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Abra sua Bíblia no décimo capítulo do evangelho de João. Parece que não faz muito tempo que começamos nosso estudo do evangelho de João. No entanto, já se passou um bom tempo. Parece que essas coisas se tornam anos antes de sequer percebermos. Mas nos encontramos no décimo capítulo, e este é realmente um capítulo significativo. Note que existem 21 capítulos no evangelho de João, este é o capítulo 10 e já examinamos os primeiros 21 versículos. Então, estamos nos aproximando da metade do evangelho de João. Isso é assim no texto do evangelho de João. No entanto, na história de Jesus, faltam apenas três meses para o fim, porque a última metade do evangelho de João é dedicada a eventos que acontecem em sua maior parte na última semana de sua vida.

O capítulo 10 termina com Jesus deixando Jerusalém por três meses. Quando ele volta no capítulo 11, ele vai a Betânia, ressuscita Lázaro dos mortos, e então no capítulo 12 entra em Jerusalém. Todos nós sabemos disso. Esse é o início da semana da paixão. Em seguida, os capítulos 13, 14, 15 e 16 tratam da noite no cenáculo. O capítulo 17 traz sua oração ao Pai. No capítulo 18, ele é preso. Nos capítulos 19 e 20 ele morre e ressuscita. No capítulo 21 ele envia os discípulos e restaura Pedro.

Assim, quando parece estarmos no meio da história conforme João a expõe, na realidade da vida de Cristo faltam apenas alguns meses para o fim. Tudo isso para dizer que a partir do capítulo 11 começamos a ver o drama em seu ápice à medida que avançamos em direção à cruz e à ressurreição.

O capítulo 10 é a imagem final que João transmite do ministério público de Jesus. Começamos com João Batista apresentando Jesus como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo e com Jesus iniciando seu ministério público, chamando Seus discípulos. Vimos milagres que ele fez demonstrando sua divindade e palavras que ele disse nas quais afirmava ser Deus, o Eu Sou.

Agora lembramos que o propósito de João não é nos dar todos os detalhes sobre a vida de Jesus. João fecha seu evangelho dizendo que se ele escrevesse tudo o que Jesus fez, o mundo não poderia conter a quantidade de livros. Portanto, o que temos aqui é um breve olhar sobre a vida de Cristo, com um propósito específico. Esse propósito é indicado no capítulo 20, versículo 31: estes foram escritos para que possam crer que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e que, crendo, possam ter vida em seu nome. Há um elemento histórico pelo qual podemos saber que ele é o Filho de Deus. Existe um elemento espiritual pelo qual podemos crer e ter vida eterna. Esse é o propósito de João. Há muito aqui para provar que Jesus é o Messias, o tão esperado rei ungido que Deus enviará, o Redentor. Há o suficiente aqui para saber que ele é Deus em carne humana. Há o suficiente para acreditar nisso e, se crermos, teremos a vida eterna. Esse é o propósito de João.

Portanto, os primeiros dez capítulos deste evangelho apresentam principalmente as afirmações de Jesus. João começa no capítulo 1. “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus.” Esse é o testemunho de João. Temos o testemunho de João Batista a respeito do Messias, o Redentor, o Cordeiro de Deus. Temos o testemunho dos primeiros apóstolos: nós o encontramos. Encontramos aquele que é o Messias, o Filho de Deus. Todo o propósito do evangelho de João é declarar a divindade de Jesus Cristo. Esta é então no capítulo 10 a declaração mais clara e explícita da divindade de Cristo.

Veja o versículo 30 de João 10. “Eu e o Pai somos um.” A unidade que Jesus está reivindicando não é unidade de propósito. Não é unidade na missão. Não é unicidade no acordo teológico. A unicidade de que ele está falando é unicidade em natureza, em essência, em ser. Isso foi claramente declarado em todo esse evangelho. João 1:1 diz: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” E no versículo 14: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória” Que glória era essa? A glória a partir do prōtotokos, o primeiro do Pai, cheio de graça e verdade. Uma declaração de sua absoluta divindade.

