
Estamos estudando a anatomia da igreja, e continuaremos este estudo nesta manhã. Fizemos uma pequena pausa no que estávamos vendo em 2Coríntios, e estamos nos divertindo muito neste estudo em particular. Apesar da crise de identidade na igreja, a Bíblia é muito clara sobre o que uma igreja deveria ser. A Escritura estabelece um modo definitivo no qual a vida na igreja deve ser conduzida. Não há realmente mistérios em termos de como a igreja deve se comportar e qual deve ser a natureza de seus ministérios. De fato, Deus delineou definitivamente um modo correto de trabalhar na igreja. É muito, muito direto e fácil de se ver. As culturas mudam, os estilos mudam de tempos em tempos e de lugar para lugar, mas o caráter da igreja não muda, e o projeto de Deus para o funcionamento da igreja é claramente revelado nas Escrituras.
A triste realidade é que quando a igreja se desvia do plano há um caos, e esse é o tipo de coisa que a igreja está experimentando no mundo hoje. Falando sobre o jeito certo de fazer as coisas, em uma edição recente de uma revista que eu nunca li, chamada Carnes e Aves, os editores citaram outra revista que eu nunca li, Penas, que é a publicação da California Poultry Industry (Indústria Avícola da Califórnia). Mas a história a seguir foi irresistível. Parece que a U.S. Federal Aviation Administration (Administração Federal de Aviação dos EUA) tem uma maneira única de testar a força dos parabrisas nos aviões. O dispositivo é uma arma que lança uma galinha morta no parabrisa do avião a aproximadamente a velocidade que o avião voa. A teoria é que, se o parabrisa não romper ao impacto da carcaça da ave, ele sobreviverá a uma colisão real com um pássaro durante o voo.
Bem, parece que os britânicos estavam muito interessados nisso e queriam testar um parabrisa em uma nova locomotiva de alta potência que estão desenvolvendo. Eles pegaram emprestado o lançador de frango da FAA, carregaram o frango e dispararam. O frango balístico quebrou o parabrisa, atravessou o coração da cadeira do engenheiro, quebrou o painel de instrumentos atrás dele e se encaixou na parede traseira da cabine do motor. Os britânicos ficaram chocados e pediram à FAA que reavaliasse o teste para ver se tudo tinha sido feito corretamente. A FAA reviu o teste completamente, e teve apenas uma recomendação: descongelar o frango. Agora, eu estou tentando fazer disso uma parábola para este sermão, você entende, então você tem de voltar daquela cena hilariante.
Há um jeito certo de fazer as coisas. E se você fizer as coisas da maneira errada, o resultado é caótico. Há um jeito certo de fazer as coisas na igreja, e a Palavra de Deus estabeleceu as fórmulas para isso. Jesus disse: “Eu edificarei a minha igreja,” e ele estabeleceu os critérios e os revelou àqueles que estão empregados no edifício. Aqueles de nós que lideram na igreja, que servem na igreja, têm o plano em mãos, em ter o Novo Testamento. Como eu disse, os estilos podem variar de tempos em tempos e de cultura para cultura, mas as coisas básicas para a vida da igreja não são negociáveis, elas não são intercambiáveis, são fixas. E nós as estamos revisando nesta série, em torno da metáfora da igreja como o corpo de Cristo.
Há várias maneiras pelas quais a igreja é descrita metaforicamente na Bíblia; como um rebanho, como uma família, como uma casa, como um templo, e assim por diante, até mesmo como uma videira e ramos. Mas a metáfora mais rica para a igreja é a ideia do corpo, que somos como um corpo físico ligado à cabeça, a cabeça sendo Cristo, sua vida, direção e orientação fluindo através do corpo. E assim, pegamos emprestada essa metáfora e a ampliamos um pouco em nossa série sobre a anatomia da igreja. Ela nos permite, essa metáfora, considerar todos os elementos salientes para a vida na igreja, e começamos informando você que há quatro categorias que nós veremos.
Se, de uma maneira muito simples, dividirmos o corpo em quatro partes - o esqueleto, os sistemas internos, os músculos e a carne - podemos dar uma olhada nessas áreas e ter uma boa percepção do que a igreja deve ser. Nós começamos com o esqueleto. Dissemos que há algumas coisas que são fixas, rígidas, não negociáveis, que dão à igreja sua forma, e essas coisas são esqueléticas na vida da igreja. E dissemos que elas eram a honra de Deus, a exaltação de Jesus Cristo, a presença da santidade, a proclamação da verdade e a submissão à autoridade espiritual. Essa é a estrutura. Mas como um corpo vivo, a estrutura em si não tem a vida.
Agora, você foi ao consultório médico ou ao laboratório no ensino médio ou na faculdade, e viu um esqueleto suspenso em um gancho em uma armação de metal, e você sabia que ele não estava vivo. Ele tem a estrutura, mas não tem a vida. Você tem de pendurar nesse esqueleto os sistemas internos que fazem com que os fluídos corram e mantenham a vida. Então, passamos da discussão do esqueleto para os sistemas internos, e estamos falando sobre o que tem de acontecer no interior da vida dos crentes para que a igreja seja o que Deus quer que a igreja seja. Atitudes espirituais, motivos espirituais, convicções espirituais - é disso que estamos falando.
