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Vá para o décimo capítulo do evangelho de João. É muito interessante ler o Livro de João pela manhã e Atos à noite porque no relato dos primeiros capítulos de Atos Pedro é o pregador come, no evangelho de João, João é o escritor. E, claro, eles eram amigos. Eles estão juntos nos primeiros capítulos de Atos, então é algo especial ouvir João quando ele finalmente consegue dizer muitos, muitos, muitos anos depois o que Pedro pregou no Pentecostes, e observar como os escritos de João sobre a pessoa de Cristo e a pregação de Pedro a respeito da pessoa de Cristo andam em paralelo. Assim, estamos de certo modo acompanhando Pedro e João nestes dias e apresentando as glórias do Salvador que eles amaram e proclamaram.

Como já sabemos, o décimo capítulo de João é um ponto de virada na história de João. Este é o capítulo que registra o último relato que João faz do ministério público de Jesus. No final deste décimo capítulo, Jesus re retira por cerca de três meses e passa o tempo com seus discípulos. Ele volta no capítulo 11 e ressuscita Lázaro dos mortos, faz uma entrada triunfal em Jerusalém no capítulo 12, e então João registra nos capítulos 13 a 16 uma única noite no cenáculo com as promessas que o Senhor deu aos seus discípulos e a todos os que viriam depois deles, incluindo nós. O capítulo 17, então, é aquela impressionante entrada no Santo dos Santos, o santuário da oração particular e da comunhão de Cristo com seu Pai, aquela sua grande oração sacerdotal antes de sua morte. O capítulo 18 relata sua prisão, seguida de sua morte e ressurreição. Em seguida, a restauração de Pedro e o comissionamento dos discípulos encerram tudo no capítulo final.

Portanto, o capítulo 10 é crítico porque João quer ter certeza de que nada ficará obscuro em termos das reivindicações de Cristo. Este é, em certo sentido, um resumo de qual era o seu propósito, conforme ele afirma no capítulo 20, versículo 31: “Estes foram escritos para que você possa crer que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e que ao crer nele, possa ter vida em seu nome.” João está acumulando evidências para podermos crer a fim de termos a vida eterna. Como temos aprendido, a vida eterna só vem por meio da fé em Cristo.

Portanto, seu propósito está culminando aqui neste décimo capítulo, e ele não quer deixar nenhuma dúvida quanto à pessoa de Cristo e que é necessário crer nele para receber a vida eterna. É por isso que temos no versículo 30 a declaração de que “Eu e o Pai somos um.” “Os judeus pegaram pedras novamente para apedrejá-lo.” Jesus respondeu-lhes: “Tenho-vos mostrado muitas obras boas da parte do Pai; por qual delas me apedrejais? Responderam-lhe os judeus: Não é por obra boa que te apedrejamos, e sim por causa da blasfêmia, pois, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo.”

Eles sabiam exatamente o que ele estava reivindicando. No versículo 36 lhe dizem: "Tu blasfemas." E ele responde: “Vocês estão me acusando disso? Porque eu disse que sou o Filho de Deus? Se eu não fizer as obras de meu Pai, não creem em mim.” Aqui temos novamente o resumo de todo o propósito de João: deixar clara a afirmação de Jesus de ser Deus, de possuir a própria natureza e essência de Deus e, portanto, legitimamente chamar-se Filho de Deus, aquele que carrega a mesma natureza, provando-a por meio de suas obras. Não há engano nisso nem confusão no evangelho de João - e é impossível inverter isso. Quando ele disse: “Eu e o Pai somos um”, Ele não eestava reivindicando unidade de propósito, de missão ou de atitude. Ele estava reivindicando unidade de essência, de natureza. É por isso que o chamaram de blasfemador, um homem dizendo-lhes que era Deus.

Esta é a grande afirmação do evangelho - de que Jesus, embora totalmente homem, também era totalmente Deus. Assumiu o título, Deus Filho, Filho de Deus. Essa é a singularidade de sua personalidade como Deus na Trindade. Existe uma natureza, uma essência, mas três pessoas distintas. Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.

