
Bom, como vocês sabem, nós estamos tratando do assunto “céu.” Na verdade, nós intitulamos a série de “Olhando para o céu.” Esta é a terceira mensagem. Eu tenho mostrado para vocês, em nossa contemplação do céu, que nos dias em que nós vivemos parece haver pouco caso da igreja a respeito do assunto “céu.” Na verdade, a igreja da minha geração recebeu um legado de ensinos bíblicos com uma ênfase na glória do céu. Eu recebi esse legado. Porém, a igreja de hoje está deixando para a próxima geração um legado não de pregação expositiva, mas de pregação relacional; não uma ênfase no céu, mas uma ênfase no sucesso pessoal aqui e agora. Assim, aconteceu uma grande transição. Eu penso que chegou a hora de nós voltarmos e olharmos novamente para o céu.
Nós crescemos em um momento em que os homens proclamavam a Palavra de Deus e pregavam contra o pecado. Nós estamos vivendo em um momento em que os homens se especializam em arrecadar fundos e em fazer relações públicas. Este é um momento diferente para a igreja, e eu acho que nós perdemos o nosso senso de perspectiva com relação ao céu, e precisamos resgatar isso. Na verdade, perder o significado do céu é um grande, grande defeito na vida da igreja. Isso nos leva para todo tipo de problemas. John Bunyan, que vocês conhecem, escreveu a clássica analogia da vida cristã intitulada “O Peregrino.” Em um determinado momento, “O Peregrino” focou no diálogo entre dois peregrinos que estavam caminhando para a cidade celestial. Na verdade, a questão do livro é o peregrino que está a caminho da cidade celestial, que é o céu. Conforme esses dois peregrinos caminham em direção à cidade celestial, um pergunta ao outro: “Quando você se enxergará em seu estado espiritual mais vigoroso e completo?” A resposta do outro é: “Quando eu pensar no lugar para onde eu estou indo.” Com esse simples e pequeno ponto neste diálogo a caminho da cidade, John Bunyan enfatiza o fato de que a vida espiritual vigorosa é alcançada por aqueles que contemplam o lugar para onde estão indo; que estão, de alguma forma, divorciados do lugar em que têm estado e até mesmo do lugar onde estão, e estão literalmente preocupados com o lugar para o qual estão indo. Eu acho que Bunyan entendeu o poder da expectativa pelo céu, o poder de superar todas as tribulações e provas da jornada da vida. Eu acredito que a igreja hoje seria transformada por uma percepção do céu.
Eu me lembro, quando era pequeno, de uma frase muito comum: “Ele tem tanta percepção do céu que não serve para a terra.” Você já ouviu isso? Bom, eu não acho que isso seja mais verdade. Eu acho que nós precisamos reverter isso e dizer: “Ele tem tanta percepção da terra que não serve para o céu,” porque houve uma grande mudança de pensamento. Nesta série, eu tenho buscado direcionar a nossa atenção para o céu, e buscado ensinar a pensar no lugar para onde estamos indo, pois nós, também, estamos em uma jornada à cidade celestial. Nós precisamos ter uma percepção do céu para sermos bons na terra.
Agora, em nosso estudo, nós temos buscado responder a algumas perguntas já que este é um estudo de um assunto em vez de um texto específico. A primeira pergunta que nós fizemos e respondemos foi: o que é o céu? Nós já aprendemos que o céu é um lugar. Ele é um lugar em que Deus habita com majestade soberana, onde Ele é conhecido completamente, e em relacionamento com seus anjos e santos que estão para sempre em sua presença. Os santos do Antigo Testamento e do Novo Testamento estão lá em espírito, e eles estão com Deus, aguardando os seus corpos glorificados que eles receberão na segunda vinda. Assim, o céu é um lugar. Ele é um lugar em que Deus habita, e onde todos os santos de todas as eras habitarão para sempre com corpos glorificados. Os que já estão lá estão sem os seus corpos, esperando a ressurreição, quando o corpo e a alma se ajuntarão para aquele estado eterno. Nós vamos voltar para isso, no futuro. Agora, até chegarmos no céu, a Bíblia nos diz que, mesmo agora, como cristãos, nós vivemos em um estado chamado celestial. Assim, de certa forma, o céu é um lugar e também é um estado de ser. Nós não estamos em um lugar chamado céu, mas nós estamos em uma esfera ou em um estado de ser que pode ser chamado de celestial. Assim, nós vivemos em uma esfera em que Deus governa. Nós ainda não estamos no céu dos céus, mas nós estamos sob o governo de Deus na esfera do seu domínio espiritual sobre os corações e as vidas daqueles que creem Nele através de Jesus Cristo. É por isso que Efésios 1 diz que nós somos abençoados com toda a sorte de bênçãos espirituais nas regiões celestiais.
Nós já estamos experimentando a vida celestial. Nós temos experimentado isso pela presença da habitação do Espírito Santo. Nós temos experimentado isso porque temos a vida eterna aqui e agora. Nós temos experimentado isso porque somos membros da família eterna de Deus. Nós temos experimentado isso porque já somos cooperadores de uma humanidade criada novamente. As nossas almas foram recriadas. Nós aguardamos a recriação dos nossos corpos. Nós experimentamos o céu agora porque nós experimentamos as atitudes do céu: amor, alegria, paz, bondade e assim por diante. Nós já temos, na verdade, uma natureza divina. O texto de Filipenses 3.20 e 21 diz que nós somos cidadãos dos céus. Assim, nós não estamos em um lugar chamado céu, mas nós estamos em uma esfera chamada celestial, e nós estamos começando a degustar da glória divina. Isso significa que, neste mundo, enquanto vivemos aqui, nós somos estrangeiros e estranhos. Nós pertencemos a outra nação. O nosso Pai está lá, o nosso Salvador está lá, e nossos santos irmãos estão lá, o nosso tesouro está lá, a nossa herança está lá, o nosso lar está lá. Nós estamos apenas de passagem por este lugar. Assim, a primeira pergunta que nós respondemos foi que o céu é um lugar, e o céu é uma esfera em que Deus governa. Em segundo lugar, nós perguntamos: onde fica o céu? E qual é a resposta para isso? Em cima. Em cima. Em cima, onde? Bom, no terceiro céu. O céu é um lugar longe. Nós viajamos depois de todos os planetas e estrelas e nós ainda não chegamos lá. É um lugar muito longe e ainda assim você pode chegar lá a que velocidade? Em um dia. Talvez em um piscar de olhos. Jesus disse para o ladrão na cruz: “Hoje mesmo estarás comigo no paraíso.” É longe, porém perto.
