio. Olhe mais para a frente e veja sua recompensa eterna, olhe para trás e veja com quem você está relacionado. "Porque assim procederam seus pais com os falsos" - O quê? - "profetas.” Você está em uma boa companhia. Você pode passar por seu sofrimento por sua oferta honesta da realidade do pecado e do julgamento, e pela necessidade de misericórdia, graça, perdão e salvação. Você pode receber essa hostilidade olhando para frente, e tudo bem. Os sofrimentos deste mundo não são dignos de serem comparados à glória que virá. Eu posso enxergar lá na frente. Eu também posso virar, olhar para trás e dizer: "Isso me coloca em boa companhia.”

Essa é uma história familiar no Antigo Testamento. Da mesma forma os antepassados judeus costumavam tratar os profetas. Você estuda o Antigo Testamento e estuda a história de Israel. Veja o que eles fizeram com os verdadeiros profetas. Volte para Mateus 21. Este é um vislumbre sem ter de passar pelo Antigo Testamento. Mateus... me desculpem, é 22. Há uma parábola no final de Mateus 21 que descreve como eles trataram os profetas em uma parábola. Você se lembra que o Senhor falou sobre um homem que tinha uma vinha e contratou pessoas para administrá-la. E eles foram lá para checar, mandaram servos lá, mataram os servos, espancaram os criados. Finalmente ele enviou seu filho, e mataram seu filho. Esse é um retrato de Israel, a vinha de Deus. Ele enviou os profetas, e mataram os profetas. Ele enviou Seu Filho, eles mataram Seu Filho.

Então, no capítulo 22... bem, vamos ao capítulo 23. Quero terminar. Capítulo 23, versículo 31: “Consequentemente você testemunha contra si mesmo, Ele diz.” Este é um… este capítulo 23 é uma explosão contra os líderes religiosos de Israel. Começa no versículo 1, sendo dirigido a escribas e fariseus. No versículo 31: “Assim, contra vós mesmos, testificais que sois filhos dos que mataram os profetas. Enchei vós, pois, a medida de vossos pais.” Vocês vão me matar, vocês vão matar aqueles que proclamam meu nome, vocês vão matar meus apóstolos, vocês simplesmente são os filhos de seus pais que assassinaram os profetas. E essa é uma forte declaração de condenação. Não poderia ser mais forte.

Então você vê a tristeza disso no versículo 37, onde Jesus diz: “Jerusalém, Jerusalém” - Como ele define Jerusalém? - “que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados.” Esta é Jerusalém.” Então, quando eles o perseguem, você está em boa companhia. Você está em boa companhia. Foi Israel, não apenas qualquer grupo religioso, mas foi Israel quem matou os verdadeiros profetas de Deus. Em Tiago ele… Tiago escreve sua epístola para encorajar os crentes que sofrem. E, no capítulo 5, versículo 10, ele dá um exemplo de sofrimento e perseverança: “Tomai por modelo no sofrimento e na paciência os profetas, os quais falaram em nome do Senhor.”

Você quer uma boa ilustração daqueles que suportaram a perseguição, olhe para os profetas. Ao longo da história, as pessoas que pregaram a verdade foram difamadas e perseguidas. Por quê? Porque a mensagem de que o homem é um pecador infeliz, que está caminhando para o julgamento eterno, e não tem nada de bom em si mesmo para se curar, mas deve lançar-se na graça e misericórdia de Deus, é repugnante para o pecador. Ele quer acreditar em sua própria autoestima, em sua própria autojustiça. E então eles mataram os profetas naquelas ocasiões; eles mataram os profetas na época de Jesus. Eles ainda estão matando aqueles que proclamam o nome de Cristo até hoje, e a perseguição é um modo de vida. Há alguns lugares que eles não podem nos matar porque a lei não permite isso. Em lugares onde a lei permite, eles fazem isso.