No capítulo 19 de João chegamos ao momento em que a população de Jerusalém e os líderes espirituais pressionam os romanos para crucificar Jesus - versículo 7 de João 19. Os judeus dizem o seguinte: “Temos uma lei e, de conformidade com a lei, ele deve morrer, porque a si mesmo se fez Filho de Deus.” Ele não apenas reivindicou. Ele provou isso. No versículo 37 ele diz: "Se não faço as obras de meu Pai, não creiam em mim”. Os líderes do judaísmo religioso e as pessoas que os seguiam eram os verdadeiros blasfemadores, exatamente como a profecia de Isaías havia predito no Antigo Testamento. "Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do SENHOR?" O profeta prediz que, quando o Messias viesse, eles não acreditariam. Isaías prossegue, dizendo que dele "não fizemos caso". Não demos a ele nenhuma honra. Não o reconhecemos como nosso Messias.

Essa rejeição judaica, aliás, essa hostilidade judaica para com o Senhor Jesus Cristo existe até hoje entre o povo judeu. Tenho lido por alguns meses um livro horrível chamado "Blood Lands"(Terras de Sangue). Blood Lands é um livro de história, um livro profundo que narra o massacre de 14 milhões de pessoas nas terras de sangue entre Stalin e Hitler. Foi ali que começaram os pogroms que culminam no massacre de milhões de judeus. O sofrimento desse povo está além da imaginação, além da compreensão. A tragédia de tudo isso é que eles sabiam a verdade sobre o Deus vivo e verdadeiro, o Deus único, o Deus que foi criador, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, o Deus de Moisés e Abraão e Davi. Eles sabiam sobre aquele Deus. Mas quando Ele enviou seu Salvador para redimi-los, eles o rejeitaram - e continuam fazendo isso.

É claro que ao longo de toda essa história de rejeição nacional há um remanescente de judeus que creem, e as Escrituras nos dizem que eles são todos um em Cristo com todos os gentios que creem. Mas quando esse capítulo termina, a curta história de João sobre o ministério público de Jesus culmina no mesmo tipo de raiva e hostilidade contra Jesus que vimos em todo o seu ministério. Na verdade, pela quarta vez eles tentam pegá-lo e matá-lo. Quanto mais ele diz, mais ele confirma sua condição e demonstra que ela verdadeira, e tanto mais duros se tornam seus corações. Este é, portanto, o ponto culminante para João. E então Jesus desaparece. Tudo perdido, então? Não, porque no final do capítulo, quando ele vai para além do Jordão, o capítulo termina assim no versículo 42: “E muitos ali creram nele.” Era como se edle tivesse de sair de Jerusalém. Ele teve de passar pelo rio Jordão, lugar onde João batizava no princípio, para algum outro lugar fora do poder e da influência da religião estabelecida.

Existem cinco cenas aqui diante de nós. Cinco cenas. Vamos examiná-las. A cena número um é o confronto e é breve. Volte ao versículo 22. “Celebrava-se em Jerusalém a Festa da Dedicação." Trata-se do que os judeus hoje chamam de Hanukkah, ou a Festa das Luzes, porque a forma como eles a celebraram por oito dias a partir de 25 de quisleu, que ocorre todos os anos em novembro e dezembro, é acendendo lâmpadas e velas em suas casas. Ela remonta ao período intertestamentário, quando Judas Macabeu expulsou os invasores pagãos, Antíoco Epifânio e seu povo e restabeleceu templo e o culto. Para celebrar isso organizou-se essa festa. Não é uma festa bíblica, mas é histórica. Esta é outra das festas narradas no evangelho de João a partir do capítulo 5. Jesus continua aparecendo em Jerusalém nas festas, e as mesmas coisas acontecem: ele fala, eles o negam, querem matá-lo, ele escapa e aqui vamos nós de novo com o mesmo tipo de ciclo.