A terceira pergunta que nós fizemos, e a que nós vamos ver hoje é: Como é o céu? Como ele é? Nós vimos Ezequiel, capítulo 1, e Ezequiel tentou nos dar uma descrição dele e nos impressionou. Ezequiel, capítulo 1, nos dá uma imagem complexa e com certeza confusa de luzes brilhantes com joias como rodas de luz, todas juntas com a majestade e o movimento dos anjos santos, com algum arco-íris brilhante de glória que é quase certamente indescritível. Esse é o lugar onde Deus tem o seu trono e onde as luzes brilhantes demonstram a luz esplendorosa que emana daquele trono.
Nós também dissemos que o Apocalipse nos diz que não há apenas um trono lá, mas um templo. Nós notamos algumas coisas interessantes. De acordo com Apocalipse 3.12, existe um templo no céu de onde os santos nunca saem. Ele deve ser um templo enorme. Deve ser imenso, infinito e eterno. Nós nunca poderemos sair dele, de acordo com 3.12 e 7.15. Na verdade, ali diz que, no templo de Deus, Ele estende o seu tabernáculo sobre eles. Nós aprendemos também depois, se chegarmos no capítulo 21.22, que o próprio Senhor e o Cordeiro são o templo. Que tipo de templo é esse, do qual você nunca poderá sair? Que tipo de templo é esse em que Deus no céu eterno se estende sobre todo o seu povo? É a Sua presença. Existe um trono, um lugar central em que Deus revela a Sua glória majestosa e soberana, mas, ao mesmo tempo, existe um templo lá que é tão infinito como todo o céu. Incrível. Incrível.
Assim, existe um trono lá, e ainda assim, através desse lugar principal do trono, todo o céu infinito é a presença de Deus. Toda a presença de Deus e do Cordeiro são o templo. Assim, nós nunca estaremos fora do templo porque ele é tão infinito como a presença de Deus. Ele precisa ser um templo que possa conter o Deus eterno. O único tipo de templo que pode conter o Deus eterno é o templo que é infinito como Deus.
Agora, para uma descrição mais detalhada do céu, vamos para Apocalipse 21 e 22. Esses capítulos nos falam a respeito do que a Bíblia chama de novo céu e nova terra, o estado eterno. Agora, deixe-me dar para vocês um pouco de perspectiva. Nós falamos sobre isso há duas semanas, mas eu quero lembrá-los disto. Nós dissemos que temos um universo presente, este universo presente que nós conhecemos, com todas as constelações, estrelas, luas, planetas e assim por diante. Este é o céu presente. Aqui, embaixo, está a terra presente. Ao redor da esfera do nosso universo em expansão está o lar infinito do Deus infinito, sem limites, assim como o próprio Deus. Um dia, Deus vai literalmente cobrir todo o universo e transformar isso em um céu final. É por isso que ele é chamado de novo céu e nova terra. Agora, nós temos um velho céu e uma velha terra. Eles foram tocados pelo pecado. Eles foram manchados pela Queda. Na verdade, a terra é o domínio de Satanás, sob o domínio de Satanás. A terra está cheia de homens caídos. O espaço está cheio de demônios caídos. Somente o terceiro céu é puro, sem mancha e perfeito.
Na recriação haverá um novo céu e uma nova terra; isto é, o terceiro céu literalmente cobrirá o primeiro e o segundo céus e terra para um estado eterno final, e a partir da terra, até o infinito, tudo será o céu dos céus. Haverá apenas um detalhe em algum lugar chamado inferno. Porém, tirando isso, tudo será coberto com um estado final chamado novos céus e nova terra.
Agora, esse não é um pensamento novo. Na verdade, esse é um pensamento que os profetas do Antigo Testamento receberam de Deus. O texto de Isaías 65.17 diz: “Pois eis que crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas.” Agora, isso nos diz que, quando entrarmos nos novos céus e na nova terra, nós nunca nos lembraremos nesse glorioso novo céu de como o antigo era, nunca. O capítulo 66 nos dá uma perspectiva parecida, em Isaías, versículo 22: “Porque, como os novos céus e a nova terra, que hei de fazer, estarão diante de mim, diz o Senhor, assim há de estar a vossa posteridade” e por aí ele continua. Assim, existem algumas referências no Antigo Testamento com respeito ao novo céu e a nova terra. Você vai encontrar isso novamente no Salmo 102, versículos 25 e 26. Assim, isso é algo que Deus prometeu há muito tempo. Nós também encontramos, em Hebreus, capítulo 1, uma citação do Salmo 102, versículo 10: “No princípio, Senhor, lançaste os fundamentos da terra, e os céus são obra das tuas mãos; eles perecerão; tu, porém, permaneces; sim, todos eles envelhecerão qual veste; também, qual manto, os enrolarás, e, como vestes, serão igualmente mudados; tu, porém, és o mesmo, e os teus anos jamais terão fim.” Em outras palavras, o salmista está dizendo e o escritor de Hebreus está citando: “Deus, existe um céu e uma terra, mas Tu os mudarás.” Isso mesmo. Haverá uma terra eterna. Haverá um universo eterno. Haverá um céu eterno. Todos eles serão a mesma coisa. Haverá uma terra não como a terra que nós conhecemos e haverá um espaço não como o espaço que nós conhecemos.
Agora, nós chegamos em Apocalipse, e temos uma descrição disso. A história da terra acabou. O grande holocausto final na terra foi feito. A guerra do Armagedom terminou. Satanás está preso e foi lançado no inferno. Os 1000 anos do reino de Jesus Cristo terminaram. Todos os ímpios de todas as eras foram lançados no inferno. Versículo 14: “Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo.” Se o nome de alguém não for encontrado escrito no Livro da Vida, ele será lançado no lago de fogo. Com Satanás e todos os ímpios lançados nesse lugar chamado inferno, não restará nada, a não ser criar o novo céu e a nova terra. O julgamento do pecado é final e nós chegamos agora no estado eterno. O reino milenar terreno de Cristo terminou; o grande trono branco cumpriu o seu propósito, quando Deus sentenciou os injustos e Satanás ao inferno eterno. Todo o universo, exceto o inferno, seja onde for, é então dissolvido em novos céus e nova terra. Deus, conforme nós vimos em Isaías, criará um novo céu e uma nova terra que serão tão esplendorosos que ninguém se lembrará do antigo. Toda lembrança do primeiro sumirá.
Pedro caracteriza isso em 2Pedro 3.13: “Nós, porém, segundo a sua promessa,” e essa é a promessa no Salmo 102 e em Isaías 65 e 66 que ele tem em mente, “esperamos novos céus e nova terra, nos quais,” e aqui está o ponto, “habita a justiça,” não tocada pelo pecado; não tocada pelo mal. Agora, nós percebemos que desde a queda de Satanás, o primeiro céu, o segundo e a terra, claro, estão sob essa maldição. Maldita a terra, diz em Gênesis. Em Jó, capítulo 15, eu creio que é no versículo 15 que a Bíblia diz que os céus não são puros aos Seus olhos. Até mesmo os céus, como nós os conhecemos, estão poluídos pelo pecado. Em Isaías 24.5, as Escrituras dizem que a terra está contaminada por causa dos seus moradores. Nós vivemos em um universo contaminado. Deus refará tudo isso.