No quinto capítulo vamos lembrar o versículo 17. Ele diz: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também." Eu faço o que o Pai faz. Tenho as prerrogativas, a autoridade, o direito, o poder, o ser para fazer exatamente o que Deus faz. O versículo 18 mostra que eles entenderam o que ele estava dizendo: “Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus." Portanto, que os judeus, os inimigos de Jesus, nos confirmem o que ele quis dizer quando chamou a si mesmo de Filho de Deus. Eles sabiam o que ele queria dizer. Ele estava afirmando ter a mesma essência de Deus, pois um filho tem a mesma essência de seu pai.

Nesse mesmo quinto capítulo há afirmações nesse sentido que são inconfundíveis. Versículo 23: “Para que todos honrem o Filho, assim como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou. Assim como o Pai tem vida em si mesmo, assim mesmo ele deu ao Filho também ter vida em si mesmo”. Ele tem vida igual, faz trabalho igual, tem autoridade igual, tem poder igual, porque ele é igual. Como todos sabemos, esta reivindicação de divindade enfureceu os judeus, e por isso tentam matá-lo - na hora. A fúria deles atinge um nível febril em que se tornam como uma massa de vigilantes que querem aniquilar a vida dele. E quando chegarmos ao final do capítulo 10, eles terão pela quarta vez planos de matá-Lo na hora e ele precisa tratar de escapar. O versículo 39 do capítulo 10 nos diz isso.

No final do capítulo 8, eles pegam em pedras para atirar nele, mas Jesus se esconde e sai do templo. No final do capítulo 10, o versículo 39 diz: “Nesse ponto procuravam outra vez prendê-lo; mas ele se livrou das suas mãos.” Apenas como outra ilustração, temos no capítulo 7 versículo 1 que “os judeus procuravam matá-lo”. É um desejo constante e implacável da parte deles de conseguir algum momento propício quando aos olhos das multidões eles serão justificados por executá-Lo no local. Eles sabiam exatamente o que ele pretendia dizer quando disse que era o Filho de Deus. Eles sabiam que ele reivindicava a mesma essência de Deus. É assim que eles usavam a expressão "filho de". Se alguém fosse chamado de filho de Belial, ele estaria manifestando a mesma natureza perversa de Satanás. Se alguém era chamado, como Tiago e João, de filhos do trovão, isso significava que eram volúveis. Dizer que se é o Filho de Deus é afirmar ter a essência do próprio Deus.

Em João 1 versículo 34, João testifica: “Eu de fato vi e tenho testificado que ele é o Filho de Deus.” No capítulo 1 de João, versículo 49, Natanael diz: “Mestre, tu és o Filho de Deus”. Foi assim que Jesus declarou claramente quem ele era. Era absolutamente inconfundível. Então, quando chegamos ao capítulo 10, não é surpresa que isso se tenha tornado um grande problema. No versículo 31 Jesus faz a declaração mais clara e precisa. “Eu e o Pai somos um.” Então “os judeus pegaram novamente em pedras para o apedrejar.” Jesus os impede. Ele responde e diz: “Eu vos mostrei muitas boas obras da parte do Pai; por qual delas vocês estão me apedrejando?” Os judeus respondem-lhe: “Não te apedrejamos por uma boa obra, mas por blasfêmia; e porque tu, sendo homem, te apresentas como Deus.”

Eles não tinham dúvida do que Ele afirmava, absolutamente nenhuma dúvida. Eles compreenderam que Jesus afirmava ser Deus, o grande Eu Sou, o próprio Criador, o verdadeiro Deus eterno em carne humana. Os outros escritores dos evangelhos também afirmam isso. Mateus apresenta no capítulo 1, versículo 23, a criança como Emanuel, que é Deus conosco. Marcos 1:1 começa sua história dizendo: “Princípio do evangelho de Jesus Cristo, o Filho de Deus”. Lucas inicia no capítulo 1 uma descrição do nascimento da criança, que identifica como a Criança Santa, o Filho de Deus. João 1:1 diz que “ele era Deus”.