Agora, nesta festa Jesus caminha no templo junto ao pórtico de Salomão, lembra-se? Foi o que restou do enorme muro de contenção que fazia parte do templo salomônico, destruído em 586 a.C. Essa parede não foi destruída; foi então reconstruída uma colunata ou um alpendre, um lugar popular para se proteger do sol ou do tempo. Agora é inverno. Jesus está caminhando ali, um lugar onde também encontramos os apóstolos no livro de Atos, ensinando. Os judeus, que seriam os líderes religiosos - João geralmente se refere a eles quando usa esse termo - e seus seguidores reuniram-se em torno de Jesus e falavam com ele, e há tanta hipocrisia nisso porque ele já respondeu isso àquilo muitas vezes: “Por quanto tempo você vai nos manter em suspense? Se você é o Messias, diga-nos claramente. ”Esse tipo de confronto tem apenas um objetivo em mente, e não é obter informações. Eles podem incitar a multidão, o que pode resultar na morte de Jesus.

Esse é o confronto. Vimos, portanto, a reclamação. Chegamos à reivindicação. Vamos voltar a isso. No versículo 25 Jesus respondeu-lhes: “Eu vos disse”. Eu disse a vocês, eu disse a vocês, "e vocês não creem." Quantas vezes eu já lhes disse? Apenas na seção da festa no capítulo 5, repetindo no capítulo 7 e também no capítulo 8, eu disse a vocês muitas e muitas vezes. Claramente eles entendem sua condição. Eles simplesmente querem justificar uma apreensão dele e eliminá-lo. Então ele valida a afirmação da mesma forma que fez desde o início no versículo 25: "Eu lhes disse, e vocês não creem." Esse é o problema. “As obras que faço em nome de meu Pai testificam de mMim.”

Vimos da última vez que o problema era: vocês não creem. Isso está por todo o evangelho de João. A questão do ponto de vista humano. Vocês não creem. Podemos voltar, começar no capítulo 1 e, em seguida até este ponto Em todos os capítulos, exceto no capítulo 2, há uma chamada para que as pessoas crerem e um aviso de que, se não crerem, não receberão a vida eterna. Ao longo da história eles são instruídos a crer. São chamados a crer. São avisados a crer. Esse é o lado humano. Já vimos isso. A salvação vem pela fé. Volte ao capítulo 8 apenas um pouco. Não posso me envolver com tudo isso, mas sei que você se lembra.

No capítulo 8, versículo 21, ele lhes diz: “Vou retirar-me e vós me procurareis, mas perecereis no vosso pecado; para onde eu vou vós não podeis ir." Vocês não estão indo para o céu. Por quê? Versículo 24: "Por isso eu vos disse que morrereis nos vossos pecados; porque, se não crerdes que EU SOU, morrereis nos vossos pecados." Isso é apenas uma ilustração de algo que é repetido várias vezes. Novamente, começando no capítulo 1, versículo 12: "Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome." Esse é o lado humano. É preciso crer que sou quem afirmo ser.

Mateus nos ajuda a ter uma ideia do que eles acreditavam. No capítulo 12 de Mateus está um dos comentários mais terríveis que os fariseus e os líderes religiosos de Israel já fizeram sobre o que criam. Mateus 12:24: "Mas os fariseus, ouvindo isto, murmuravam: Este não expele demônios senão pelo poder de Belzebu, maioral dos demônios." Ele seria satânico, é o que eles criam. Acreditavam que ele fazia pelo poder de Satanás o que fazia. Versículo 31: "Por isso vos declaro: todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada." Se olharem para o que o Espírito Santo fez por meio de mim e depois concluírem que todas as evidências são de que aquilo é de Satanás, vocês nunca poderão ser perdoados porque diante de todas as evidências chegaram a essa conclusão inversa em 180 graus. Vocês é que são os blasfemadores.

O que eles acreditavam sobre Jesus? Seu mantra era: ele é satânico. Fizeram tudo o que puderam para convencer o povo disso. Agora marque isso de que tratamos na última vez. A salvação vem para aqueles que creem. Mas quero voltar ao versículo 26 de João 10, e vamos continuar ali por alguns momentos: "Mas vós não credes." É aí que paramos: "mas vós não credes." Depois o versículo 26 diz o seguinte: “porque não sois das minhas ovelhas.” Que declaração! Esse é o lado divino. Quem não crer é totalmente culpado por essa incredulidade e será responsabilizado eternamente por ela. Receberá uma punição justa por essa incredulidade. Mas o lado divino é: não creem porque não são das minhas ovelhas. Realmente uma declaração impressionante. Vocês não me pertencem.