Agora, Deus nos deu uma ilustração para isso. Antes de olharmos para o novo céu e a nova terra mencionada no 21, ele diz: “Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram.” Antes de entrarmos nisso, deixe-me mostrar uma imagem de outra devastação na terra que serve como uma pequena ilustração do que Deus fará. 2Pedro, capítulo 3. Abram as suas Bíblias em 2Pedro, capítulo 3. É um relato conhecido de vocês.
Em 2Pedro, capítulo 3, talvez nós possamos ver o versículo 4 como um ponto de partida. Alguns escarnecedores e zombadores vieram e disseram: “Onde está a promessa da sua vinda? Porque, desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.” A lógica deles é: nós nunca tivemos um holocausto, por que nós teríamos um agora? Nunca houve julgamento na terra, por que haveria um agora? Por que nós deveríamos acreditar que Deus fará algo? Ele nunca fez nada. Isso é como dizer que eu nunca morrerei; eu nunca morri. Versículo 5: “Porque, deliberadamente, esquecem que, de longo tempo, houve céus bem como terra, a qual surgiu da água e através da água pela palavra de Deus, pela qual veio a perecer o mundo daquele tempo, afogado em água.” Eles se esqueceram que houve um momento em que Deus rompeu os céus, rompeu a terra, e afogou toda a raça humana?
Antes do dilúvio de Gênesis, registrado no sexto capítulo de Gênesis, existia um vapor que cobria a terra, os céus eram de uma determinada forma. Havia vapor. Não havia chuva. O vapor filtrava os raios ultravioletas que penetram a terra agora. As pessoas viviam muito tempo. Os animais viviam muito tempo. Como você sabe, eles viviam até seus 900 anos porque não havia esses raios ultravioletas penetrando esse filtro de água que envolvia a terra. A terra, então, abundava em vegetação e uma forma completamente diferente do que nós podemos compreender hoje. Mas Deus, por causa do pecado, rompeu os velhos céus e rompeu a velha terra. A água saiu do céu, saiu das profundezas e afogou toda a raça humana. Assim, o que o escritor Pedro está dizendo é que essa é uma imagem, uma pequena imagem, de como Deus pode trazer julgamento através da renovação dos céus e da terra. Então, isso serve para nos lembrar que somos tolos de achar que Deus nunca fez nada e por isso Ele nunca fará. Não pense assim.
Existe outra ilustração do que Deus pode fazer, em Lucas 17, em que você observa a lembrança do fogo e enxofre que veio sobre Sodoma e Gomorra. Mas Deus diz que haverá um dia em que Ele renovará tudo. No entanto, dessa vez, ele fará algo muito maior do que qualquer coisa que foi experimentada no dilúvio de Noé. Tudo será destruído. Veja o versículo 6. Ele diz que o mundo, certa vez, foi destruído, sendo afogado com água. Mas os céus e a terra atual, pela sua palavra, estão reservados para o fogo. Certa vez, Deus destruiu a terra pela água. Na próxima vez, pelo fogo, no Dia do Julgamento e a destruição dos homens ímpios. Versículo 10: “Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor,” isto é, camuflado, sem esperar. “No qual os céus passarão como estrepitoso estrondo.” Os céus, como nós conhecemos, passarão. Os elementos serão destruídos com um calor intenso. A terra e suas obras serão queimadas. Tudo será recriado. Tudo.
É claro, a descoberta do átomo nos deu um entendimento de que isso pode mesmo acontecer. Nós temos criado bombas nucleares, nós dividimos o átomo, e liberamos um potencial para uma inacreditável destruição. Na verdade, uma reação de explosões atômicas poderia literalmente desintegrar esta terra. A reação, tocando os vapores de H2O dos céus, poderia separá-los, e todo o céu se ajuntaria nessa conflagração. A estrutura da nossa terra, eu imagino que vocês saibam disso, tem um tremendo potencial de fogo. Nós estamos sentados em uma pequena camada de uma bola de fogo. Os 40 mil quilômetros de circunferência da terra, os 16 mil quilômetros de diâmetro serão em grande parte chamas derretidas. O átomo tem a capacidade de destruir a parte de fora e o universo, o fogo de dentro, se solto, poderia certamente destruir a terra e se juntar a essa conflagração. Assim como Deus certa vez rompeu os céus e derramou água, e trouxe água de baixo da terra, Ele pode trazer fogo de cima e de baixo também.
Dentro da terra existe um lago de fogo líquido, borbulhando e cheio de chamas. Quando ele se aproxima muito da crosta da terra e a crosta é muito fina, ele rompe a superfície com uma pressão para quebrar um pedaço da crosta. Nós chamamos isso do quê? De vulcão. A terra, assim, é uma grande bomba de fogo, como você achar melhor enxergar. Deus liberará esse poder de fogo de dentro e de fora por meio da energia atômica e destruirá todo o universo. E então Ele fará um novo céu e uma nova terra.
Agora, com isso em mente, vamos voltar para Apocalipse, capítulo 21. Eu estou empolgado para ver esse novo céu e nova terra. A palavra “nova” é importante: um novo céu e uma nova terra. Esse novo é no sentido de kainos, que é uma palavra grega bem interessante. Ela está relacionada a qualidade, não a tempo. Não é novo no sentido de ser novo em oposição ao velho, mas novo com o sentido de que é diferente de outro. Esse é o mesmo termo usado, por exemplo, em 2Coríntios 5: “Se alguém está em Cristo, é nova criatura.” Não que você seja novo em oposição ao velho, mas que você é novo em oposição a algo diferente. A qualidade mudou. Assim, os novos céus e a nova terra serão novos como nós, como nós; melhores. Melhores, glorificados, sem pecado, eternos. O novo céu que ele menciona aqui, no versículo 1, virá de uma antiga beleza para uma nova beleza.
Você diz: “Bom, o que isso significa?” Eu não sei o que isso significa especificamente. “Bom, como as estrelas serão?” Eu não sei. Eu não sei nem como isso vai ser. Mas eu vou lhe dizer algo: Não haverá mais tempestades, nem chuvas, nem ventanias, nem relâmpagos e nem lar aos demônios. Agora, além disso, eu não sei como isso vai ser. Se Deus me falasse, eu provavelmente não entenderia, então, para que ficar gastando papel?
