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Estamos voltando agora a 1Tessalonicenses 5.4 a 11, avançando rapidamente ao clímax desta grande carta que vem nos versículos 12 a 28, o que nos enriquecerá grandemente. Mas, ao olharmos novamente para este texto em particular, você se lembrará, se esteve conosco há duas semanas que o chamei de “Pessoas da noite/Pessoas do dia.” Nós falamos disso porque Paulo afirma que todo o mundo está dividido em dois tipos de pessoas: as pessoas da noite e as pessoas do dia; pessoas associadas às trevas e pessoas associadas à luz. Deixe-me apenas ler o texto para você, começando no versículo 4: “Mas vós, irmãos, não estais em trevas, para que esse Dia como ladrão vos apanhe de surpresa; porquanto vós todos sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite, nem das trevas." O versículo 6, “Assim, pois, não durmamos como os demais,” "os demais" significa os incrédulos, “pelo contrário, vigiemos e sejamos sóbrios.” Ora, os que dormem dormem de noite, e os que se embriagam é de noite que se embriagam. Nós, porém, que somos do dia, sejamos sóbrios, revestindo-nos da couraça da fé e do amor e tomando como capacete a esperança da salvação; porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançar a salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos em união com ele. Consolai-vos, pois, uns aos outros e edificai-vos reciprocamente, como também estais fazendo.”

Nesse texto, obviamente, Paulo fala sobre as pessoas do dia e as pessoas da noite. E não é ele quem introduz este conceito. Isso remonta ao Antigo Testamento. Deixe-me ver se não posso lhe dar um pouco da história dessa ênfase particular. No Salmo 107 versículo 10, as Escrituras dizem: “Os que se assentaram nas trevas e nas sombras da morte, presos em aflição e em ferros, por se terem rebelado contra a palavra de Deus e haverem desprezado o conselho do Altíssimo.” Agora, há uma descrição de pessoas que são pessoas da noite, pessoas na escuridão. Elas moram na escuridão. Elas moram na sombra da morte. Elas são prisioneiras na miséria, e estão acorrentadas por seus pecados, está implícito, porque se rebelaram contra as palavras de Deus e rejeitaram o conselho do Altíssimo. O versículo seguinte diz que Deus, portanto, humilhou seus corações com o trabalho. Ou seja, há uma enorme quantidade de esforço humilhante que não lhes garante nada, eles tropeçam e não há nenhum ninguém para os ajudar. Tal é a situação das pessoas da noite.

Então, começando no versículo 13, lemos sobre um resgate da noite, trazendo as pessoas para o dia. Ele diz: “Então, na sua angústia, clamaram ao Senhor, e ele os livrou das suas tribulações. Tirou-os das trevas e das sombras da morte e lhes despedaçou as cadeias,” isto é, as cordas do pecado e da iniquidade e miséria que os fez prisioneiros. "Rendam graças ao Senhor por sua bondade e por suas maravilhas para com os filhos dos homens! Pois arrombou as portas de bronze e quebrou as trancas de ferro." E assim, aqui você encontra esta introdução sobre as pessoas da noite e a terrível servidão de estar na noite e nas trevas, e a nota sobre sua libertação por meio da bondade amorosa de Deus e a maravilha de sua graça para com os homens. Ele os trouxe das trevas para a luz. E assim, descobrimos, então, que Deus tem o desejo de trazer as pessoas da noite para o dia.

Isaías tornou mais específico esse desejo de Deus quando escreveu sobre o Messias. Pois em Isaías, capítulo 9, lemos: “O povo,” versículo 2, “que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz. E quem é que pode tirar os homens das trevas? Quem é essa luz que brilha?” Bem, no versículo 6 diz: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz, para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isto.” E naturalmente, a criança a que Isaías se refere é o Messias.

Assim, o coração de Deus, no Salmo 107, é tirar as pessoas das trevas e levá-las para a luz. O Messias vem com o propósito de trazer a luz e brilhar no lugar das trevas. Se formos ao Novo Testamento, preliminarmente à discussão sobre Cristo, Lucas, capítulo 1, discute sobre João Batista. E em Lucas, capítulo 1, temos o pai de João Batista, um sacerdote chamado Zacarias, marido de Isabel, tendo ouvido que seu filho seria o precursor do Messias, ele ficou cheio do Espírito Santo e profetizou. E em Lucas 1, versículo 68 e seguintes, você tem o que saiu dos lábios inspirados de Zacarias em resposta à promessa de um filho, João Batista, que seria o precursor do Messias. No versículo 76, podemos captar o que ele diz, falando de seu filho, João Batista: “Tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque precederás o Senhor, preparando-lhe os caminhos, para dar ao seu povo conhecimento da salvação, no redimi-lo dos seus pecados, graças à entranhável misericórdia de nosso Deus, pela qual nos visitará o sol nascente das alturas, para alumiar os que jazem nas trevas e na sombra da morte, e dirigir os nossos pés pelo caminho da paz.” E assim, Zacarias se alegra e exalta diante de Deus com louvor porque ele sabe que seu filho será o precursor do nascer do sol, a luz do sol, o Filho da justiça, como o profeta do Velho Testamento o chamou, que trará a luz para brilhar nas trevas que torna pessoas do dia as que eram pessoas das trevas.

E então, você começa com o desejo de Deus de trazer os homens das trevas para a luz. Você se move da profecia do profeta Isaías, que disse que será o Messias, para João Batista, que veio declarar ao mundo que o nascer do sol estava chegando, que traria a luz em meio às trevas. E então, você ouve as palavras, tão poderosamente faladas em Mateus, capítulo 4, começando no versículo 12, que diz: “Ouvindo, porém, Jesus que João fora preso, retirou-se para a Galileia; e, deixando Nazaré, foi morar em Cafarnaum, situada à beira-mar, nos confins de Zebulom e Naftali; para que se cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta Isaías: Terra de Zebulom, terra de Naftali, caminho do mar, além do Jordão, Galileia dos gentios! O povo que jazia em trevas viu grande luz e aos que viviam na região e sombra da morte resplandeceu-lhes a luz." Isaías disse que aconteceria, Zacarias disse que seu filho o anunciaria, e agora Cristo diz que aconteceu. Estou aqui, a luz amanheceu e, a partir daquele momento, ele começou a dizer: "Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus.”