Voltemos ao capítulo 10, para o versículo 4. Lembra-se da paronímia, da analogia, da metáfora, símile, imagem do pastor? Versículo 4: “Depois de fazer sair todas as que lhe pertencem” - suas próprias ovelhas - “vai adiante delas e elas o seguem, porque lhe reconhecem a voz”. Bem, isso é verdade para os pastores. Vimos o que acontece quando um pastor vai a um aprisco pela manhã: as ovelhas da aldeia ficaram recolhidas ali, há muitos pastores que colocaram todas as suas ovelhas juntas em um aprisco durante a noite, pela manhã vêm e buscam suas próprias ovelhas e cada ovelha conhece a voz de seu próprio mestre. Isso era algo com o qual eles estavam familiarizados.

Mas a que isso se refere? Vá até o versículo 14. “Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim.” Pois bem: conheço as minhas ovelhas e elas me conhecem, mas vocês não são das minhas ovelhas. Como sabemos que eles não são suas ovelhas? Porque no capítulo 8, versículo 43, Jesus diz: “Qual a razão por que não compreendeis a minha linguagem? É porque sois incapazes de ouvir a minha palavra.” Vocês não conseguem me ouvir. Não conhecem minha voz. Por quê? Porque vocês pertencem ao seu pai, o diabo, e desejam realizar os desejos do seu pai. Ele foi um assassino desde o início, não permanece na verdade porque não há verdade nele. Sempre que ele diz uma mentira, ele fala de sua própria natureza, pois é mentiroso e o pai da mentira. Mas porque eu falo a verdade, vocês não creem em mim?

Versículo 47 de João 8: "Quem é de Deus, ouve as palavras de Deus; por isso não me dais ouvidos, porque não sois de Deus." É outra maneira de dizer: "Vocês não são minhas ovelhas." É uma declaração impressionante. Começamos a ver aqui muito cedo no evangelho de João esse propósito soberano de Deus na salvação. Voltando ao capítulo 3, quando Jesus está falando com Nicodemos e Nicodemos tem esta pergunta sobre a vida eterna e como isso vai acontecer, Jesus explica a ele que aquilo é um milagre celestial sobrenatural. O céu precisa descer e fazer isso acontecer. É como um nascimento. É uma criação e ninguém pode criar a si mesmo. Então surge a pergunta: Bem, e como isso acontece? E Jesus diz o seguinte: o Espírito Santo vem e vai à vontade. Não fica a seu critério. Fica a critério dele.

Assisti a um evangelista ontem à noite na televisão dizendo às pessoas para tomarem uma decisão por Cristo, implorando e implorando, música tocando e implorando constantemente. Isso é algo que um pecador não pode fazer. Um pecador não pode tomar uma decisão por Cristo; Cristo tem de tomar a decisão pelo pecador.

Em João 6 vimos isso. Em João 6:37, Jesus diz: ”Todo o que o Pai me dá virá a mim”. O Pai conhece as ovelhas. O Pai escolheu as ovelhas, identificou as ovelhas, escreveu seus nomes. O Pai me dará as ovelhas em seu próprio tempo e elas virão a mim. E aquele que vem a mim, certamente não rejeitarei, porque desci do céu não para fazer a minha vontade, como se eu tivesse uma vontade diferente da do Pai, mas a vontade daquele que me enviou. E esta é a vontade daquele que me enviou que de tudo o que ele me deu. Eu não perco nada, mas vou ressuscitá-lo no último dia. E ninguém - versículo 44 - pode vir a mim a menos que o Pai que me enviou o traga, e eu o ressuscitarei no último dia, e em sua oração sacerdotal ele ora por aqueles que o Pai Lhe deu.