Ele também fala a respeito de uma nova terra. Como ela será? Eu também não sei. Será um lugar em que você poderá andar porque nós teremos corpos glorificados. Quando Jesus estava com seu corpo glorificado, ele andou. Será um lugar em que você poderá comer porque, quando Jesus saiu de seu túmulo, ele comeu. Ele não precisava comer para sustentar a sua vida, mas ele comeu porque havia uma certa alegria em comer. Agora, você olha para a terra hoje e você ainda encontra belos lugares em nossa terra, vestidos com verde e flores, cheio de plantações, belas árvores, montanhas com gelo, morros, ribeiros, riachos cristalinos. Porém, embora tenha toda essa beleza, ela é uma terra cheia de dores, desordens, doenças, morte, contaminação, rompida pelas misérias da impiedade.
E honestamente, nós só podemos imaginar como será o novo céu e a nova terra. Um dia, quando os céus forem destruídos pelas chamas, como Pedro diz em 2Pedro 3.12, e quando os elementos derreterem com esse calor intenso, ele diz que nós veremos os novos céus e a nova terra em que a justiça habita. É só isso que nós podemos saber. Não estará mais sob a maldição do pecado. Não será mais destroçada para entregar o seu metal para produzir riqueza. Ela não estará mais cheia de espinhos. Não haverá mais ervas daninhas em seu jardim. Isso é prático. O solo eterno nunca mais será cavado para colocar túmulos, nunca mais molhado de sangue, e nem manchado com lágrimas. Uma terra que emana salvação de suas eternas montanhas, rios, e da qual seus vales eternos conhecem somente o doce paraíso de Deus. Nós estaremos nessa terra. “Bem-aventurados os mansos porque eles herdarão,” o quê? “a terra,” Mateus 5.5. E a maravilhosa oração: “Seja feita a tua vontade na terra como no céu” não precisará ser feita novamente, porque a vontade de Deus reinará na terra.
Eu estava escutando um áudio do jogador de baseball Al Martin. Nós tivemos ele aqui, pregando em nossa igreja há um tempo, e eu gostei muito dele. Ele estava expondo um pensamento eloquente a respeito do céu. Ele disse: “Pense o seguinte. Este globo. Eu gosto de pensar nestes termos. Esta terra que já sugou o sangue de multidões em campos de guerra, esta terra cujo chão está manchado com sangue inocente, esta terra que sustenta os passos do tirano, do aproveitador, do assassino, do ladrão, esta terra que sustenta a atividade rebelde de multidões não convertidas, esta terra na qual o Deus Todo-Poderoso é negado, este ar que nos envolve, que os homens respiram com sua laringe e falam palavras de blasfêmia e negação a Deus, este mundo e todo o seu sistema de suportar a vida será renovado pelo fogo do julgamento no retorno de Cristo. Quando Ele terminar, cada partícula, cada átomo desta terra e todo o seu sistema de suporte será permeado com nada além de justiça. Será um novo céu e uma nova terra em que a justiça e somente a justiça fará o seu lar.” Lindamente dito. Que expectativa abençoada!
Bom, se nós vamos lidar com esses dois capítulos, é melhor irmos um pouco mais rápido. Volte para o versículo 1. Não acredite, pessoal. O primeiro céu e a primeira terra já passaram, ele disse. Eles se foram. Não existe mais nenhum mar, nenhum mar. Eles se foram. É interessante tentar imaginar o que o escritor tem em mente com relação a isso. Eu não acho que nós podemos ser dogmáticos, mas existem algumas formas de lidar com o pensamento “nenhum mar.” Eu não sei se você sabe disto, mas os judeus não eram marinheiros. Houve uma geração de pessoas que viveu naquela terra antes deles, que nós conhecemos como fenícios, que eram marinheiros profissionais, os grandes marinheiros do mundo. Os judeus não eram assim. Eles eram um povo agrícola. E, para ser honesto com vocês, eles tinham um medo saudável do mar. É por isso que, quando Jesus quis falar com eles sobre uma terrível morte, em Mateus 18, Ele se referiu a um homem que tinha uma pedra amarrada em seu pescoço e foi afogado nas profundezas do mar.
Para o judeu, o mar representava turbulência, agitação, violência, mistério, caos. Ele falava até mesmo de separação. Alguns acham que a ideia de não existir mar se refere a fronteiras nacionais. Que significa nenhum medo, nada a temer, ou que significa nada a lhe separar de outras nações, e talvez ambas as coisas, mas não haverá mais mar. Nada para lhe causar medo. Nada a temer. Nada para lhe separar de outras pessoas.
Então, João olha, versículo 2, e eu gostaria de focar nisto por alguns momentos, e diz: “Vi a cidade santa, a Nova Jerusalém.” Você tem o novo céu e a nova terra, e você certamente precisa de uma Nova Jerusalém. “Vi que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo.” Isso é interessante. Isso me dá a ideia de que a Nova Jerusalém já estava criada, já feita, em seu lugar, e quando o novo céu e a nova terra forem criados, então a Nova Jerusalém descerá do terceiro céu onde ela já existe em seu estado final do novo céu e da nova terra. Ele diz: “eu a vi não sendo criada, mas descendo do céu, de Deus.” Agora, o céu onde Deus está, é o terceiro céu. Assim, nós podemos concluir que Deus preparou a Nova Jerusalém lá. Então, no momento certo, ela descerá nos novos céus e na nova terra e se tornará a capital do estado final.
Porém, ela já vai estar preparada antes disso. Eu pessoalmente acho que pode ser isso que Jesus foi fazer quando Ele disse: “eu vou subir e preparar” - o quê? - “um lugar para vocês.” Pode ser que antes de Ele voltar, esteja preparando a Nova Jerusalém.
Agora, já existiram três Jerusaléns: a Jerusalém histórica, a Jerusalém milenar e a Jerusalém eterna, que eu penso ser a capital da eternidade. Ela é a capital do céu. Ela não é o céu; ela é a capital do céu. Ela é a cidade na qual o construtor e feitor é Deus. Ela é a cidade que Abraão realmente desejou e viu. Hebreus 12.22, você chega no Monte Sião, a cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial, ocupada por muitos anjos e a grande assembleia geral e a igreja do primogênito que estão no céu, e Deus e os espíritos dos homens justos, todos perfeitos, e Jesus. Esse é o lugar onde todos os santos estão. Eu creio que ela é uma cidade especial que desce. Ela está adornada, como o texto diz, como uma noiva preparada para o seu esposo. O que isso significa? Beleza, esplendor e glória. Qual é a melhor forma de expressar beleza do que uma esposa adornada, certamente enfatizando o seu caráter de esposa. Esse é o lugar em que a igreja habita, a igreja, que é a noiva de Cristo. Ela é a cidade da noiva. Ela pode certamente ser o lugar onde o banquete do casamento aconteceu, em Apocalipse 19.9, quando os santos vão para o Senhor e vão para o banquete do casamento do Cordeiro. Isso pode acontecer em um lugar de banquete especial na Nova Jerusalém. Porém, ela é a cidade identificada a partir da perspectiva das pessoas que estão lá dentro. Elas são a noiva de Cristo, a Sua noiva, a igreja. O versículo 9 diz: “Vem, mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro; e me transportou, em espírito, até a uma grande e elevada montanha e me mostrou a santa cidade, Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus.”