E novamente em João, capítulo 8, naquelas palavras amáveis e familiares, Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida.” E assim, esse tema de pessoas da noite e pessoas do dia é um tema antigo. Você o encontra voltando ao Antigo Testamento, onde Deus vê o pecador não convertido como uma pessoa da noite, e o santo crente como a pessoa do dia. Jesus Cristo, o Messias, o Salvador, sendo o meio de transportar as pessoas das trevas para a luz.

Como assim? O que faz isso acontecer? Dado que Cristo é aquele que pode fazê-lo, por que meios? Em Atos 26, encontramos a magnífica declaração do próprio Deus por meio de Cristo falando ao apóstolo Paulo na estrada de Damasco, quando Paulo recita seu testemunho. Em Atos 26.15, o Senhor disse: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Mas levanta-te e firma-te sobre teus pés, porque por isto te apareci, para te constituir ministro e testemunha, tanto das coisas em que me viste como daquelas pelas quais te aparecerei ainda, livrando-te do povo e dos gentios, para os quais eu te envio, para lhes abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz e da potestade de Satanás para Deus, a fim de que recebam eles remissão de pecados e herança entre os que são santificados” - aqui está a chave - “pela fé em mim.” O próprio Senhor Jesus disse a Paulo: “Sua tarefa é abrir os olhos para que eles possam se converter das trevas para a luz, que é o mesmo que voltar-se do domínio de Satanás para Deus, e receber o perdão dos pecados e uma herança, mas acontece àqueles que são separados pela fé em mim.” Para se tornar uma pessoa do dia, você deve colocar sua fé no Senhor Jesus Cristo. Aqueles que são separados para Deus como filhos do dia pela fé em Cristo são transferidos do reino das trevas para o reino do amado Filho de Deus, o reino da luz. É pela fé que isso acontece, por crer.

Em Colossenses 1.13: “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados.” Como assim? Crendo, colocando nossa fé no Senhor Jesus Cristo. Em Efésios, capítulo 5, diz: "Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz.” E assim, vemos o fluxo. Deus tem um desejo em seu coração de tirar as pessoas das trevas. O profeta profetizou que virá uma criança que de fato será aquela a trazer a luz ao lugar sombrio. O Novo Testamento nos diz que haverá um precursor que anunciará sua vinda, e então ele virá e anunciará que ele é a luz do mundo. E então, no livro de Atos, há um pregador que é enviado, e ele deve dizer que ele trará trevas onde houver fé nele. E então descobrimos que aqueles que puseram sua fé nele são realmente transportados das trevas para a luz, eles se tornam filhos do dia. Eles eram antigamente trevas; agora eles são luz, e neles vive a luz da vida.

E assim, quando chegamos a 1Tessalonicenses, tivemos muito disso. Nós ouvimos muito disso. Nós entendemos a diferença entre as pessoas da noite e as pessoas do dia. O mundo então é dividido nesses dois tipos de pessoas: as pessoas da noite e as pessoas do dia. E esta é uma divisão para sempre. O inferno é a escuridão eterna e a noite eterna ocupada pelas pessoas da noite. O céu é a luz eterna, o dia eterno ocupado pelas pessoas do dia. E assim, o tema desta diferença distinta entre a noite e o dia é familiar ao texto das Escrituras. “Pessoas da noite,” diz Paulo, de volta ao nosso texto agora, 1Tessalonicenses 5, “estão associadas à escuridão, sono e embriaguez. As pessoas do dia estão associadas à luz, a estarem alertas e à sobriedade.” O apóstolo, então, está traçando uma linha muito clara de demarcação, um contraste muito completo e definido, entre aqueles que têm salvação em Jesus Cristo pela fé nele e aqueles que não têm.

Agora, por que ele está fazendo esse contraste aqui quando chega à conclusão desta epístola? Simplesmente o declarou, a fim de encorajar os cristãos tessalonicenses. No capítulo 4, versículo 18, ele diz: “Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras,” e no capítulo 5, versículo 11: “Consolai-vos, pois, uns aos outros e edificai-vos reciprocamente” - a mesma palavra - “edificai-vos reciprocamente, como também estais fazendo." Então, esta seção que estamos olhando é apoiada por duas declarações sobre conforto. Aqui seu propósito é confortar alguns cristãos medrosos. Os tessalonicenses eram novos cristãos. Eles eram jovens no Senhor, e não tenho dúvidas, mas quando foram evangelizados originalmente pelo apóstolo Paulo, sua mensagem enfatizava muito fortemente o julgamento. Ele pregou o julgamento. Ele pregou a ira de Deus. Pregou a condenação eterna no inferno. E quando ele evangelizou o povo em Tessalônica, sem dúvida, ele falou bastante sobre o julgamento futuro. Ele deve ter dito muito sobre o Dia do Senhor, o último dia de vingança, a ira de Deus, quando ele solta todo o seu furor contra pecadores ímpios e os envia para um inferno eterno. Ele sem dúvida falou sobre o inevitável fim do pecado e para onde ele conduz quando os evangelizou pela primeira vez. E depois que eles foram salvos, provavelmente lhes falou mais sobre o Dia do Senhor. Pelo menos essa parece ser a indicação em 2Tessalonicenses.

E assim, eles tinham um medo saudável do julgamento de Deus. Pode ter sido que esse medo foi o fator principal em levá-los a considerar as reivindicações de Jesus Cristo e sua obra na cruz e sua ressurreição. E assim, eles tinham esse senso muito forte e sério sobre a condenação eterna. Como resultado disso, havia uma certa ansiedade no coração deles, e eles estavam temerosos de que talvez algum cristão perdesse o arrebatamento e terminasse no julgamento, que de alguma forma, se um cristão morresse ou fosse negligenciado, ele poderia acabar recebendo a ira de Deus contra ele.