Essas são realidades profundas. E veja, eu acredito totalmente na responsabilidade do pecador de se arrepender e crer. Mas eu acredito também plenamente no propósito soberano de Deus que escolheu suas ovelhas, conhece suas ovelhas, chama suas ovelhas. Elas o ouvem, elas vêm, Cristo as recebe, guarda e levanta. Confesso que nunca consegui harmonizar confortavelmente essas duas realidades. Mas não irei destruir qualquer uma delas chegando a algum meio-termo bizarro e humanamente criado. As pessoas que crucificaram Jesus foram totalmente responsáveis ​​por fazer isso. Elas foram julgadas por fazer isso, condenadas por fazer isso.

E ainda, Pedro disse em seu sermão no dia de Pentecostes que todo ato foi feito pelo conselho predeterminado e presciência de Deus. Ele repete novamente no capítulo 4 que só fazemos na terra o que o céu já havia determinado que seria feito. Algum dia conheceremos os pensamentos de Deus. Algum dia, mas por enquanto imploramos aos pecadores como Jesus fez para que creiam, e voltamos ao conforto no propósito soberano de Deus.

Sabe, olhar mais atentamente para a pessoa de Cristo é uma coisa esmagadora. Eu disse isso a você no sexto capítulo, quando os discípulos partiram. Muitos que o seguiram por um tempo o deixaram, o abandonaram, afastaram-se dele definitivamente. Esse é o termo em grego. É de quebrar o coração. Como eles podem se afastar dele? Inconcebível para mim.

E aonde ele foi para se consolar quando os discípulos o abandonaram? Ele diz: “Todo aquele que ouviu e foi ensinado pelo Pai vem a mim”. Jesus encontrou seu conforto na rejeição das pessoas aos propósitos soberanos de Deus. E, novamente, não sei como tudo isso combina. Parece-me haver elementos de contradição, mas Deus não é contraditório consigo mesmo. É impossível. Então atribuo isso à limitação da minha mente.

Versículo 27: Ele diz: “Minhas ovelhas ouvem a minha voz e eu as conheço. Elas me seguem e eu dou a vida eterna a elas. Elas nunca morrerão e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que as deu a mim, é maior do que tudo, e ninguém pode arrebatá-las das mãos do Pai.” Isso é tão hermético e absoluto que simplesmente não há como escapar da realidade dessa cadeia de propósito soberano e intenção divina. “Minhas ovelhas ouvem Minha voz.” Vocês não me ouvem porque vocês não são minhas ovelhas.

Isso é para o conforto do Redentor. Surpreendente. Este é o fim da linha para ele. Ele terminou. São praticamente três anos de ministério que terminam aqui: vocês fazem o que fazem pelo poder do inferno, não do céu. Ele diz que vocês não creem, não creem, não creem. Vocês vão morrer em seus pecados porque não creem. E então ele volta para sua zona de conforto quando diz: “mas vocês não são minhas ovelhas porque minhas ovelhas ouvem minha voz e eu as conheço. E como vimos anteriormente no capítulo 10, elas não seguirão um estranho. Elas me seguem e eu lhes dou vida eterna. Eles nunca morrerão, e ninguém jamais as tirará da minha mão ou da mão de meu Pai.

Esta é essencialmente a grande visão geral da salvação divina soberana. Deus escolhe, compra, segura, ressuscita e ninguém se perde no processo. “Minhas ovelhas ouvem minha voz”. As verdadeiras ovelhas estão ansiosas para ouvir a voz do mestre.

Volte um momento para o versículo 3. Para o pastor, o porteiro abre, aquele que vigiava o rebanho à noite. E as ovelhas ouvem sua voz, ele chama suas próprias ovelhas pelo nome e as conduz para fora. Conforme lemos, o versículo 4 diz que elas o seguem. Versículo 5: “mas de modo nenhum seguirão o estranho; antes, fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos.” Quanto conforto eu queria dar algumas semanas atrás aos nossos missionários que estão por todo o planeta lutando contra a religião falsa para lembrá-los de que eles podem encontrar conforto no fato de que as ovelhas que pertencem a Deus nunca seguirão um estranho. Elas nunca seguirão um falso mestre. Elas seguirão a voz de seu mestre. Basta sermos fiéis.