O ministério espiritual na igreja aplica a verdade de Deus e os meios da graça para a alma. A obra é a obra no homem interior. Isso é o que fazemos. O legalismo está contente em trabalhar do lado de fora. Está satisfeito em adequar as pessoas externamente. Isso é o que o legalismo faz. Ele manipula as pessoas, intimida as pessoas, de alguma forma lhes promete recompensas, ou as traz sob o medo, e faz com que elas se ajustem externamente a certos comportamentos. Mas isso não realiza a obra de Deus. Isso é legalismo, e o legalismo é rejeitado pela Palavra de Deus, como você sabe. Não estamos interessados em controlar pessoas; estamos interessados em ver o coração transformado. É a mesma coisa na criação dos filhos, é uma boa analogia.
Não é difícil controlar seus filhos. Você é maior, você é mais esperto, você é mais poderoso, você tem um jeito melhor com as palavras, você tem todo o dinheiro, você controla o carro, você tem as chaves para tudo. Não é difícil controlar seus filhos. Mas é uma coisa completamente diferente ver o coração deles se transformar, essa é uma missão completamente diferente. E é isso que a igreja deve reconhecer. O controle pode ser feito de várias maneiras, mas a mudança só pode ser feita de um jeito, e isso é de coração, trabalhar no coração e, então, cuidar do lado de fora. Atitudes espirituais são a vida interna da igreja, e essas atitudes têm a ver com motivos e convicções, edificando essas pessoas.
As questões do coração são onde a igreja tem de gastar seu tempo, e essas são os sistemas internos. É aí que a vida flui e, à parte disso, a igreja está realmente morta. Para colocar essa coisa em movimento, eu quero que você olhe para Efésios, capítulo 3, e como eu mencionei para você, nós vamos passar por várias passagens diferentes enquanto nos aproximamos e reunimos num resumo todos esses assuntos importantes em relação à vida na igreja. Algo que realmente precisamos fazer, porque nossa igreja está crescendo, e temos tantas novas pessoas, e queremos que todos vocês entendam por que fazemos o que fazemos e o que realmente é a ênfase. E uma dessas passagens muito importantes é Efésios, capítulo 3.
Essa passagem nos leva ao coração de um dos mais nobres pastores, é claro, de todos os tempos, o apóstolo Paulo. Nós temos uma ideia do que ele realmente queria no ministério dele, e era o coração. Há uma série de passagens notáveis nas quais ele deixa isso claro, mas esta talvez seja tão clara quanto qualquer uma delas. E descobrimos que seu desejo de trabalho no coração é manifesto em como ele orou por seu povo. Veja o versículo 14. “Por esta razão, eu me ajoelho diante do Pai, de quem toda a família no céu e na terra recebe seu nome.” Por essa razão - uma razão que ele está prestes a lhe dizer - ele ora. E ele ora ao Pai, porque o Pai é o criador de todas as famílias no céu e na terra.
Em outras palavras, Deus é o criador de toda família e todo tipo de família, se você está falando sobre a família humana em geral, ou se você está falando sobre o que é chamado de família nuclear ou individual em particular, ou se você está falando sobre a família espiritual da igreja, o corpo de Cristo - Deus é o Pai de tudo isso. Deus é aquele de quem tudo deriva sua vida, e não apenas no mundo humano, mas em todos os lugares da criação também. Então ele está dizendo: “Eu volto para a fonte. Eu volto para aquele que é o criador. E em relação à família que é espiritual, eu oro assim - esta é a razão pela qual eu oro.” Aqui está a razão - versículo 16: “para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito” - aqui está a chave - “no homem interior.”
A questão é o coração. Nós sabemos isso. Esta é uma ênfase muito boa, no entanto. A questão não é o que alguém se conforma a fazer do lado de fora; a questão é qual é a condição do coração. “Fazendo a vontade de Deus desde o coração,” diz Paulo, em Efésios 6.6, no final desse versículo - fazendo a vontade de Deus de coração. Paulo diz: "O que me preocupa é o homem interior. Preocupo-me com o interior, porque é do coração que tudo acontece.” “Não é o que entra no homem que o contamina,” disse Jesus,“ é o que sai dele.” E uma vez que a contaminação está do lado de dentro, é aí que o trabalho tem de ser feito.
Voltando a uma espécie de metáfora médica por um momento, os homens precisam de cirurgia cardíaca. Eles têm o coração doente, doenças do coração, e o trabalho tem de ser feito internamente. Você tem de cortar e entrar para fazer o trabalho. E foi isso que Paulo orou. Quando ele dobrou seu joelho para aquele que é o criador e a fonte de toda família na terra, incluindo a família espiritual, ele lhe pediu que trabalhasse por dentro. De fato, ele orou para que, de acordo com as riquezas de sua glória - e não há limites para essas riquezas - de acordo com a vastidão das riquezas espirituais de Deus, que ele concedesse por intermédio do Espírito, o fortalecimento com poder no homem interior. Em outras palavras, Paulo orou por homens interiores fortes - que houvesse um coração espiritual forte, um homem interior forte. É aí que o trabalho tinha de ser feito.
