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O Senhor deixou apenas duas ordenanças para a igreja, a Mesa do Senhor e o batismo. Ensinamos muito sobre a Mesa do Senhor porque chegamos à Mesa do Senhor com muita frequência e falamos do seu significado com muita frequência. Mas, em grande parte, o assunto do batismo é intocado e, talvez até no meu caso, eu tenha sido infiel em manter um equilíbrio, para que você entenda a importância do batismo e seu significado. Francamente, isso é uma questão não tratada na igreja hoje. Não ouvimos muito sobre isso.

Faz anos que ninguém escreve um livro enfatizando o batismo. Faz anos que não ouço algum pregador ou professor enfatizar o batismo. Os programas religiosos de rádio / televisão não dão atenção ao batismo. Grace to You, nosso programa de rádio diário, é o único programa de rádio nos Estados Unidos que coloca cultos de batismo no ar, e transmitimos os cultos de batismo aqui periodicamente para todo o país. Mas não parece haver muita preocupação com o batismo. Em grande parte, isso decorre do fato de que parece haver uma diversidade tão ampla de opiniões acerca do que ele significa e o quão importante é, que todos tenham relegado a uma discussão eclesiástica de nível arcaico e antiquado, e há pouca preocupação com sua importância espiritual.

Eu daria um passo adiante, falando não apenas da atitude mais indiferente em relação ao batismo, mas eu diria que provavelmente é verdade que o maior número - a maioria das pessoas que se chamam cristãs nunca foi batizada de acordo com o batismo do Novo Testamento. Provavelmente, a maioria das pessoas que afirmam ser cristãs não foi batizada de acordo com o batismo do Novo Testamento. Não posso necessariamente verificar isso, mas essa é uma percepção que penso ser acurada. Francamente, existe uma igreja não batizada e inclui alguns de vocês. Alguns de vocês talvez nunca tenham assistido a um culto de batismo, porque não vem no domingo à noite, quando essa plataforma é dramaticamente alterada e as partes que estão debaixo de mim sobem com um elevador hidráulico e revelam um batistério aqui, do jeito que faremos hoje à noite como fazemos todo domingo à noite agora. Alguns de vocês não apenas não foram batizados, como também nunca assistiram a um culto de batismos.

Gostaria de levar esse pensamento um passo adiante e também dizer que acredito que esse fracasso em levar o batismo a sério na igreja, um fracasso em seguir o batismo biblicamente na igreja, é muito provável que esteja na raiz de alguns dos imensos problemas na igreja, porque trai a infidelidade das pessoas aos simples mandamentos diretos do Senhor, e a questão no fundo é: Se você não pode ser obediente no simples ato do batismo, que o Senhor ordenou especificamente a todos os crentes, isso não é indicativo de uma vida menos que obediente? O que explica muitas coisas sobre a fraqueza da igreja atual.

Quando Jesus disse: “Ide por todo o mundo e fazei discípulos, batizando-os”, quando Ele disse isso, Ele deu uma ordem à igreja para batizar. Claramente, essa é a grande comissão. Quando o Espírito Santo disse: “Arrependa-se e seja batizado”, Atos 2:38, Ele deu uma ordem ao crente individual para ser batizado. Cristo ordena que a igreja batize, o Espírito Santo ordena que o crente seja batizado, e quando todos os 3.000 que creram no dia de Pentecostes foram imediatamente batizados, deram o exemplo para a igreja. Portanto, estamos debaixo das palavras de ordem de Cristo como igreja para batizar. Estamos debaixo da palavra de ordem do Espírito Santo como indivíduos a serem batizados, e seguimos na linha do padrão e do exemplo estabelecido no dia em que a igreja nasceu, quando todo crente foi imediatamente batizado.

Agora, por mais claras e inconfundíveis que sejam essas Escrituras, ainda há um não cumprimento generalizado dessa ordem simples. Agora, vamos ao que realmente serve para nós. Existem apenas cinco razões gerais pelas quais uma pessoa que professa a Cristo não seria batizada. Certo? Razão número um. A pessoa é ignorante, não tem o benefício de um ensino adequado, foi mal ensinada sobre o batismo ou não foi ensinada. É possível que a ignorância possa ser a razão. Você simplesmente não foi ensinado adequadamente. Uma segunda razão é que algumas pessoas têm orgulho. Torna-se uma questão de orgulho espiritual não ser batizado. Você diz: "Como assim?" Porque você passou tanto tempo sem um batismo apropriado segundo o Novo Testamento, que ser batizado seria uma confissão pública de um longo período de desobediência ou um longo período de ignorância, e isso seria uma experiência humilhante.

Alguém ficaria muito humilhado por entrar nas águas batismais para dizer: "Eu sei que deveria ter sido batizado, mas sou desobediente há anos". Algumas pessoas não estão dispostas a ser humildes, não querem admitir sua desobediência e ficam com vergonha de reconhecer o fracasso nessa área, e é realmente uma forma de orgulho espiritual, e como observei algumas semanas atrás, elas prefeririam ter vergonha no tribunal de Cristo do que diante da igreja.

Uma terceira razão pela qual algumas pessoas não seriam batizadas é por indiferença. Elas são indiferentes. Em outras palavras, elas simplesmente não se importam. Elas entendem isso. Elas não são contra. Elas podem acreditar nisso. Simplesmente não é importante, não é uma prioridade. Elas nunca se dão ao trabalho. É - elas não podem vir no dia que vai ter batismo. Elas têm que ir a algum lugar quando a preparação acontece. Elas sempre arrumam o cabelo no sábado e quem quer estragar tudo no domingo à noite? Simplesmente não é uma questão importante. É indiferença.

Ignorância, orgulho, indiferença. Há uma quarta razão pela qual algumas pessoas não querem ser batizadas. Vamos apenas dizer que elas são desafiadoras. Elas simplesmente se recusam. Elas se rebelam. Normalmente, isso está relacionado ao fato de que, se o fizessem, seria hipocrisia e elas sabem disso. Elas se rebelam contra o batismo porque estão cortejando o pecado em suas vidas e não estão dispostas a se levantar na frente de uma congregação de pessoas e publicamente reconhecer sua submissão ao senhorio de Jesus Cristo e a alegria de conhecê-Lo, quando estão abrigando o pecado em suas vidas. É a hipocrisia delas que as leva a desafiar a ordem de ser batizado, e quando você vê uma pessoa que se recusa a ser batizada, é ignorância, orgulho, indiferença ou desafio.