Foi nisso que nosso Senhor encontrou seu encorajamento. Se alguém for escolhido para ser ovelha; se alguém for designado para ser um presente de amor do Pai ao Filho, para amá-Lo e servi-lo para sempre na glória eterna, ele está seguro nisso ao ouvir e ser escolhido. Ele está garantido nessa escolha, que é então efetivada na história redentora. A vida eterna é eterna. Isso parece exagero?

As pessoas perguntam se podemos perder a salvação. Que tipo de vida seria essa? Temporária? Temporal? É a vida eterna. E, para o caso de haver dúvida, Jesus diz que"E nunca morrerão." Temos então algo positivo: “Eu lhes dou vida eterna”. E algo negativo: “nunca morrerão”. Nunca. Perecer é ser separado da vida eterna para a morte eterna. Ninguém será separado da vida eterna que possui. Ninguém. Tudo o que o Pai me dá virá a mim. Todos os que vêm a mim, eu recebo. Não recuso ninguém. Eu elevo todos eles para a glória.

Sua salvação eterna repousa no decreto eterno de Deus. Você viverá para sempre porque Deus escolheu você para viver para sempre. Você nunca perecerá porque Deus planejou a salvação dessa forma para dar a você uma salvação que é eterna, que literalmente nasce de uma fé que não pode morrer.

Alguém dirá: Tudo bem, é a vida eterna. OK. Eles nunca morrerão. Mas alguém pode vir e sequestrá-los. Ah, sério? Ninguém vai arrancá-los da minha mão. Ninguém. Meu Pai foi que as deu para mim.

Não tenho tempo para voltar a tudo isso. Você entende que cada pessoa salva é um presente de amor do Pai ao Filho? Cada uma? E que a razão de você ser um crente é porque Deus escolheu você antes da fundação do mundo, escreveu seu nome em um livro para ser um presente de amor a seu Filho, uma parte da noiva que o Pai buscou neste mundo para redimi-la e dá-la a seu Filho para trazê-lo à glória por um casamento, uma festa de casamento e uma cidade nupcial, para viver para sempre, para honrar e glorificar o noivo?

Toda a história da redenção é Deus reunindo uma noiva para seu Filho. “Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos. Quem vai pegá-los? Quem seria? Não há ninguém maior do que Deus. Ninguém.

Portanto, ninguém é capaz de arrancá-los das mãos do Pai. Minha mão, no versículo 28, torna-se a mão de meu Pai no versículo 29. Quem questionar minha capacidade de segurar minhas ovelhas questiona a capacidade de meu Pai de segurar suas ovelhas. A violência sacrílega pode pregar minhas mãos em uma cruz. A espada ferirá o pastor, mas ninguém pode enganar, surpreender ou subjugar meu Pai. E assim, nada pode afetar a segurança das ovelhas.

Em João 17, Jesus ora pedindo que o Pai guarde as ovelhas enquanto ele mesmo passa pelos horrores da separação de Deus. Guarda-as, diz ele.

Não há passagem mais forte na Palavra de Deus garantindo a segurança absoluta de todo verdadeiro filho de Deus. Mesmo se nos dispersarmos um pouco estaremos seguros porque somos escolhidos por Deus para o seu rebanho. Somos ovelhas de Deus. Cristo é nosso pastor, e seu dever é nos receber, cuidar de nós, proteger-nos e alimentar-nos. Sugerir que ele não pode cumprir isso é blasfemar contra o Bom Pastor e contra o Pastor Supremo, que é o próprio Deus, porque eles fazem isso juntos.

Estamos seguros porque seguimos a Cristo. Sem exceções. Não seguimos estranhos. Quando percebemos que alguém estava por perto por um tempo e depois desaparece, é o que diz 1 João 2:19. Eles saíram de nós porque não eram dos nossos. Se fossem dos nossos, teriam continuado conosco, mas eles saíram de nós para que se manifestasse que eles nunca foram dos nossos. Estamos seguros porque recebemos a vida eterna. Dizer que esta tem um fim é uma contradição de termos e torna a promessa um absurdo.

