
Voltamos nesta manhã ao nosso estudo de Filipenses, assim eu convido você a pegar sua Bíblia, se você quiser, e abrir em Filipenses, capítulo 1. Estamos examinando os versículos 3 a 8. Começamos na semana passada, terminaremos na próxima semana, então esta será a parte 2 do que será um estudo de três partes. Deixe-me ler nosso texto para você. Filipenses, capítulo 1, começando no versículo 3: “Dou graças ao meu Deus por tudo que recordo de vós, fazendo sempre, com alegria, súplicas por todos vós, em todas as minhas orações, pela vossa cooperação no evangelho, desde o primeiro dia até agora. Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus. Aliás, é justo que eu assim pense de todos vós, porque vos trago no coração, seja nas minhas algemas, seja na defesa e confirmação do evangelho, pois todos sois participantes da graça comigo. Pois minha testemunha é Deus, da saudade que tenho de todos vós, na terna misericórdia de Cristo Jesus.”
Esse é um começo alegre para uma epístola maravilhosa. Depois de sua saudação inicial nos versículos 1 e 2, nos quais ele se identificou e aqueles a quem ele escreveu, o apóstolo Paulo fala de sua alegria. Essa tem sido chamada de a epístola da alegria, e é chamada assim porque a expressão de alegria e regozijo preenche esses breves quatro capítulos. O apóstolo Paulo conhecia a plenitude da alegria dada pelo Espírito Santo, algo que todo crente deveria conhecer e experimentar; mas nem todos o fazem. Antes de nos aprofundarmos nesta passagem, deixe-me levá-lo de volta para muitos séculos antes, muitos livros, para o Salmo 42. Quero mostrar-lhe um homem aflito, um homem em depressão, um homem que sabia que deveria ter alegria, mas não conseguia obtê-la.
Alguns nos sugerem que o escritor dos Salmos 42 e 43 é Davi, e tem sido sugerido que ele está escrevendo durante seu exílio, quando teve de deixar Jerusalém por sua própria vida, porque seu filho Absalão estava liderando uma rebelião para lhe usurpar seu trono. Esse pode ser o caso, não podemos ter certeza. O que sabemos é que quem escreveu o Salmo era alguém deprimido, de alguma forma desesperado. Ao mesmo tempo, sabendo que esse não era o jeito certo de ser, ele não conseguia sair do buraco em que estava. Ele nos apresenta sua depressão nos primeiros quatro versículos do Salmo 42.
“Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando irei e me verei perante a face de Deus? As minhas lágrimas têm sido o meu alimento dia e noite, enquanto me dizem continuamente: O teu Deus, onde está? Lembro-me destas coisas—e dentro de mim se me derrama a alma —,de como passava eu com a multidão de povo e os guiava em procissão à Casa de Deus, entre gritos de alegria e louvor, multidão em festa.”
Agora, há uma imagem de tristeza, pesar, solidão, alienação, separação. Tudo isso contribui para um estado depressivo, um estado de desespero. E quais são os fatores? Bem, antes de tudo, havia um anseio não satisfeito por Deus. Ao escrever isso, o salmista de alguma forma se sente separado de Deus. E como uma corça sedenta busca por rios de água, assim sua alma arfa por Deus, sua alma anseia por Deus, pelo Deus vivo. E ele diz: “Quando devo comparecer perante Deus?” O sentimento de solidão, a sensação de alienação, e ele tem um desejo intenso de estar perto de Deus. Ele tem um desejo intenso de que Deus venha e o liberte de seu estado atual. E então ele está lidando com seu anseio não satisfeito por Deus. Ele se sente sozinho. Ele sente como se Deus o tivesse abandonado, como se Deus não estivesse por perto, e se pergunta quanto tempo ele terá de esperar antes que Deus finalmente apareça.
É uma maneira bastante universal de definir a tristeza e a depressão das pessoas. Elas se sentem separadas de Deus, como se Deus não se importasse e não estivesse por perto, e algo nelas anseia desesperadamente pela presença e a intimidade de Deus que pode libertar. E também o salmista está lidando com a tristeza e a solidão deprimentes que sente em seu próprio coração, que é intensificado por seus inimigos. Lá está ele, no versículo 3, dia e noite se alimentando de suas próprias lágrimas, enquanto elas passam por seus lábios para sua própria boca, e no meio da sua tristeza, seus inimigos insultando: “Onde está o seu Deus?” Como se esfregassem na cara dele a indiferença de Deus, como se esfregassem na cara dele a impotência de Deus, insultando-o com a ideia de que Deus não é capaz ou o salmista não é digno da atenção de Deus. Deus o abandonou. E ele tende a se sentir assim porque não consegue ver nenhuma perspectiva de libertação divina no horizonte. Então ele está lidando com um desejo insatisfeito por Deus, um senso de solidão, agravado pela censura de seus inimigos.