Ou há outra possibilidade: elas não são regeneradas. Elas não são realmente cristãs e, portanto, não há movimento do Espírito de Deus para obrigá-las à obediência. Elas não desejam fazer uma confissão pública, só querem andar pela igreja, ser vistos como cristãos, mas isso não é genuíno, e elas não querem se levantar em um lugar público e afirmar a realidade de sua fé em Cristo, que não é uma realidade.

Portanto, se você não foi batizado, você se encaixa em uma ou outra dessas categorias e precisa se perguntar: Se eu não fui batizado, é porque não entendo sua importância? Se for esse o caso, você sairá daqui esta manhã tendo eliminado essa opção e ficará com as restantes. Sou indiferente à sua importância? Estou orgulhoso? Estou sendo desafiador por causa do pecado em minha vida? Obstinado para com Deus, não querendo obedecer? Ou é verdade que não sou realmente cristão e não tenho nenhum desejo específico de ser batizado porque não tenho nenhuma compulsão em confessar Jesus publicamente?

Agora, para nos ajudar a entender o que precisamos entender sobre o batismo, quero fazer várias perguntas e depois me esforçar para respondê-las com a Palavra de Deus, está bem? Pergunta número um. O que é o batismo? Quando falamos sobre batismo, do que estamos falando? Vamos supor que nem sabemos do que estamos falando. Vamos começar da estaca zero: O que é o batismo? Simplesmente isso, do ponto de vista físico: É uma cerimônia pela qual uma pessoa é imersa, mergulhada ou submersa na água. Isso é o que significa. É uma cerimônia pela qual uma pessoa é imersa, mergulhada ou submersa na água. É isso que é o batismo. Esse é o ato físico do batismo.

Agora, existem dois verbos no Novo Testamento que usam essa definição simples de batismo, e estamos apenas falando sobre o ato ou a cerimônia propriamente dita, não seu significado - chegaremos a isso em um momento. Os dois verbos usados no Novo Testamento são baptō e baptizō. Baptō é usado apenas quatro vezes. Sempre significa mergulhar, mergulhar para dentro de, mergulhar para dentro da morte, M-O-R-T-E, e assim, em todos esses casos, significa submerso ou imergir - mergulhar em. Uma palavra mais forte que baptō, uma forma intensiva de baptō, é baptizō, de onde vem ‘batizar’. Baptizō é usada muitas, muitas vezes, em contraste com as quatro vezes que baptō é usada. A palavra mais intensa é usada muitas, muitas, muitas vezes. Sempre significa mergulhar completamente e é a palavra para se afogar, totalmente submerso, imerso, mergulhando na água.

O substantivo que é usado é baptismos, e baptismo sempre, no livro de Atos, refere-se a um cristão sendo imerso na água. Portanto, linguisticamente, a terminologia sempre se refere à imersão ou submersão na água. De fato, o batismo se tornou um termo técnico para imersão, de modo que foi transliterado em vez de traduzido - traduzir significa dar o significado, transliterar significa levar a pronúncia de uma palavra de um idioma para outro sem dar seu significado. Em outras palavras baptizō tornou-se batizar. Isso não lhe dá o significado, o significado é imerso, e você pode pegar todos os usos baptō, baptizō, baptismos, e traduzir isso por imerso, imersão, porque esse é o seu significado. Mas, como se tornou um termo técnico para a cerimônia de imersão, eles o transliteraram do original e o deixaram - batizar. Mesmo em português, essa palavra significa imergir ou mergulhar na água.

Você poderia percorrer todo o Novo Testamento e, onde quer que encontrar a palavra “batizar”, traduzi-la por imergir, e você entenderá adequadamente o significado. Portanto, todo uso no Novo Testamento desses termos - baptō, baptizō, baptismos - exige, ou permite uma tradução por imergir ou imersão. De fato, isso é tão óbvio e hermético que até João Calvino, que realmente está no coração da igreja presbiteriana, que asperge ao invés de imergir, até João Calvino disse: “A palavra batizar significa imergir”, estou citando. "É certo que a imersão era a prática da igreja primitiva." É isso que a palavra significa, é o que eles faziam.

Além disso, é interessante entender que os verbos baptō e baptizō nunca foram usados no sentido passivo. Em outras palavras, nunca se diz que a água é batizada em alguém. Você entendeu isso? Sempre alguém é batizado na água. Nunca a água é batizada em alguém, como borrifar, derramar ou colocar água no dedo e esfregar na cabeça de alguém. Nunca a água é batizada em alguém; sempre alguém é batizado na água. Batismo sempre significa imersão, submersão, mergulho na água.

Agora, as ocasiões do Novo Testamento nas quais o batismo ocorre apoiam esse significado muito óbvio. Deixe-me dar algumas ilustrações. Em Mateus, capítulo 3 e versículo 6, vemos o ministério de João Batista, e falaremos mais sobre isso um pouco mais tarde. Mas, falando em João Batista, diz que as pessoas estavam indo até ele - versículo 6 - e estavam sendo batizadas por ele no rio Jordão. Elas estavam sendo batizadas no rio. De fato, ele estava no deserto, à beira do rio, como um local necessário para o batismo. Obviamente, se eles foram batizados no rio, eles tiveram que ser imersos. Você não precisa de um rio se quiser molhar um pouco de água na testa de alguém ou derramar um pouco sobre ela de alguma forma.

No versículo 16, diz que após o batismo de Jesus, depois de ser batizado - versículo 16 - Jesus saiu imediatamente de dentro ou para fora da água. Jesus desceu, saiu de lá e, novamente, notamos que João batizava em um rio. Jesus estava naquele rio e saiu daquele rio.

Agora, o evangelho de Marcos, capítulo 1, fala mais a respeito do ministério de João e diz a mesma coisa. “toda a província da Judeia” - Marcos 1:5 - “Saíam a ter com ele e todos os habitantes de Jerusalém e, eram batizados por ele no rio Jordão.” Você não precisa estar no rio se tudo o que está fazendo é aspersão. O capítulo 3 e o versículo 23 do evangelho de João, aqui novamente se referindo ao ministério de João Batista, uma declaração muito importante, João 3:23. Diz: "Ora, João estava também batizando em Enom, perto de Salim" - que fica ao longo do rio Jordão - "porque havia ali muitas águas". Por que ele precisava de muitas águas? Porque ele tinha multidões de pessoas que precisavam ser submersas na água. Muita água era essencial para o batismo.