Assim, é a cidade da noiva. É a cidade em que a igreja habita. As pessoas não podem ser desassociadas do lugar. Essa é a cidade da noiva porque é nela que a igreja está. A esposa do Cordeiro está lá. E honestamente, as cidades da antiguidade eram feitas de acordo com o caráter do povo que habitava nelas. Na verdade, a cidade de Corinto, de forma negativa, era tão identificada com a imoralidade do povo que o verbo “corintianizar” significava se deixar com uma prostituta, pois a cidade era identificada com o tipo de povo que estava ali.
Agora, a questão é: Esse é apenas um lugar de ocupação da igreja? Não. Embora ele seja um lugar único como a cidade da noiva, e a igreja dá o seu caráter único, eu creio que todos os santos de todas as eras estarão lá. Todos eles estarão lá. Os santos do Antigo Testamento, os santos que são redimidos e saem da Grande Tribulação. Eu creio que todos eles estarão nesse lugar. A maravilhosa verdade é que essa é a cidade de todos os redimidos de todas as eras.
Por que, então, falar somente da igreja? Porque este livro foi escrito para a igreja. Ele foi escrito para trazer conforto para a igreja perseguida. Essa é a cidade da noiva a partir de uma perspectiva do leitor, porque é a sua cidade. Ela é unicamente a sua cidade, a cidade dele, a cidade dela, daqueles que amam a Cristo para lhes dar conforto, para lhes dar esperança. Assim, João olha e vê um novo céu e uma nova terra. O novo céu e a nova terra foram completamente recriados. Então, ele vê descendo do terceiro céu esse novo céu e nova terra, essa cidade da noiva, caracterizada em esplendor por causa da igreja que habita nela, que se encontrará com o esposo, Cristo, para sempre, sempre e sempre.
Veja que ela está descendo do céu. Eu somente aponto algo novamente para vocês: isso significa que ela provavelmente já existia e agora está simplesmente incorporada nesse estado final. Eu li um escritor que disse que, por ser um cubo, ela provavelmente tem um canto que toca na terra e o resto se expande pelo espaço, mas nós não sabemos disso. Nós não sabemos exatamente onde ela vai ficar nesse estado final. Porém, eu creio que ela já existe e eu acho que talvez Jesus a esteja preparando agora para o momento em que ela vai descer.
Agora, por que uma cidade? Ela é uma cidade como nós concebemos uma cidade? Bom, provavelmente não. Com certeza ela será diferente. Não como nós concebemos uma cidade. Em primeiro lugar, não haverá a política da cidade. Não existirá a corrupção de uma cidade. Ela será um tipo diferente de cidade. Você diz: “Bom, então por que chamá-la de cidade?” Porque você precisa entender como eles concebiam uma cidade naquele tempo. Na verdade, eu pensei sobre o fato de que, quando eu penso no céu, eu penso em um país e não em uma cidade. Porém, aquelas pessoas pensavam em uma cidade porque eram nômades que não tinham cidade. As pessoas que caminhavam pelo deserto enxergavam em uma cidade segurança, paz, alegria, comunhão e cultura. É por isso que Abraão procurou por uma cidade. O povo Judeu que estava caminhando, caminhando e caminhando queria a sua própria cidade. É por isso que Jerusalém era um grande tesouro para eles. A pessoa que está caminhando, cansada, procura por uma cidade onde há calor, comunhão, amizade, comida, segurança, proteção, socialização e comunhão. Esse é o pensamento. Esse é o pensamento. Esse é o lugar onde todos os santos de todas as eras estão. Esse é o lugar onde os homens justos se tornaram perfeitos. Esse é o lugar onde todos os santos anjos estão. Esse é o lugar onde Deus está; o lugar onde Cristo está; esse é o lugar onde todos nós queremos estar porque todos nós queremos estar com todas as pessoas que amamos. Que pensamento! Todos os redimidos juntos em uma cidade movimentada.
O que uma cidade significa? Harmonia, mutualidade, responsabilidade, compartilhar de trabalhos. Todos nós teremos trabalhos e responsabilidades naquele lugar. Nós iremos socializar em diferentes níveis, pontos, jeitos e formas. No entanto, teremos perfeita unidade; nada que leve a interromper uma comunhão pura. Você pode imaginar uma comunhão pura? Você pode imaginar uma sociedade de pessoas na qual ninguém nunca fica irado? Onde ninguém faz nada de errado? Ou onde ninguém fala nada de errado? Onde ninguém nunca pensa nada de errado? Você pode imaginar uma sociedade em que todos se dão perfeitamente bem? Você pode imaginar uma sociedade onde todos se amam assim como Deus ama a todos? Onde tudo é absolutamente perfeito? Onde você se dá perfeitamente bem com todos para sempre? Onde você tem um amor perfeito por pessoas perfeitas para sempre?
Agora, quão animador é isso se você realmente ama o seu irmão. Eu quero dizer, eu amo as pessoas cristãs e elas me amam, e nós não somos perfeitos. Porém, eu preferiria estar em comunhão com crentes a qualquer outro lugar. Você não faria o mesmo? Eu amo a comunhão dos crentes. Eu amaria a comunhão dos crentes perfeitos, mais ainda amo a comunhão dos imperfeitos. Assim, se você pensa a respeito do que está envolvido nisso, esse é um pensamento fabuloso. O ápice da comunhão. Um grande pensamento. Quão animador se você ama os irmãos.
O que faz isso ser realmente especial é o versículo 3. Deus está lá, constantemente, uma comunhão eterna com Ele. Pense no céu. Pense em quão difícil é se dar bem com pessoas aqui. Nós amamos socialização. Nós amamos comunhão. Nós amamos comunhão. Mas é tão instável e tão difícil. As pessoas lhe decepcionam, lhe desencorajam, lhe irritam muito. Mas um dia, nós seremos pessoas perfeitas com amor perfeito, em um lugar perfeito para sempre, sempre e sempre. Se você ama os irmãos, você precisa se animar com isso.
Veja o versículo 9: “Então, veio um dos sete anjos que têm as sete taças cheias dos últimos sete flagelos e falou comigo.” Esse é o mesmo anjo que apareceu antes no período da Tribulação. E disse: “Vem, mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro; e me transportou, em espírito, até a uma grande e elevada montanha e me mostrou a santa cidade, Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus.” Assim, esse anjo coloca João em sua visão em uma montanha na nova terra da qual ele consegue olhar e ver a cidade santa, a obra-prima de Deus, a capital do céu infinito. Os detalhes, queridos amigos, são absolutamente imensuráveis. O que é realmente animador é que nós estaremos lá, pessoal. Nós estaremos lá. Pensa em um panfleto de turismo. Como você faria um para esse lugar.