Note bem: Qualquer identificação de Jesus por qualquer pessoa, a qualquer hora, que o torne menos do que Deus é blasfêmia. Os líderes de Israel viraram a blasfêmia de cabeça para baixo. Eles transformaram Jesus em um blasfemador quando os blasfemadores eram eles por negarem sua divindade. Eles o acusaram de blasfêmia e sabiam que blasfêmia genuína era sujeita à pena de morte. Levítico 24:16: “Aquele que blasfemar o nome do SENHOR será morto”.

Em suas mentes, Jesus era um blasfemador; na verdade, eram eles os blasfemadores. O mesmo acontece com qualquer pessoa que nega a natureza de Cristo como Deus. João apresenta isso em seu evangelho, mas ele também deixa isso claro em sua primeira epístola. “Quem é o mentiroso senão aquele que nega que Jesus é o Cristo?” Esse é o anticristo. Aquele que nega o Pai e o Filho. Quem nega o Filho não tem o Pai; aquele que confessa o Filho, tem o Pai. Ou recebemos o Filho e o Pai como um, ou somos amaldiçoados. Seremos blasfemador e anticristos. Qualquer visão de Cristo que seja inferior a Deus é uma declaração de anticristo. Foi por blasfêmia que no final esses líderes de Israel seguiram seus passos e por fim o levaram à cruz romana. Foi uma blasfêmia.

No final do capítulo 22 de Lucas, Jesus está diante do Sinédrio, e eles dizem lhe a: “És tu então o Filho de Deus?” E ele responde: "Sim, eu sou." Novamente ele diz Eu Sou, o nome de Deus. E então eles dizem: “Que outra necessidade temos de testemunho? Nós mesmos o ouvimos de sua própria boca.” E todo o grupo se levantou e o levaram perante Pilatos. E para envolver Pilatos, inventam uma mentira sobre ele querer derrubar César. Mas foi de blasfêmia que eles o acusaram porque ele disse que era Deus. Então, novamente, quando olhamos para João 10 é o mesmo problema. João 19:7 diz isso desta forma: “Os judeus disseram: ‘Temos uma lei’” - Levítico 24:16 “’e por essa lei ele deve morrer porque se autonomeou Filho de Deus”. Seria execução por blasfêmia.

Neste ponto de João 10, porém, a blasfêmia foi corrigida. Jesus não é o blasfemador; eles o são. Aqui está a cena final de João no ministério público de nosso Senhor. Ele demonstra sua divindade por meio de suas palavras e obras. Dia após dia, três anos em Israel ele trouxe palavras claramente vindas do céu. Ninguém nunca falou como ele. Foram claramente obras do céu. Nicodemos resumiu isso quando disse: “Ninguém pode fazer as coisas que você faz, a menos que Deus esteja com ele”. Mas a nação de Israel, os judeus, liderados pelos filhos apóstatas de Satanás que planejaram e perpetraram uma forma condenatória de judaísmo estavam produzindo filhos do inferno. E coletivamente a nação rejeita a Cristo em face de todas as evidências.

A propósito, isso foi profetizado. Não foi nenhuma surpresa. Voltando àquele amado Isaías 53, ele começa profeticamente com a chegada de Cristo: “Quem creu em nossa mensagem, e a quem foi revelado o braço do Senhor?”. Uma profecia em que eles não creram. Então Isaías continua dizendo: “Olhamos para ele e ele não era nada. Ele era menos do que nada. Nós não o estimamos. Escondemos nosso rosto dele. Ele era desprezível”. A nação inteira foi levada por seus líderes a considerá-lo um blasfemador. E, a propósito, ou ele é Deus ou um blasfemador. Não há realmente nada no meio.

A rejeição constante dos líderes e do povo foi registrada em todos os capítulos de João. No capítulo 1, ele veio para os seus, mas os seus não o receberam. No capítulo 2 há um grande conflito entre ele e os líderes de Israel quando ele ataca a corrupção do templo. Vemos a mesma hostilidade no capítulo 3 e de novo no 4. Vemos no 5. Vemos no 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12. O capítulo 12 é o último antes do discurso do cenáculo . Portanto, no final dos encontros públicos durante a semana da paixão existe a mesma hostilidade odiosa. Ela culmina aqui no capítulo 10, de modo que nos versículos 22 a 42, esta seção final, vemos João resumindo a rejeição do Filho de Deus - o Messias - pelo povo de Israel.