Então nós ouvimos sobre as bem-aventuranças. Os pobres, os famintos, os tristes e os rejeitados, eles são abençoados porque são identificados como os verdadeiros profetas dessa era, e porque sua recompensa é grande no céu. Agora vamos olhar para o condenado, então vamos encerrar. E isso se desdobrará por contraste, sem muito comentário. O contraste se inicia... os paradoxos do condenado, versículos 24 a 26: “Mas ai de vós, os ricos! Porque tendes a vossa consolação. Ai de vós, os que estais agora fartos! Porque vireis a ter fome. Ai de vós, os que agora rides! Porque haveis de lamentar e chorar. Ai de vós, quando todos vos louvarem! Porque assim procederam seus pais com os falsos profetas.”

Que contraste. Antes de mais nada, a maldição das riquezas. Versículo 24: “ai de vós, os ricos! Porque tendes a vossa consolação. Ai de vós, os que estais agora fartos.” Não está falando sobre riquezas materiais, não está falando sobre economia, aqui. Abraão era rico e Jó era rico, e em Deuteronômio diz que é Deus quem dá o poder de obter riqueza. Nós não estamos falando sobre o mundo físico, sobre economia. Estamos falando sobre o reino espiritual. Ai daqueles que acham que têm riquezas espirituais suficientes para comprar a sua salvação. Ai daqueles que pensam que, por seus próprios atos de justiça, tanto moral como religiosa, ganham seu caminho para o Reino de Deus. Ai de vocês, fariseus, como em Lucas 18, que vão ao templo e dizem: “Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo o que ganho.” Ai de vocês. Ai de vocês, religiosos.

Mais tarde, é claro, Jesus os chama de hipócritas. Ai de vocês que não sabem que são pobres, prisioneiros, cegos e oprimidos. Ai de vocês que não sabem que vocês são os pobres, que vocês são os que passam fome, que vocês são os tristes e vocês são os rejeitados. Por que um ai é pronunciado sobre eles? Por quê? Qual é a maldição? Você está recebendo o seu conforto na íntegra. Uau. É isso. Aproveite. É isso. É isso. Pagamento integral na terra. Bem, e depois disso? Depois disso? Você não vai ter nenhum conforto. "Você vai para o inferno,” disse Jesus repetidamente. E o inferno é um lugar de escuridão, nunca de luz. É um lugar de fogo que nunca se apaga e de um verme que nunca morre. Desconforto horrível, desconforto eterno, caracterizam esse lugar.

Então há a maldição da satisfação. No versículo 25: “Ai de vós, os que estais agora fartos! Porque vireis a ter fome.” Ai de vocês que pensam que estão satisfeitos. Você está cheio de si mesmo. Você está cheio da sua autojustiça; você está cheio da sua hipocrisia imponente. Você não sente necessidade de nada. Você não sente a fome que o pecador sente porque você não pensa que é o pecador. Ai de você, porque você vai ficar com fome para sempre. Por pelo menos quatro vezes, apenas no evangelho de Mateus, Jesus diz que irão ranger os dentes para sempre, querendo algo para satisfazer seu coração e nunca vão encontrar. Uma fome eterna e persistente no fundo de sua alma atormentada.

Então há a maldição da felicidade. No versículo 25: “Ai de vós, os que agora rides! Porque haveis de lamentar e chorar.” E o que é o inferno? É um lugar, Jesus repetiu isso pelo menos quatro vezes em Mateus, onde há choro e pranto. Ai de você que está feliz com a sua realização religiosa. Ai de você que está contente com sua religião. Ai de você que está feliz com sua moralidade. Ai de você, ai, ai de você. Por quê? Porque você vai chorar para sempre. O inferno é um lugar de luto infinito, eterno e sem proteção. As lágrimas nunca param de cair.

E então a quarta coisa é a maldição da popularidade. No versículo 26: “Ai de vós, quando todos vos louvarem! Porque assim procederam seus pais com os falsos profetas.” E as Escrituras são bastante claras quanto ao que acontece com os falsos profetas, e aqueles que se juntam a eles e os apoiam. Ah, você quer que todos falem bem de você, né? Você… você criou uma religião que faz com que as pessoas falem bem de você. Isso é um sinal de ser amaldiçoado.

Quando todo mundo gosta da sua abordagem à religião, você está com sérios problemas. Quando você pode inventar um tipo de religião que não ofende ninguém, isso é um indicador sério de que você não está no Reino. Quando todo mundo gosta de você e todo mundo gosta de sua abordagem à religião porque não é ofensiva, você precisa ser agrupado com os falsos profetas porque é isso que os falsos profetas fazem. Eles buscam popularidade. Quanto maior a popularidade, melhor, porque eles estão nela pelo dinheiro, pelo lucro e ganância imundos.