Você se lembra de nossa discussão do capítulo 4, versículos 13 a 18, de que eles estavam se perguntando: se um cristão morresse antes de Jesus vir, ele perderia o arrebatamento? Eles pensaram que, se ele perdesse o arrebatamento, ele acabaria em eterna ira, que somente os cristãos que estivessem vivos quando Jesus viesse seriam levados. O resto seria condenado. E assim, eles estavam com medo. E um dos seus medos era que, se eles perdessem o arrebatamento, poderiam ser apanhados no Dia do Senhor. Talvez Deus não se lembrasse deles. Talvez o Senhor os esquecesse. Ou talvez eles, de alguma forma, perdessem isso por causa de sua morte. E então, eles estavam com medo. E esta seção é escrita para consolá-los, para calar seus medos, encorajá-los com o fato de que existe uma distinção tão clara entre pessoas do dia e pessoas da noite. Deus sabe essa distinção; ele sabe quem pertence a ele. E o jeito que ele vai tratar as pessoas da noite e o jeito que ele vai tratar as pessoas do dia são totalmente diferentes. Não há lugar nos eventos das pessoas da noite para as pessoas do dia, e não há lugar nos eventos das pessoas do dia para as pessoas da noite. E Deus sabe a diferença, e você pode ser consolado com isso.

Isso é muito, muito reminiscente de um grupo anterior de pessoas que tinha medos semelhantes. Se você olhar para o último livro do Antigo Testamento, a profecia escrita por Malaquias, encontrará um paralelo muito interessante ali. Aqui estavam alguns judeus em Israel que tinham os mesmos tipos de ansiedade. Houve uma importante mensagem sendo pregada por Malaquias sobre o Dia do Senhor. De fato, no capítulo 4, versículo 5, ele até usa a frase “a vinda do grande e terrível Dia do Senhor.” E assim, a mensagem de Malaquias tinha sido sobre o Dia do Senhor, o julgamento vindouro, a condenação vindoura, a fúria final de Deus vindoura, queimando como uma fornalha, consumindo pecadores. E isso causou alguma ansiedade entre alguns dos filhos de Deus.

Se você olhar para Malaquias 3.16, ali diz: “Então, os que temiam ao Senhor ” - e aqui significa aqueles que reverenciavam o Senhor, aqueles que conheciam o Senhor, aqueles que eram santos que tinham um relacionamento verdadeiro com Deus - ”falavam uns aos outros.” E o que eles estavam falando? O texto não nos diz, mas podemos muito bem imaginar. Eles estavam compartilhando sua preocupação. Eu me pergunto se vamos ser presos nesta fornalha, se vamos nos prender na fúria de Deus. Vamos ser pegos na terrível justiça do Deus santo quando ele vier contra os pecadores? E ali diz que "o Senhor atentava e ouvia; havia um memorial escrito diante dele para os que temem ao Senhor e para os que se lembram do seu nome." Ele tinha um livro, e os nomes daqueles que realmente o amavam, o serviam e criam nele estavam escritos naquele livro. E no versículo 17 diz: “Eles serão para mim particular tesouro, naquele dia que prepararei, diz o Senhor dos Exércitos, poupá-los-ei como um homem poupa a seu filho que o serve.” De jeito nenhum eles serão pegos na ira. De jeito nenhum eles serão pegos na minha fúria. De jeito nenhum eles serão apanhados no Dia do Senhor, o dia da vingança. Não. Eu sei quem eles são, e eu tenho um livro, e seus nomes estão lá, e eles vão ter um dia diferente, um dia em que eu restauro meu próprio tesouro. E eu pouparei aqueles que me servem.

E no versículo 18, ele diz: “Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o perverso, entre o que serve a Deus e o que não o serve.” Deus não tem problema em saber a diferença, e o profeta diz que você não deveria ter problema também. O versículo 1, do capítulo 4, acompanhe: “Pois eis que vem o dia e arde como fornalha; todos os soberbos e todos os que cometem perversidade serão como o restolho.” Essa era a parte da separação do trigo que era queimado até as cinzas. Os incrédulos, malfeitores, arrogantes serão consumidos. “O dia que vem os abrasará, diz o Senhor dos Exércitos, de sorte que não lhes deixará nem raiz nem ramo. Mas para vós outros que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça, trazendo salvação nas suas asas; saireis e saltareis como bezerros soltos da estrebaria. Pisareis os perversos, porque se farão cinzas debaixo das plantas de vossos pés, naquele dia que prepararei, diz o Senhor dos Exércitos.” Ele prossegue para dizer sobre o grande e terrível Dia do Senhor.

E uma coisa que sabemos é que durante o tempo da Tribulação muitos judeus serão convertidos, Israel será salvo. Muitos desses judeus, é claro, irão evangelizar outros no mundo, e haverá uma grande quantidade de gentios que serão redimidos. Todos eles serão poupados do holocausto do Dia do Senhor e andarão sobre as cinzas daqueles que foram consumidos. Deus sabe a diferença. Ele não queima os seus. Ele poupa os seus. Ele tem um dia para eles. E eles saltarão como bezerros para o reino onde eles reinarão como aqueles que conhecem e amam a Deus e conhecem e amam seu Filho, o Messias. Deus prometeu sempre poupar os justos. E eles vão escapar completamente da sua ira.

Então, aqui nesta carta para estes jovens cristãos perturbados, Paulo dá uma grande segurança de que eles não serão julgados com o mundo ímpio. Que não há como eles perderem o arrebatamento e acabarem no Dia do Senhor, não há como eles perderem o céu e acabarem no inferno. De jeito nenhum. E para tornar esse encorajamento firme, ele é delineada por uma série de contrastes marcantes. E nós estamos olhando para esses contrastes.

O contraste entre o arrebatamento e o Dia do Senhor, sendo arrebatado para o céu e a terra sendo destruída, o contraste entre salvação e ira, vida e morte, esperança e nenhuma esperança, dia e noite, luz e trevas, estando acordado e estando dormindo, sendo sóbrio e estando embriagado, permanecendo para sempre com o Senhor e permanecendo para sempre sem o Senhor. Todos esses são contrastes muito claros ao longo de todo este texto, começando no capítulo 4, versículo 13. E isso mostra uma separação total entre crentes e incrédulos, cristãos e não cristãos, os salvos e os perdidos. Qualquer cristão temeroso pode olhar profundamente para essa passagem e ter seus medos acalmados. Nós não vamos sofrer a ira, nós não estaremos no Dia do Senhor, porque somos distintos daqueles que estarão lá, e estaremos no arrebatamento, e estaremos na glória, porque somos filhos do dia e filhos da luz.

Agora, ao olhar os versículos 4 a 11, Paulo diz que devemos ser encorajados por causa da distinção de três coisas: nossa natureza, nosso comportamento e nosso destino. Nossa natureza, nosso comportamento e nosso destino. E se entendermos como nessas três dimensões somos totalmente diferentes dos ímpios, não devemos ter medo algum.