E a terceira coisa que compele sua tristeza é que ele se lembra de seus privilégios perdidos. Ele diz, no versículo 4: “Lembro-me destas coisas, e dentro de mim se me derrama a alma, de como passava eu com a multidão de povo e os guiava em procissão à Casa de Deus, entre gritos de alegria e louvor, multidão em festa.” Ele estava fora de Jerusalém, longe da cidade, longe do povo, e não havia tempo para adorar e ter comunhão, para estar em uma festa, para aproveitar o que ele havia desfrutado tão grandemente. Sua tristeza, então, brota de suas circunstâncias. Ele está sozinho. Ele está sendo reprovado por seus inimigos. E ele está longe do seu povo e da sua terra, e nessa situação, ele está triste. Ele está deprimido.
Mas eu quero que você perceba como ele reage à sua depressão com autoindagação, no versículo 5. Olhe para o texto. Isso é sincero. Ele fala ao seu próprio coração: “Por que estás abatida, ó minha alma?” Como se dissesse: “Corta essa. Por que você está agindo assim? Por que você está desesperada? E por que você se perturbou dentro de mim?” É quase como se ele estivesse conversando com sua alma, que é outra entidade. Por que você está fazendo isso? “Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu.” E assim, esse pequeno solilóquio se torna muito importante quando ele se pergunta: “Por que você está fazendo isto?” Como se dissesse que não há razão para isso. - não há razão para isso, você sabe que Deus não o deixou sozinho, você sabe que seus inimigos estão errados, que Deus é poderoso e que ele está preocupado. Você sabe que seus privilégios serão restaurados, você vai adorar novamente, você terá comunhão novamente. Por que você está fazendo isso? Por que você está se comportando assim?
Você já passou por esse processo? Você já passou por esse interrogatório de sua própria alma quando passava por algum tipo de angústia e circunstâncias negativas, e começou a reclamar, gemer, e se sentir alienado de Deus, sentindo-se atacado pelas pessoas ao seu redor, sentindo que, de alguma forma, cortassem os prazeres que você conheceu, e de repente algo em você disse: “Aguenta aí, isso não é normal? Por que você está fazendo isso? Espera em Deus, um tempo de louvor virá, Sua ajuda virá, Sua presença virá.”
Dito isto, veja o versículo 6 - ele volta à depressão. Ele sabe a resposta, ele simplesmente não consegue aplicá-la. “Sinto abatida dentro de mim a minha alma; lembro-me, portanto, de ti, nas terras do Jordão, e no monte Hermom," ele simplesmente está lembrando de todas as obras de Deus na terra da promessa, ”do monte Mizar." Não sabemos onde é isso. Ele não é mencionado em nenhum outro lugar nas Escrituras. Mas ele se lembra do Deus de sua terra, e do Deus da aliança, e do Deus da promessa e do Deus de poder. E então ele diz, no versículo 7: “Um abismo chama outro abismo, ao fragor das tuas catadupas; todas as tuas ondas e vagas passaram sobre mim.”
Esse é um versículo muito fascinante, a propósito; não é um versículo fácil de interpretar. Eu sinto que a melhor interpretação é simplesmente entendê-lo como reflexo do fato de que o problema continua vindo. Um abismo chama outro abismo significa que um golpe segue outro golpe - quer dizer, você simplesmente se levanta do chão, e outra coisa o derruba. Não é assim a vida? Não é assim? É como uma queda d’água em cascata, interminável, golpe após golpe após golpe após golpe, e todas as suas ondas e ondas rolaram sobre mim. Ele é como um sujeito preso na arrebentação, um destruidor o esmaga na areia, apenas para ser sugado de volta, retirado e abatido novamente. E ele está dizendo que a vida é assim; é um golpe após o outro como uma cascata, é um golpe após o outro como uma maré rolante, eu não consigo sair disso.
Então ele diz: “Contudo, o SENHOR, durante o dia, me concede a sua misericórdia, e à noite comigo está o seu cântico, uma oração ao Deus da minha vida.” E novamente ele diz: “Digo a Deus, minha rocha: por que te olvidaste de mim? Por que hei de andar eu lamentando sob a opressão dos meus inimigos? Esmigalham-se-me os ossos, quando os meus adversários me insultam, dizendo e dizendo: O teu Deus, onde está?” E o salmista está de volta à depressão novamente. E então ele se faz a mesma pergunta, versículo 11: “Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu.” Aquele que coloca um sorriso no meu rosto, meu Deus - ele ainda vai agir. Ele ainda vai me ajudar. Por que você está agindo assim? Você pode ver o salmista em ciclos, não pode? Ele entra em depressão, ele derrama sua depressão, ele diz: "Por que você está fazendo isso - por que você não espera em Deus?" Ele não consegue, então volta à depressão. Diz: "Eu sei o que vou fazer, vou orar, vou clamar a Deus, Deus me livrará.” Voltando à depressão, ele diz de novo: "Por que você está fazendo isso?"
Teria sido suficiente se terminasse ali, mas olhe para o Salmo 43. “Faze-me justiça, ó Deus, e pleiteia a minha causa contra a nação contenciosa; livra-me do homem fraudulento e injusto. Pois tu és o Deus da minha fortaleza. Por que me rejeitas? Por que hei de andar eu lamentando sob a opressão dos meus inimigos? Envia a tua luz e a tua verdade, para que me guiem e me levem ao teu santo monte e aos teus tabernáculos. Então, irei ao altar de Deus, de Deus, que é a minha grande alegria.”