Então observe, no versículo 17, ele até se move além disso. Ele queria aquele homem interior fortalecido com o poder do Espírito Santo, “e assim” - ou e dessa maneira - “e assim” - é uma oração subordinada final hina - “habite Cristo” - katoikeō, para habitar - “no vosso coração.” Agora, deixe-me parar por um momento. Cristo, se você é um crente, já está em seu coração, mas ele pode não habitar, ele pode estar o tempo todo consertando as coisas. Você se lembra daquele livrinho maravilhoso, Meu Coração, o Lar de Cristo. Eu o li quando jovem, e ele teve um efeito maravilhoso sobre mim. É a figura de uma casa, como o coração, e Cristo entra, e entra na sala de estar, que é o reino da comunhão, e entra na sala de jantar, que é o reino dos apetites, e entra na biblioteca, que é o reino do pensamento.
E há trabalho a fazer em todos esses lugares, e todos esses lugares lá recebem sua purificação. E então, de repente, quando tudo isso é feito, há um fedor terrível saindo de algum lugar, e Cristo encontra um armário e o abre, e ali estão todas as iniquidades escondidas. E Cristo não pode se instalar e ficar na casa até que todo esse trabalho seja feito. E é isso que o apóstolo Paulo está orando. Ele está orando para que o Espírito de Deus fortaleça seu homem interior, para que o pecado seja tratado, e a resposta para a purificação de Cristo seja uma resposta completa, e Cristo possa habitar e se fixar, porque o pecado está sendo tratado. É para isso que Paulo está orando.
Ele está orando para que o Espírito venha, traga sua força para o homem interior, faça um trabalho de limpeza, para que Cristo esteja confortável em sua vida. Muito oposto seria 1Coríntios 6, onde você vai para uma prostituta e une Cristo a essa prostituta. Não consigo imaginar nada mais desconcertante para aquele que está unido ao crente do que estar assim unido a uma prostituta; que embaraço e vergonha para Cristo isso seria. O oposto é ter Cristo habitando e fixado em sua vida, porque a santidade está lá, o pecado está sendo tratado. E quando Cristo se estabelece, algo mais acontece. Você se torna enraizado e fundamentado em seu amor, você é capaz de compreender com todos os santos a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo que ultrapassa o conhecimento.
O Espírito Santo entra, lhe dá força no homem interior, o pecado é tratado, Cristo está em casa, e ele exala o amor dele em cada parte de sua vida e para aqueles ao seu redor. E você literalmente é um anúncio ambulante, um depoimento ambulante, um testemunho ambulante do amor transformador de Cristo. E isso não é tudo, o final do versículo 19, outra sequência, outra oração subordinada final: “Para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus.” Agora, a progressão é surpreendente. O Espírito vem primeiro, e traz a você o poder de controlar aquele homem interior, para trazer aquele homem interior em harmonia com a verdade de Deus. Cristo purifica a sua vida, se estabelece, está em casa. E então você é tomado de toda a plenitude de Deus - toda a trindade está lá.
Como resultado disso, versículo 20, você se torna “poderoso para fazer infinitamente, abundantemente, mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós.” E como resultado disso, “a ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!” O objetivo máximo de uma vida que glorifica a Deus é produzido. Essa foi a oração de Paulo. Quer dizer, é uma redução massiva de toda obra de santificação nesta única oração. Que o Espírito venha e faça sua obra, e não seja extinguido ou entristecido; que Cristo seja livre para limpar todas as áreas da sua vida, para que ele se fixe, esteja em paz e confortável em sua vida.
Então a plenitude de Deus entra, e você começa a exibir todos os atributos de Deus, porque Cristo está sendo totalmente formado em você, e então você se torna útil para fazer além do que você poderia pedir ou pensar. E no final, toda a glória da igreja vai para o Senhor da igreja, a cabeça da igreja, Jesus Cristo. E tudo isso é um trabalho interno, tudo isso é uma operação interna. Este é o longo curso, pessoal. Isso é fazer da maneira mais difícil, mas é o único jeito certo - construir as convicções, os motivos e as atitudes das pessoas, que as levam a fazer a obra de Deus de coração. Deixe-me expandir isso um pouco. Volte para Romanos, capítulo 2 - e isso é ainda meio que uma introdução a essa necessidade de atitudes do coração.
Mas em Romanos, capítulo 2, e versículo 5, aqui está uma acusação neste capítulo sobre Israel, e no versículo 5, de Romanos, capítulo 2, essa acusação contra Israel é uma acusação de sua condição de coração. “Mas, segundo a tua dureza e coração impenitente” - ou seja, aqui estavam os judeus, que tinham toda a lei de Deus, e as alianças, e as promessas, e o Messias havia chegado a eles, e eles tinham tudo isso. E eles tinham toda a religião externa, eles passaram por todas as cerimônias, levaram todos os sacrifícios, trouxeram todas as ofertas, passaram por todos os códigos externos, fizeram tudo, mas foram teimosos e impenitentes de coração. E por causa disso, em vez de armazenar mérito com Deus, o versículo 5 diz que eles estavam armazenando a ira. Eles estavam apenas acumulando mais combustível para o fogo em que eles mesmos queimariam.
E o problema, no versículo 29, é definido no final do capítulo com estas palavras: “Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração.” Sempre foi interno. Os judeus, é claro, ignoraram totalmente isso e criaram uma religião externa. Eles tinham uma forma de piedade sem poder algum. Eles tinham um tipo externo de religião. Você se lembra de que eles haviam substituído os mandamentos de Deus por tradições. A religião deles estava completamente do lado de fora e, consequentemente, eles não armazenaram nada além de ira. A obra de Deus é a obra do coração.