Uma ilustração, volte para Jeremias. E vamos adicioná-lo neste momento. Jeremias 6, nos dias de Jeremias em Israel, o profeta estava advertindo a todos sobre o julgamento. E junto a isso... pobre Jeremias. Ninguém ouviu o profeta. Ele era a única voz verdadeira no final dos dias de Judá. E havia tantos falsos profetas em todo lugar dizendo mentiras, e as mentiras eram populares porque os falsos profetas diziam coisas que as pessoas gostavam de ouvir, como sempre fazem. É assim que eles ficam ricos. E Jeremias estava ficando cada vez mais pobre a cada dia, porque ele estava dizendo o que ninguém queria ouvir, a verdade sobre o pecado e o julgamento.

Mas, em Jeremias 6.13, lemos: “porque desde o menor deles até ao maior, cada um se dá à ganância, e tanto o profeta como o sacerdote usam de falsidade.” Mas vocês são gananciosos, motivados pelo lucro, dirigindo-se a profetas e sacerdotes, e é por isso que eles contam suas mentiras para que a terra seja literalmente extravagante como eles. No capítulo 8, versículo 10: “porque, desde o menor deles até ao maior” - novamente, o versículo 10 diz: “cada um se dá à ganância, e tanto o profeta como o sacerdote usam de falsidade.” Novamente trazendo o mesmo assunto, falsos profetas estão nessa pelo dinheiro, mentindo, coletando dinheiro das pessoas que amam as mentiras.

Capítulo 14, versículo 14: “Disse-me o Senhor: Os profetas profetizam mentiras em meu nome.” E é isso que irrita o Senhor quando eles fazem isso em seu nome, como se fosse a sua Palavra. “Nunca os enviei, nem lhes dei ordem, nem lhes falei; visão falsa, adivinhação, vaidade e o engano do seu íntimo são o que eles vos profetizam.” Eu não os enviei e eles não estão falando por mim, e eu não lhes dei essa mensagem. Vinte e três, capítulo 23, versículo 1: “Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o Senhor.” Bem claro, o Antigo Testamento é sobre o que acontece com os falsos profetas. O julgamento está vindo sobre eles.

No versículo 9: “Acerca dos profetas. O meu coração está quebrantado dentro de mim; todos os meus ossos estremecem; sou como homem embriagado e como homem vencido pelo vinho, por causa do Senhor e por causa das suas santas palavras.” Por que ele está literalmente tremendo sob a ameaça de julgamento que vai cair sobre a cabeça dos falsos profetas e de todos que os seguem. É tão devastador que faz com que Jeremias simplesmente caia sob o peso da desgraça que vem. Versículo 15: “Portanto, assim diz o Senhor dos Exércitos acerca dos profetas: Eis que os alimentarei com absinto e lhes darei a beber água venenosa; porque dos profetas de Jerusalém se derramou a impiedade sobre toda a terra.” O Senhor vai destruí-los. E há mais e mais disso, tudo por intermédio de Jeremias.

Mas quero que você volte ao capítulo 5. Aqui está a chave. Capítulo 5, versículos 30 e 31: “Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra: os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam de mãos dadas com eles.” Aqui está a linha chave, você pode sublinhar isso - “e é o que deseja” - quem? - "o meu povo." Eles desejam isso. Eles amam isso. Esse é o caminho de seus pais, disse Jesus. Eles vão tratá-los assim. Eles vão odiar a verdade e vão amar mentiras, e vão amar falsos profetas. Assim como vocês, que estão dispostos a ser perseguidos por meu nome, são como os profetas antigos, as pessoas que os odeiam são como as pessoas de antigamente que amavam os falsos profetas. Os falsos profetas eram populares, são populares e serão populares. E aqueles que seguem junto com eles estarão todos condenados.