Ele sabe a resposta. Encontrar sua alegria em Deus é a resposta, não em suas circunstâncias, mas em Deus; há a frase: "Então, irei ao altar de Deus, de Deus, que é a minha grande alegria; ao som da harpa eu te louvarei, ó Deus, Deus meu.” Essa é a resposta, e então ele volta para a mesma reação. Veja o versículo 5: “Por que você está desesperada, ó minha alma?” Terceira vez: “Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu.” Agora, aqui está o pensamento que eu quero que você entenda. Aqui está um homem em depressão. Aqui está um homem que sabe que ele está erroneamente se concentrando em suas - o quê? - circunstâncias. Aqui está um homem que sabe que sua alegria é encontrada em seu Deus, mas ele não consegue se livrar de suas circunstâncias e voltar-se para o seu Deus.
Bem, Paulo tinha uma vantagem sobre o salmista. Vamos para Filipenses. Você sabe onde Paulo estava quando ele escreveu Filipenses? Onde ele estava? Muito provavelmente acorrentado a um soldado romano. Ele estava em uma situação bastante semelhante à do salmista. Ele estava sozinho. E Timóteo, que era o único que realmente conhecia seu coração, o único que era de espírito semelhante, diz no capítulo 2, versículo 19, Paulo ia mandá-lo embora, assim ele estaria realmente sozinho quando Timóteo partisse. Epafrodito, que havia lhe trazido um presente dos filipenses e que levou essa carta, voltaria para os filipenses, de modo que ele também não estaria lá. Então Paulo sabia o que era ser solitário. Ele sabia o que era estar isolado, separado. Mas não há nada disso sendo perguntado: "Deus, você está aí? E quando você vai se movimentar? E quando você vai agir? E por que estou gemendo? E por que estou me lamentando?” Isso não está acontecendo. Paulo não olha para sua situação. Ele não olha para essas circunstâncias. Ele não está lamentando sua condição. Ele não está preocupado com sua solidão.
Além disso, ele foi privado de tudo. Ele também não podia mais se juntar à multidão. Ele não poderia ir com os crentes para o culto ao verdadeiro Deus por intermédio de Seu Filho, o Senhor Jesus Cristo. Ele não poderia fazer parte da celebração cristã da mesa do Senhor. Ele não poderia liderar as pessoas na maravilhosa alegria da comunhão. Ele também foi privado. Além disso, ele foi impiedosamente criticado por seus inimigos. Não apenas seus inimigos na cultura pagã que o mantinham prisioneiro, mas seus inimigos na igreja, que estavam criticando tudo o que ele fazia, dizendo que Deus o estava punindo porque ele havia falhado tão miseravelmente no ministério. Então ele estava exatamente onde o salmista estava; a diferença era que o salmista estava lutando com suas circunstâncias, e Paulo estava se regozijando em seu Deus. E essa é a obra do Espírito Santo.
No Novo Testamento, Gálatas 5 diz: “O fruto do Espírito é amor, alegria.” Romanos 14.17 diz que temos no Reino “justiça, paz e alegria no Espírito Santo.” Agora, você lembra que lhe dei uma definição ou uma teologia condensada da alegria? Deixe-me dá-la a você de novo. Aqui está uma teologia da alegria, condensada em uma declaração. A verdadeira alegria espiritual não está relacionada às circunstâncias. É um dom de Deus para aqueles que creem no evangelho de Cristo, sendo produzida neles pelo Espírito Santo, porque eles recebem e obedecem a Palavra de Deus, é misturada com provações, e mantêm seu foco na glória eterna. Agora, essa é a teologia da alegria. Não está relacionada às circunstâncias, é um dom de Deus para aqueles que creem em Jesus Cristo, sendo produzida neles pelo Espírito Santo, enquanto obedecem à Palavra de Deus, é misturada com provações, e mantêm seu foco na glória eterna.
Então você tem um homem focado em suas circunstâncias e tendo de fazer solilóquios triplos consigo mesmo para dizer a si mesmo que não tem nada que se sentir assim. Ele sabe muito bem, mas parece que não consegue sair da situação. E então você tem outro homem em uma situação muito semelhante, que está literalmente jorrando alegria porque ele perdeu de vista suas circunstâncias e está perdido na maravilha de seu relacionamento vivo com o verdadeiro Deus por intermédio de Cristo. Esta é a epístola da alegria. E enquanto Paulo escreve, sua alegria se espalha por todo o lugar.
Agora, quando olhamos para esses versículos diante de nós, notamos cinco elementos de sua alegria que transbordam. O primeiro foi a alegria da recordação. Você se lembra disso, no versículo 3? "Dou graças ao meu Deus por tudo que recordo de vós." É como se dissesse que a alegria produzida pelo Espírito Santo tem doces lembranças. E eu sugeri a você, na última vez, que você geralmente pode dizer que alguém está cheio do Espírito por causa de sua alegria, e sua alegria será manifestada no fato de que, de alguma forma, o arquivo foi apagado quando se trata de coisas negativas, e eles se lembram do melhor das pessoas. Isso é o que a alegria produz - a alegria da lembrança. O coração onde o Espírito Santo produz alegria é um coração que pensa na benignidade, bondade, amor, cuidado, sacrifício, compaixão e esquece o resto. A alegria tem um jeito de se esquecer de feridas e mágoas; é como o amor que cobre uma multidão de pecados, como Pedro disse. E a alegria só se aproxima e se prende a lembranças deliciosas. E como as memórias controlam as atitudes, é crucial que deixemos que o Espírito de Deus produza essa alegria em nós, a alegria da lembrança, o coração que cultiva boas memórias do povo de Deus.