Em Hebreus, capítulo 4, o texto nos diz o que é mais eficiente em fazer esse trabalho; versículo 12, do capítulo 4: “Porque a Palavra de Deus é viva, ou vivente, e ativa e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes.” Se você vai fazer uma obra de coração, você não vai querer usar uma faca de passar manteiga. Você estará melhor com um bisturi bem afiado. E se você vai fazer a obra do coração espiritualmente, há apenas uma faca realmente eficiente para usar, e essa é a Palavra de Deus, porque penetra até a divisão da alma e do espírito. É eficiente até o lugar exato que você precisa percorrer, até as articulações e a medula, e desce até o fim e disseca os pensamentos e intenções do coração.
Se houver alguma pergunta por que fazemos o que fazemos com a Palavra de Deus, essa é a resposta para ela. Se vamos fazer a obra do coração, temos de usar a faca que pode penetrar profundamente. Temos de usar a única ferramenta eficiente, e essa é a Palavra de Deus. A Palavra de Deus é o que corta até o coração. Ela produz convicção. Rasga os pensamentos e intenções, e desmascara a realidade da condição. Abre e revela o verdadeiro estado. No capítulo 10, de Hebreus, e no versículo 22, ali diz que, se nos aproximarmos de Deus, temos de vir com um coração sincero, um coração verdadeiro, um coração honesto e sem hipocrisia. E na sequência diz: "tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura."
Você entra lá, a Palavra de Deus corta, leva você ao fundo do coração, remove o que está doente, limpa o coração, e então você pode se aproximar de Deus. Agora, essa é a imagem metafórica - qual é a manifestação real de um coração puro? Volte para Deuteronômio 13. Quando a cirurgia estiver terminada, e o paciente tiver a doença removida, os stents tiverem sido inseridos, ou o que quer que tenha sido feito estiver feito, o paciente terá um novo tipo de condição naquele coração, e isso é descrito para nós em Deuteronômio 13. Deuteronômio 13.3: “porquanto o Senhor, vosso Deus, vos prova, para saber se amais o Senhor, vosso Deus, de todo” - o quê? - “vosso coração e de toda a vossa alma. Andareis após o Senhor, vosso Deus, e a ele temereis; guardareis os seus mandamentos, ouvireis a sua voz, a ele servireis e a ele vos achegareis.”
Tudo o que realmente precisa ser dito sobre toda a vida cristã é dito nesses dois versículos - é um resumo glorioso. Ame o Senhor seu Deus com todo o seu coração, com toda a sua alma, siga-o, tema-o, obedeça-o, ouça a sua voz, sirva-o e apegue-se a ele. É isso, e tudo começa quando você o ama de todo o coração. O coração é o lugar. Tem de vir de dentro. Em Deuteronômio, capítulo 30, versículo 6: “O Senhor, teu Deus, circuncidará o teu coração e o coração de tua descendência, para amares o Senhor, teu Deus, de todo o coração e de toda a tua alma, para que vivas.” Ele quer entrar e cortar o seu coração, ele quer tirar a doença do seu coração, ele quer limpar, purificar e purgar seu coração. Por quê? "Para amar o Senhor, o seu Deus, com todo o seu coração e com toda a sua alma, para que você possa viver."
Essa realidade fundamental de amar o Senhor seu Deus com todo o seu coração é repetida em Mateus 22.37, em Marcos 12.30 e 33, em Lucas 10.27. "Ame o Senhor seu Deus com todo seu coração, alma, mente e força,” diz o Novo Testamento. Tudo começa com o coração, e assim os sistemas internos dão à igreja a sua vida, e ela começa no interior e flui para fora. É por isso que não estamos no legalismo. Não estamos interessados em apenas pastorear você por aí na conformidade externa. Mas nós queremos ver o Senhor fazer a obra do coração. Agora, quais são as atitudes essenciais do coração? Quais são os motivos e convicções essenciais do coração? No domingo passado, eu dei a você a primeira, fé - fé. E se você não conseguiu estar aqui no último domingo à noite, você precisa pegar aquela fita, porque isso é absolutamente fundamental para sua compreensão de todo esse assunto.
Em Habacuque 2.4, repetido em Romanos 1.17; Gálatas 3.11; Hebreus 10.38 - o Senhor o repetiu inteiro ao longo das Escrituras - diz o seguinte: “O justo viverá pela fé.” No coração de tudo está a fé em Deus. "É necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam." E Paulo, em Gálatas 2, diz: "Eu vivo pela fé do Filho de Deus, que me amou e deu-se por mim.” Nós vivemos pela fé. Essa é a atitude que move o coração. Nós andamos não pela vista, mas pela fé. E confiamos em Deus e cremos em Deus. Cremos nele, acreditamos que ele é o Deus revelado nas Escrituras. Acreditamos que ele é um Deus que fielmente mantém todas as suas promessas e alianças. Acreditamos que ele é o Deus que conhece melhor, nunca mente e nos diz a verdade.