Agora, revendo muito brevemente. Primeiro, nós já olhamos a distinção de nossa natureza, versículos 4 e 5: “Mas vós, irmãos, não estais em trevas, para que esse Dia como ladrão vos apanhe de surpresa; porquanto vós todos sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite, nem das trevas." Ou seja há uma diferença inerente. Nós nem mesmo vivemos nessa esfera; nós nem somos desse tipo. Nós somos povo do dia, não povo da noite. Nós vivemos na luz da vida de Cristo. E ele vive em nós! E nós estamos em Deus, em quem não há treva nenhuma, diz o texto de 1João 1.5 a 7 diz. Nós não estamos no domínio das trevas. Nós não estamos no domínio da noite. Nós não estamos no domínio da embriaguez. Trevas, pecado, ignorância, morte pertencem ao reino dos amaldiçoados e mortos que estão em Adão, mas nós estamos em Cristo. Temos uma nova natureza, um novo domínio, uma nova esfera de vida, um novo reino. E por causa disso, o dia não vai nos surpreender, como um ladrão. O Dia do Senhor não entra em nossa esfera de vida. Ele não nos impacta. Como temos dito o tempo todo, a igreja será tirada antes do Dia do Senhor; e os de Israel que são salvos depois disso, e os do mundo gentio, serão preservados no Dia do Senhor, de modo que eles realmente pisarão as cinzas dos ímpios que perecem. O Dia do Senhor não tem nada a ver com a nossa esfera de vida. Não temos nada com isso. O pecado não tem domínio, nem condenação com as pessoas do dia.

Em segundo lugar, vimos não apenas a distinção de nossa natureza, mas a distinção de nosso comportamento. Nos versículos 6 e 7, ele diz: “Assim, pois” - isto é, baseado na diferença de natureza, aqui estão algumas palavras sobre conduta, identidade e conduta sendo inseparáveis, você refletirá sua natureza - “não durmamos como os demais; pelo contrário, vigiemos e sejamos sóbrios. Ora, os que dormem dormem de noite, e os que se embriagam é de noite que se embriagam.” Aliás, as pessoas da noite só podem ser pessoas da noite, eles não podem ser pessoas do dia e as pessoas da noite não podem fazer as ações do dia. Mas as pessoas do dia podem fazer as ações da noite. Podemos voltar aos velhos padrões de conduta. Nós não precisamos; não é consistente com nossa nova natureza e nossa nova identidade e nossa esfera de vida. Nós somos pessoas do dia vivendo na luz, mas podemos fazer as obras das trevas. E se o fizermos, nós as fazemos em ampla luz, não é mesmo? Nós as fazemos com total compreensão e as fazemos com total exposição.

Mas ele diz aqui: não há lugar para a vida noturna entre as pessoas do dia. Nosso comportamento é diferente. Como padrão, nosso comportamento é diferente. Isso pode ser simplesmente dito assim: um incrédulo faz somente o mal, o mal. Ele é uma pessoa da noite. Ele vive na noite; ele faz as ações da noite na ignorância adormecida, indiferença e uma embriaguez agressiva, ostensiva e imoral. Mas a pessoa do dia tem um padrão de fazer o que é certo, mas pode ser encontrado fazendo o que é errado. A pessoa do dia pode fazer as ações da noite. E os próprios comandos aqui para os crentes indicam que podemos fazer as obras das trevas. E se você fizer isso, você está indo contra sua natureza. Você está violando sua própria identidade. O que não queremos que aconteça. Nosso comportamento deve ser consistente com nossa natureza. Nosso comportamento deve ser tão distinto que sabemos que somos do dia. E porque sabemos que somos do dia, não tememos, ira, julgamento, condenação.

E é isso que ele diz, no versículo 8. Veja o começo do versículo 8. "Nós, porém, que somos do dia." Essa é a nossa identidade, que nos leva de volta ao versículo 5. Nós somos filhos do dia. Somos filhos da luz. Não da noite ou das trevas. Uma vez que isso é verdadeiro, que nossa natureza é assim e o padrão de nossa conduta é assim, sejamos sóbrios. Que você quer dizer com isso? Vamos ser vigilantes, vamos ser alertas de modo que nós não sejamos sugados a fazer as ações da noite. Esse é o seu ponto. Mesmo que elas sejam inconsistentes com a nossa natureza, elas podem ocorrer. Você precisa estar alerta. Você precisa se proteger contra a tentação de fazer as ações da noite. E se você fizer isso, continuará a ver claramente, bem diante de seus próprios olhos, sua distinção, e isso lhe dará uma grande segurança ao olhar para o futuro e não terá nada a temer. Por um lado, se um cristão cair em padrões de pecaminosidade, perde a segurança, perde a confiança, perde a esperança, e pode temer que será pego no Dia do Senhor.

E assim ele diz: uma vez que você é do dia, uma vez que nós somos do dia, sejamos sóbrios. A ideia de sóbrio é alerta, vigilante. E indubitavelmente quando Paulo disse isso, a ideia do estado de alerta sugeriu a ele um retrato do soldado no dever, porque ele se move imediatamente em descrever um soldado. Sejamos sóbrios, revestindo-nos da couraça, da fé, do amor e tomando como capacete a esperança da salvação. Fascinante e muito, muito básica declaração. Como ele pensa sobre um cristão que é uma pessoa do dia, um filho do dia, um filho da luz, e como ele pensa sobre essa pessoa sendo vigilante e alerta para que ela não fique tentada a fazer as ações da noite, sua mente vai para aquele que estava mais atento, mais sóbrio, mais alerta e que seria um soldado em serviço. E ele o vê devidamente armado com uma armadura protetora. Paulo chama isso, em Romanos 13.12, a armadura de luz. Este filho do dia, na luz, está alerta, sóbrio, de plantão, armado para proteção e preservação. E assim ele diz, no versículo 8: “revestindo-nos da couraça.” Continuamente, continuamente. Isso se encaixa com o tempo presente de "ser sóbrio.” A ideia de estar sóbrio por estar continuamente armado.