Existem cinco cenas aqui, e eu não quero me precipitar nelas. Há tantas verdades teológicas profundas aqui! Precisamos apenas ter cuidado. Então vamos ver se podemos ir pelo menos tão longe quanto no culto anterior. A primeira cena é o confronto. Vamos dar-lhes alguns Cs conforme avançamos. Confronto. O confronto acontecia o tempo todo. E a propósito, estamos na seção de festa do evangelho de João que começou no capítulo 5, no versículo 1. João mostra esses confrontos, esses encontros, esses momentos de rejeição nas festas. Estamos em Jerusalém, no templo e nas festas, começando no capítulo 5, depois novamente no capítulo 7, e agora quando chegamos ao capítulo 10, versículo 22, há outra festa. Portanto, estamos na temporada de festas e João as usa para os episódios que descrevem essa rejeição.

Apenas uma palavra então sobre os confrontos. Os líderes de Israel confrontavam Jesus com frequência. Vemos isso em Mateus, Marcos e Lucas, bem como em João. Eles gostam de confrontá-lo com perguntas. Digamos então que se trata de um confronto por meio de um inquérito. Eles vinham e faziam uma pergunta. Agora poderíamos dizer: "Bem, isso é uma coisa boa." Exceto pelo fato de que eles tinham motivos corruptos. Eles não desejavam informações. Eles não desejavam esclarecimentos. Eles só queriam colocá-lo em um dilema público em que ele diria algo blasfemo. Assim eles teriam a justificativa de tirar sua vida.

Esta é uma realidade comum. Eles fazem a pergunta certa e vou dar-lhes crédito por isso. O jovem rico faz a pergunta certa. Nicodemos faz a pergunta certa. Muitas das pessoas que vieram a Jesus - escribas, intérpretes da lei, fariseus, saduceus. Eles fazem a pergunta certa para a pessoa certa. Sempre obtinham a resposta certa e sempre rejeitavam essa resposta de forma desafiadora. Portanto, pode-se dizer que existe um pretexto na manga deles. Este não é um esforço nobre para esclarecer ou encontrar a verdade. É simplesmente uma armadilha que eles sempre tentam armar para pegá-lo. Os líderes de Israel veem Jesus como o inimigo mais formidável que eles já conheceram ou poderiam imaginar. Nunca houve um inimigo como ele. Nunca. Em João 8, Jesus disse aos líderes de Israel e a todos os que os seguiam: “Vocês são de seu pai, o diabo”. Vocês fazem o que seu pai faz. Vocês obedecem ao seu pai. Ele é mentiroso e vocês também são mentirosos. Ele é um assassino. Vocês são assassinos. Ele é um enganador. Vocês são enganadores. Vocês são do seu pai, o diabo. E visto que Jesus é Deus, e é pureza absoluta, santidade absoluta, verdade absoluta, ele é o maior inimigo que eles experimentariam. Eles não veem claramente dessa forma, mas é a realidade.

O padrão, então, é familiar. Eles o confrontam e propõem uma pergunta. Ele responde à pergunta, reitera sua afirmação de ser o Filho de Deus, de ser o Messias. Eles reagem com incredulidade, fúria, raiva, procuram agarrá-lo, matá-lo na hora e ele escapa. No capítulo 10, pela quarta vez.

E isso acontecia naquelas festas, e a razão pela qual eles criavam problemas nessas festas e João causa problemas com eles, é porque aquele seria um lugar onde eles poderiam obter algum clamor público. Eles podiam manipular a multidão.