Em segundo lugar, a alegria da intercessão, versículo 4: “Fazendo sempre, com alegria, súplicas por todos vós.” Duas vezes ele usa a palavra “oração,” deēsis, que significa petição. Sua alegria foi expressa na alegria da intercessão. A alegria gerada pelo Espírito Santo encontra sua mais alta expressão no prazer que recebe de orar pelas necessidades dos outros; é altruísta - é altruísta. É consumido com a oração em favor dos outros. Não se preocupa com suas próprias coisas, sua própria felicidade, seu próprio conforto, sua própria realização e sua própria satisfação. Perde-se na emoção e na alegria de orar para que as necessidades dos outros sejam atendidas. O privilégio de interceder em favor dos outros, isso é alegria. A alegria gasta suas energias nos outros, não em si mesma - a alegria da intercessão.
E depois, em terceiro lugar, a última vez que olhamos para a alegria da participação, no versículo 5. Paulo diz: “Dou graças ao meu Deus pela vossa cooperação no evangelho, desde o primeiro dia até agora.” Cooperação é a palavra koinōnia, sua comunhão. Ele conhecia a alegria da comunhão. Ele simplesmente exultou com a realidade de que essas pessoas vieram ao seu lado para amá-lo, compartilhar a vida com ele, facilitar o ministério com ele - essa foi a alegria da participação. Uma pessoa alegre tem o prazer de fazer parte da comunhão, fica feliz por estar entre os fiéis. E falamos bastante sobre isso na última vez. Perguntamos se éramos fiéis o suficiente para fazer um pequeno inventário de nossas próprias vidas para descobrir se temos a verdadeira alegria.
Agora, você pode olhar para o seu próprio coração e saber se você tem a alegria da lembrança, se quando você pensa nas pessoas, todas as coisas que você pensa são boas; se você tem a alegria da intercessão, se é o maior prazer para você orar pelos outros e não por si mesmo; se você tem a alegria de cooperar, você está empolgado apenas em perceber quantas pessoas vêm ao seu lado e se tornam parte da comunhão de que você desfruta. Você é feliz com o privilégio de fazer parte do povo de Deus? De fazer parte da igreja do Senhor? A alegria da cooperação. Ele se alegrou porque os filipenses haviam participado da extensão do evangelho desde o momento em que foram salvos até o presente momento, uns dez ou onze anos depois, quando ele escreveu esta carta. Um coração tão feliz; feliz em lembrar, feliz em orar, feliz na comunhão.
Isso nos leva a um quarto ponto. E nós vamos falar sobre isso nesta manhã, nosso tempo é mais curto que o normal. A alegria da expectativa, e este é um grande versículo; a alegria da expectativa. Você conhece uma das grandes alegrias do ministério? Deixe-me dar uma pequena dica. É a alegria no coração que sabe em que a igreja acabará se tornando. Quer saber de uma coisa? Se você olhar para o que a igreja é, poderá ficar muito desanimado. Se você olhar para o que a igreja será, poderá ficar muito animado. Essa é a perspectiva que Paulo tem. Sua alegria o puxa para o futuro, versículo 6, grande versículo. “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.” Que tremendo versículo; eu o memorizei quando criança.
Olhe, “estou confiante.” O verbo peithō significa estar persuadido, ter certeza, estar absolutamente convencido, e é isso que ele está dizendo. “Estou absolutamente convencido disso mesmo.” O que é isso, Paulo? O que é isso? “Aquele que começou uma obra em você,” quem é esse? Deus. Deus começou a obra. Foi quem começou isso. O verbo "começou" é interessante - é usado apenas duas vezes no Novo Testamento, enarchomai - é uma palavra rara. É usada aqui e em Gálatas 3.3. Em ambos os casos, faz referência à salvação. Deus começou o bom trabalho quando Ele lhe salvou, certo? O texto de Gálatas 3.3 diz aos gálatas cristãos: “tendo começado no Espírito, estejais, agora, vos aperfeiçoando na carne,” apontando novamente para a salvação deles como o ponto em que começaram pelo poder do Espírito. Então é um verbo que é usado apenas duas vezes no Novo Testamento, ambas as vezes com referência à salvação. Então ele diz que Deus começou uma boa obra, e era verdade. É sempre verdade. A salvação é uma obra de Deus.