Agora, um soldado bem equipado só tinha dois equipamentos essenciais que o preservavam. Um era a couraça; o outro era o capacete. Essas são as áreas vitais. A couraça, que cobre todos os órgãos vitais, e, naturalmente, o capacete, que cobre a cabeça. Você percebe que não há espada aqui porque essa não é a imagem com que Paulo está preocupado. Ele está preocupado com uma pessoa em guarda contra o ataque da noite e em se defender. Não está preocupado em atacar com a espada. Não está dizendo que os filhos do dia atacam as pessoas da noite. Essa não é a imagem aqui. O que ele está dizendo aqui é que você precisa ser protegido, e então ele só trata dos dois equipamentos de proteção: a couraça e o capacete.

Agora, a couraça era uma parte óbvia do traje do soldado romano. Cobria a área onde ele era vulnerável, os órgãos vitais onde ele poderia facilmente ser morto. A couraça podia ser feita de cota de malha; podia ser feita de ouro. Algumas eram feitas de pano pesado. Algumas eram feitas de bronze. Algumas eram de ferro. Algumas eram feitas de couro. Qualquer outro material. Era como um colete à prova de balas, basicamente. E o paralelo que entenderíamos com o capacete seria algo como um capacete de futebol ou um capacete de motocicleta, que poderia proteger o cérebro de ser esmagado por golpes. E esse era o soldado armado contra o ataque da tentação.

A propósito, esta imagem não é original de Paulo. Ele pegou emprestada de Isaías 59.17. Há uma indicação bonita nesse capítulo talvez que você não tenha lido, Isaías 59.17: “Vestiu-se de justiça, como de uma couraça, e pôs o capacete da salvação na cabeça; pôs sobre si a vestidura da vingança e se cobriu de zelo, como de um manto” - e assim por diante. E aí você tem a primeira menção de uma couraça de justiça e um capacete de salvação no capítulo 59, de Isaías. E você tem isso repetido novamente em Efésios 6.13, é claro, na descrição de Paulo da armadura do crente naquela seção de sua carta a Éfeso.

Agora, não é importante entrar em todos os tipos do detalhes sobre a analogia física, a couraça e o capacete. O que é importante é você notar o que eles representam. A couraça representa a fé e o amor, e o capacete representa a esperança da salvação. Ouça com muito cuidado. Você sabe, se conhece alguma coisa sobre o Novo Testamento, que esses três vêm juntos frequentemente. Voltando ao capítulo 1 desta epístola e ao versículo 3, você tem a menção de fé, esperança e amor, esse uso muito familiar em 1Coríntios 13.13 que diz: “E agora, permanece a fé, a esperança e o amor e o maior deles é amor." Essa é a tríade das virtudes cristãs supremas.

Mas o que eu quero dizer a você, e o que é muito, muito importante para você entender, é que essas são as três grandes defesas contra a tentação. Certo? Se você quer lidar com a tentação em sua vida, essas são as três coisas que você deve entender e aplicar. Eu vou lhe dar o que agora é a instrução mais prática que você pode possivelmente ter como crente a respeito de lidar com o pecado em sua vida. Então, se você está preocupado em lidar com o pecado em sua vida e superar a tentação, você deve conhecer estas coisas.

Primeiro, fé, uma defesa contra a tentação. Em que sentido? Deixe-me dizer desta forma: o pecado é resultado da desconfiança de Deus. O pecado é resultado da desconfiança de Deus. Isso é o mais claro que posso dizer. Deus é digno da sua confiança. Deixe-me dizer-lhe como. Você pode confiar na pessoa dele. Ele será consistente com seus atributos. Ele nunca se desviará de seu caráter, nunca. Ele tem integridade perfeita. Você pode confiar na pessoa dele. Ele fará o que é consistente com quem ele é. Em segundo lugar, você pode confiar em seu poder. Nada é difícil demais para ele. Nada o oprime. Ninguém pode derrotá-lo. E nenhuma circunstância sobreposta cumulativamente é mais do que ele possa desembaralhar, manipular e vencer. Você pode confiar em sua pessoa, você pode confiar em seu poder. Terceiro, você pode confiar em sua promessa. Se ele disser algo, ele fará isso. Se ele promete algo, ele o cumprirá. Em quarto lugar, você pode confiar no plano de Deus. Ele está revelando um plano soberanamente controlado que está dentro do prazo. Nada existe fora desse plano.

Se, então, eu acredito que Deus é consistente com a sua pessoa, que Deus é todo poderoso, que Deus sempre cumpre sua Palavra e sua promessa, e que Deus está revelando seu plano, então não importa o que venha à minha vida se eu confiar em Deus, eu não vou cair na tentação que questiona a credibilidade de Deus.

Agora, toda tentação questiona sua credibilidade. Deixe-me dizer-lhe por quê. Por exemplo, você é tentado a se preocupar. O que isso significa? Se você se preocupa, o que você está dizendo é: "Sim, Deus, eu sei que o Senhor disse que está no comando, e sei que o Senhor disse que essa coisa não é muito difícil para o Senhor, e sei que disse que poderia lidar com isso e sei que está trabalhando em um plano, eu só não acredito no Senhor,” certo? Eu vou me preocupar, então isso quer dizer: "Deus, eu sei que o Senhor diz que é confiável, eu simplesmente não tenho certeza de que o Senhor pode." Quando eu minto, o que estou dizendo? Deus diz: "Obedeça-me, faça o que é certo e eu o abençoarei.” E eu digo: “Mas para conseguir o que quero, tenho de mentir porque, se a verdade for conhecida, eu não vou conseguir,” então, o que você está realmente dizendo é: “Deus, eu sei que o Senhor disse que me abençoaria se eu dissesse a verdade, mas o Senhor está errado, não vai funcionar do jeito que eu quero, se eu fizer o que é certo, então farei o que é errado.” Você está negando a Deus sua própria integridade.

Se eu cometer adultério, estou dizendo a Deus: “Olhe, Deus, O Senhor disse que, se eu for fiel à minha esposa, meu casamento será abençoado, e se eu amar meu parceiro na vida, o Senhor abençoará essa união, e o Senhor irá me satisfazer. Mas sabe de uma coisa, Deus? O Senhor está errado. Eu não acredito no Senhor." Acredito que há mais a ganhar em um relacionamento ilícito do que naquele que o Senhor me deu. E isso é um ato de desconfiança contra Deus. A fé sempre coloca a couraça. Ela torna você impenetrável se você crê em Deus, porque o pecado é sempre uma tentação de não acreditar em Deus. Deus diz: "Obedeça-me, faça o que é certo e eu o abençoarei.” Satanás diz: “Faça isso e você vai se divertir.” Em quem você acredita? “Faça isso e tudo vai ficar bem.” Em quem você acredita? Tudo se resume a isso.