Versículo 11: “a qual tem a glória de Deus.” Você pode sublinhar isso? Essa é a essência do céu eterno. Esse é o lugar onde a glória de Deus é manifesta. A glória de Deus é manifesta. Em Isaías 60, versículo 19, está escrito: “Nunca mais te servirá o sol para luz do dia, nem com o seu resplendor a lua te alumiará; mas o Senhor será a tua luz perpétua, e o teu Deus, a tua glória.” Isaías 60, versículo 19. Que afirmação! Versículo 23 de Apocalipse 21: “A glória de Deus a iluminou.” Você não precisa mais de estrelas, sol e a lua. Você não precisa deles porque Deus iluminará todo, preste atenção, o céu infinito, particularmente essa joia celestial brilhante chamada de Nova Jerusalém. Então João tenta descrever isso. Versículo 11: “O seu fulgor era semelhante a uma pedra preciosíssima, como pedra de jaspe cristalina.”
Quando eu era criança, e isso vai ser o mais perto que eu consigo chegar disso, pessoal. Eu gostava de andar de patins em Pasadena. Eles tinham um negócio de cristal pendurado. Você já foi em um lugar desses? Você provavelmente já deve ter ido em um lugar com dança que tem isso. Eu estava em uma pista de patins. Esse negócio de cristal com todas aquelas peças de vidro. Eles colocam uma luz nela e ela envia luz para todos os lugares. Isso, de alguma forma mais física, pode expressar a essência do que João está tentando comunicar. Ele vê descendo do céu para esse estado eterno essa coisa brilhante, como um diamante cristal brilhando, espalhando a própria glória da grande essência da natureza de Deus. Incrível! E a luz infinitamente resplandecente da glória de Deus literalmente cobre o universo infinito. Uma incrível beleza resplandecente.
Assim, ele passa da glória para o seu projeto. Isso é interessante. E lembre-se agora, ele está tentando descrever o indescritível. “Tinha grande e alta muralha, doze portas, e, junto às portas, doze anjos, e, sobre elas, nomes inscritos, que são os nomes das doze tribos dos filhos de Israel. Três portas se achavam a leste, três, ao norte, três, ao sul, três, a oeste. A muralha da cidade tinha doze fundamentos, e estavam sobre estes os doze nomes dos doze apóstolos do Cordeiro. Aquele que falava comigo tinha por medida uma vara de ouro para medir a cidade, as suas portas e a sua muralha. A cidade é quadrangular.” Uma simetria perfeita. A mente de Deus. Uma simetria perfeita. “E mediu a cidade com a vara até doze mil estádios. O seu comprimento, largura e altura são iguais. Mediu também a sua muralha, cento e quarenta e quatro côvados, medida de homem, isto é, de anjo.” Isso é interessante, não é? Os anjos usam as mesmas medidas que nós usamos.
Agora, você pode dizer: “Espere um pouco. Guie-me por isso um pouco.” Tudo bem. Ela é uma cidade literal. Uma cidade simétrica. Volte para o versículo 12. Ela tinha um muro alto e grande. Você diz: “Por quê?” Eu não sei por quê. Mas ela tinha. Se Deus quiser colocar um muro alto e grande, ele pode colocar um muro alto e grande. Porém, ele é um símbolo de segurança. Um símbolo de proteção. Como todas as cidades antigas, segurança era algo importante para as pessoas. Elas queriam um lugar onde tivessem segurança. Isso simboliza segurança. Ele diz, no capítulo 22, versículo 14, que as únicas pessoas que podem entrar lá são as que lavam as suas vestes. Elas podem entrar pelos portões. Fora deles estão os cães, os feiticeiros, os imorais, os assassinos, os idólatras e todos que amam e praticam a mentira. Assim, os portões simbolizam o fato de que alguém está dentro e alguém está fora. Alguém está dentro e alguém está fora. A muralha, ele diz no versículo 17, tem 144 côvados, de acordo com medidas humanas, que também são medidas de anjos. É uma muralha incrível quando você para para pensar. Mas até mesmo a pior muralha daria certo. Foi apenas uma questão que Deus decidiu construir da forma que está na visão que João viu. Ela é um símbolo de inclusão; um símbolo de segurança; um símbolo de proteção e também um símbolo de exclusão de todo aquele que não é digno de permanecer fora.
Existem 12 portões, e em cada um há um guarda, um guarda de honra; ou anjos. Em cada um dos portões está o nome de uma tribo de Israel, demonstrando a eterna relação de aliança de Deus com Israel, assim como com a noiva. Assim, embora ela seja chamada de a cidade da noiva, é muito clara que ela é identificada com Israel. Nós podemos, então, concluir que é um lugar onde todos os santos de todas as eram podem habitar. 12 é aparentemente o número de simetria perfeita e o número de totalidade. 12 portões, 12 anjos, 12 tribos, 12 fundamentos, 12 apóstolos, 12 pérolas, 12 tipos de frutos, 12 mil estádios, e 12 por 12 cúbicos. Deus gosta de 12 quando Ele trata do estado eterno.
O versículo 13 diz que existem 3 portões em cada lado. O que isso significa? Os portões implicam que você faz o quê? Entra e sai. Por favor, não pensem que é aqui onde todos nós vamos ficar presos para sempre, pessoal. Não é. Nós temos um universo infinito para viajar. Como nós podemos vir daqui para o terceiro céu em um piscar de olhos, não será nenhum problema cobrir o infinito quando quisermos rapidamente. Porém, nós vamos entrar e sair desse lugar por esses maravilhosos portões. O versículo 14 diz: “A muralha da cidade tinha doze fundamentos, e estavam sobre estes os doze nomes dos doze apóstolos do Cordeiro.” Deus então identifica o povo da antiga aliança com o povo da nova aliança de uma forma maravilhosa. Eu amo o fato de que, no versículo 14, ele menciona o Cordeiro, o nome sacrificial de Cristo. Ele sempre e sempre será o Cordeiro. Versículo 15, ele usa uma vara de ouro, normalmente sendo em torno de 3 metros, medindo e descobrindo a simetria perfeita da sua projeção, tanto em altura como em largura. Você sabia que o Santo dos santos, no templo de Salomão, era um cubo de 20 por 20 por 20? Esse é o Santo dos santos da eternidade. Ele terá 3,6 milhões de quilômetros quadrados. Lá caberiam centenas de milhões de pessoas, ou cem bilhões de pessoas. Haverá espaço o suficiente para todos nós, e nós não ficaremos apertados e presos lá. Haverá espaço suficiente para os poucos que encontrarem o caminho estreito, mas com certeza eles não vão ficar presos ali. Eu não acho que corpos glorificados conseguiriam ficar apertados em algum lugar, de qualquer jeito. Mesmo se você trombasse em alguém ali, eles seriam perfeitos, então, eles não se importariam. Se você tem um cubo, se você tem um cubo, você tem todo tipo de coisa um em cima do outro. Ruas sobre ruas sobre ruas. Tudo ficaria um sobre o outro. Como a ponta da Flórida até a ponta de Maine. Incrível. Milhares de avenidas se cruzando. Um lugar de majestade. Um lugar de beleza.