Estamos seguros porque a vida eterna é concedida. É dada. “Eu dou vida eterna”. Nós não merecíamos. Não podemos perdê-la. Não fizemos nada para recebê-la. Não podemos fazer nada para perdê-la. O próprio Senhor declara que nunca perecerão. Ninguém que é uma ovelha dele jamais irá para o inferno. Se isso acontecer, Cristo será mentiroso. E se Cristo for mentiroso, então estamos todos a caminho do inferno.

Estamos seguros porque estamos duplamente seguros pela mão do Pai e pela mão do Filho, e ninguém se aproxima de seu poder.

Ou seja, esse é o ponto principal de Romanos 8, não é? Quem nos separará do amor de Deus e de Cristo? Nada. Ninguém. Cristo e Deus nos mantêm juntos. Se uma alma que pertence a Cristo faltar no céu; se houver um quarto vago na casa do Pai; se houver uma coroa não usada, então Deus não é Deus.

É esta mesma declaração de que Jesus e o Pai estão em perfeita harmonia, em acordo, em poder, em propósito, em proteger suas ovelhas, que dá a eleoutra oportunidade de declarar quem ele é. E no versículo 30 a afirmação vem com força. “Eu e o Pai somos um.” Ele faz a transição de apenas mostrar como eles são um na segurança dos redimidos, os eleitos para agora fazer a declaração de maneira inconfundível.

Temos igual soberania, igual amor, igual poder divino para proteger as ovelhas porque somos iguais, porque somos um em essência. No capítulo 17, versículo 10, Jesus disse falando ao Pai naquela oração: “Todas as coisas que são minhas são tuas e as tuas são minhas”. Todas as ovelhas que pertencem ao Pai pertencem ao Filho. Compartilhamos tudo.

Versículo 20: “Não peço apenas por estes, mas também por aqueles que creem em mim pela sua palavra; para que todos sejam um; assim como tu, ó Pai, estás em mim e eu em ti, para que também eles estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. A glória que Me deste dei a eles, para que sejam um, assim como nós somos um. ”

O que ele está dizendo é que a unidade que Cristo tem com o Pai é uma unidade de essência que é divina, sobrenatural, eterna e santa. E nós, como humanos glorificados, não nos tornaremos Deus, mas como humanos glorificados compartilharemos dessa realidade. Isso é o que a Escritura quer dizer quando diz que seremos como Cristo, pois o veremos como ele é. Seremos conformados à sua imagem. Então, quando nosso Senhor diz: "Eu e o Pai somos um", Ele está falando da natureza essencial. É preciso entender: eles olhavam para o rosto de um carpinteiro galileu. A afirmação é bastante impressionante. Seria necessário ter uma tonelada de verificação, e eles tiveram apenas três anos disso.

O apóstolo Paulo diz em Colossenses: “Cuidem para que ninguém os leve cativos por meio da filosofia e do engano vazio, de acordo com a tradição dos homens, de acordo com os princípios elementares do mundo, e não de acordo com Cristo”. Não se engane sobre Cristo. Não deixe nenhum mestre ou escritor ou qualquer erudito ou filósofo confundir você. Toda a plenitude da divindade habita nele em forma corporal. Ele é Deus. Esta é a afirmação básica do cristianismo, e é por isso que, quando ele fala, o faz com tanta autoridade.

As pessoas em nosso mundo não querem ouvir ninguém falar com autoridade, especialmente o Senhor Jesus Cristo com os padrões que ele tem. Isso foi tudo que eles puderam captar (versículo 31). Os judeus pegaram pedras novamente para apedrejá-Lo. Novamente: lá estão eles no nível mais baixo de conflito.

Existem vários níveis de conflito. Examinamos isso algumas semanas atrás, mas este é o nível mais baixo. Tão baixo que não se pode argumentar, não se pode citar um caso e nem mesmo pensar sobre isso. Só se quer matar o oponente.