E assim, é por isso que eu sempre digo, como você vive sua vida cristã está diretamente relacionado, em primeiro lugar, a sua compreensão de Deus e sua confiança de que ele é quem ele é. É por isso que a coisa mais importante que você pode aprender como cristão não é algum tipo de fórmula para lidar com a tentação, a coisa mais importante que você pode aprender como cristão é a plenitude do caráter de Deus, e então crescer para acreditar nisso. E se você realmente confia em Deus, então essas outras coisas não vão acontecer. Você não vai cair nessas tentações. Se eu acredito que Deus é soberano, e perfeitamente justo, que Deus é todo poderoso, que Deus é fiel à sua promessa, e que Deus tem um plano perfeito para minha vida e cada componente dela está sob seu controle, então eu não questiono nada. Eu não discuto em nada. Eu não violo nada, porque acredito em Deus. A fé levanta o escudo.

Agora, esse é o lado difícil. Qualquer escudo romano tinha um lado suave. Por baixo daquela armadura dura havia um pano macio para aquecer o corpo. E isso, ele diz, é amor. É a couraça da fé e do amor. Está aqui o outro lado dela. Todo pecado reflete uma falha em amar a Deus. Que você quer dizer com amor? Deleitar-se, ouça com cuidado, deleitar-se e devotar-se a Deus como o objeto supremo de minha afeição. Deleitar-se e devotar-se a Deus como o objeto supremo do meu afeto. Agora, ouça isso com muito cuidado. Quem quer que seja o objeto supremo do meu afeto, vai controlar o que faço. Se eu pecar, o que acabei de dizer é: “Desculpe, Deus, eu sou o objeto supremo do meu afeto,” certo? Eu vou fazer o que eu quiser. Eu vou fazer o que é bom para mim. O Senhor não é o objeto supremo do meu afeto. Mas se eu amo a Deus supremamente, Paulo diz em Romanos 13, o amor cumpre toda o quê? Toda a lei. Eu não preciso de uma lei que diga para não fazer nenhuma imagem esculpida, se eu amo a Deus supremamente. Eu não vou fazer nenhuma. Eu não preciso de uma lei que diga para não tomar o nome do Senhor Deus em vão. Se eu amo a Deus supremamente, não tomarei o seu nome em vão. Eu não preciso de leis que digam que não faça isso e não faça aquilo porque é contra a vontade de Deus, se eu amo a Deus supremamente, eu não farei essas coisas.

Então, o lado duro da minha couraça, essa força resistente resiliente, é que eu creio em Deus. E o lado suave disso é que eu amo a Deus. E entre meu amor por ele, que é supremo, e minha confiança nele, que é suprema, eu me tornei inexpugnável. Você vê, sempre que você peca, você falhou em acreditar em Deus e falhou em amar a Deus. Você não acreditou nele porque acreditou na mentira de Satanás, na mentira de seus impulsos pecaminosos. E você falhou em amá-lo porque se amava mais e queria se satisfazer. A perfeita confiança em Deus e o amor perfeito por Deus levam você à perfeita obediência.

Então, Paulo diz: “Veja, seu comportamento, o padrão do seu comportamento agora é luz, vocês são filhos do dia, estejam atentos, coloquem sua armadura, confiem em Deus com todo o seu coração e não se apoiem em sua própria compreensão. Ame o Senhor seu Deus com todo seu coração, alma, mente e força, e você resistirá às investidas das tentações da noite.” A superfície externa brilha com fé e a superfície interna é revestida de amor.

E então, ele acrescenta outra proteção que um soldado tinha de ter: o capacete da esperança de salvação. Você diz: “Por que um cristão precisa colocar o capacete da salvação? Continuar colocando? Nós já não temos a salvação?” Sim, mas ele está falando sobre a esperança do aspecto futuro de nossa salvação. Ela vem em três dimensões. Nós fomos salvos no passado, no dia quando cremos. Somos salvos no presente, pois somos salvos pela contínua graça e perdão de Deus. E algum dia, há ainda um futuro elemento de salvação, no qual somos libertos deste corpo, este corpo é redimido e se torna um novo corpo glorificado, e nós entramos na perfeição de ser como Jesus Cristo. Essa é a dimensão final da nossa salvação; é o que ele tem em mente aqui. Esse é um ponto muito simples. Ele diz que você vai se proteger contra a tentação se o seu coração estiver cheio da percepção do que você vai se tornar.

Você entende isso? Do que você vai se tornar? Se você tem a esperança da glória eterna, se você sabe que é o filho do dia que vai nascer no dia maior e mais brilhante da glória eterna, você vai se comportar de forma consistente com a sua identidade. A esperança da eterna glória, a esperança da vinda de Jesus Cristo, vendo-o face a face, ouvindo: “Muito bem, servo bom e fiel,” recebendo sua recompensa, essa esperança preserva o cristão contra a atração das trevas. E não é uma esperança incerta, é uma esperança certa.

Assim, como eu realmente conheço meu futuro destino e sei que vou estar com o Senhor para sempre e vou servi-lo e honrá-lo para sempre, e um dia serei recompensado pela minha vida, isso me purifica. Lembre-se de 1João 3.3: "E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro.” Então, o que é que preserva e protege o crente? A fé, que é confiança na perfeição de Deus. O amor, a completa devoção a ele como seu supremo deleite. E a esperança, a antecipação de que algum dia você vai vê-lo face a face e receber a recompensa pelo que você prestou. A fé, a esperança e o amor são as defesas contra o ataque da noite.

Quando a fé é fraca, o amor é frio. Quando o amor é frio, a esperança é perdida e resulta no pecado. Quando a fé é forte, o amor é zeloso. Quando o amor é zeloso, a esperança é firme. E quando a esperança é firme, resulta na justiça. Nossa defesa contra os atos debilitantes da noite é uma forte confiança em Deus em todas as coisas, um ardente amor por ele, e uma esperança purificadora em seu retorno glorioso e o dia em que o veremos face a face.

Somos diferentes. Somos diferentes na natureza, somos diferentes na conduta. E precisamos continuar sendo diferentes, nos defendendo contra o ataque das ações das trevas. Mas mesmo quando ocasionalmente fazemos os atos das trevas, sabemos que estão fora do padrão normal de nossa vida. Somos pessoas do dia, quanto à natureza e comportamento e, portanto, o Dia do Senhor e a ira de Deus não têm nada a ver conosco.