O pecado é o que fazemos quando acreditamos na carne, no mundo ou no diabo, não quando acreditamos em Deus. Portanto, a fé torna-se o escudo que impede toda tentação. Deus diz: "Faça o certo e você será abençoado, faça o certo e prosperará, faça o certo e desfrutará da paz.” E quando você crê em Deus, resiste à tentação. A fé é a importante atitude fundamental. Agora, ao lado disso - e falaremos sobre isso nesta manhã - é a obediência. O companheiro perfeito para a fé é a obediência. De fato, o hino diz: “crer e observar - creia e obedeça.” Ele realmente resume as duas atitudes fundamentais. Obediência significa simplesmente submeter-se ao que o Senhor diz, faça o que ele lhe disser. E o que ele diz a você está revelado nas Escrituras.
Quão fundamental é isso? Volte para a grande comissão, o último versículo de Mateus, Mateus 28, versículo 20. Jesus está comissionando seus discípulos a saírem e fazerem discípulos de todas as nações, para batizá-los em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Essa é a parte da salvação. Você vai lá, você prega o evangelho. Eles creem. Eles se tornam discípulos. Você os leva e os batiza, confissão pública da fé deles. E depois, no versículo 20, assim que eles são salvos, eis o que você faz: "Ensinando-os a observar tudo o que eu ordenei a vocês.” Isso é o que fazemos. Ensinamos as pessoas a obedecer à Palavra de Deus, a obedecer aos mandamentos de Deus, a se submeterem a ele.
Esse é o fundamento da vida cristã, da santificação, fé e obediência. E onde você diz que há fé e não há obediência, questionaremos sua fé. Em João 8.31, Jesus disse: "Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos." Jesus disse: "Aquele que guarda os meus mandamentos é aquele que me ama." Em 1João, João repete a mesma ênfase em 1João, capítulo 2: “Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade. Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus.”
Em outras palavras, você diz que ama a Deus, você diz que acredita em Deus, você diz que pertence a ele, então isso vai aparecer em sua obediência. Estamos falando de obediência do coração aqui, do coração, obediência sem equívocos, obediência sem resistência, obediência sem transigência. Isso é parte e parcela do compromisso original que fizemos. Volte para 1Pedro, e quero mostrar-lhe uma parte muito importante deste primeiro capítulo, em 1Pedro. O texto de 1Pedro 1.22 descreve a salvação como um ato de obediência. Ele diz: "Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade." Ele descreve a mesma realidade, no versículo 23, como tendo nascido de novo através da Palavra de Deus. Quando você nasceu de novo através da Palavra de Deus, isso também pode ser descrito como obedecer à verdade que purificou sua alma.
Que verdade era essa? O evangelho. O que era o evangelho? Arrependa-se e creia no Senhor Jesus Cristo, certo? E isso é uma ordem, então você obedece ou não. Deus disse: “Este é o meu Filho, a ele ouvi.” Jesus disse: “Arrependam-se, arrependam-se.” Os apóstolos, lembram do dia de Pentecostes, Pedro diz: “Arrependam-se, sejam batizados para a remissão de pecados,” e assim por diante. Sempre eles pregam o evangelho: “Creiam, creiam” - isso é uma ordem. Ela está sempre em um modo de comando, e exige obediência, então Pedro diz: "Você obedeceu à verdade e foi purificado, você foi salvo.” Você nasceu de novo porque obedeceu à verdade - a verdade contida na Palavra de Deus. A Palavra de Deus foi pregada, você ouviu, você creu, você obedeceu.
Foi dito: "Creia,” você creu. Foi dito: "Arrependa-se,” você se arrependeu. Foi dito: "Lance-se em Cristo,” você se lançou em Cristo. Então o ponto é que, no momento da salvação, você se envolveu em um ato de obediência. Mas você fez mais do que isso. Você se comprometeu, mas essa obediência foi apenas o começo, não um evento isolado. Em outras palavras, no momento em que você se comprometeu a obedecer ao evangelho, você também afirmou Cristo como Senhor, certo? Você veio, e você reconheceu que ele era seu Salvador, e não havia outro jeito de ser salvo de seus pecados, e você estava a caminho do inferno, e o fardo do seu pecado era esmagador. E assim você disse: "Eu não posso me salvar, eu não posso me livrar do pecado, e só o Senhor pode; só o Senhor é o Salvador e, por favor, perdoe meu pecado.
“Eu me submeto à tua misericórdia, me submeto à tua graça. Por favor, perdoa meu pecado baseado no fato de que tu morreste em meu lugar.” E você reconheceu Jesus como Salvador. Mas, ao mesmo tempo, você também reconheceu que ele era o Senhor e o Mestre, e você disse: "Eu te seguirei - eu te seguirei.” Estou confiante de que nenhum cristão no momento da salvação tem uma compreensão das implicações completas do significado desse compromisso. Você não sabe o que isso significa neste momento, mas o compromisso está lá. Por quê? Porque o Espírito Santo produziu isto. O Espírito Santo produziu a sensação de que você está se tornando um servo de Deus, e agora você está se tornando um servo de Jesus Cristo, seu mestre, e reconhecendo-o como seu Senhor. E você entrou em um lugar de obediência.
Isso faz parte do pacto de salvação. A parte de Deus: eu salvo você, eu perdoo seus pecados, eu lhe dou a vida eterna por meio da obra de Jesus Cristo. Sua parte: você se arrepende e se submete a me seguir. Isso é salvação. Quando você veio para a salvação, foi o que você fez - foi o que você fez, você se comprometeu com a obediência, embora você não tenha entendido completamente todas as implicações envolvidas nisso. Mas volte para 1Pedro novamente, voltando dos versículos 22 e 23 para os versículos 1 e 2; esta é uma parte muito importante da Escritura. Quando Pedro começa a escrever, no final do versículo 1, ele começa a falar sobre essa questão da salvação. Ele começa com a eleição. Ele fala com os forasteiros, os crentes espalhados que são escolhidos.