Depois, vamos ao livro de Atos, capítulo 8, uma história familiar de Filipe e o eunuco. Filipe pregou a Cristo, o eunuco creu e, como resultado de sua fé, ele disse: "O que me impede de ser batizado?" No versículo 38, depois de sua confissão de fé, Filipe ordenou que a carruagem parasse, ambos entraram na água, Filipe e também o eunuco, e ele o batizou. Ele o imergiu, ele o submergiu. Ele o mergulhou na água. "E quando eles saíram da água", novamente a implicação é absolutamente clara: essa é uma cerimônia submersa na qual uma pessoa mergulha na água, é mergulhada na água, imersa na água “e tendo saído da água”.

Agora, uma outra nota sobre essa questão técnica do que é o batismo é esta: Somente a imersão se encaixa na realidade da qual o batismo é a figura - apenas a imersão se encaixa na realidade da qual o batismo é a imagem. A realidade é que na salvação o crente está unido a Cristo em Sua morte e ressurreição. Somente a imersão simboliza a morte, o enterro na água e a ressurreição de uma nova vida surgindo. Somente a imersão mantém a imagem, a imagem da realidade do que significa batismo.

Agora, apenas como uma nota de rodapé, existem alguns batismos nas Escrituras sobre os quais não vamos falar nesta manhã. Um é o batismo com o Espírito Santo no corpo de Cristo. Primeira Coríntios 12 fala sobre isso. Outro é o batismo de fogo, o julgamento ardente de Deus sobre os incrédulos. Apocalipse 20:15 fala sobre isso e, a propósito, João Batista em Mateus 3:11-12 profetizou os dois quando disse que havia alguém vindo maior do que ele que batizaria com o Espírito Santo e com fogo. Não vamos falar sobre o batismo do Espírito, não vamos falar sobre o batismo de fogo no julgamento, tudo o que queremos focar é o batismo na água - essa maravilhosa ordenança.

Agora, a imersão em água é ordenada a todo crente, e é muito importante não apenas por si - porque demonstra o coração obediente - mas por causa da imagem que ela apresenta. Veja bem, o batismo é uma ajuda didática. O batismo é uma lição objetiva. O batismo é uma analogia física de uma profunda realidade espiritual, e qualquer estudante das Escrituras sabe que Deus gosta de ensinar com símbolos, gravuras, ilustrações, parábolas e analogias. De fato, você volta ao Antigo Testamento - siga meu pensamento sobre isso, porque é muito importante. Você volta ao Antigo Testamento e notará que Deus lhes deu muitas figuras, muitas cerimônias e muitas lições objetivas. Todos os principais eventos da história de Israel, por exemplo, foram comemorados com algum tipo de lição objetiva, algum tipo de memorial e todas as principais verdades espirituais foram basicamente ilustradas por algum tipo de símbolo, algum tipo de analogia, algum tipo da imagem, e estes eram basicamente para auxiliarem no ensino.

Por exemplo, digamos que você tenha filhos pequenos na família que tenham 5, 6 anos de idade, tanto faz, e que nasça um outro irmãozinho. No oitavo dia após o nascimento do irmãozinho, é hora da família circuncidar o bebê , e assim o irmãozinho é circuncidado e o irmão e a irmã mais velhos dizem: "Papai, por que você faz isso?" Esse é precisamente o propósito dessa cerimônia, transmitir a verdade espiritual para a próxima geração, e a verdade espiritual é esta: existe em nós pecado inato. Está em nossa natureza, e tudo o que podemos fazer é procriar pecadores, e assim o homem, no próprio ponto de seu órgão procriador, deve reconhecer que ele produz maldade e precisa desesperadamente de um corte espiritual, limpeza e assim o que você tem, você diz a seus filhos, é uma demonstração de como o coração e a alma do homem precisam desesperadamente da purificação do pecado.

Quando uma criança pequena ia com a mãe e o pai ao templo e via os animais sangrentos sendo sacrificados, eles podiam dizer: "Mãe, por que eles fazem isso?" Ao que a mãe responderia: “Bem, veja bem, nossos pecados exigem a morte, e então alguém, algo deve morrer pelo pecado, e Deus graciosamente nos permitiu oferecer um animal para morrer em nosso lugar, e isso é uma figura do substituto." E então esse pai poderia dizer: “E um dia Deus enviará o Cordeiro real, o substituto final, e todos esses outros sacrifícios terminarão. Mas o pecado é tão ruim que traz morte, morte sangrenta.” Uma criança pequena no templo ficaria literalmente chocada com as centenas e milhares de animais sendo abatidos e obteria uma imagem clara do pecado pecaminoso da vida de alguém e das ramificações desse pecado. E quando Deus estabeleceu a Páscoa, uma criança dizia: "Por que fazemos isso?" O pai dizia: "Para lembrar que Deus é nosso grande libertador e que Ele nos libertou do Egito".

Tudo o que eles faziam era uma ferramenta de ensino para produzir uma geração divina. Foi assim que a verdade espiritual foi transmitida, em termos vívidos. Amado, todas essas cerimônias se foram. Com o fim da antiga aliança, todas essas figuras desapareceram, e o Senhor nos deixou apenas duas: a Ceia do Senhor e o batismo. Elas devem ser Suas duas figuras mais importantes. A Ceia do Senhor é uma figura física da morte e do sacrifício de Cristo, e o batismo é uma figura física da morte e sepultamento e do novo nascimento que ocorre quando alguém deposita sua fé no Salvador. É uma lição objetiva. É uma representação visual de uma realidade espiritual. Esse é o significado do batismo.

Agora, deixe-me falar um pouco sobre o que tem sido a história do batismo. Essa é a segunda pergunta. De onde veio isso? Como isso chegou até nós? Onde começou? Bem, voltamos para antes do Novo Testamento. Deus tinha Seu povo, Israel, e eles foram as pessoas que receberam a lei, as promessas, os profetas, as alianças. Eles eram o povo de Deus. Eles adoravam o Deus verdadeiro, eles tinham a verdadeira revelação do Deus verdadeiro. Mas havia muitas outras nações ao seu redor chamadas nações gentias, e freqüentemente os gentios queriam se identificar com Israel. Eles queriam adorar o Deus verdadeiro da maneira verdadeira. Eles queriam se tornar judeus, por assim dizer, não racialmente, isso é impossível, mas religiosamente, espiritualmente. Portanto eles queriam entrar no judaísmo.