Versículo 18: “A estrutura da muralha é de jaspe,” paredes de cristais de diamantes claras, resplandecendo glória. Por quê? Porque, emanando do meio dessa coisa, está a glória de Deus, por isso, ela precisa ter uma pedra transparente para brilhar. E novamente, você volta para o diamante brilhante que está descendo do céu. Ele diz, preste atenção, que o material da muralha é de jaspe; a cidade é de ouro como um vidro límpido. Você me diz, você já viu um ouro puro como um vidro límpido? Eu não. Eu nunca vi um ouro puro como vidro límpido. Ouro puro é qualquer coisa, menos vidro límpido. Você não consegue ver através de ouro puro. Vidro límpido, sim. Você pergunta: “Que tipo de ouro é esse?” Eu não sei, e João também não sabe. Ele deve ter brilhado com uma clareza e um brilho que tinha um tom dourado, mas que ainda era claramente transparente.
Além disso, nós teremos percepções diferentes também. Algo poderia ser sólido e também transparente. Jesus, com seu corpo glorificado, atravessou uma parede. Assim, nós não sabemos especificamente o que isso significa. Porém, tudo o que você vê é transparente. Isso demonstra que a glória de Deus está resplandecendo para fora. É muito parecido com a descrição de Ezequiel. O esplendor da glória de Deus brilhando através de toda substância e refletindo através de cada diamante cortado a beleza irrestrita da presença do Deus infinito.
Então, ele descreve o fundamento. Adornada com todo tipo de pedra preciosa. “O primeiro fundamento é de jaspe; o segundo, de safira; o terceiro, de calcedônia; o quarto, de esmeralda; o quinto, de sardônio; o sexto, de sárdio; o sétimo, de crisólito; o oitavo, de berilo; o nono, de topázio; o décimo, de crisópraso; o undécimo, de jacinto; e o duodécimo, de ametista.” Agora, eu não sei o que dizer sobre isso a não ser que é uma beleza inacreditável. Joias coloridas formando uma linda imagem, com vidros límpidos, diamantes, cor dourada. Tudo vai além da capacidade de descrever. Essa é a majestade do céu.
Agora, você ama a beleza? Você ama a beleza? Eu quero dizer, você gosta, depois que chove, de ver a grama? Imagina ver isso. Eu quero dizer, Deus plantou no coração do ser humano um amor estético. Nós amamos a beleza. Essa é a beleza transcendental que gerará no coração de um homem ou de uma mulher glorificada uma euforia que durará para sempre. Sem mancha; sem poluição. Incrível.
Então, no versículo 21, ele descreve ainda mais a sua beleza. “As doze portas são doze pérolas.” Cada uma dessas portas era uma única pérola. Imagine isso. Imagine. Eu não sei quão grande são esses portões, mas cada um é uma pérola. Você diz: “Eu gostaria de ver a ostra.” Não teve nenhuma ostra, pessoal. Se Deus quiser fazer uma pérola, Ele pode fazer uma pérola. Ele não precisa de uma ostra. Mas cada portão é uma pérola. Então, a rua da cidade é ouro puro, novamente como ouro transparente.
Eu amo a ideia de que para entrar na cidade você precisa passar por uma pérola. Você entra no céu por uma pérola. Qual é o significado disso? Uma pérola é feita por um pequeno animal. Um animal bem pequeno. Você sabe como uma pérola é feita? O animal precisa ser o quê? Ferido. Assim, conforme aquele pequeno animal ferido começa a tratar do seu ferimento, ele cria a pérola. A ideia é que nós entramos no céu através de uma pérola que simboliza aquele que foi ferido por nós. Foi através de suas feridas que Ele criou as pérolas que nos conduzem para a sua presença santa e eterna. Entra-se no céu através do sofrimento, da dor, do sangue e da agonia da cruz. Sem ferimento, não há pérola. Nós entramos através das pérolas feitas pelo redentor ferido. Que ideia. Que ideia.
O versículo 22 tem algumas características especiais do céu. “Nela, não vi santuário, porque o seu santuário é o Senhor, o Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro.” Nós já falamos sobre isso. O templo é a presença de Deus. Versículo 23: “A cidade não precisa nem do sol, nem da lua, para lhe darem claridade, pois a glória de Deus a iluminou, e o Cordeiro é a sua lâmpada.” É uma luz irradiante. É isso. Iluminada pela presença de Deus e do Cordeiro. “A lua não se envergonhará,” disse Isaías. Eu amo isso. “E o sol se confundirá.” Versículo 24: “As nações andarão mediante a sua luz, e os reis da terra lhe trazem a sua glória.” A glória de todos os outros homens, os governadores de todos os homens é dissipada em nada. Haverá todo tipo de gente ali. Até mesmo as pessoas mais elevadas, eu penso que aqui ele está falando dos reis do mundo, os homens nobres, os grandes e poderosos, entregarão a sua glória pela glória do céu. As nações, todas as nações, todas as nações andarão na luz da presença de Deus e todos os homens, até mesmo os reis da terra, se curvarão à sua glória.
Versículo 25, durante o dia, e será dia o tempo todo porque não haverá noite lá. Os portões nunca estarão fechados. Nunca estarão fechados. Os portões da cidade sempre ficavam fechados à noite, mantendo fora ladrões, bandidos, gente que vinha para fazer bagunça, e outros exércitos. Porém, como não há noite, os portões nunca se fecharão. Liberdade perfeita, segurança perfeita. Você pode entrar e sair a hora que quiser. Proteção perfeita. “E lhe trarão a glória e a honra das nações.” Você está vendo? Nada vai se comparar à glória de Deus. Nada.