E a igreja em Filipos foi iniciada quando Deus diz: “o Senhor abriu o coração de Lídia,” Atos 16.14. Ela foi a primeira convertida em Filipos, a primeira convertida na Europa, e diz que o Senhor abriu o coração dela. É uma obra de Deus. Paulo deu o evangelho, o Senhor abriu o coração dela, ela foi salva e foi assim que a igreja começou. Deus começou a obra. E então Deus salvou outras pessoas naquele dia, na margem do rio, e então Deus salvou o carcereiro filipense, sacudiu toda a sua prisão, soltou todas as correntes e as cadeias, e todos os prisioneiros ficaram livres. E nesse contexto, Deus concedeu a fé ao carcereiro e sua família, e Deus iniciou a igreja em Filipos. Refere-se, então, ao tempo da salvação. Paulo diz: “Estou absolutamente convencido disso, que o Deus que lhes salvou começou a obra.”
Agora, deixe-me dizer um pouco mais sobre isso. É importante que você entenda que a salvação é uma obra de Deus. É essencial que você entenda isso. Aquele que começou uma boa obra é Deus. Veja o versículo 29, do capítulo 1. Paulo diz a esses mesmos filipenses: “Porque vos foi concedida” ou “foi dada” - você é o recipiente passivo de um dom de Deus - “por amor de Cristo, não só a crer nele, mas também sofrer por amor a ele.” Em outras palavras, Deus lhe deu fé e Deus lhe deu sofrimento. Foi concedido por amor a Cristo que você deveria crer.
Capítulo 2, versículo 13, aos mesmos filipenses: “porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.” É Deus quem salva soberanamente. Ouçam João 1.12: “Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, aos que creem em seu nome” - ouça - “quem nasceu” - nascido de novo - “não de sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.” A salvação é obra de Deus, obra de Deus. Em Atos 11, uma declaração muito, muito importante é feita no versículo 18: "E, ouvindo eles estas coisas" - o relatório de conversões gentias - "apaziguaram-se e glorificaram a Deus, dizendo: Logo, também aos gentios foi por Deus concedido o arrependimento para vida.”
Deus lhes deu o arrependimento, Deus lhes deu a fé, Deus lhes deu a salvação, Deus lhes abriu o coração; e como estamos aprendendo, em 1Pedro, porque Ele os escolheu antes da fundação do mundo. É por isso que, em Atos, diz: "Todos os que foram ordenados para a vida eterna creram.” É uma obra de Deus. É onde Deus opera seu plano eterno. Ouça 2Tessalonicenses 2.13: "Devemos sempre dar graças a Deus por vocês, sempre." Por que dar graças a Deus? "Porque Deus os escolheu desde o princípio para a salvação." Não pode ser mais claro do que isso. E o versículo 14: “Foi para isso que também Deus os chamou mediante o nosso evangelho.” Deus escolheu você. Deus chamou você. Deus deu o arrependimento a você. Deus deu fé a você. Deus salvou você. É tudo obra dele.
Tito 3: “Quando, porém, se manifestou a benignidade,” versículo 4, “de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos,” o versículo 5 diz: “Ele nos salvou.” É isso. Você entendeu isso? Quando a bondade de Deus nosso Salvador e seu amor pela humanidade apareceu, ele nos salvou. “Não com base em atos que fizemos em retidão, mas segundo a Sua misericórdia.” Ele nos salvou. Tiago nos conta no capítulo 1, e eu acho que é o versículo 18: “Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade.” Foi a sua vontade, sua obra. Ele fez isso, ele nos salvou, ele nos redimiu.
Agora vamos voltar para Filipenses. A questão que Paulo está levantando no versículo 6 é esta: “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós” - a palavra boa significa nobre, e é uma obra nobre, a salvação inicia o processo de santificação e leva à glorificação - "o Deus que começou aquela boa obra em vós" - aqui vem - "há de completá-la.” Pensamento tremendo, epiteleō, realmente completá-la, é um composto, completo, levá-lo à sua completa conclusão. Apegue-se a isto - levá-lo à sua completa conclusão.
Agora, Paulo não diz: "Espero que isso funcione.” Ele diz: "Estou certo disso. Tenho certeza disso. Estou absolutamente convencido disso. Estou totalmente convencido disso, que o Deus que lhe salvou e começou a nobre obra santificadora irá completá-la.” É uma grande declaração. Essa é uma ótima declaração. O Deus que iniciou a obra de salvação e santificação a levará à completa conclusão. Ele levará à completa conclusão. O pastor batista e evangelista inglês F.B. Meyer anos atrás escreveu: “Entramos no estúdio do artista e encontramos ali pinturas inacabadas que cobrem grandes telas e sugerem grandes desenhos, mas que foram abandonadas, ou porque o gênio não era competente para concluir o trabalho, ou porque a paralisia inutilizou a sua mão. Mas quando entramos na grande oficina de Deus, não encontramos nada que carregue a marca da pressa da incapacidade de terminar, e temos certeza de que a obra que sua graça começou, o braço de sua força completará.” Isso não é tremendo?
É verdade. É verdade. O que Deus começa, ele completa. Essa é a perseverança, ou a preservação dos santos, isso é o que chamamos de segurança eterna; que o Deus que lhe salvou pelo Seu poder lhe manterá pelo poder dele. Romanos 5 tem uma visão maravilhosa sobre isso. Paulo diz isto – ouça: “Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.” Você diz: “O que isso significa?” Apenas isto - ouça. Se quando você era um inimigo, poderia ser salvo pela morte de Cristo, quanto mais agora, que você é um filho, pode ser mantido pela vida dele? Pensamento tremendo - pensamento tremendo. Se a morte dele pode salvar você, então a vida dele pode mantê-lo. E ele vive para interceder por nós.