Então, vamos dar uma olhada na configuração. Versículo 22: Naquela ocasião acontecia em Jerusalém a Festa da Dedicação. Todos os grandes jejuns aconteciam lá. Você pode não ter ouvido falar da Festa da Dedicação. Se procurar a Festa da Dedicação no Antigo Testamento, não a encontrará. Não é uma festa do Antigo Testamento. Já se passaram dois meses após a Festa dos Tabernáculos ou Barracas, que celebrava a peregrinação pelo deserto, e isso ocorria em setembro, outubro no calendário judaico. Agora estamos dois meses depois nessa Festa da Dedicação. É a última festa que os judeus celebram a cada ano. Tem outro nome. É também chamada de Festa das Luzes, e a palavra judaica contemporânea para isso é Hanukkah. Todos conhecemos o Hanukkah. Os judeus celebrarão o Hanukkah em alguns meses, como sempre fazem. Por que eles a chamam de Festa das Luzes? Porque a forma de festejar era acender velas e lâmpadas em todas as suas casas como símbolo da sua festa. Isso sempre acontece no calendário judaico no dia 25 de Kislev, em novembro ou dezembro.

Embora não seja uma festa do Antigo Testamento, ela tem uma tradição muito interessante que antecede o Novo Testamento. Lembre-se que entre o Antigo e o Novo Testamento há um período de 400 anos. Nós nos referimos a ele como período intertestamentário. O último profeta do Antigo Testamento se cala. Não há profecia nem revelação até que João Batista apareça e a palavra do Senhor venha a Zacarias e Isabel sobre João, e então temos a história de Cristo. Mas no meio há 400 anos. Foram 400 anos muito, muito difíceis para os judeus. Eles eram apóstatas. Rejeitavam a Deus, passavam por muito julgamento, muito sofrimento, mas a situação atingiu um nível épico por volta de 170 anos antes de Cristo. Portanto, em 160 a 170 A.C. Apareceu um monarca sírio muito poderoso. A Síria não é um inimigo novo de Israel. Aquele monarca sírio chamava-se Antíoco. Ele era como todos eles - um louco narcisista que se autopromovia. E assim ele se autodenominou Antíoco Epifânio, que significa Antíoco, o supremo. O povo mudou uma letra e o chamou de Antíoco Epimanes, que significa "o Louco".

Portanto, esse governante sírio Antíoco, um governante poderoso, era devoto da cultura grega, e ele queria poder sobre Israel. Queria o que os sírios modernos querem, o que o mundo árabe moderno do Oriente Médio deseja. Ele queria Israel. E ele foi o primeiro rei pagão que perseguiu os judeus por causa de sua religião. Como devoto da cultura grega, ele era politeísta, tinha vários deuses. Em 167 A.C. ele promulgou uma lei que impôs a todos. Era uma lei essencialmente chamada de helenização, da palavra grega Hellēnis, que significa grego, ou nações, ou gentios. Ele queria helenizar todos. Queria padronizar, e os judeus não aceitariam a religião pagã. Então, em 170 a.C. ele entrou em Jerusalém com uma força poderosa, conquistou o templo e imediatamente entrou ali, no santo dos santos, e matou um porco no santo dos santos. Depois ergueu uma estátua de Zeus ali. Esse foi o início de um esforço sistemático para erradicar o judaísmo. Ele foi brutal em sua opressão aos judeus. E, a propósito, como sempre fazem, eles se apegaram tenazmente à sua religião. Sob sua direção foram massacrados. Eram obrigados a oferecer sacrifícios a deuses pagãos ou morrer, como hoje no Iraque se converter ao islã ou ter a cabeça cortada. Nada de novo.

Isso porque o diabo é um assassino. Eles não tinham permissão para carregar, ler ou possuir qualquer porção das Escrituras do Antigo Testamento. Sempre que os rolos do Antigo Testamento eram encontrados, eles eram recolhidos e queimados. Eles foram proibidos de dar qualquer tipo de honra ao dia de sábado. Foram proibidos de circuncidar seus filhos. A perseguição selvagem induziu os judeus piedosos a se revoltarem, como seria de se esperar, e revidar. Eles eram liderados por um sacerdote chamado Matatias, e Matatias tinha filhos. Um de seus filhos era um homem chamado Judas Macabeu. Sob a liderança desse líder guerreiro realmente eficaz e poderoso, Judas Macabeu, os judeus retomaram Jerusalém, e curiosamente foi no dia 25 de Kislev que eles libertaram o templo, rededicaram-no e estabeleceram a Festa da Dedicação para comemorar a libertação do templo, a rededicação do templo. Há algumas informações históricas de que Antíoco fez o que fez no dia 25 de Kislev, e eles o libertaram no dia 25 de Kislev anos depois.