Então ele está começando a falar sobre a salvação aqui, e ele começa com a eleição. Na eternidade passada, Deus escolheu quem seria salvo, e ele o fez, diz o versículo 2, de acordo com sua presciência. Presciência não significa que todos agem de forma independente, e Deus olhou adiante e viu o que eles fariam, e disse: “Oh, então é isso o que eles farão; se é isso que eles vão fazer, é isso que eu vou fazer.” A presciência é um relacionamento predeterminado. “Pre” significa antes que tivéssemos nascido, antes que tivéssemos uma escolha, antes que tivéssemos feito algo ou não tivéssemos feito nada, Deus predeterminou nos conhecer, da mesma maneira que ele diz: “Somente a Israel conheci.” Isso não significa que eles são o único povo no planeta que ele conhece, isso significa que eles são os únicos com quem ele tem um relacionamento pessoal.
É o mesmo conhecer de quando Caim conheceu sua esposa. É o mesmo conhecer da gravidez de Maria, e José nunca a havia conhecido. É o mesmo conhecer em João 10, onde “as minhas ovelhas ouvem a minha voz e eu as conheço.” É o conhecimento da intimidade. E Deus, em seu plano, escolheu, baseado em um relacionamento predeterminado; ele predeterminou ter um relacionamento íntimo com alguns antes da fundação do mundo. Essa é a parte passada da salvação. A parte presente se move na frase “pela obra santificadora do Espírito.” Aquilo que estava no decreto de Deus na eternidade passada se moveu no tempo através da obra do Espírito; em que sentido? Fomos santificados pela obra do Espírito.
Dito de outra forma, fomos gerados pelo Espírito; para emprestar João 3, "Nascido do Espírito.” Essa é a nossa salvação ali. Essa é a iniciação da obra de santificação. Santificar significa separar. Quando o Espírito nos separou do pecado, nos separou da morte, nos separou do inferno, nos separou de Satanás, no sentido de que fomos salvos. Então, primeira eternidade passada, fomos escolhidos com base na predeterminação de Deus para ter um relacionamento conosco. Fomos salvos, quando o Espírito de Deus se moveu em nós e nos separou para Deus. Essa é a obra santificadora do Espírito. Ela começou em nossa salvação. E então observe isto, na próxima declaração: “Para que.” Fomos escolhidos e salvos, “Para que vocês possam” - fazer o quê? - qual é a próxima palavra - “obedecer a Jesus Cristo.”
Fomos salvos para as boas obras, Efésios 2.10. Nós fomos salvos para a obediência. Essa é a questão. Assim no passado, escolhidos com base na presciência de Deus; no presente, salvos pela obra separadora do Espírito de Deus; no futuro, uma vida de quê? Obediência. Quer dizer, esse é o propósito redentor, uma vida de obediência. E então, esta pequena declaração muito interessante ali: "E a aspersão do sangue de Jesus Cristo.” Isso é estranho. Que coisa estranha de se dizer. "E a aspersão do sangue de Jesus Cristo.” O que significa ser aspergido com o seu sangue? Isso não é mais uma questão de salvação? É mencionado em Hebreus 12.24: "o sangue da aspersão.” O que é isso? Há uma resposta para isso, e está em Êxodo 24, e é a isso que Pedro está aludindo.
Vá para Êxodo 24; é um texto muito importante e muito interessante. Em Êxodo 24 - e nós vamos descobrir o que é essa aspersão do sangue. Em Êxodo 24, Moisés subiu ao monte e recebeu a lei de Deus. Deus deu ao homem sua lei. Ela inclui os dez mandamentos e todo o restante da lei que Deus deu e, nessa lei, Deus revelou sua vontade em termos muito específicos. Obviamente, antes da lei mosaica, Deus revelou seus caminhos e sua vontade de muitas maneiras diferentes, mas agora tudo será escrito em detalhes absolutos na lei de Moisés. Então, Moisés subiu ao monte, lembra do monte Sinai, e foi-lhe dada a lei de Deus. Então Moisés desceu. Vamos pegar no capítulo 24, versículo 3.
"Veio, pois, Moisés" - e toda essa lei, é essa lei maciça, toda a lei que veio por intermédio de Moisés, a lei cerimonial e a lei moral, e todas as leis da vida social, a coisa toda. “Veio, pois, Moisés e referiu ao povo todas as palavras do Senhor e todos os estatutos; então, todo o povo respondeu a uma voz e disse: Tudo o que falou o Senhor faremos.” Agora, este é um momento muito importante. Moisés desce, e eu acho que pela obra do Espírito Santo foi capaz de lembrar de tudo, e ele relata a coisa toda, toda a lei de Deus, para o povo. E unilateralmente, a uma voz, eles dizem: “Nós faremos tudo isso.” E fazem um voto público. Eles fazem um compromisso, eles fazem uma promessa, e é uma promessa de obediência - é uma promessa de obediência.