E, finalmente, Paulo diz que não devemos temer não apenas por causa da distinção de nossa natureza e nosso comportamento, mas pela distinção de nosso destino. Isso é maravilhoso. Versículo 9: "Porque Deus não nos destinou para a ira.” Agora estamos falando do nosso destino final. "Porque Deus não nos destinou para a ira.” É quase um passado, presente e futuro. Nossa natureza foi estabelecida no passado; isso é prova de que não temos nada a ver com a ira. Nosso padrão atual de obediência é a prova de que não temos nada a ver com ira. E o nosso futuro destino é a prova de que nada temos a ver com o Dia do Senhor ou com a ira. De nenhuma dessas dimensões devemos ter medo. "Porque Deus não nos destinou para a ira.”

Ele disse a mesma coisa, não foi, no capítulo 1, versículo 10, que Jesus nos livra da ira vindoura. Além disso, Paulo escreveu essa afirmação maravilhosa quase identicamente em Romanos 5.9: “Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.” Nós não estamos destinados à ira. Nossa esperança é sensata, então, por causa dessa grande verdade. Nós devemos ser consolados. Nós devemos ser encorajados. Deus não nos destinou soberanamente à ira. Quando Deus derramar sua ira, no Dia do Senhor, não será para nós. Quando Deus derramar sua ira final, no inferno eterno, não será para nós. A palavra “destinou” implica que Deus tem soberania sobre nós, como ele tem sobre toda a vida humana na história. E o seu plano, que foi estabelecido antes da fundação do mundo começar, nos incluiu na glória. Nós não fomos destinados, predestinados, preordenados, predeterminados para a ira; mas fomos predestinados, predeterminados e preordenados e conhecidos de antemão para a glória. Nós já fomos filhos da ira - Efésios 2.2 e 3 - antes de sermos salvos, éramos filhos da ira. Mas não somos mais.

Agora, o que é esta ira de que ele está falando? Que tipo de ira é esta aqui? A palavra orgē é usada, significa uma raiva acalorada e firme. Não é apenas uma coisa impulsiva momentânea; é uma raiva acalorada e firme. O que isso significa? Bem, esse termo “ira,” ou “a ira de Deus,” é usado frequentemente nas Escrituras, e geralmente é uma referência geral ao julgamento final de Deus, sem necessariamente ser específico. Por exemplo, em Mateus 3.7, João Batista olhou para os fariseus e saduceus e disse: “Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura?” Mas o que é que ele quis dizer com isso? Condenação final, inferno, julgamento final, ira eterna contra os pecadores. A fúria de Deus liberada no abismo de trevas e fogo. Em João capítulo 3, João termina o terceiro capítulo: “Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.” Que ira é essa? Julgamento eterno, condenação eterna, castigo eterno. Você vem a Romanos 1, versículo 18: “A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça.” Novamente, isso é muito geral, falando sobre a condenação final, julgamento final dos pecadores. Você encontra em Romanos, capítulo 2, o mesmo tipo de coisa. Os versículos 5 e 8 falam sobre a ira e o dia da ira de Deus. E ao longo de Romanos 3.5; 4.15; 5.9; 9.22; 12.,19 e assim por diante. E assim, você pode comparar também Efésios 5.6, Colossenses 3.6 e até mesmo o capítulo 14, de Apocalipse.

E em todas essas passagens você vê que a ira é mencionada em termos gerais de que Deus está simplesmente falando sobre a condenação final, a destruição final do ímpio, quando ele derrama sua ira. Deus não nos destinou para a ira, ponto final, no sentido amplo geral. Mas deve incorporar também o conceito do Dia do Senhor, porque é sobre isso que o contexto de 1Tessalonicenses 5 está falando.

Então, olhamos para o versículo 9, e o texto diz que Deus não nos destinou para a ira; devemos incorporar na palavra “ira” o Dia do Senhor. Nós não estamos destinados à ira eterna e não estamos destinados à ira temporal no Dia do Senhor, quando ele aflige todos os pecadores na terra e depois os envia para o inferno. Nós não temos parte em nenhuma dessas coisas. Não é o nosso destino. E, a propósito, há o uso da ira de Deus para se referir ao dia temporal do Senhor. Se você tiver tempo, você pode olhar para Apocalipse 6, onde você tem o sexto selo. E diz que o grande - versículo 17 - dia de sua ira, que é a ira de Deus e do Cordeiro, chegou e quem é capaz de permanecer de pé? Então, há um dia específico de ira que se refere ao Dia do Senhor. De fato, no versículo 18, de Apocalipse 11, "veio a tua ira,” diz, em Apocalipse 16.19 e 19.15. Então, quando você vê a ira de Deus, é um termo geral da condenação final dos pecadores, mas às vezes ela se concentra em um dia específico de fúria, como eu observei em vários lugares no livro do Apocalipse. Bem, não estamos destinados a nenhuma dessas coisas, nem a alguma delas.

Agora, com isso em mente, volte ao versículo 9: “porque Deus não nos destinou para a ira” – mantendo clara a distinção- “mas para alcançar a salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo.” Para adquirir, literalmente no grego. E aqui Paulo tem a ideia da terceira dimensão, a completa e gloriosa libertação futura do julgamento vindouro, a salvação e livramento finais que nos elevam para a glória e nos torna como Cristo, a redenção de nosso corpo, aquela glorificação que é a fase final da nossa salvação. E ele diz, eu amo isto, no final do versículo 9: "mediante nosso Senhor Jesus Cristo.” Todas as três fases são por intermédio do Senhor. No passado, fomos salvos no ponto de fé por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo. Estamos sendo salvos pelo poder do Senhor Jesus Cristo. Nós seremos finalmente libertados da ira por vir e levados à presença de Deus por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo. Todas as três fases, todos os três tempos, passado, presente e futuro, repousam no que Cristo fez.