Para que um gentio fizesse isso, ele era chamado de prosélito, e assim eles desenvolveram um sistema de iniciação do prosélito no judaísmo. Tinha três partes, certo? É aqui que o batismo aparece pela primeira vez nas tradições do judaísmo relacionadas aos prosélitos gentios. É aqui que o batismo começa realmente a aparecer nessa questão do prosélito, com os gentios entrando no judaísmo.

Agora, a cerimônia do prosélito tinha três fases, e acho que são fascinantes, ouça-as. Havia milah, tebula, e corbin – milah, tebula e corbin - e cada prosélito gentio que quisesse entrar no judaísmo com um coração para adorar o verdadeiro Deus passaria por esses estágios.

Número um, milah, isso era circuncisão - circuncisão. Não importava a idade dos homens, eles eram circuncidados. Por quê? Esse sinal único do povo de Deus era para demonstrar que eles eram pecadores no nível mais profundo da sua natureza, eram pecadores no nível de seus órgãos vitais. Em outras palavras, o pecado gera o pecado, como em Adão todos morreram e toda a raça foi poluída; portanto, eles foram circuncidados como uma confissão de que tinham uma depravação inata que precisava ser purgada e purificada e, portanto, simbolizada por esse ato purgatório e purificador da circuncisão. Assim, um gentio estava afirmando sua raiz pecaminosa, não apenas atos superficiais de pecado, mas uma natureza muito contaminada e que só poderia produzir seres contaminados. Uma grande admissão para um gentio fazer, era milah.

O segundo estágio era a tebula - tebula era imersão em água. Tendo sido circuncidado, o prosélito gentio era então imerso em água. Por quê? Porque eles diziam que identificava um gentio como morrendo para o mundo gentio. A velha vida está morta, a velha vida à parte de Deus, à parte das promessas de Deus, à parte do conhecimento de Deus, à parte da verdade de Deus, essa está morta e ele surge uma nova pessoa com uma nova vida, uma nova família e um novo relacionamento com o verdadeiro Deus. E assim eles diziam que nada ilustra isso melhor do que a imersão, e assim foi que na imersão prosélita dos gentios que o batismo apareceu pela primeira vez na história redentora.

O terceiro passo era o corbin, e este era um sacrifício de animais. Havia circuncisão, imersão e sacrifício, e quando o animal era sacrificado no altar, o sangue era aspergido no gentio, no prosélito, simbolizando - siga esse pensamento - que ele precisava de limpeza para seus pecados diários. Ele não apenas precisava de limpeza por sua natureza perversa, mas por seus pecados diários, não apenas por seu pecado como depravação, mas por seus pecados como conduta. Portanto, a nota principal dessa cerimônia de prosélito era a admissão de pecaminosidade no nível profundo da natureza e no nível comportamental de todas as ações da vida, e da necessidade desesperada de morrer para tudo isso e de nascer em uma nova família com um novo relacionamento com o verdadeiro Deus. Então foi aí que a imersão começou, e simboliza a morte da antiga vida e da inauguração de uma nova vida.

Agora, vamos seguir um pouco sua história. Isso é fascinante. O último profeta do Antigo Testamento que vem ao mundo é João Batista, e seu trabalho como precursor de Cristo é de vir e preparar as pessoas para a vinda de Cristo. Como ele vai fazer isso? Bem, ele sabe que a vinda de Cristo será santa. Ele sabe que a vinda de Cristo exigirá justiça. Então ele prega o arrependimento, a santidade e a justiça, e chama todos a se arrependerem, pois o reino está próximo, arrependam-se porque o rei está chegando, abandonem seus pecados e então ele os batiza como uma ilustração, como um símbolo visível dessa virada interior.

Agora, siga isto, isso é incrível. Então aqui vem João Batista, pedindo aos judeus que sejam imersos na água. Isso é uma coisa humilhante, porque na mente de um judeu, ele é um filho da aliança. Na mente do judeu, ele não precisa ser levado a algum tipo de cerimônia de proselitismo para ser introduzido no povo de Deus. Mas o fato é que a multidão estava afluindo a João, de acordo com Mateus 3, e estavam sendo batizadas em grande número de bom grado. Por quê? Por estarem admitindo que mesmo sendo racialmente judeus, foram desobedientes, ímpios, pecadores e apóstatas em termos de um relacionamento correto com Deus, e também precisavam ser lavados, precisavam que algo morresse e precisavam ser trazidos para um novo relacionamento com Deus.

Portanto João pregou o arrependimento, pregou a justiça, pregou a santidade, pediu que as pessoas passassem da iniqüidade para a santidade e as imergia no rio Jordão como um símbolo visual do que estava acontecendo em seus corações arrependidos. Nenhum símbolo externo melhor poderia ser encontrado do que a imersão para testemunhar um coração interiormente transformado. Essa é uma ilustração perfeita. Há também uma limpeza, uma lavagem simbolizada, e assim João veio com aquele maravilhoso batismo, aquela maravilhosa imagem de um povo arrependido, e é por isso que em Atos 19:4 Paulo diz: “João realizou batismo de arrependimento, dizendo ao povo que cresse naquele que vinha depois dele, a saber, em Jesus." Então ele chamou o povo a crer em Jesus e depois converter-se do pecado e colocar sua fé em Cristo e simbolizar que, em uma disposição de afirmar publicamente que eles precisavam de uma lavagem, precisavam de uma transformação, precisavam morrer para a velha vida e ressurgir para viver em uma nova vida, mesmo sendo judeus, e quando eles fizeram isso, isso foi notável. Não é particularmente notável que um gentio faça isso, é impressionante que um judeu faça isso e mostra o verdadeiro arrependimento de seu coração.

Assim, todos os que se submeteram ao batismo no rio Jordão por João estavam confessando seu pecado e que eram dignos de morte e dignos de sepultamento e implorando para caminhar em uma nova vida, e essa morte, sepultamento e ressurreição eram simbolizados nesse batismo. Isso marcou o ponto de virada de um judeu pecador que queria estar pronto para encarar seu Messias, e ele queria ser associado aos outros que eram batizados como um povo penitente, perdoados e prontos para receber o Salvador.

E então João estava fazendo isso, e em um dia muito especial no meio de seu maravilhoso ministério, aconteceu uma coisa maravilhosa. O versículo 13 de Mateus 3 diz: “Por esse tempo, dirigiu-se Jesus da Galileia para o Jordão, a fim de que João o batizasse.” Incrível. João está batizando todas essas multidões de pessoas arrependidas que reconhecem: "Devemos morrer e precisamos de uma nova vida", e tudo isso está acontecendo, e de repente Jesus vem. João sabia quem ele era, porque em uma ocasião anterior, João havia dito a respeito dEle: "Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo". Ele sabia que era o Messias, sabia que era o Cordeiro de Deus, o Salvador, aquele que havia de vir, embora mais tarde em seu ministério ele tivesse dúvidas plantadas em sua mente. Nesse ponto, ele já afirmava Cristo como o Cordeiro de Deus. Ele sabia que não era pecador. Ele sabia que não precisava se arrepender. Então, por que, afinal de contas, Ele quer ser batizado?