No capítulo 5, versículo 17, Jesus diz: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.” Eu faço o que o Pai faz quando o Pai faz. Não presto mais atenção do que Deus às suas leis do sábado. “Por isso, pois, os judeus procuravam cada vez mais matá-lo, porque ele não só violava o sábado, mas também chamava Deus de seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.” Isso foi há alguns meses. Meses e meses antes, eles sabiam exatamente o que ele dizia. Ele afirmava ser Deus.

Capítulo 7, versículo 1: “Passadas estas coisas, Jesus andava pela Galileia porque não desejava percorrer a Judéia, visto que os judeus procuravam matá-lo.”

Capítulo 8, versículo 59: Ele tinha acabado de declarar que “antes que Abraão existisse, eu sou”. Portanto, eles pegaram pedras para atirar nele, mas Jesus se escondeu e saiu do templo. Agora temos no versículo 31 a quarta tentativa de matá-lo - e haverá um esforço subsequente no versículo 39.

A propósito, o templo estava sempre em construção, então havia muitas pedras espalhadas por aí. É verdade que, de acordo com João 18:31, os romanos tiraram dos judeus o direito à pena de morte. Os romanos mantiveram para si o direito de tirar uma vida, mas aquilo não era alguma forma de jurisprudência. Não era um procedimento legal. Era vingança e raiva da turba religiosa. E se pudessem, eles o teriam matado no local.

Por que tanta hostilidade? Acho que Jesus nos deu a pista. Volte para João 7. Lá estavam seus irmãos. Nenhum deles cria nele. Por isso Jesus lhes disse: “O meu tempo ainda não chegou, mas o vosso sempre está presente. Não pode o mundo odiar-vos.” Por quê? Eles não eram crentes.

Isso também seria verdade para os discípulos, que criam, mas ainda não se enxergavam de verdade na pregação. Mas vocês são parte disso. Ele diz aos seus irmãos incrédulos: "mas a mim me odeia." Por quê? Porque ofereço o céu? Porque ofereço vida eterna? Porque ofereço alegria eterna? Não. “Porque dou testemunho a seu respeito de que as suas obras são más.” Essa é a via direta para a perseguição. Não creio que alguém já foi perseguido em nome do cristianismo por oferecer o céu às pessoas. Acho que não. Não acho que alguém seja perseguido por dizer às pessoas que Jesus as ama e quer perdoar seus pecados, que é o que se diz. Não acho que alguém já foi perseguido por dizer que Deus tem um propósito para sua vida, e perguntar por que você não descobre qual é o propósito. Qualquer abordagem sentimental para pregar Jesus evitará a perseguição. Mas quando alguém diz aos pecadores que suas obras são más e condenatórias, a perseguição virá.

Portanto, o confronto é uma investigação hipócrita. “Por que você não nos diz quem você realmente é?” A resposta é uma afirmação inequívoca e clara da divindade. Eles reagem como uma turba querendo destruir sua vida, mas ele os impede porque seu tempo ainda não chegou e porque ele não morreria assim. Ele confronta os verdadeiros blasfemadores, e veremos isso na próxima semana.

Senhor, agradecemos novamente esta manhã por termos sido capazes de nos reunir e focar na cruz e cantar hinos magníficos que falam da redenção adquirida ali para nós. Agradecemos por nos teres escolhido para sermos tuas ovelhas. Tu nos chamaste pelo nome. Tu nos capacitaste pelo Espírito Santo para ouvir a tua voz e seguir a ti e nunca um estranho. Agradecemos por nos conduzires a pastos verdes e águas tranquilas. Tu os forneces para nós. Tu nos proteges. Tu nos levas às alegrias florescentes do reino eterno. Agradecemos por tudo isso ser possível porque o pastor deu a vida pelas ovelhas. O Bom Pastor deu a vida pelas ovelhas. Agradecemos a morte de Cristo. Agradecemos as surpreendentes realidades que nos pertencem para sempre por causa de teu sacrifício e por causa de tua escolha eterna. Enche nossos corações de gratidão. Gratidão que se traduz em pureza de pensamento, mente, ação, para honrar aquele que tanto nos agraciou. Como poderíamos ser ingratos? Como poderíamos admitir o pecado? Em face disso, a graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vocês. Amém.

FIM

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