E é por isso que, no versículo 10, ele diz: “O Senhor Jesus Cristo que morreu por nós.” Eu gostaria que tivéssemos tempo para entrar nessa declaração. Essa é uma declaração poderosa. Porque, quem morreu em nosso lugar, quem morreu com referência a nós, morreu em nosso lugar, morreu como nosso substituto. Ele não morreu por si mesmo. Ele não foi morto como um mártir por sua própria causa. Ele morreu por nós. Ele morreu em nosso lugar. Ele morreu para realizar para nós o que de outro modo nunca teria sido realizado. Gálatas 1.4: “o qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados para nos desarraigar deste mundo perverso.” Ele morreu por nós, uma morte substitutiva; ele morreu no seu lugar. Ele levou em seu corpo seus pecados e os meus. Ele se tornou nossos pecados para que pudéssemos nos tornar sua propriedade. Essa é a mensagem da cruz. Ele morreu por nós. Ele pagou nossa penalidade. Ele sofreu nossa punição e nosso julgamento nas mãos de Deus. Diz, em 2Coríntios 5.15: “E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.” Ele morreu por todos; por você e por mim, em nosso lugar. Ele tomou a nossa morte e a suportou por nós.

E por causa disso, ele nos concedeu a salvação. Ele deu a vida, diz João 10.11 pelas ovelhas. Sua morte foi a única condição. Você entendeu isso? A única condição em obter como possessão peculiar de Deus, um povo destinado à salvação. Foi a única condição. A morte de Cristo nos diferencia das pessoas da noite. Ele morreu por nós.

Agora, versículo 10: “quer estejamos acordados quer dormindo, vivamos unidos a ele.” Agora, ele não está se referindo ao acordado ou adormecido no sentido do versículo 6, que as pessoas da noite estão dormindo e que as pessoas do dia estão acordadas, ou estaria dizendo “se nós somos pessoas diurnas ou noturnas, nós estaremos com ele." Não é isso. Ele está voltando para o capítulo 4, e lá atrás o texto falou sobre os crentes que estão acordados e dormindo. Há crentes que estão vivos e há crentes que estão dormindo. Nos versículos 13 a 15, eles estavam preocupados com o que acontece com os crentes que morrem ou que estão dormindo. Eles usaram o termo "dormir" para a morte, quando o arrebatamento vier. E aqui ele volta lá para a sua pergunta original, e ele diz que ele morreu por nós, os filhos do dia, que se estamos acordados, que significa vivos, ou se estamos dormindo, isso é que morremos, nós poderemos viver junto com ele. Vê, se você está questionando se você vai acabar no dia da ira, se você vai acabar no Dia do Senhor, você está questionando a eficácia da morte de Cristo. Ele está dizendo: “Veja, sua natureza é diferente, seu comportamento é diferente e seu destino é diferente, conforme determinado por um Deus soberano, e elaborado por meio de uma morte substitutiva e sacrificial de seu próprio Filho. Ele está dizendo que se você vive ou morre como cristão, como uma pessoa do dia, seu destino não é ira. Seu destino é viver junto com Cristo. Jesus disse, em João 14: “Pois vou preparar-vos” - o quê? - "lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também." Você virá e estará comigo em minha eterna presença.

O final do versículo 17, do capítulo 4: “e, assim, estaremos para sempre com o Senhor.” Está vendo? Não há necessidade de temer o Dia do Senhor. Não há necessidade de temer a futura condenação e julgamento dos ímpios. Quer você viva ou morra como cristão, esteja você acordado ou dormindo, quando isso acontecer, você não estará lá. Sua natureza é diferente. Seu comportamento é diferente. Seu destino é diferente.

Então, em conclusão, no versículo 11: “Por isso” - agora ele está sendo muito pastoral - “Consolai-vos, pois, uns aos outros.” A palavra “consolai” é exatamente a mesma que está no capítulo 4, versículo 18, palavra idêntica. Consolai-vos uns aos outros, aqueles que estão ansiosos, preocupados e temerosos. E edificai-vos mutuamente, aqueles que são fracos e não sabem muito, e a fraqueza de seu entendimento faz com que fiquem tão ansiosos. Consolar e edificar. Não há razão para desanimar. Não há razão para ser fraco e estar com dúvida. Ele diz, façam isso. E então, ele acrescenta no final do versículo 11: "como também estais fazendo.” Eles eram uma igreja muito louvável. De volta ao capítulo 4, versículo 1, ele diz: “continueis progredindo cada vez mais.” Vocês já estão fazendo isso, mas eu quero que vocês façam mais disso. Eles eram um bom grupo. Vocês já estão a caminho, diz ele, agora vocês consolem uns aos outros, e agora vocês se fortaleçam com essa confiança, que ao olhar para o futuro, você nunca conhecerá a ira de Deus; vocês nunca experimentarão o Dia do Senhor. Não é para vocês. Então, como cristãos, vivemos na realidade de que Jesus Cristo está vindo para o arrebatamento; sua noiva, a igreja, para livrá-la do Dia do Senhor e da ira eterna, para lhe conceder alegria eterna e glória em sua presença para sempre. Não temos parte na ira; nós não temos parte nas trevas. Nós não temos parte na noite, no sono, na embriaguez das pessoas da noite, destinadas para o inferno. Não tem nada a ver com isso. E mesmo aquelas pessoas que são salvas após o arrebatamento da igreja e que passam pelo Dia do Senhor, serão poupadas, porque irão pisar as cinzas dos que foram consumidos por ela. Pessoas do dia, sejam consoladas, sejam consoladas. Pessoas da noite, sejam avisadas, sejam avisadas. Oremos.

Senhor, este é um texto tão poderoso e direto. Toca de forma tão incisiva cada vida aqui. Ninguém pode escapar, pois todos nós, que estamos ouvindo isso, somos pessoas do dia ou pessoas da noite. E para as pessoas do dia: que palavra de consolo, que palavra de encorajamento e que palavra de exortação para manter a armadura. Para as pessoas da noite: que palavra terrível e ameaçadora de advertência, de vingança vindoura, condenação, julgamento, castigo. Ó Senhor, eu oro para que pessoas do dia sejam encorajadas, consoladas, edificadas e fortalecidas. Eu oro pelas pessoas da noite, para que a luz possa brilhar sobre elas e o desejo do seu coração seja como o mencionado no Salmo 107, onde começamos, que aconteceria, que eles seriam das trevas para a luz, por meio do conhecimento de Jesus Cristo, que é a luz do mundo, e em quem quando andamos não há trevas. Pai, opera a tua obra em encorajar as pessoas do dia e em trazer as pessoas da noite, da noite das trevas, para o alvorecer do dia glorioso. E estas coisas pedimos em nome de Cristo. Amém.

FIM

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