Então, quando Jesus vem e quer ser batizado, o versículo 14 diz: João tentou impedi-lo e disse: "Eu preciso ser batizado por você e você vem a mim?" “Como posso, um pecador, batizar um sem pecado? Você deveria me batizar." Era absolutamente impensável para João Batista. Ele conhecia Jesus. Ele conhecia Sua identidade divina. Ele sabia que era o ungido do Senhor. Ele sabia que era o Cordeiro impecável, sem pecado, e não conseguia entender como Cristo poderia confessar o pecado quando já era o Filho de Deus perfeito e sem pecado. Então ele tentou detê-lo.

Mas Jesus - no versículo 15 - respondeu-lhe e disse: "Deixa por enquanto, porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça". Então Ele o permitiu. O que ele quis dizer com isso? Que declaração! Para cumprir toda a justiça. Ele diz: "É necessário, João, e é necessário para cumprir toda a justiça".

Bem, deixe-me fazer-lhe uma pergunta. Como Jesus cumpriu a justiça de Deus? Bem, você poderia dizer que Ele viveu uma vida perfeita. Isso não a cumpriu. Como Ele cumpriu o requisito da justiça de Deus? Como? Morrendo em uma cruz. Então, o que quer que o batismo de Jesus signifique, ele está de alguma forma conectado ao Seu cumprimento de toda a justiça, e, portanto, está de alguma forma conectado ao ato pelo qual toda a justiça foi então cumprida, quando em ira justa, Deus derramou vingança no Senhor Jesus Cristo e em Seu perfeito sacrifício e morte carregada pelo pecado, e um Deus justo foi satisfeito e capaz de imputar justiça às pessoas que cressem. Toda justiça deve ser cumprida na cruz; portanto, o batismo de Jesus Cristo está de alguma forma conectado à cruz. Eu penso assim. Acredito que isso esteja certo. E acredito que o batismo foi um símbolo de Sua morte e ressurreição.

No batismo do prosélito, o prosélito estava dizendo: “Eu sou digno da morte pelo meu pecado. Eu quero uma nova vida sob o Deus verdadeiro.” No batismo de João Batista, um judeu estava dizendo: “Só sou digno da morte por meus pecados, apostasias e fracassos, mereço morrer, quero ressuscitar em uma nova vida e estar pronto para o Messias”. O símbolo da morte e ressurreição se encaixa perfeitamente no cumprimento de toda a justiça que Jesus deseja fazer, e, portanto, acredito que o batismo dEle é um prefigurado da Sua própria morte e ressurreição. Portanto, tem o mesmo significado simbólico do nosso batismo deste lado da cruz, pois retrata Sua própria morte e ressurreição vindouras, como nosso batismo retrata Sua morte e ressurreição passadas.

Isso pode ser verificado facilmente com dois versículos nos evangelhos. Em Lucas, capítulo 12, versículo 50, ouça o que Jesus disse. A propósito, não faltava muito para Sua última viagem a Jerusalém. Ele estava discutindo assuntos com os discípulos, e em Lucas 12:50, Ele diz isso - eu vou citar para você. Ele diz: "Eu tenho que passar por um batismo." Não é uma escolha interessante de palavras? Por que Ele não disse:"Eu tenho que passar pela morte?" Por que Ele não disse:"Eu tenho que passar por um sacrifício?" Por que Ele não disse:"Eu tenho que passar por uma auto-doação?" Por que Ele não disse:"Eu tenho que passar pela crucificação?" Ele disse:"Tenho que passar por um batismo e como estou angustiado até que seja realizado." Não, Ele via Sua morte como uma imersão, como um morrer e ressurgir, maravilhosamente prefigurado em Seu próprio batismo.

Em Marcos, capítulo 10, versículo 38, Jesus disse a Tiago e João, que queriam se sentar à direita e à esquerda no reino: Ele disse: “Vocês não sabem o que estão pedindo. Podeis vós beber o cálice que eu bebo?” Ouça. "Ou receber o batismo com que eu sou batizado?" Por que Ele não disse: "Ou ser morto com a morte que eu devo morrer?" Ele falou nos termos da imagem. Ele viu Sua morte como um batismo, porque era análogo a ser imerso. Ele foi imerso na morte e no sepultamento e ressurgiu na ressurreição. Portanto, acredito que quando Jesus olhou para o Seu batismo e disse que deveria cumprir toda a justiça, Ele estava dizendo: "Minha morte e ressurreição cumprirão toda a justiça, e darei uma demonstração simbólica desse grande batismo ainda por vir".

Assim, ao se submeter ao batismo, Jesus prefigurou o propósito pelo qual Ele veio, que era morrer pelo pecado, levando os pecados do mundo. Ele morreu carregando o pecado, e depois foi sepultado sob as ondas do julgamento divino, depois ressuscitou em uma nova vida. E seu batismo, amado, na Judéia, era apenas a sombra de um batismo muito mais solene em Jerusalém que viria em breve. Era necessário - era necessário.

Assim, mesmo o batismo de Cristo era uma figura da morte, sepultamento, e ressurreição de Sua própria morte, sepultamento, e ressurreição. Portanto, nesse sentido, é o mesmo que nosso batismo, que também mostra figurativamente Sua morte, sepultamento e ressurreição e nossa união com Ele nisso. E, a propósito, amado, por favor - essa é outra razão convincente pela qual você não pode entender o batismo cristão de outra maneira senão como imersão. Nada mais se encaixa na imagem. Aspergir, derramar, pontilhar a cabeça de alguém com um pouco de água não demonstra morte, sepultamento, ressurreição, não demonstra total limpeza, lavagem e não é humilhante. Considerando que o batismo na água é muito humilhante e assim deve ser.