Vocês devem pregar a verdade, Jesus está dizendo aos seus discípulos. Vocês devem acreditar. Se vocês acreditam, há um preço a pagar. Vocês serão perseguidos. E sei que naquele dia havia alguns que possuíam aquela mensagem, abraçaram a Cristo como seu Messias, viram-se como pecadores, arrependeram-se e clamaram por misericórdia, e houve alguns que, sem dúvida, começaram a desviar para outra direção. Você é espiritualmente pobre, faminto, triste e rejeitado, clamando a Deus por misericórdia através do sacrifício de Cristo, a quem Deus deu riquezas eternas, satisfação eterna, alegria eterna e aceitação e recompensa eternas? Ou você é o espiritualmente cheio de si, rico, feliz, popular, a quem Deus promete a eterna pobreza, o vazio eterno, a tristeza eterna e a rejeição eterna? Apenas duas categorias.

Em resposta por ter estado na televisão noutro dia, recebi muitos e-mails e muitas cartas. Sentei-me no meu escritório e abri uma nesta manhã, quando cheguei, que me deixou abalado. Esta foi uma carta cheia de palavras imundas que eu não vou repetir, mal consegui lê-las. Cada palavra imunda, suja, imaginável e inimaginável. E a carta continuou a me difamar e a me condenar, e condenar com aqueles termos que essa pessoa era capaz de escrever. Simplesmente uma linha após outra me condenando porque ele me viu na televisão, e eu estava lá, proclamando o evangelho do pecado, da morte e salvação somente em Jesus Cristo. E ele estava muito furioso.

Ele disse no final da carta ... Eu não consigo lembrar a citação exata: "Eu não vou matá-lo,” mas algo como: "Eu só vou esperar que você seja removido, que saia do caminho, para que possamos ter paz no mundo,” ou algo parecido. Mas a intenção dele, se pudesse, era de me matar. O chocante foi que, a certa altura da carta, ele disse: “Em 1976, você me batizou nesta igreja.” Humpf. Bem, obviamente, ele não era cristão.

Uma frase que me lembro, ele disse: "Estou caindo, e eu amo isso cada vez mais, o tempo todo.” Qual é o problema? Existe alguma apologética grandiosa que precisa acontecer para convencê-lo da verdade? Não, essa é uma pessoa que ama o pecado e odeia o mensageiro que o expõe. Mas isso é o que fazemos, não é? Isso é o que fazemos.

E é aí que você precisa fazer uma avaliação honesta do seu próprio pecado. Então você vai correr até Cristo. Então você vai correr até Cristo. Você não vai fazer todos os tipos de perguntas sobre isso e aquilo, e quem Ele é, e sobre isso e sobre aquilo. Você vai estar clamando a Deus por misericórdia e por um redentor. Então a mensagem do evangelho é sempre a mensagem do pecado. São as más notícias que criam a demanda pelas boas-novas. E foi assim que Jesus pregou. Há mais para falar sobre esta mensagem, mas foi assim que começou.

Pai, por favor, leva esta verdade ao coração de todos nós aqui, e opera com tua poderosa obra salvadora em todas as vidas. Quebra essas barreiras para que os pecadores possam ver sua verdadeira condição e clamar por ti, um Deus de amor, graça e misericórdia, que chora para salvar os pecadores. Faça isso, Senhor, para a Tua glória. Amém.

FIM

This sermon series includes the following messages:

Please contact the publisher to obtain copies of this resource.

Publisher Information
Unleashing God’s Truth, One Verse at a Time
Since 1969

Welcome!

Enter your email address and we will send you instructions on how to reset your password.

Back to Log In

Unleashing God’s Truth, One Verse at a Time
Since 1969
Minimize
View Wishlist

Cart

Cart is empty.

Subject to Import Tax

Please be aware that these items are sent out from our office in the UK. Since the UK is now no longer a member of the EU, you may be charged an import tax on this item by the customs authorities in your country of residence, which is beyond our control.

Because we don’t want you to incur expenditure for which you are not prepared, could you please confirm whether you are willing to pay this charge, if necessary?

ECFA Accredited
Unleashing God’s Truth, One Verse at a Time
Since 1969
Back to Cart

Checkout as:

Not ? Log out

Log in to speed up the checkout process.

Unleashing God’s Truth, One Verse at a Time
Since 1969
Minimize