Versículo 27: “Nela, nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira, mas somente” - e eu amo isto - “os inscritos no Livro da Vida do Cordeiro.” Ninguém vai poder entrar lá, a não ser as pessoas que têm os seus nomes inscritos no Livro da Vida do Cordeiro; os que colocaram a sua fé em Cristo. Nenhum rival à glória de Deus. Nenhum rival para a honra. As nações trarão toda a sua glória, toda a sua honra, e depositarão no trono de Deus. “Então, me mostrou o rio da água da vida, brilhante como cristal.” Novamente, tudo é cristal, transparente, para que a luz de Deus brilhe em tudo. Isso está saindo do trono de Deus e do Cordeiro no meio da rua. Em cada lado do rio estava a árvore da vida, trazendo 12 tipos de frutos, dando frutos todo mês. As folhas da árvore eram para curar as nações, ou a plenitude das nações.
No Jardim do Éden, você se lembra, havia um belo rio com quatro divisões que regava o jardim. Aqui, nós encontramos a cidade celestial apresentando gloriosamente, como fluindo do trono, pelo meio da cidade, um rio celestial cristalino. É uma cena de majestade que é absolutamente indescritível.
O Salmo 46.4 diz: “Há um rio, cujas correntes alegram a cidade de Deus.” Você está vendo? Um rio, você pode imaginar? Você sabe o que é um rio para um judeu que vive em um lugar cheio de escassez, como a Palestina? Um rio era um lugar de conforto, descanso, tranquilidade, refrigério, sustento e água refrescante em um clima quente. Uma cidade era um lugar de proteção, comunhão, camaradagem e socialização. Um rio significava água para uma boca seca. Deus estava entregando para eles um céu que era o ápice de tudo o que lhes era precioso. Tudo. Encontrar uma árvore, quando você percorreu por todo o deserto seco, em busca de algo para comer, a alegria dos habitantes, uma árvore; uma árvore. Você come por prazer. Você não come para se manter no céu. Você come apenas pelo gosto, pelo simples prazer daquilo que eles terão naquela árvore. Cura é a palavra therapeian, da qual nós temos a palavra terapêutica; dar saúde. As folhas não vão providenciar cura para doença; elas promovem a riqueza da vida; só isso. Elas são apenas para o prazer de comer. A água é para alegria de beber. Eles não precisam mais de substância. Porém, todas as substâncias são degustáveis. Uau. Incrível.
“Nunca mais haverá qualquer maldição.” Não vai haver mais maldição. “Nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus servos o servirão, contemplarão a sua face, e na sua fronte está o nome dele. Então, já não haverá noite, nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos.” Não vai haver mais maldição. Não vai haver mais pecado. O trono de Deus e do Cordeiro está ali. Eu amo o que 1Tessalonicenses 4.17 diz, quando nós formos levados para o céu, no Arrebatamento: “E, assim, estaremos para sempre” – com quem? - “com o Senhor.” Nós nunca estaremos fora de sua presença. Nunca, nunca, nunca. Versículo 4: “Nós veremos a sua face.” Intimidade, comunhão, companhia. O seu nome estará nas suas frontes. Esse é o símbolo de propriedade, a identificação de que nós pertencemos a ele.
Agora, pense nisto. Você pode fazer isso? Nós estamos falando a respeito de pecadores tendo uma comunhão íntima na presença do santo Deus, para sempre e sempre. Preste atenção. Seria um pensamento blasfemo falar a respeito de estar com o Deus eterno. Seria um pensamento blasfemo falar em ter uma comunhão íntima e pessoal com Cristo. Seria um pressuposto blasfemo falar a respeito de sermos co-herdeiros com Cristo, em falar sobre julgar o mundo, em sentar no trono de Cristo, em ser um com Deus Pai. Esses seriam pensamentos blasfemos se não fossem verdade. Um pensamento incrível. Eles são todos a promessa de Deus a nós. Ele escreverá o Seu nome em nossas frontes. Que pensamento.
A glória do céu é a presença brilhante de Deus, brilhando em beleza indescritível. É assim que será o céu. Deixe-me concluir. O teólogo americano e pastor luterano J.A. Seiss escreveu estas belas palavras anos atrás: “Aquele brilho não vem de nenhum material em combustão, não vem de nenhum consumo de energia que precisa ser trocado quando uma fonte acaba, pois ele é a luz não criada Dele que é luz, dispersa por e através do Cordeiro como uma lâmpada eterna aos lares, corações e entendimentos dos seus santos glorificados. Quando Paulo e Silas estavam feridos e presos em uma masmorra da prisão de Filipos, eles ainda tinham uma luz sagrada que os permitia encantar os soldados à noite com canções de alegria. Quando Paulo estava a caminho de Damasco, uma luz mais clara do que o sol do meio-dia brilhou ao seu redor, irradiando todo o seu ser com novas visões e entendimento, fazendo a sua alma e corpo para sempre depois daquilo brilharem no Senhor. Quando Moisés desceu do monte de sua comunhão com Deus, a sua face estava tão iluminada que os seus irmãos não conseguiam olhar para ele. Ele estava em uma comunhão tão íntima com aquela luz que ele se tornou uma luz, vindo para aquele acampamento como a própria lâmpada de Deus, brilhando a glória de Deus. No Monte da Transfiguração, aquela mesma luz brilhou por todo o corpo e roupa do abençoado Jesus. Com referência ao exato momento quando essa cidade virá e tomará o seu lugar, Isaías diz que a lua se envergonhará e o sol se esconderá, envergonhados por causa da glória que se expande que aparecerá na Nova Jerusalém, não precisando mais de suas luzes, pois a luz da glória de Deus brilhará, e o cordeiro é o Cordeiro.” Que grande, grande realidade! É para isso que estamos caminhando, pessoal. É para isso que estamos caminhando.
“Pois vou preparar-vos lugar.” E Filipe diz: “Para onde o Senhor vai? Como podemos encontrar o nosso caminho para esse lugar? Como podemos saber onde o Senhor vai estar? Como podemos chegar lá?” Você se lembra disso, em João 14? “Senhor, mostra-nos o Pai.” Jesus disse, você está comigo há tanto tempo e não sabe quem eu sou? Essa é a pergunta chave. Você precisa saber quem eu sou. Antes disso, Tomé disse: “Senhor, não sabemos para onde vais.” Duas perguntas. Nós não sabemos quem o Senhor é e nós não sabemos para onde o Senhor está indo. Jesus disse para Filipe: “Eu sou Deus.” Para Tomé, Ele disse: “Você não precisa saber para onde eu estou indo, tudo o que você precisa saber é que eu sou: o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai” - o quê? - “senão por mim.” Você quer ir para o céu? Jesus Cristo é o caminho. Vamos nos curvar para orar.
Pai, nós tivemos um tempo maravilhoso nesta noite. Que alegria podermos estar juntos com os que amamos. Nesta noite, nós tivemos uma demonstração do céu. Nós te agradecemos por isso. Nós pedimos que Tu confirmes em nossos corações essa visão maravilhosa. Anime-nos com o que está vindo para que possamos viver na luz disso. Em nome de Cristo. Amém.
FIM

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