E assim primeiro o batismo de prosélito, depois o batismo de João, depois o batismo de Jesus - o que se seguiu depois disso? Jesus começou a batizar. Tendo sido batizado, de acordo com João, capítulo 4, versículo 1, o Senhor estava fazendo e batizando mais discípulos que João. Jesus começou um ministério de batismo. Você diz: "Bem, o que Seu ministério de batismo significava?" Também significava que os pecadores que nEle criam estavam afirmando que precisavam morrer e ser sepultados para a velha vida e ressuscitados em novidade de vida. E, é claro, na mente de Cristo, Ele viu nisso sua própria morte, seu próprio sepultamento e sua própria ressurreição. Depois que Ele morreu, depois que Ele ressuscitou, Ele deu a ordem: “Ide por todo o mundo e fazei discípulos, batizando-os”. Batismo de prosélito, batismo de João Batista, batismo de Jesus e então Jesus ordena: "Você vai e batiza". Esse é o primeiro passo para fazer discípulos.

E a igreja primitiva surge, 3.000 creram, 3.000 foram batizados. Continuidade absoluta, e sempre batismo, a bela imagem da morte do velho, a ressurreição do novo. Encontra sua realização final na morte, sepultamento e ressurreição de Jesus Cristo.

Pergunta número três: Qual é o significado teológico do batismo cristão? E eu já me referi a isso nos pontos anteriores, mas deixe-me esclarecer. Qual é o significado teológico do batismo cristão? Qual é o significado espiritual do batismo cristão? O que realmente está retratando? É apenas a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo? Não. ouça atentamente o que eu digo. Quando você, como crente, é batizado por imersão na água, está demonstrando não apenas a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo, mas está demonstrando sua união com Cristo nessa morte, sepultamento e ressurreição. Você entendeu isso?

Por quem Cristo morreu? Por você. Os pecados de quem Ele carregou? Os seus. Para quem Ele ressuscitou? Para você. Para você. Paulo diz: "Eu fui crucificado com Cristo" - certo? Gálatas 2:20. "Eu morri nele, fui sepultado nele, ressuscitei para andar em novidade de vida." Esse é o significado espiritual. Uma pessoa que está sendo batizada está dando uma forma física de verdade espiritual ou transformando-a em uma lição objetiva. No momento em que você deposita sua fé em Cristo, você se torna um cristão. Por um milagre sobrenatural, soberano, divino e espiritual, Deus coloca você em Cristo e você morre na cruz e você ressuscita para andar em novidade de vida.

Você está instantaneamente em Cristo na Sua morte, ressurreição, e você se torna novo Nele. Essa é a mensagem. Veja, esse é o ponto. Mesmo em 1 Coríntios 10:2, onde diz: "Todo o Israel foi batizado em Moisés", tudo o que significa é que eles foram imersos em solidariedade com Moisés. Ele era o líder deles, e quando Deus derramou direção a ele, eles, estando sob sua liderança, foram imersos na bênção e na obra dessa direção. Significa solidariedade com alguma coisa. Você foi imerso em Cristo. Este é um tema tão bonito no Novo Testamento, com as epístolas. Gálatas 3:27. “porque todos quantos fostes batizados”, isso não significa água, mas todos vocês que estão imersos em Cristo se vestiram de Cristo e isso é simbolizado na água.

Em Colossenses, capítulo 2, versículo 12, “Tendo sido sepultado com Ele no batismo”, aqui não significa água, significa que você estava literalmente imerso na Sua morte e ressuscitou, diz o texto. "Você foi vivificado junto com Ele nos perdoando todas as nossas transgressões." É a imersão na morte de Cristo, imersão espiritualmente no Seu enterro. A imersão em Sua ressurreição, para que morramos, e Ele viva em nós e Paulo diz: “Estou crucificado com Cristo, logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim." Eu morro Nele, eu ressuscito Nele.

E talvez a passagem mais explícita de todas, Romanos 6, “Você não sabe que todos nós que fomos batizados em Cristo”, que não é o batismo na água, que está imerso em Cristo, “foram imersos em Sua morte, portanto, nós fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte, a fim de que, como Cristo foi ressuscitado da morte pela glória do Pai, também possamos andar em novidade de vida.” Estamos mortos com Ele. Estamos enterrados com Ele, e ressuscitamos com Ele, imersos nele, e embora essas passagens não estejam se referindo à água, é o batismo na água que simboliza essa realidade espiritual, e quando Pedro diz em 1 Pedro 3:21 essas palavras, ele faz essa distinção. Ele diz:"foram salvos, através da água, a qual, figurando o batismo, agora também vos salva". O que é o batismo? "não sendo a remoção da imundícia da carne", não a água do batismo, é a união espiritual que salva você. "Essa é a lavagem da regeneração", Tito 3:5. "Essa é a lavagem dos seus pecados", Atos 22:16. Mas o batismo é o símbolo disso, o batismo na água.

Agora, isso nos leva à pergunta número quatro, e depois mais uma, e a pergunta número quatro é a seguinte: Qual a relação entre imersão e salvação? Algumas pessoas dizem que você precisa ser batizado para ser cristão. Se você não é batizado, não é salvo. Qual é a relação? Deixem-me resumir o mais que puder. A relação do batismo nas águas com a salvação é a relação da obediência à salvação. Tendo sido salvos, entramos em obediência. O batismo foi o indicador imediato e inseparável da salvação. Por quê? Porque a salvação basicamente produz obediência, e assim os crentes eram obedientes ao serem batizados. No dia de Pentecostes, 3.000 creram, 3.000 foram batizados, 3.000 continuaram na doutrina dos apóstolos, na oração, na comunhão e no partir do pão. Nenhuma perda, 3.000 creram, 3.000 batizados, 3.000 continuaram. Todos foram batizados, todos foram batizados imediatamente. Esse é o padrão de Deus. Essa é a ordem de Deus. Os apóstolos insistiram nisso.

Agora, ouça, com muita atenção. Não era nada fácil. Estamos falando no dia de Pentecostes, cerca de 3.000 pessoas na cidade de Jerusalém - onde algumas semanas antes Jesus Cristo foi crucificado como charlatão e uma fraude, e que representava uma ameaça à religião judaica e à autoridade romana. Ele foi ridicularizado, cuspido e crucificado como um falso líder religioso, e basicamente era uma questão de colocar sua vida em risco para se identificar com Cristo. Portanto, qualquer judeu que foi batizado no dia de Pentecostes em nome de Jesus Cristo estava dando um passo ousado: alienação da cultura, alienação da sinagoga, alienação da família, alienação de tudo.