Então Paulo diz: “Olha, eu tenho a alegria da expectativa. Você pode ter problemas na igreja, você pode ter ansiedades na igreja, você pode ter dificuldades na igreja, pode haver falhas na igreja, mas mesmo isso não será alterado, pois o Deus que salva é o Deus que glorifica.” Em Romanos, capítulo 8, Paulo diz isso em uma maravilhosa terminologia que é muito familiar para nós. “E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.”
E “Quem nos separará do amor de Cristo? Será a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo ou a espada? Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.” Nada vai mudar isso. Aquele que nos salvou nos aperfeiçoará - a perseverança do povo de Deus, a preservação do povo de Deus, a realidade de que a salvação ou justificação leva à glorificação. Jesus disse, em João 6.37: “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.” Ninguém está perdido no processo. E então ele diz isto: “Até o dia de Cristo Jesus.” Até o dia de Cristo Jesus, o que isso significa? Ao que isso faz referência? Ouça com atenção, isso é uma coisa interessante.
“O dia do Senhor” é um termo comum do Antigo Testamento; acho que é usado cerca de 19 ou 20 vezes no Antigo Testamento. “O dia do Senhor” sempre se refere ao julgamento divino dos pecadores. Sempre se refere ao derramamento da ira. A expressão máxima do dia do Senhor será no retorno de Jesus Cristo, quando Deus derramar sua ira sobre os ímpios de todas as eras. Mas, no Antigo Testamento, houve outros dias do Senhor; qualquer dia em que Deus se movesse em juízo severo sobre os pecadores poderia ser chamado de dia do Senhor. O último dia do Senhor é o dia em que ele virá para julgar os ímpios na segunda vinda de Cristo. É também chamado em 1Tessalonicenses 5, versículo 4, “o dia.” É chamado em 2Tessalonicenses 1.10, “naquele dia.” E em ambos os casos, refere-se ao dia do juízo: o dia da ira, o dia da vingança, o dia da punição dos pecadores.
Mas isso é diferente. Aqui não diz "o dia do Senhor,” diz "o dia de Cristo Jesus.” Como isso difere? Bem, é interessante. Se você fizer um estudo sobre isso, como eu fiz, você descobrirá algumas coisas fascinantes. Neste versículo, o dia de Cristo Jesus obviamente se refere a algum tempo em que os crentes serão glorificados, certo? Ele vai aperfeiçoar você no dia de Cristo Jesus. Fala de um dia em que os crentes se tornarão perfeitos, quando a salvação se tornar completa, quando a justificação e a santificação se tornarem glorificação. Observe, também, o versículo 10, por favor, no final do versículo. Ele diz que os crentes serão sinceros e inocentes até o dia de Cristo. E novamente está falando sobre os crentes. No versículo 6, era o dia de Cristo Jesus, no versículo 1,0 é o dia de Cristo. E esse também é um tempo em que os crentes serão apresentados a Deus como irrepreensíveis.
Capítulo 2, versículo 16, Paulo diz: “preservando a palavra da vida, para que, no Dia de Cristo, eu me glorie de que não corri em vão, nem me esforcei inutilmente.” Aqui, o dia de Cristo tem a ver com algum evento positivo onde o crente se regozijará. Assim, somente em Filipenses, “dia de Cristo,” “dia de Cristo Jesus,” tem referência positiva à glorificação do crente. Em 1Coríntios, capítulo 1, voltemos ao versículo 7: “Estamos aguardando ansiosamente a revelação de nosso Senhor Jesus Cristo, que também o confirmará até o fim, irrepreensível” - aqui vem - “no dia de nosso Senhor Jesus Cristo.” Isso é interessante. Então agora temos “o dia de Cristo Jesus,” “o dia de Cristo,” duas vezes em Filipenses, e agora “o dia do Senhor Jesus Cristo.” E este também se refere aos crentes sendo inculpáveis, obviamente se referindo à glória deles, um tempo de recompensa para eles, um tempo de bênção para eles.
Em 2Coríntios, capítulo 1, versículo 14, diz: “como também já em parte nos compreendestes, que somos a vossa glória, como igualmente sois a nossa no Dia de Jesus, nosso Senhor.” Eis outro termo. Primeiro, “o dia de Cristo,” depois, “o dia de Cristo Jesus,” então “o dia do Senhor Jesus Cristo,” e agora “o dia do Senhor Jesus,” e novamente está se referindo a um tempo de alegria - tempo para orgulho, um tempo para se alegrar. E há outra referência que deve ser atraída para sua mente. Veja 1Coríntios 5.5, e esta é uma situação de disciplina; um crente pecador é entregue a Satanás para a destruição de sua carne, “para que seu espírito seja salvo no dia do Senhor Jesus.”