Então essa data se tornou uma data importante. Há um livro nos Apócrifos chamado 2 Macabeus, que dá uma visão histórica desse evento. Deixe-me ler para você: “Agora Macabeu e seus seguidores, o Senhor os guiando, recuperaram o templo e a cidade, demoliram os altares construídos em praça pública pelos estrangeiros e destruíram também os seus recintos sagrados. Eles purificaram o santuário, fizeram outro altar de sacrifício; então, acendendo fogo com pederneira eles ofereceram sacrifícios após um lapso de dois anos, queimaram incenso e acenderam lâmpadas e restabeleceram o pão da presença.” Era o pão que seria colocado no Santo dos Santos. “E quando fizeram isso, prostraram-se e suplicaram ao Senhor que nunca mais caíssem em tais infortúnios, mas que, se algum dia pecassem, pudessem ser disciplinados por ele com tolerância e não entregues à blasfêmia e a nações bárbaras. Aconteceu que no mesmo dia em que o santuário havia sido profanado pelos estrangeiros, ocorreu a purificação do santuário, ou seja, no vigésimo quinto dia do mesmo mês, que era Kislev. E eles o celebraram por oito dias com alegria, à maneira da Festa dos Tabernáculos, lembrando-se de como não muito antes, durante a Festa dos Tabernáculos, eles haviam vagado nas montanhas e cavernas como animais selvagens. Assim, portando varinhas cobertas de hera e belos galhos e também folhas de palmeira, eles ofereciam hinos de gratidão àquele que havia dado sucesso à purificação de seu próprio lugar santo. Decretaram então por ordenação pública e voto que toda a nação dos judeus deveria observar estes dias todos os anos.”

Portanto, aquela nota na história de 2 Macabeus é o estabelecimento da Festa da Dedicação. Agora vamos voltar para João. É então o dia 25 de Kislev, e a Festa da Dedicação está sendo celebrada em Jerusalém, comemorando essa grande libertação, a Festa das Luzes, Hanukkah - e o versículo 23 diz o seguinte: “era inverno”. Isso é muito significativo. "Era inverno." Quando li isso no início da semana, simplesmente parei por aí e pensei sobre isso. Não era inverno apenas no calendário, novembro, dezembro, mas era inverno espiritualmente. O Filho da justiça que surgiu como Salvador completou sua trajetória e voltou à escuridão. Era inverno no calendário e era inverno no coração dos judeus.

Por ser inverno, Jesus caminhava no templo no pórtico de Salomão. Eu disse a você em nosso estudo de Atos, que ele é mencionado em Atos 4 e 5. Quando os babilônios destruíram Jerusalém em 586 aC, eles destruíram também o templo. Mas eles não destruíram aquela parede de fundo no lado oriental - aquele muro de contenção de 183 metros. Aquilo foi deixado do templo salomônico original. E por isso foi chamado de pórtico de Salomão. Na frente dessa parede eles construíram uma grande varanda no pátio, colocaram colunatas de 12 metros de altura e um telhado, e é para lá que as pessoas precisariam ir quando viessem ao templo se fosse inverno. No inverno pode chover em Israel. Pode ficar muito frio. Pode nevar em Jerusalém devido à altitude. O inverno se torna uma espécie de metáfora da realidade espiritual.

Portanto, Jesus está caminhando naquela parte do templo que é tudo o que restou do enorme e glorioso templo de Salomão. Esta foi Sua última aparição pública. O resto será privado. O versículo 40 diz que depois disso ele foi embora. Foi embora por três meses. Quando voltou por ocasião da ressurreição de Lázaro, ele entrou na cidade. Uma semana depois: crucificação, ressurreição.

Este é um momento muito significativo. Realmente é inverno. Eles celebram seu grande libertador humano enquanto assassinam seu Salvador. Surpreendente!