O preço era alto e era muito simples. Ninguém que fosse um convertido tímido seria batizado. Então, as pessoas que foram batizadas eram os verdadeiros cristãos porque estavam dispostos a pagar o preço. É por isso que você tem 3.000 crentes, 3.000 batizados e 3.000 continuando. Hoje, normalmente, você ouve um sujeito dizer:"Tivemos uma grande manifestação evangelística, 3.000 foram salvos, 42 foram batizados e dez continuaram". Diferente. O custo do batismo era muito alto, e as pessoas que não eram sérias em seu compromisso com Cristo não pagariam tal preço. Não havia como eles se afastarem de toda a sua cultura e talvez perderem a vida. Era, portanto, o símbolo inseparável da salvação.

Muitas vezes, no Novo Testamento, enquanto você lê, ela usa a palavra batismo em vez de salvar, porque a maneira como se sabia que alguém era salvo era porque eles eram o quê? Batizados. Se um convertido não estava disposto a ser batizado, havia pouca confiança em seu arrependimento. Se ele estava disposto a ser batizado, pagou um preço alto, revelou seu verdadeiro coração de arrependimento.

Então, quando Jesus diz: "Ide por todo o mundo, fazei discípulos, batizando", o que Ele quer dizer? Ele quer dizer trazê-los à salvação, o que é demonstrado pela disposição de ser batizado e de pagar publicamente o preço da identificação com Jesus Cristo. Isso é exatamente o que Romanos 10 quer dizer quando diz:"Se você confessar com a boca Jesus como Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, você será salvo". A fé é o que salva, a confissão é o que afirma a realidade dessa fé. E assim, quando falamos sobre, por exemplo, Atos 2:38 diz: “Arrependa-se e seja batizado para perdão dos pecados”, você diz: “Bem, isso significa que seu batismo, a água, lava seu pecado?” Não. Quando ele diz arrependa-se e seja batizado para remissão de pecados, ele quer dizer que o batismo é inseparável da salvação, e é aí que é demonstrado que seus pecados foram remidos ou perdoados.

As pessoas dizem: "Você precisa ser batizado para entrar no céu?" Você precisa ser batizado para entrar no céu? O ladrão na cruz não foi. Podem surgir particularidades que impeçam o batismo, mas eu lhe digo: Se você reluta em ser batizado, há dúvidas sobre sua disposição em ser obediente, e um coração que não quer obedecer pode revelar uma pessoa não regenerada, porque Jesus disse: “Se você me ama, vai” - o que? - “guardar os meus mandamentos”, e Ele disse: “Como você pode dizer, Senhor, Senhor, e não fazer as coisas que eu digo”? E começa com esta simples ordem - simples ordem. Alguém que recusasse o batismo seria alguém que não confessaria Jesus publicamente, portanto alguém que Jesus não confessaria. Todo tratamento da salvação na Bíblia deixa claro que é pela graça através da fé mais ou menos nada - nenhuma obra, graça através da fé. O batismo é simplesmente o demonstrador da verdadeira fé e da verdadeira transformação que resulta em obediência e o primeiro ato de obediência foi o batismo.

O batismo não faz de você santo. O batismo não salva você. O batismo não protege você. O batismo não fornece algum poder contínuo. Tudo que o batismo faz é demonstrar sua obediência e dar a você a alegria da obediência e a bênção da obediência.

Poderia ser assim - aqui está uma forma de enxergar isso. Uma pessoa entra na água e diz o seguinte:“Confesso, por minha disposição voluntária a esta ordenança divinamente designada, minha alegre obediência ao mandamento de meu Senhor e Salvador. Dessa maneira simbólica, mostro minha identificação com quem levou meus pecados, tomou meu lugar, morreu em meu lugar, foi sepultado e ressuscitou por minha justificação. Como Cristo passou pela realidade do sofrimento na morte para garantir minha salvação, assim, pela imersão na água e pela saída, declaro publicamente minha identificação com meu Senhor em Sua morte, sepultamento e ressurreição em meu nome, com a intenção de andar com Ele em novidade de vida.” Agora, isso é uma amostra de confissão batismal. Nenhuma imagem mais bonita e simples poderia ser dada além disso.

A última questão: Visto que o batismo é tão significativo, pois é um demonstrador de obediência, uma vez que é uma imagem tão bonita, uma vez que é a fonte de tanta alegria e bênção, por que há tanta confusão com relação ao batismo? A Bíblia está confusa sobre isso? Confundiu você nesta manhã, o que a Bíblia disse? Não é confuso. Mas há muita gente confusa - muita gente. Você pergunta, "por que?". Porque, se há algo que Satanás quer fazer na vida de um crente, é destruir o padrão de obediência, e ele quer destruí-lo desde o início. E se ele pode tornar o batismo tão confuso que você o ignora, então ele o iniciou no caminho da indiferença e desobediência.

Isso assume uma forma bastante formal às vezes. Os Quakers, a Igreja dos Amigos, o Exército de Salvação, os hiper-dispensacionalistas, todos negam que o batismo tenha algum lugar na vida do crente. Eles o rejeitam completamente. Por outro lado, as Igrejas de Cristo dizem que isso salva você. Você não pode ser salvo sem a água, e se você simplesmente crer e não for batizado, irá para o inferno. Um erra do lado da graça, o outro erra do lado da lei. Um ignora a ordem da obediência, o outro ignora a salvação pela fé.

E depois há os Mórmons e eles batizam um ao outro pelos mortos, é o batismo por procuração. Não é incomum em apenas um ano eles terem três milhões de batismos por procuração para três milhões de pessoas mortas. E então a Igreja Católica Romana introduziu algo que realmente ameaçou a sanidade da igreja em relação a essa ordenança. É chamado de "batismo infantil". A Igreja Católica Romana começou o batismo infantil como um ritual de regeneração. Você deve entender que a teologia católica romana ensina que a água limpa um bebê do pecado original e resulta em regeneração. Eles acreditam nisso. A propósito, até a Idade Média eles imergiam todos os bebês e depois começaram a borrifá-los.

E a teologia católica romana ensina que um bebê morre, um bebê que morre sem ser batizado ou sem ser aspergido - entenda isso - qualquer bebê que morre sem isso vai para o Limbo dos Inocentes - em letras maiúsculas, esse é o lugar - o Limbo dos Inocentes - onde viverão para sempre desfrutando de uma bem-aventurança natural sem nenhuma visão de Deus. E assim eles querem batizar todo bebê católico, para que, se ele morrer, possa ter uma felicidade que tenha a visão de Deus e não ficar preso na categoria de segunda classe conhecida como Limbo dos Inocentes. Eles acreditam literalmente que esse batismo tem a capacidade regenerativa de levar aquele bebê à presença de Deus.