Agora, aqui está o que você tem: “o dia de Cristo,” “o dia de Cristo Jesus,” “o dia de nosso Senhor Jesus Cristo,” “o dia de nosso Senhor Jesus” e “o dia do Senhor Jesus.” Em cada um desses lugares, refere-se a um tempo de glorificação dos santos. Então, sempre que você vir "o dia do Senhor,” você sabe que está falando sobre o julgamento dos pecadores. Sempre que você vir “o dia de Cristo, Cristo Jesus, o Senhor Jesus, o Senhor Jesus Cristo,” você está falando sobre a glorificação dos santos. E o Senhor deixa clara a característica distintiva ao introduzir os nomes pessoais de Jesus Cristo, celebrando a intimidade e a relação única que temos com Deus por meio de Cristo.
Agora, com isso em mente, volte ao capítulo 1, de Filipenses. “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.” Ele vai levar vocês até a hora em que nos encontrarmos com Cristo. Um tremendo pensamento. Deus terminará Sua obra da graça. Amado, essa é uma grande verdade. "Deus não é como os homens,” disse William Hendriksen. "Os homens conduzem experimentos, mas Deus realiza um plano." Estamos divinamente preservados, não é maravilhoso? Isso é tão emocionante - estamos divinamente preservados.
O Salmo 89.33 diz que estamos sob uma fidelidade divina que nunca será removida. João 3.16 diz que temos uma vida eterna que nunca terminará, e nunca pereceremos. Em João 4.14 está escrito que bebemos de uma fonte de água que borbulhará para sempre. João 6.37 e 39 diz que recebemos um presente que não pode ser perdido. João 10.28 diz que estamos na mão do Bom Pastor, da qual nunca podemos ser arrebatados. Romanos 8.29 e 30 diz que estamos presos por uma corrente que não pode ser quebrada. Em Romanos 8.39, somos amados com um amor do qual nunca podemos nos separar. Romanos 11.29, somos os destinatários de um chamado que nunca pode ser revogado. Segunda a Timóteo 2.19, somos construídos sobre um alicerce que nunca pode ser destruído. Primeira de Pedro 1.4 e 5, temos uma herança que nunca pode desaparecer. Isso é confiança.
E o que Paulo está dizendo aqui é isto: “Aqui está minha alegria, pessoal: minha alegria é que não importa o que acontece em sua igreja, a obra que Deus começou Ele completará.” E então ele tem a alegria da expectativa. É muito parecido com as palavras maravilhosas de Judas: “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante da sua glória.” Deus vai levar todos vocês para lá. Você diz: "E daí?" Ouça isto, por favor. Se você se concentrar no que está errado com a igreja, pode agora ficar deprimido. "Oh, nossa igreja não é o que deveria ser - oh, nós não estamos fazendo - oh.” Mas se você se concentrar no que a igreja vai se tornar, poderá ficar animado.
Agora, você pode escolher. Você pode gemer, lamentar e resmungar sobre o que não é da forma que deveria ser, ou você pode apenas olhar para o que vai acontecer. Você sabe o que é mais emocionante sobre isso? Ninguém vai se perder. Não é como quando eu estava jogando futebol, e você ia para o vestiário depois do jogo, e o treinador dizia: "Ei, você é a razão pela qual perdemos o jogo. Você se atrapalhou com a bola na linha de três jardas, a bola apareceu, o sujeito correu para um touchdown - agarrou a bola, a culpa é sua.” Isso nunca vai acontecer comigo no céu. O Senhor nunca dirá: “Você percebe que, por causa de sua infidelidade, 250 pessoas não chegaram aqui? Você percebe que muitas dessas pessoas na Grace Church começaram bem, e você as perdeu?” Ei, isso o levaria a um hospício se você pensasse que tinha essa responsabilidade. E você pode ficar realmente angustiado com a igreja; você pode ficar realmente agitado. "Oh, não é o que deveria ser." Sabemos disso. Você não é o que deveria ser - então muitos de vocês que não são o que deveriam ser fazem uma igreja que não é o que deveria ser. Então você tem de adicionar os líderes que não são o que deveriam ser, e você se pergunta por que é assim. É isso aí pessoal.
Mas você pode decidir que vai simplesmente se concentrar naquilo que não é, ou pode se alegrar com o que será. Eu escolho a última. Você quer saber o que é maravilhoso? Todos vocês vão chegar lá se amarem a Cristo. Se vocês pertencem a ele, todos nós vamos chegar lá. E Paulo tem essa sensação de alegria, essa alegria triunfante esmagadora que diz que, no final, a igreja será exatamente o que Deus quer que seja. Isso tira muita pressão. Rapaz, não faz sentido gastar toda a sua vida em um estado de depressão sobre o que a igreja não é, quando você poderia passar toda a sua vida em um estado de alegria sobre o que a igreja será, certo? Você será tudo o que deveria estar no plano de Deus. Então, se você olhar para o que a igreja pode se tornar, é entusiasmante, emocionante e estimulante. Essa é a alegria da expectativa.