O confronto, como eu disse, começa com uma pergunta no Versículo 24. “Rodearam-no, pois, os judeus e o interpelaram: Até quando nos deixarás a mente em suspenso? Se tu és o Cristo, dize-o francamente.“ Sabe, isso é tão hipócrita. Por quanto tempo você vai nos manter em suspense? Espere um minuto. Eles já tentaram matá-lo três vezes, Quando Ele disse que antes de Abraão existir, Eu Sou, eles pegaram pedras para atirar nele, para extinguir sua vida. Eles sabiam exatamente quem ele afirmava ser. Mas, novamente, tudo isso é pretexto para extrair uma declaração blasfema pela qual eles pudessem praticar sua violência.

Por quanto tempo você vai nos manter em suspense? Aquilo respinga sarcasmo. Se você é o Messias, diga-nos claramente. A propósito, ele se fora há dois meses. Entre os versículos 21 e 22 passaram-se dois meses. Da festa anterior a esta passamos de setembro-outubro a novembro-dezembro, e tudo de que precisamos é que ele apareça e o ódio deles é tivado. É como se eles segurassem aquele ódio em um nível tão febril que apenas a visão dele ativou o confronto. Quão profundo é o seu ódio de que, após dois meses, seu desejo de matá-lo é completamente ativado apenas pela visão dele. Ele havia afirmado repetidamente ser Deus, ser o Filho de Deus. Lemos isso no capítulo 5. Nós os vimos no capítulo 6. Nós os vimos no capítulo 8. Eles eram persistentes. Jesus chamou a si mesmo de Filho de Deus constantemente durante todo o seu ministério. Portanto, a pergunta deles é realmente uma fraude. Não há integridade.

Portanto, a primeira cena aqui é o confronto, e esse confronto é marcado por uma investigação. A segunda cena então vem no versículo 25 e seguintes. É a reivindicação. Esse é o padrão. Eles têm uma pergunta e fazem uma reclamação. A reivindicação é de divindade. Mas antes que ele faça essa afirmação explicitamente no versículo 30, veja o versículo 25. Estamos sem tempo, mas eu voltarei e vocês também. “Jesus respondeu-lhes: 'Eu disse a vocês; vocês não creram.'“ Esse é o problema. Vocês não creem. Eu disse a vocês. Vocês não acreditam. E não só eu disse a vocês, mas "as obras que eu faço em nome de meu Pai testificam de mim". Mas vocês não acreditam.

Pare aí mesmo no versículo 26: eu disse a vocês, mas vocês não creem. Minhas obras testificam de mim, mas vocês não creem. Este é o ponto, pessoal. Eles não acreditam. Por quê? Temos então todas essas evidências, todos esses milagres, há Nicodemos afirmando que “ninguém pode fazer o que você faz, a menos que Deus esteja com ele. Você é um mestre enviado por Deus”. Por que eles não acreditam? Vamos voltar a João 3. Encerraremos com base neste princípio - João 3:16: “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” OK. Você acredita. É por isso que João escreveu este evangelho, para que você possa acreditar que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e que crendo possa ter vida eterna em seu nome. OK. Então, se você crê, você tem vida eterna - versículo 17. Deus não enviou seu Filho ao mundo para julgar o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por meio dele. Quem crê nele não é julgado. Aquele que não crê já foi julgado porque não creu no nome do unigênito Filho de Deus. Está claro quem ele é. Está claro quem ele afirma ser. Ele é Deus em carne humana. Ele tem a mesma natureza de Deus. Creia nisso. Mas este é o julgamento: de que a luz veio ao mundo, e é por isso que eles não creem. Os homens amaram mais as trevas do que a luz, pois suas ações eram más. E todo aquele que faz o mal odeia a luz e não vem para a luz por medo de que suas ações sejam expostas.

Por que as pessoas não creem? Não é porque não haja evidências. É porque odeiam a luz. Porque a luz expõe seu pecado. Por que as pessoas têm raiva dos cristãos? Por que perseguem os cristãos? Pela mesma razão por que perseguiram Jesus. Jesus diz isso. O mundo me odeia porque testifico que suas obras são más - João 7:7. Essa é uma declaração definitiva. Quer saber por que o mundo é hostil para conosco? Porque testificamos que as obras do mundo são más. Eles não querem ouvir isso. Os adúlteros não querem ouvir isso. Os homossexuais não querem ouvir isso. Mentirosos, ladrões não querem ouvir isso. Pessoas corruptas não querem ouvir isso. Por quê? Porque elas amam a escuridão. Suas ações são más. Elas amam seus pecados. É o amor ao pecado que produz a incredulidade. E podemos despejar evidências, mas a menos que o coração esteja voltado para odiar o pecado, não haverá nenhuma fé.