Há uma aliança sendo feita aqui. A parte de Deus é: eu lhes enviarei minha lei moral, eu providenciarei nessa lei moral meus padrões, eu providenciarei nessa lei moral para quando vocês violarem esses padrões. Porque na lei mosaica - e certamente tem implicações morais, implicações espirituais - mas na lei mosaica, havia o sistema sacrificial, e eles foram instruídos sobre como lidar com o seu pecado também. Então, Deus revelou sua graça e misericórdia por meio dessa lei. Então, Deus diz: "Minha parte da aliança é que eu lhes mostrarei a minha vontade, e eu lhes mostrarei o que quero que vocês façam, e lhes darei um caminho de justiça, e lhes darei um meio de graça e misericórdia.” E ele deu tudo isso. E o povo disse: "E a nossa parte é que vamos obedecer.”
Você tem um paralelo exatamente aí com a salvação. No momento da salvação, Deus diz ao pecador: “Aqui está a minha lei, aqui está o meu meio de graça; eu o abençoarei, eu tomarei conta de você.” E o crente diz: “E eu vou” - o quê? - “seguir ao Senhor, eu vou obedecê-lo.” Então é uma cena muito parecida. Siga adiante, então, no versículo 4. “Moisés” - depois de ter recitado tudo isso, novamente, sem dúvida sob a inspiração do Espírito Santo - “escreveu todas as palavras do Senhor, e tendo-se levantado pela manhã de madrugada” - a implicação é que foi uma noite inteira escrevendo – “erigiu um altar ao pé do monte e doze colunas, segundo as doze tribos de Israel.” Agora ele vai se preparar para simbolizar publicamente a aliança que foi feita entre Deus e o povo.
Deus revelou sua parte, o povo declarou sua parte - Deus falou, eles falaram, e agora ele vai demonstrar um símbolo de selamento. Então ele constrói este altar, de pedras, sem dúvida, e coloca doze colunas de pedras representando as doze tribos, como um símbolo da participação de todos. "Ele enviou jovens dos filhos de Israel, e eles ofereceram holocaustos e sacrificaram novilhos como ofertas pacíficas ao Senhor" - os sacrifícios são uma indicação do compromisso do povo em resposta à lei de Deus. E então ele fez uma coisa muito interessante, no versículo 6. Ele tomou metade do sangue - e acredite em mim, holocaustos e sacrifícios de novilhos, havia sangue por toda parte. Foi um verdadeiro banho de sangue, pois eles estavam sangrando todos esses animais, cortando a jugular, na maioria dos casos, e recolhendo todo o sangue.
“Moisés pegou metade do sangue, colocou-o em bacias” - coletando tudo nessas grandes bacias - “e a outra metade do sangue ele espalhou sobre o altar” - o altar representava Deus. E assim a aliança seria ratificada dessa maneira visível, e ele aspergiu um pouco do sangue sobre o altar. “E tomou o livro da aliança” - foi o que ele escreveu a noite toda - “e o leu ao povo” - leu tudo de novo. Este seria o fato de que eles tinham ouvido uma vez, e agora eles ouvem novamente. E todas as pessoas responderam da mesma maneira: “Tudo o que o Senhor falou nós faremos e” - o quê? - “obedeceremos.” Essa é a aliança feita entre o povo e Deus. “Então Moisés,” versículo 8, “tomou o sangue e o aspergiu sobre o povo.”
Um pouco do sangue no altar, simbolizando a parte de Deus na aliança; o resto do sangue sobre o povo, simbolizando a parte deles. "Eis o sangue da aliança, que o Senhor fez com vocês de acordo com todas essas palavras." Ele declarou a parte dele, vocês declararam a parte de vocês, o sangue é a demonstração física de que vocês, ambos tanto firmaram esse compromisso. Agora com isso em mente, volte para 1Pedro. E em 1Pedro 1, você lê isto: “para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo.” Pedro está tomando emprestado daquela cerimônia tão gráfica de Êxodo 24. E Pedro está dizendo: quando vocês vieram a Cristo, quando vocês colocaram sua confiança em Jesus Cristo, vocês aceitaram sua parte da aliança: “Escreverei minha lei no coração de vocês” - nova aliança - “Eu escreverei meus estatutos no coração de vocês. Eu perdoarei todas as suas ofensas e todas as suas iniquidades. Eu lhes concederei misericórdia e lhes concederei graça.”
E naquela parte, naquele momento, quando você estava recebendo tudo aquilo dele, você estava respondendo e dizendo: “Sim, Senhor, e eu o seguirei.” E essa foi a aliança da salvação. "Confesso-te como Senhor,” e Senhor significa aquele que está no comando, e foi isso que você confessou. E naquele momento, aos olhos de Deus, o sangue que havia sido aspergido em Cristo, o sacrifício, foi então aspergido em você, por causa de sua parte na aliança. É uma linda imagem. Então, quando você veio para a salvação, meu amigo, você fez uma simples aliança de obediência. A triste história de Israel é que eles fizeram - o quê? - eles a violaram. E nós também - e nós também. Se há algo que deve ser companheira da fé deve ser a obediência, porque essas duas eram companheiras quando fomos salvos, certo? A fé no Salvador como o único para nos salvar; o compromisso de obedecer ao Senhor como nosso Rei.