Martinho Lutero, que Deus o abençoe, foi forte na justificação pela fé, mas nunca se desvencilhou do batismo infantil romano e do sacramentalismo. De fato, ele escreveu um livro chamado O Pequeno Livro Batismal. Ele o escreveu em 1526. Ele nunca sacudiu as solenes roupas do batismo infantil e escreveu o livro que é o manual para os luteranos sobre o batismo infantil. E ele acreditava que batizar um bebê trazia regeneração para ele, purificava o bebê do pecado e, quando lhe perguntaram: "Como você pode afirmar que se acredita na justificação pela fé?" E ele disse: "Bem, de alguma forma, um bebê deve ser capaz de crer". O que era um tipo de coisa bizarra que mostrava a dificuldade que ele tinha no desembaraço.

Aqui está a oração que o padre faz e o clérigo luterano faz no batismo de uma criança:“Todo-Poderoso, eu te invoco a respeito desta criança, Teu servo, que pede pelo dom do Teu batismo e deseja Tua graça através do novo nascimento espiritual. Receba-o, ó Senhor, e, assim, estenda agora o bem a quem bate (à porta) para que ele possa obter a bênção eterna deste banho celestial e receber o reino prometido de Teu dom por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém!" Você está orando para que o banho salve o bebê.

Em seguida, os pais são chamados para perto, e as perguntas são direcionadas ao bebê e os pais devem responder. "Você renuncia ao diabo e a todas as suas obras e natureza?" Os pais respondem: "Sim" em nome do bebê. “Você acredita em Deus, o Pai, e em Jesus Cristo, seu Filho, e no Espírito Santo e na única igreja cristã?” Os pais dizem: "Sim", quando o bebê é batizado. Então a oração final:“O Deus Todo-Poderoso te gerou de novo através da água e do Espírito Santo e te perdoou todos os teus pecados. Amém!"

Isso é uma farsa no ensino do Novo Testamento. Não há nada no Novo Testamento sobre bebês sendo batizados. Não há nada no Novo Testamento sobre salvação além da fé pessoal no Senhor Jesus Cristo, que vem para aquele que entende o significado do evangelho. Não há batismo infantil na Bíblia. Não é ordenado, não é ilustrado, não é realizado, não está lá.

Você diz: "Por que eles fizeram isso?" Desde o início, a Igreja Católica Romana fez isso para garantir a entrada de todos no sistema. Eles queriam envolver todos no sistema e, assim, batizaram todos os bebês, tornando-os entre aspas “cristãos”, então eles pertenciam à igreja, estavam sob o controle da igreja, estavam sob o domínio da igreja. Mesmo a visão reformada do batismo infantil, que é um pouco diferente disso, que é a idéia de que os pais cristãos podem batizar seus bebês e se tornam pequenos membros da aliança que é confirmada na época em que eles podem recitar o catecismo corretamente, que também está enraizada neste sistema católico romano, e a idéia era abraçar toda a população sob o poder e controle da igreja.

Agora, isso me leva a outro ponto muito interessante. O que obviamente ameaçou a igreja romana foi um grupo de pessoas que apareceram, um grupo de pessoas que apareceram e disseram: “Isso está errado, o batismo infantil está errado. O batismo é apenas para cristãos, é apenas para crentes. É apenas para pessoas que conscientemente depositam sua fé em Jesus Cristo, e que o batismo infantil não tem importância - é inútil, inútil, não significa nada.” E assim eles andaram por aí pregando o evangelho durante a Idade Média, e viram pessoas convertidas a Cristo, e as pessoas convertidas eram então batizadas e, por isso, eram chamadas de “re-baptizadores”. Historicamente, eles são conhecidos como “Anabatistas”, sendo a palavra grega ana para novamente. Eles foram os re-batizadores.

Era uma coisa tão séria que eles não eram apenas o objeto do ódio da Igreja Católica, eles eram objeto do ódio dos protestantes que ainda estavam no modo de batizar com base no plano católico. Eles ainda estavam fazendo isso da maneira sacramental e antiga com os bebês, e eles eram tão hostis - entenda isso - que alguns dos protestantes até mataram alguns dos anabatistas. Eles mantinham o controle de seu povo batizando os bebês. Os anabatistas também eram uma ameaça ao seu poder.

Assim, durante a Idade Média, era a igreja romana batizando crianças. Depois, mesmo após a Reforma, os protestantes ainda batizavam bebês ameaçados pelos anabatistas que acreditavam apenas no batismo dos crentes. As pessoas me perguntam o tempo todo:"Devo ser re-batizado?" Se você não foi batizado de acordo com o Novo Testamento, se você não foi imerso na água após um compromisso consciente de sua vida com Jesus Cristo depois de ser salvo, então você precisa ser batizado, ponto final, porque tudo o que você fez antes não representou nada. Não serviu de nada. É apenas para crentes; isso deve ser feito imediatamente.

Preciso resumir? Nosso Senhor reconheceu que o batismo tinha um propósito celestial. Ele entendeu que era uma coisa ordenada por Deus. De fato, está em Mateus 21:25? Sim. Jesus diz: “Donde era o batismo de João, do céu ou dos homens? Do céu ou dos homens?” E Jesus está afirmando: "Ei, o batismo de João era do céu". Ele está mesmo afirmando a fonte celestial da imersão do batismo de João. Em Lucas 7 - apenas mais uma passagem rápida - Lucas 7:29 diz:“Todo o povo que o ouviu e até os publicanos reconheceram a justiça de Deus, tendo sido batizados com o batismo de João.” Os fariseus recusaram o batismo de João, que era o propósito de Deus. O batismo ainda é o propósito de Deus. Recusá-lo é recusar o propósito de Deus.

Portanto, se você não foi batizado, não pode alegar ignorância. Não mais. Resta o orgulho, simplesmente não quer se humilhar, não quer que as pessoas pensem que você foi desobediente. Indiferença, não é tão importante para você. Ou desafio, você está cultivando o pecado em sua vida e não está prestes a ser um hipócrita pior. Ou você não é cristão.

Você examinaria seu coração? Amado, estou convencido de que grande parte do problema da igreja hoje decorre diretamente dessa raiz de desobediência que se manifesta na simples questão do batismo, e estou convencido de que Satanás tentou confundir essa questão por séculos, para fazer os crentes se desviarem dos padrões simples e diretos de obediência que Deus ordenou. Devemos ser obedientes e, portanto, ser abençoados.

FIM

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