Eu não sei por que é que algumas pessoas querem resmungar o tempo todo sobre o que não é do jeito que elas gostam, quando podemos nos sentar e esperar até que seja do jeito que Deus quer que seja na glória eterna. Eu vou lhe dizer, isso tira muita pressão. Se eu achasse que tinha de ser o instrumento básico e gerador da salvação, se eu fosse responsável por salvar as pessoas, e depois elas fossem salvas se eu, junto com os outros pastores e o resto de nós, fôssemos responsáveis por manter as pessoas salvas, você gostaria de ter essa responsabilidade? Você gostaria da responsabilidade, por exemplo, de seus filhos que vieram a Cristo, e se Deus dissesse a você: “Ei, a propósito, eu os salvei, mas é melhor mantê-los salvos,” quer essa responsabilidade? Isso é assustador. Você não tem essa responsabilidade.
Quer saber de uma coisa? O Senhor vai levar sua igreja à plena realização. Maravilhoso, não é mesmo? Então, por que não aproveitar o processo? Claro, nós não somos tudo o que devemos ser, mas este não é um lugar para pessoas perfeitas; este é um hospital para pessoas que, pelo menos, sabem que estão doentes e sabem onde está a cura. As pessoas dizem: "Ah, eu não quero estar na igreja, há muitos hipócritas.” Vamos lá, você se sentirá em casa. Somos apenas nós, é isso. Mas ouça, você se lembra do pequeno acordo? "Graças a Deus, ele ainda não terminou comigo - seja paciente." Isso é verdade, quer dizer, não estamos prontos. Quando terminarmos, seremos perfeitos. Isso tira toda a pressão, para que você possa desfrutar do seu ministério, e você pode desfrutar da sua igreja, e você pode amar o que faz.
Você diz: “Bem, então, por que você faz isso? Quer dizer, se Deus os salva, e Deus os mantém, e Deus os leva para o céu, por que você está fazendo isso?” Porque eu amo o pensamento de que ele está me usando como parte de todo o processo. E eu posso servi-lo por alegria, por gratidão, e porque ele me chamou, e eu o amo, e eu o obedeço, mas isso não recai sobre meus ombros. Tudo o que ele quer que eu faça é compartilhar a alegria. E por que eu deveria deixar minha alegria ser roubada porque me tornei incapaz de me concentrar no que a igreja se tornará? Então Paulo tem a alegria da expectativa. Eu entendi isso. Eu entendi isso.
Eu olho para meus filhos, às vezes, quando eu percebo que eles são muito parecidos com os pais deles - eles não são tudo que deveriam ser. E eu poderia me preocupar, me preocupar e criar caso, mas sei que todos amam a Cristo, e o fato é que sei em que eles acabarão se tornando. Eles serão como Cristo. Você percebe como isso é satisfatório? Então, eu também poderia aproveitar meu ministério, assim como aproveitar a vida. Eu poderia muito bem derramar meu coração em serviço, por pura alegria, gratidão, obediência e amor por Cristo, e ficar feliz em fazer parte do processo, mas não vou me tornar um exemplo porque estou preocupado que alguém que deveria chegar lá não possa fazer isso porque eu não estou fazendo o meu trabalho. Eu não assumo essa responsabilidade, e você também não deveria.
Então aproveite, desfrute da igreja. Ela nunca será tudo o que deveria ser, nunca será tudo o que você quer que seja até chegarmos à glória. E às vezes eu acho que haverá - a única decepção no céu serão pessoas que não poderão achar nada negativo. Elas podem se frustrar por toda a eternidade. Mas ei, você deveria estar tão emocionado que isso é tão temporário e você deveria ter a alegria da expectativa. Há outro elemento de alegria, a alegria do carinho, versículos 7 e 8, mas não temos tempo para isso, então volte na próxima vez. Vamos nos curvar juntos em oração.
Nós amamos a ti, Senhor, e consideramos um grande privilégio servir-te. E nós trabalhamos duro. Paulo disse que ele trabalhou até o ponto do suor e da exaustão. Paulo disse que ele trabalhou poderosamente, mas era realmente o teu Espírito trabalhando nele. Ele disse que contava tudo nesta vida como lixo na busca do cumprimento de seus dons, de seu ministério e de seu chamado. Ele deu tudo o que tinha, toda a sua energia, todo o seu coração, toda a sua alma, e o tempo todo, no fundo de sua vida, era o motivo do amor. Ele te amava tanto que queria obedecer-te. E essa perfeita paz e alegria que diz: “Eu darei tudo de mim, mas sei que os resultados vão dar certo porque tu és o Deus que és.” Que alegria, que alegria poder dar todo nosso coração para um esforço, e saber que não podemos perder nada. Quão emocionante!
Obrigado pela alegria da expectativa. Ajuda-nos a viver essa alegria enquanto vivemos a alegria da cooperação, enquanto desfrutamos uns dos outros, enquanto vivemos a alegria da intercessão quando oramos em favor um do outro, e a alegria da lembrança quando destacamos as coisas boas que nós lembramos. Ó Deus, produza em nós a alegria do Espírito para que nos regozijemos, para que possamos nos deleitar, para que possamos ficar satisfeitos em qualquer circunstância com o Senhor e com a Sua obra em nossa vida. E nós te agradecemos em nome de Cristo. Amém.
FIM

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