A obediência, aquela que vem do coração, é o que desejamos na igreja. Dê-me uma igreja cheia de pessoas cujo coração é devotado à obediência, e eu lhe mostrarei uma igreja com poder e alegria. Veja Romanos 6.17 - eu vou dar-lhe mais alguns e vamos acabar. Romanos 6.17 sobre esta questão da obediência - mas veja o versículo 16, primeiro: “Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos?” Muito obvio. Se você se tornar escravo de alguém, a palavra principal é obediência. Quando você se apresenta como escravo de alguém, a questão é que você faz o que lhe dizem.
E então ele faz aquela simples ilustração, uma doutrina espiritual, no versículo 17: “Mas graças a Deus porque, outrora, escravos do pecado, contudo, viestes a obedecer de coração” - eu amo essa frase, você deveria sublinhá-la. “Obedecer de coração” - porque é o seu desejo, porque você ama ser obediente, porque isso vem de dentro - “viestes a obedecer de coração à forma de doutrina a que fostes entregues.” De fato, versículo 18: “fostes feitos servos da justiça.” Quando você veio a Cristo, você entrou em uma nova obediência. Você era obediente antes à carne, ao mundo, ao diabo. Você era obediente ao pecado. E agora você é obediente a ele. Você é obediente à justiça.
Não é apenas uma questão de ouvir a Palavra, é uma questão de obedecê-la. Em Mateus 7, havia pessoas que ouviam a Palavra e não a obedeciam, e estavam construindo sua casa na areia. E quando o julgamento chegou, a casa ruiu. Obediência significa ouvir e colocar em prática. Um último texto, muito importante, Tiago 1; nós encerraremos com este, Tiago 1.22: “Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos.” Você sabe o que acontece se você ouvir a Palavra e não a aplicar? Você está vivendo em uma ilusão; você está enganado sobre sua verdadeira condição espiritual. Se você não está aplicando a Palavra de Deus em sua vida, está enganado sobre sua condição espiritual.
E então ele dá uma ilustração de tal engano - muito interessante, versículo 23: “Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não praticante, assemelha-se ao homem que contempla, num espelho, o seu rosto natural” - literalmente a palavra "contempla" é "olhar com cuidado.” Você entra lá de manhã e decide que vai raspar o bigode e raspa metade dele, penteia metade do cabelo e escova metade dos dentes. E o telefone toca, e você sai de lá, e você mal começou, talvez, e você sai de lá e você pega o telefone, e você esquece como você está, e você vai para o escritório, para a risada de todos que o cumprimentam, porque você esqueceu de como você está.
Assim é com um indivíduo que meramente olha para a Palavra de Deus, e que não a aplica. Ele realmente não entende a condição em que está. Ele acha que está tudo bem, mas não está tudo bem; ele está enganado sobre sua verdadeira condição. E quando ele vai embora, ele esquece, porque ele não a aplica. Isso certamente se aplica a um não crente, um não cristão que ouve o evangelho, ouve o evangelho, e nunca o coloca em prática, nunca realmente olha muito profundamente para ele, simplesmente nada lhe afeta e é enganado sobre sua verdadeira condição. Isso pode ser verdade sobre alguém que vem para a igreja, faz uma profissão de Cristo, pode até em sua própria mente pensar que é um cristão, acha que é cristão - ouve, nunca aplica nada, nunca aplica nada - está em um estado de ilusão sobre sua condição espiritual.
Também pode ser verdade para um cristão que ouve ensinar sobre uma determinada área, e ele não vai lidar com ela, ele não aplicará aquilo em uma área de sua vida. Ele se torna totalmente enganado sobre sua verdadeira condição espiritual. Então o ponto é este: é melhor você dar mais do que um olhada passageira se quiser saber sua verdadeira condição. E o versículo 25 diz: “Aquele que olha atentamente” - esse é um verbo grego que significa que você olha bem de perto e por um período prolongado para avaliar corretamente sua condição. Você olha naquele espelho, que é a lei perfeita, a lei da liberdade. O que é isso? A Palavra de Deus, é a lei perfeita, é a lei que o liberta do pecado e da ilusão, e você a obedece.
Você não é um ouvinte esquecido, mas um executor eficaz, "este homem será abençoado.” É a obediência que traz a bênção. E aqueles que não obedecem se enganam. Talvez nem sejam cristãos. Talvez sejam cristãos que erroneamente pensam que tudo está bem quando tudo não está. Então, nós queremos lidar com atitudes, que vêm do coração. E isso significa fé, e isso significa obediência. Nesta noite vamos falar sobre a terceira. Eu vou lhe dizer o que é - eu não deveria lhe dizer, mas eu vou lhe dizer - humildade. E todos vocês que não estão aqui que conhecemos estarão evitando a humildade. Este é um estudo muito importante nesta noite, e nós só vamos lidar com isso uma vez. Você está conosco e teremos a mesa do Senhor também. Vamos nos curvar em oração.
Pai, nós te agradecemos por novamente trazer à lembrança de que o fundamento de nossa vida cristã é obediência. Existe um plano. Há um jeito certo de fazer as coisas em tua igreja, e isso envolve atitudes espirituais de dentro para fora. E, Senhor, nós pedimos que tu nos concedas grande fé, e a força para sermos obedientes, e o desejo de confessar nossa desobediência e fazê-la correta. Faze obra de convicção em nosso coração que nos faça odiar nossa desobediência e ansiar por nos submeter. Produza em nós aquelas atitudes que nos farão viver de maneira a trazer-te a glória, pelo amor de Cristo. Amém.
FIM

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