Como todas as pessoas, esse povo judeu ama o pecado. Por outro lado, Jesus disse isso em João 7:17. “Se alguém estiver disposto a fazer a vontade de Deus, ele saberá se meu ensino é de Deus ou se falo de mim mesmo.” O que faz a diferença? Se você ama o seu pecado, odiará o evangelho. Se você deseja fazer a vontade de Deus, o que significa que tem fome de justiça, você conhecerá a verdade e acreditará nela.

Ouça, você pode falar sobre apologética o quanto quiser; pode falar sobre as defesas da fé o quanto quiser. O problema é o pecado. A evidência está disponível. A evidência é clara. A vida de Cristo revelou claramente que ele é Deus em carne humana. Não há outra explicação. Os homens amam o pecado, odeiam a justiça e qualquer um que testifique sobre seus pecados. Por que em nossa cultura as pessoas estão tão zangadas com o cristianismo? Porque testificamos que suas obras são más. Não temos escolha. E a menos que aceitem esse testemunho, não correrão para os braços de Deus. Você não crê. Você me odeia porque eu digo o que você precisa ouvir, o que você deve ouvir, mas é o que você odeia ouvir.

A única coisa que o cristianismo não pode fazer é mudar sua mensagem, parar de ser ofensivo. Somos as pessoas mais ofensivas do planeta, com a mensagem mais ultrajantemente ofensiva que já foi dada por alguém. Testificamos às pessoas que suas obras são más, que amam seus pecados e suas trevas, e que o julgamento os levará para o inferno. Essa é a nossa mensagem. É o amor ao pecado e o ódio à justiça que produzem descrença, mesmo quando todas as evidências estão aí.

E, a propósito, há outra coisa no fim do versículo 26. Você não crê porque não é minha ovelha. Hummm. Esteja aqui na próxima semana e vou lhe contar por que ele disse isso. Vamos orar.

Nossos corações certamente são movidos pela verdade. Ela é transmitida com tanta clareza e poder, tanta urgência. Não é possível realmente pensar sobre essas coisas sem reverência, sem uma sensação de santo temor diante da seriedade dos assuntos que se relacionam com a alma. Só posso orar, Senhor, para que esta mensagem, esta verdade ouvida hoje ou em qualquer outro momento no futuro seja útil ao Espírito de Deus para alertar os pecadores, alertar os não convertidos, aterrorizar aqueles que estão nas trevas e amam as trevas. A luz chegou. O Filho da justiça se ergueu trazendo cura. O Filho da justiça percorreu uma trajetória de vida magnífica, resplandecente e brilhante em torno de Israel. E os homens escolheram as trevas, e era inverno, e a luz era Deus. Até o próprio Jesus disse que a luz se apagaria.

Senhor, olhamos para o mundo que nos rodeia e te agradecemos porque a tua graça ainda se estende aos pecadores. Foi para nós. Pedimos que a luz brilhe novamente em nosso mundo, que o povo da luz seja fiel à dura mensagem, bem como à mensagem compassiva da graça que vem por trás dela. Pedimos que sejas glorificado abrindo os corações dos pecadores, quebrando as trevas, trazendo a luz. Que a luz do glorioso evangelho de Jesus Cristo brilhe no coração de muitos, dissipando as trevas e o amor ao pecado, substituindo-o pelo amor à justiça, pelo perdão e pela vida eterna.

Pai, novamente somos gratos por um momento maravilhoso de adoração hoje. Agradecemos por nos elevares acima do mundano. Abençoa cada vida aqui, cada alma, e cumpre a tua vontade por meio de cada uma, para o louvor da tua glória. Oramos em nome de Cristo. Amém.

FIM

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